Sanzu respirou fundo, ele sabia que aquele homem sendo carregado nos braços alheio era Draken e sabia que ele tinha que fazer alguma coisa para salvar ele.

"Vai ser impossível eu lutar sozinho... más até eu pedir ajuda vai demorar e vai acabar alarmando muito!"

Sem opções, Sanzu parou a moto na calçada e foi correndo até o homem que estava entrando em um beco, assim que Sanzu ficou próximo o suficiente, ele pulou nas costas do maior e disse:

—Solte ele!

O homem se contorceu, más Sanzu não o soltava, prendeu os braços em torno do pescoço do maior e começou a sufocar ele, mesmo assim, o homem continuava a lutar.

—Solte o Draken!

O maior teve que soltar Draken para poder se livrar dos braços do Sanzu que estava sufocando ele, quase o deixando sem ar.

Assim que ele soltou Draken, se virou rapidamente para Haruchiyo e ele reconheceu na hora quem era aquele homem bruto, alto, de olhos amarelos maldosos e quase sempre, tinha uma expressão facial tensa.

—Shiba Taiju?! — disse Sanzu.

—Akashi Haruchiyo! — ele disse e riu. —Me diz, como chegou até aqui?

—Não te interessa!

—Você têm razão. — disse Taiju sério e caminhou para mais perto do Haruchiyo, fazendo um ótimo e nítido contraste das alturas e estaturas corporais, pois Sanzu era uma formiga perto do Shiba. —Como chegou aqui eu não sei, más sei exatamente para onde você vai.

Taiju segurou Sanzu pela gola da camisa fazendo ele se levantar da chão, Sanzu se debatia tentando se soltar, más era inválido, pois Taiju tinha uma força absurda e descomunal.

Ele riu e golpeou Haruchiyo no rosto com um soco forte fazendo Sanzu cuspir sangue e como se não bastasse, arremessou Sanzu para longe, fazendo ele bater contra uma parede.

Sanzu sentiu uma dor intensa no corpo inteiro, principalmente na cabeça, onde no mesmo segundo colocou a mão e pôde ver sangue na ponta dos seus dedos.

Sua visão ficou turva e embaçada, más mesmo assim foi nítido ele perceber que o monstruoso Shiba vinha em sua direção.

—Você se acha invencível?

—Vai se foder! — disse Sanzu.

Taiju riu e começou a golpear Sanzu diversas vezes, Haruchiyo tentava se desviar e conseguiu até mesmo golpear Taiju, más não tinha nada para se comparar, os golpes do Sanzu eram nada.

Haruchiyo estava quase perdendo a consciência quando teve uma iniciativa, colocou a mão no bolso da sua calça e dali tirou um canivete e o fincou no peito do Taiju, o mais fundo que ele conseguiu.

—FILHO DA PUTA!

Assim que Taiju o soltou, Sanzu foi se arrastando até Draken, balançando ele pelos ombros, tentando fazer ele acordar.

—Draken? Draken?!

Sua tentativas foram falhas, Draken não respondia, deicidiu ligar para uma ambulância, más antes de ele fazer isso, sentiu alguém puxando ele pelas pernas.

—Você não vai se safar dessa. — disse Taiju.

Ele o arrastou pelas pernas e virou o seu corpo, tirou o canivete do peito e quando estava prestes a golpear Sanzu no rosto, Haruchiyo protegeu seu rosto com os braços, fazendo Shiba atingir seus braços com o canivete.

Taiju ergueu os braços cheios de sangue do Sanzu para cima, pronto para golpear ele, Haruchiyo se arrastou, tentando impedir que fosse atingido más nada adiantou, Taiju fincou o canivete em seu abdômen.

—Seu pecador imundo!

—Seu... bas... bastardo! — disse Sanzu lutando contra o golpe.

Shiba afundou o canivete mais fundo em seu abdômen, fazendo Sanzu cuspir sangue e sentir seu corpo ficar mole, sua visão começou a escurecer e ele foi perdendo a consciência.

Ele estava pronto para se entregar a morte, quando ouviu o som de um disparo e em seguida, viu Taiju de joelhos, que logo caiu no chão.

Haruchiyo olhou a sua volta tentando saber quem era, más a pessoa parecia estar longe pois ele só conseguia ver um borrão que logo foi se aproximando dele.

—Sanzu? Sanzu? Consegue me ouvir? — disse a voz masculina familiar.

—Wakasa? — disse Sanzu lânguido. —O... o que faz aqui?

—Isso não vêm ao caso agora. — disse Wakasa e logo ergueu a cabeça do Sanzu deixando apoiada em sua perna. —Eu vou ligar para a ambulância.

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A ambulância demorou alguns minutos para chegar, más quando chegou Wakasa agradeceu mentalmente quando isso aconteceu, pois Sanzu havia perdido muito sangue, se demorasse mais, suas chances de sobreviver eram mínimas ou nulas.

Sanzu e Taiju foram colocados na maca e colocados na ambulância, sendo levados para o hospital mais próximo e o mais rápido possível, Wakasa entrou na ambulância junto com Sanzu enquanto tentava entender o motivo da briga entre Taiju e Sanzu, ele recebeu uma ligação da sua namorada, Senju.

—Me desculpa não atender antes.

—Tudo bem amor, aconteceu alguma coisa?

Wakasa sentiu seu corpo gelar, não sabia como e nem por onde começar a falar e explicar para ela a situação.

—Meu amor, eu preciso que você fique calma ok?

—Amor o que aconteceu?!

—Sanzu teve uma briga com Taiju, não sei porque e nem quando isso começou, ele foi golpeado com canivete, más por sorte, eu estava passando pelo local e consegui atirar no Taiju e salvar ele.

—Meu Deus... amor ele está vivo? Como ele está?

Wakasa olhou para a maca onde Sanzu estava, ele usava máscara de oxigênio e estava com alguns acessos no braço para que o seu estado fosse estabilizado, ele estava com os olhos abertos e olhando confuso para todas as direções.

—Ele está aparentemente consciente amor, más está muito ferido.

—Você está com ele?

—Sim. Estamos indo a caminho do hospital, não passaram informação ainda de qual hospital iremos, más assim que chegar, eu te falo tá bom? Fica calma, eu estou com ele.

—Amor por favor cuida do Sanzu. Ele é um irmão incrível para mim, como se fosse um pai.

—Nada de mal vai acontecer com ele tá bom? Fique tranquila. Eu vou desligar agora, más vou te avisando conforme eu for recebendo informações. Eu te amo.

—Te amo também amor.

A ligação foi encerrada, Wakasa guardou o celular no bolso e olhou para Sanzu, que mesmo lânguido e fraco disse:

—Era... Sen... Senju?

—Sim. Expliquei para ela toda a situação, vou informar a ela para qual hospital você será levado assim que chegar.

Sanzu olhou para Wakasa e disse:

—Obrigado por me salvar.

Wakasa sorriu e segurou na mão de Sanzu e disse:

—Não precisa agradecer.