Segunda-Feira
Sanzu acordou na manhã seguinte com uma forte dor e pressão na cabeça, coçou os olhos e se sentou na beirada da cama, se apoiou na cabeceira para poder se levantar, e sua visão ficou turva, girando o deixando tonto.
Mesmo passando mal, foi ao banheiro onde se ajoelhou na frente do vaso e começou a vomitar, sua garganta queimava.
—Droga! — ele disse assim que a sessão de náuseas e vômitos cessaram.
Encostou as costas e a cabeça no azulejo frio do banheiro, coçou os olhos e respirou fundo, Haruchiyo não estava se sentindo bem, más se recusava pedir ajuda.
Com muito esforço, foi até o box do banheiro, ligou o chuveiro e deixou a água morna escorrer em seu corpo, contraindo os seus músculos e umedecendo seu corpo.
O banho fez bem para si e para o bem-estar do seu corpo, exceto internamente, que ainda estava sob o efeito das drogas que queimavam as suas veias.
Secou o corpo e enrolou a toalha em volta da cintura, escovou os dentes e se olhou no espelho, passou a ponta do seu dedo indicador nas cicatrizes dois dois lados da sua boca e sentiu lágrimas se formarem.
—Essa porra de cicatrizes! — ele gritou e deu um soco no espelho, fazendo ele se quebrar, vários cacos do espelho caíram na pia e no chão do banheiro, fazendo uma verdadeira bagunça.
Sanzu se afastou e ainda de longe ficou olhando o seu reflexo no espelho quebrado, balançando a cabeça negando a si mesmo aquelas dolorosas e traumáticas cicatrizes.
Se sentou no chão, encostando as costas e os pés na batente da porta, colocou as duas mãos no rosto e começou a chorar descontroladamente.
—Eu sou horrível... péssimo...
Sanzu olhou para a segunda gaveta do armário do banheiro, engatinhou até ele e dali tirou um pacote de pílulas de Ecstasy, pegou três delas e as engoliu, revirando os olhos ao encostar as costas na batente da porta.
—Oh porra. — ele disse manhoso.
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S/N chegou um pouco atrasada no consultório, devido ao trânsito terrível causado por uma obra na estrada interestadual que ligava Tokyo e a cidade de Yokohama.
Os pacientes das consultas da manhã estavam visivelmente frustrados devido a demora.
—Mil desculpas. — disse S/N. —Não foi erro meu, está tendo uma obra grandiosa na estrada interestadual, o trânsito estava terrível.
—Poderia ter pegado outro caminho não é mesmo? — disse uma paciente.
—Não tinhas outros caminhos livres e disponíveis. — disse S/N. —Pelo menos eu estou aqui, e pronta para a consulta.
Mesmo explicando toda a situação, os pacientes pareciam nem ligar, S/N respirou fundo, e se virou para Ray.
—Meu dia já começou péssimo.
—Vai ficar tudo bem S/N. — disse Ray calma e serena. —Você não pode dizer que o seu dia vai ser péssimo por causa de uma obra de estrada. — ela disse sorrindo e entregou a S/N uma pasta com os dados dos pacientes.
—Ah Ray muito obrigada de verdade. Eu não sei o que seria de mim e desse consultório sem essa amiga incrível que você é. — disse S/N sorrindo.
—Se precisar de algo, estou a disposição.
—Muito obrigada.
S/N consultou os dados de alguns pacientes e logo começou o seu atendimento, chamando um por um.
Más S/N estava muito pensativa com o tal paciente chamado Akashi Haruchiyo, ela tinha passado o final de semana todo estudando o caso dele e elaborando as sessões, más tinha medo de não ser o suficiente.
"Será que eu vou dar conta desse paciente?"
S/N era muito confiante de si mesma, sempre confiante, más aquele paciente a deixava com o pé atrás.
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Sanzu havia feito pequenas atividades pela manhã e a tarde, ajudando Mikey e a Bonten, deu uma "passadinha" rápida no atelier do Mitsuya, para ver se o seu blazer roxo estava pronto, Haruchiyo tinha rasgado ele sem querer na boate, quando seu blazer prendeu na porta.
Aquilo tinha deixado ele irritado, pois amava aquele blazer e ver ele rasgado, o deixou frustrado.
—Oi Sanzu. — disse Mitsuya. —Veio buscar o seu blazer né?
—Sim. — disse Haruchiyo sorrindo.
Mitsuya abriu um sorriso amigável, pegou uma embalagem com o emblema do seu atelier e disse:
—Ficou pronto. Más experimente, se tiver algum erro ou até mesmo se precisar de algum ajuste, eu faço agora.
Sanzu abriu a embalagem e sorriu igual uma criança quando ganha doce, seu blazer estava novinho em folha de novo, rapidamente ele o vestiu.
—Ficou perfeito Mitsuya.
—Que bom. — Takashi sorriu e arrumou o colarinho. —Está bom? Precisa de algum ajuste?
—Está perfeito. — Sanzu sorriu. —Quanto ficou?
—Não vou aceitar. Foi um trabalho simples e você é o meu amigo.
—Não é justo. Você gastou tempo e material para concertar.
—Se me pagar, eu vou ficar chateado. — disse Mitsuya e olhou no relógio na parede e sorriu. —É melhor se apressar. Você têm uma consulta médica.
Sanzu olhou o relógio e disse:
—Me esqueci completamente disso. — ele disse e coçou a cabeça. —Más de qualquer, forma obrigado.
Sanzu deixou o atelier, montou na moto e seguiu caminho até o consultório de S/N, enquanto Mitsuya voltou ao seu trabalho, quando de repente, seu celular vibrou, era uma notificação da sua conta bancária.
Akashi Haruchiyo enviou um
Pix para você de ¥ 200,00 creditado na sua conta 28.
"Esse Sanzu não têm jeito mesmo."
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Sanzu estacionou a sua moto na vaga e logo entrou no prédio comercial, entrou no elevador e clicou no botão 12 correspondente ao andar.
Quando a porta do elevador se abriu, ele saiu e caminhou pelo corredor, procurando o consultório 478, que logo o encontrou, no fim do corredor.
Chegou no consultório e se apresentou para a secretária, entregando o seu RG e em seguida assinou a guia de consulta e rapidamente, foi liberado e se sentou na cadeira, esperando ser chamado.
Demorou alguns minutos, más logo agradeceu mentalmente quando a psiquiatra disse:
—Akashi Haruchiyo?
Ele se levantou da cadeira e foi até a doutora, que estava com uma prancheta na mão e assim que ele ficou bem próximo dela disse:
—Sanzu. — ele disse e sorriu de leve. —Me chame apenas de Sanzu, não de Akashi.
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