Fuga 2.0
Hanma estava andando por uma ponte, muito conhecida em Tokyo por atravessar um belo parque natural, o dia na Valhalla havia sido tenso, com alguns conflitos internos, comuns em toda gangue.
Fazia tempo que Hanma saiu da Toman, o motivo da sua saída foi por conta de alguns problemas e também por decisão pessoal, ele decidiu seguir em frente com a gangue de jaquetas brancas.
Ele respirou fundo e apoiou suas mãos no parapeito da ponte, arrumou seu óculos e deixou o transe tomar conta de si, estava tudo tranquilo quando sentiu alguém puxando ele pelo ombro.
—SEU BASTARDO VOCÊ SABIA QUE AQUELE MALDITO KISAKI ESTAVA A SOLTA NÉ?!
Hanma franziu cenho e encarou o rapaz de cabelo longo e escuro que tinha os caninos bem evidentes.
—Do que você está falando?! — disse Shuji.
—Ainda se fez de besta é? — disse o rapaz e começou a lutar com Hanma, querendo o empurrar ponte a baixo.
—Para com isso Baji! — disse Chifuyu tentando separar a briga. —Me ajudem!
Kokonoi e Inui seguraram Baji com força, ele se debatia e xingava Hanma com o vocabulário inteiro de palavrões, enquanto Chifuyu, ajudava Hanma a se recompor.
—Está tudo bem Hanma?
—Está... — ele disse ofegante. —O que diabos aconteceu?
—Kisaki fugiu da cadeia, e foi até S/N, fazendo ela de refém. — disse Hajime ainda segurando Baji.
—Por que ele iria atrás da S/N?! — disse Hanma confuso.
—Por que ela é a ex namorada dele. — disse Chifuyu. —Você não sabia?
—Para ser sincero, eu não sei de nada em relação ao Kisaki desde que ele começou a querer assassinar a Hina várias vezes.
Todos se olharam surpresos, até mesmo Baji, que no mesmo momento parou de se debater e disse:
—Você não fala mais com o Kisaki?
—Não. Nem sei como ele está ou o que ele anda fazendo. Não falo com ele a muito tempo. — disse Hanma.
Todos se olharam surpresos, Hanma e Kisaki eram inseparáveis, algo dentro deles dizia que Shuji Hanma, não se afastou do Kisaki apenas por causa de querer assassinar a Hinata, e sim tinha algo a mais.
—Foi só por isso que você não fala mais com o Kisaki?
—Sendo isso ou não, eu não quero saber do Kisaki e muito menos me interesso sobre ele. — disse Hanma e arrumou o seu óculos e blazer. —Com licença, eu estou com pressa.
Todos ficaram parados olhando Hanma se afastar, pairou um silêncio sepulcral no local, que foi logo quebrado por Baji.
—Ué... ele e o Kisaki não andavam juntinhos? O que aconteceu?
—Isso aqui está parecendo uma novela mexicana. — disse Hajime. —Vamos aguardar o próximo capítulo dessa novela.
╰────────╯<•>╰────────╯
Ainda no hospital, Sanzu estava injuriado, não aguentava mais ficar preso naquele quarto de hospital com paredes opacas.
Ele olhou a sua volta e não tinha ninguém, então sem mais e nem menos, arrancou o acesso com agulhas do braço, se levantou da cama e procurou por suas roupas, más não as encontrou, e sem pensar caminhou até a janela do quarto para ver onde ele estava situado. Haruchiyo estava no terceiro andar do hospital, e ao olhar bem, não era tão difícil de sair dali.
Ele abriu a janela e tentou passar o seu corpo por ela, más não conseguiu, então ele recuou os passos e pensou, logo uma ideia veio em sua mente.
As escadas de emergência.
Sanzu abriu a porta do quarto e olhou para os corredores, não tinha ninguém circulando por ali, então rapidamente, foi até as escadas de emergência, e começou a descer elas de dois em dois degraus, querendo sair o mais rápido possível dali.
Quando chegou no andar abaixo, na recepção, teve que aguardar alguns minutos para que a movimentação dos corredores cessarem para no fim, ele sair.
Sentiu a sensação de liberdade tomar conta de si, ele estava fora do hospital, e para não dar problemas, apertou o passo e começou a se afastar do hospital.
Uma garoa começou a cair do céu, e em alguns minutos, engrossou, fazendo com que a roupa hospital fina que Sanzu usava se molhasse rapidamente e logo ele começou a sentir frio.
—Porcaria de chuva! — ele disse bravo.
Sanzu apertou o passo e começou a se guiar pelas placas de rua, indicando os nomes das ruas e avenidas, e ao analizar bem, Haruchiyo estava longe, ou talvez muito longe da sua casa.
—Só falta cair granizo do céu também!
╰────────╯<•>╰────────╯
S/N estava em seu carro, voltando para casa, o dia tinha sido tão cheio e tão desastroso que ela decidiu passar no shopping para se distrair ao fazer compras.
Estava tudo indo bem, até ela ficar presa no trânsito devido a chuva que engrossava cada vez mais em Tokyo.
Agradeceu mentalmente quando o trânsito circulou e finalmente, S/N pôde dirigir com mais agilidade até chegar na sua casa.
De repente, S/N viu algo que a fez parar o carro, a alguns metros de distância, ela viu uma pessoa debaixo de um estabelecimento que estava fechado, provavelmente estava se protegendo da chuva, más isso não foi a surpresa.
A maior surpresa era que aquela pessoa, de cabelo longo e rosa era familiar.
—Sanzu? — disse S/N ao abaixar o vidro para poder enxergar melhor, e tudo se confirmou, era ele.
S/N manobrou o carro e se aproximou dele e disse:
—O que você está fazendo aqui? Você fugiu do hospital?
—Isso não está óbvio? — ele disse rindo.
S/N percebeu que Sanzu estava com frio, já que ele estava abraçado com os próprios braços e tremia muito, ela não podia deixar ele ali, com risco de ele morrer de hipotermia.
—Entra no carro. — disse S/N.
Sanzu entrou no carro sem questionar e S/N disse:
—Por que fugiu do hospital?
—Eu não suportava mais ficar lá.
—Me desculpa, más eu vou ter que te levar de volta pois...
—Eu não quero e não vou voltar para lá.
S/N riu e disse:
—Você têm medo de hospital?
—Engraçadinha. — ele disse fazendo careta para S/N. —Eu não gosto de ficar parado e mofando só isso.
—Certo... más eu ainda acho que...
—Me leve para minha casa S/N. Eu te passo o endereço.
—Acha que isso vai dar certo? E se começarem a te procurar no hospital?
—O hospital têm muitos pacientes para cuidar, vai demorar para eles darem falta de mim. Vamos, por favor S/N.
S/N respirou fundo, tinha medo de saber o que poderia acontecer caso fosse pega com um paciente que fugiu do hospital, até explicar toda a situação, S/N corria risco de ser presa por sequestro.
Mesmo hesitante disse:
—Onde você mora Sanzu?
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