S/N estava com os pés doendo e latejando de tanto correr e como se não bastasse, Kisaki estava segurando tão forte o seu braço que ela começou a sentir seu braço prender a circulação.

—Você está me machucando Kisaki!

—Já estamos quase lá!

—Lá onde?

—Vou te levar para casa amor!

S/N tentava se soltar, más era em vão, ele era forte e não a largava por nada, sem opções, S/N mordeu o braço dele com todas as forças que ela tinha e ele gritou.

—SUA IMUNDA!

S/N começou a correr, o mais rápido que podia para se livrar do Kisaki, más no meio do caminho, acabou tropeçando com os seus saltos e caiu de bruços no chão.

—Te peguei!

—ME SOLTA! — gritou S/N se debatendo para fazer ele soltar as suas pernas.

—Fica quietinha se quiser sair viva!

—Solte a garota! — disse uma voz grave más ao mesmo tempo suave.

S/N levantou o olhar para ver quem era, e ali parados na sua frente havia dois homens, um que usava tranças e o outro que usava um óculos redondo, más ao observar melhor, percebeu que atrás deles tinha mais duas pessoas, e ela ficou surpresa ao ver quem era.

—Oi S/N. — disse Kazutora se aproximando com um sorriso no rosto. —Se lembra de mim? Nos conhecemos no mercado.

S/N ficou confusa, ela não sabia o que fazer, não sabia se era ou não uma boa ideia confiar naqueles quatro homens, más era mais seguro confiar neles do que confiar no seu psicótico ex namorado.

—Solte ela! — disse Ran. —Ou eu vou te encher de porrada para compensar as vezes que eu não pude fazer isso!

—Pode vir! Não tenho medo de vocês!

Ran rapidamente se atirou para cima do Kisaki assim como Baji e Rindou, Kazutora foi quem ajudou S/N se levantar do chão.

—Você está bem? — ele disse olhando para S/N.

—Um pouco atordoada devido a pancada más acho que estou bem. — disse S/N.

—É melhor você ir ao hospital. Pelo menos para cuidar dos ferimentos. — disse Kazutora estendendo a mão para S/N. —E para a sua sorte, estamos a cinco minutos de um hospital. — ele disse apontando para o prédio hospitalar.

—Obrigada, más e eles? — disse S/N apontando para os homens que brigavam.

Kazutora deu uma olhada e por fim riu.

—Eles vão ficar bem.

╰────────╯<•>╰────────╯

Kokonoi resolveu gastar minutos do seu dia para jogar baralho com Sanzu no quarto do hospital, ele sabia que Haruchiyo iria ficar muito estressado pelo fato de não ter nada para fazer no hospital a não ser assistir TV.

—Ganhei! — disse Sanzu.

—Você está trapaceando! Já perdi 150 ienes para você em apenas 10 minutos!

—Pode fazer o Pix tá?

—Vai se foder!

Sanzu riu e eles continuaram a jogar baralho, no meio da partida foram interrompidos por Baji, Ran e Rindou entrando no quarto, ambos estavam com as roupas bagunçadas e sujas de sangue.

—O que vocês fizeram? — disse Hajime.

—Kazutora nos informou que Kisaki estava aqui, ele fugiu da cadeia más mandamos ele de volta pra lá. — disse Rindou.

—Que caótico. — disse Sanzu. —A bruxa tá a solta essa semana né? Primeiro descobri que a minha irmã estava namorando com o Wakasa, depois briguei com o Mikey, briguei com Taiju, levei uma facada, estou internado aqui e agora o Kisaki!

—E têm mais uma coisa. — disse Ran.

—Têm mais? Alguém morreu?

—Não, alguém estava junto com o Kisaki.

—E quem era? — disse Hajime curioso.

Ran fez uma pausa dramática e por fim disse:

—A S/N estava com ele.

Sanzu ficou surpreso e assustado, e devido ao choque, ele acabou jogando as suas cartas do baralho sob a cama e disse:

—A S/N estava com o Kisaki?!

—Sim, só não sabemos o por que.

—Então descobrem!

Todos se olharam surpresos, Ran se aproximou do Sanzu e disse:

—Por que esse desespero? Está interessado na doutora S/N?

—Ui ui ui. — disse Baji.

—Vão todos vocês pra porra! — disse Sanzu irritado. —Eu só estou curioso para saber se...

—S/N está ou é solteira? — disse Rindou.

Todos começaram a rir e Sanzu atirou uma almofada neles e disse:

—O que vocês têm contra em me deixar em paz? Eu só queria...

—Hello people! — disse Kazutora. —Sanzu, uma pessoa veio te ver.

Sanzu franziu cenho e disse:

—Ué? Quem? Acredito que eu já recebi a visita de todos.

Kazutora riu baixo e logo a pessoa que estava ali para visitar Sanzu entrou no quarto, Haruchiyo sentiu seu corpo gelar e as batidas do seu coração acelerar.

S/N estava com muitos curativos e o seu braço estava um pouco roxo, o cabelo estava arrumado, más a roupa estava suja e com os joelhos ralados.

—S/N? O que aconteceu com você?! — disse Sanzu preocupado.

Houve um silêncio sepulcral no quarto por alguns minutos, más que logo foi quebrado por Ran.

—Vamos embora bonde, Sanzu e S/N têm que conversar.

—Ah Ran eu quero ver! — disse Rindou.

—Deixa de ser fuxiqueiro! Vamos, circula!

O quarto ficou vazio, somente na presença do Sanzu e S/N, que se olharam abobados más logo Haruchiyo disse:

—S/N o que aconteceu com você? Por que está toda machucada desse jeito? Um deles te bateu?

—Nenhum dos seus amigos me bateram. — disse S/N e riu. —Pelo contrário, eles me salvaram.

—Salvaram? Do que?

—Meu ex namorado psicótico me fez de refém por alguns minutos e...

—O SEU EX NAMORADO É O KISAKI?!

S/N se assustou, Sanzu disse tão de repente que S/N não conseguiu responder de imediato, más logo formulou e sua resposta.

—Ele era meu namorado, terminamos e um tempo atrás, ele foi preso, parece que fugiu e veio correndo até a mim.

—Você não pode andar sozinha enquanto esse desgraçado estiver a solta.

—Os irmãos Haitani mandaram ele para a cadeia de volta, Kazutora me informou.

—Foi o que me disseram também. — disse Sanzu. —Más de verdade S/N, toma cuidado, esse Kisaki é um desgraçado, ele ataca as cegas, quando ninguém está vendo.

—Não se preocupe, eu sei me cuidar Haruchiyo. — disse S/N. —Quem precisa de cuidados é você. A equipe médica me informou sobre o seu caso, e olha é para você se cuidar direito tá?

—Não se preocupe S/N, vai ficar tudo bem comigo, eu prometo.

S/N sorriu assim como Sanzu, eles fixaram o olhar um no outro, como se estivesse hipnotizados um pelo outro, os rostos aos poucos foi ficando cada vez mais próximo, más essa proximidade foi quebrada por S/N que disse:

—Eu preciso ir ver se o meu consultório está de pé e se a minha amiga está bem.

Sanzu acompanhou S/N com o olhar, antes dela sair do quarto ele disse:

—Fique bem, S/N.

S/N sorriu, de uma forma adorável, fazendo Sanzu sorrir de volta.

—Fique bem também, Sanzu.