Precisamos Conversar
⋐⋑⋐⋑ 1 mês depois... ⋐⋑⋐⋑
Um longo mês já havia se passado, S/N estava de volta a ativa, iniciando o seu novo consultório em um novo endereço que ficava localizado no centro de Shibuya, um consultório pequeno más muito bem arrumado.
Após a venda do seu imóvel em Tokyo, S/N conseguiu uma boa quantia em dinheiro, e investiu metade para poder abrir o seu negócio e a outra metade para dar de entrada a sua nova casa, um apartamento em um condomínio privativo.
Ray estava ajudando S/N a desembalar as coisas das caixas e colocar elas no novo consultório, e enquanto faziam isso, Ray foi capaz de perceber que S/N estava quieta, não dizia nada.
S/N estava diferente desde que se mudou de Tokyo, Ray não sabia se era pelo fato de ela ter deixado de morar em uma cidade que ela tanto amava ou se era por mais alguma coisa.
—S/N, está tudo bem com você?
—Está. Por que?
—Você está estranha desde que se mudou para cá. Está acontecendo alguma coisa?
—Não é nada demais Ray. — disse S/N e deu um sorriso de lado. —Eu só estou mal por eu ter deixado de morar em Tokyo por causa do Kisaki. Eu amava minha vida lá.
—Algo me diz que não é só isso. Está pensando e se preocupando com mais alguma coisa além disso?
S/N respirou fundo e sorriu ao se lembrar do rosto do Sanzu, aquele paciente de cabelo rosa, com cicatrizes e olhos azuis mexeu com a sua cabeça, más S/N preferia não dizer nada.
—Eu só estou preocupada com alguns pacientes que não deram retorno.
—Entre um deles é o Sanzu Haruchiyo certo?
—Por que você acha que eu me preocuparia em específico com ele?
—S/N, está na cara que você se preocupa ou até mesmo, ama ele. É nítido perceber isso. — disse Ray e sorriu. —Por que você continua negando?
S/N ficou sem palavras para aquela pergunta, ela tentava elaborar algo, más não conseguia, e mesmo quando conseguiu pensar em algo, nada saiu do jeito que ela desejava.
—Eu apenas fico preocupada por que Sanzu precisa de ajuda psicológica. Essa é a minha única preocupação com ele, nada mais e nada menos do que isso.
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Sanzu passou na casa de Takeomi, o seu irmão mais velho, decidiu passar na casa para ver Senju, que a um mês estava tristinha após terminar o namoro com Wakasa.
Quando ele bateu na porta, foi atendido por Takeomi, que olhou para ele de cima abaixo e disse:
—Quem é vivo sempre aparece né?
—Digo o mesmo. — disse Sanzu sem nem prestar atenção. —Preciso ver a Senju.
—Que irmão bacana é você. Só vêm ver a irmã quando ela não está bem.
—Para o seu governo, eu posso até não vir aqui para ver ela, más nunca, NUNCA deixo de ligar ou mandar mensagem para ela.
—E você acha que ligar e mandar mensagem é o suficiente?
Sanzu franziu cenho e sem pensar empurrou Takeomi e entrou na casa.
Quando ele começou a subir os degraus, Takeomi começou a discutir, e a única reação do Sanzu foi mostrar o dedo do meio e dizer:
—Fala mais alto por que eu não estou escutando!
Takeomi desistiu de discutir, e Sanzu agradeceu mentalmente por isso, assim que ele terminou de subir os lances de escadas, bateu na porta do quarto da Senju e disse:
—Ei? Pequena? Posso entrar?
—Sanzu?
—Isso minha linda, sou eu.
Sanzu ouviu o barulho da porta se destrancando, em seguida ele abriu a porta, e a fechou assim que entrou no quarto.
—Oh minha pequena. — ele disse e se sentou na cama ao lado da sua irmã mais nova. —Você ainda está tristinha né?
—Wakasa simplesmente me deixou! Ele nem deixou eu me explicar! — ela disse e começou a chorar. —É tudo culpa daquele Kakucho!
—Vai ficar tudo bem. — ele disse e puxou Senju para mais perto. —Você já passou por muita coisa pior. — ele disse e acariciou o rosto dela. —Você é forte. Vai superar.
Senju se virou para Sanzu e disse:
—Não é tão simples... eu amo ele!
Sanzu deu um beijo na testa da sua irmã e disse:
—Amar as vezes pode doer demais, ainda mais quando uma costuma se preocupa mais do que a outra. — ele disse e acariciou as mãos dela. —Você são jovens, é normal brigarem. Em questão de tempo, vocês estarão juntos de novo.
Senju abraçou o seu irmão e disse:
—Você é o melhor irmão do mundo.
—Pode contar comigo sempre, minha pequena Akashi Senju.
Sanzu abraçou a sua irmã e sorriu, ela precisava de amor, carinho e atenção.
╰────────╯<•>╰────────╯
S/N e Ray terminaram de montar o novo consultório próximo das 17:45 da tarde, e assim que terminaram tudo , sorriram ao ver o resultado de como tudo ficou pronto.
—Ficou tudo perfeito Ray.
—Ficou mesmo S/N.
—Mal posso esperar para poder voltar com as minhas consultas.
Ray e S/N sorriram, era questão de alguns dias até o consultório começar a funcionar, cerca de 50% dos pacientes de S/N continuaram o tratamento mesmo após a mudança, o que era bom pois assim não teria perdido muitos pacientes.
Enquanto S/N ajudava Ray a arrumar a recepção, colocando os itens no balcão, elas ouviram o barulho da porta de entrada se abrindo.
—Ei você não pode... — S/N não conseguiu terminar a sua fala, pois ficou surpresa por ver a pessoa que estava ali no seu consultório.
Alto, olhos azuis, duas cicatrizes nos dois cantos da boca, cabelo rosa e usava terno roxo, S/N jamais esqueceria ou confundiria aquela pessoa.
S/N tentou argumentar e falar, más o choque tomou conta do seu corpo.
Ficou abismada pois ela não tinha escrito na carta onde era o seu consultório, escreveu apenas que estava em Shibuya, e o endereço do novo consultório nem havia sido divulgado para o guia médico dos convênios, como ele sabia e chegou exatamente onde ela estava?
O silêncio sepulcral foi quebrado por Sanzu, que deu dois passos a frente e disse:
—S/N, precisamos conversar.
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