Bonde de delinquentes
Sanzu estava dormindo profundamente, quando sentiu uma sede, tão forte que sentiu a sua boca e garganta ficar ressecada, fazendo ele tossir.
Se virou na cama e coçou os olhos, tirou o cabelo do rosto e colocou os pés no chão, que estavam frios.
Caminhou tropeçando e ainda sonolento até a porta do quarto, desceu as escadas para ir até a sua cozinha, más quando ele estava atravessando a sala de estar, se assustou com alguém que estava deitado em seu sofá.
Instintivamente, Sanzu foi para cima e começou golpear ele diversas vezes com tapas e socos, fazendo a pessoa que estava ali lutar junto.
—SAI DA MINHA CASA! — disse Sanzu.
—CALMA PORRA! SOU EU! — disse Hanma.
Sanzu parou de bater nele, e Hanma riu, más logo Sanzu deu um tapa forte em seu rosto e disse:
—O que diabos você faz aqui? Acha que a minha casa é um hotel?
—Eu estou aqui para garantir que você vai ficar bem seu maconheiro drogado!
Sanzu franziu cenho.
—Não me chame assim!
—Eu estou mentindo por acaso?
—Não quero saber! — disse Sanzu sério.
Hanma se ajeitou no sofá e disse:
—É tão fofo ver você bravinho.
—Vai se foder Hanma!
Sanzu revirou os olhos, e foi até a cozinha, acendeu a luz e pegou uma garrafa de vidro, despejou uma boa quantidade em um copo e bebeu, repetindo quatro vezes.
Hanma riu e Sanzu disse:
—Por que você não vai dormir no quarto de visitas? Prefere ficar aí todo torto igual um frango destroncado no sofá?
—A casa não é minha.
—Más você está agindo como se fosse sua, já que está aqui sem a minha permissão.
—Tá de ferradura nova seu cavalo?
Sanzu não disse nada, apenas balançou a cabeça negativamente, e saiu da cozinha, antes de subir as escadas disse:
—Por favor Hanma, sai desse sofá.
Hanma sorriu, logo começou a subir as escadas junto com Sanzu, e depois, ambos seguiram para quartos diferentes.
╰────────╯<•>╰────────╯
Ray estava assinando fichas de alguns pacientes, na recepção, oito pacientes aguardavam a sua vez para serem chamados por S/N.
Estava tudo em silêncio, quando de repente, Ray ouviu passos e gritos eufóricos vindo do corredor do prédio, ela levantou o olhar e viu ali, no corredor três homens.
Um de cabelo raspado na lateral de olhos bem puxados e marcados, um com óculos redondos e bem vestido e por fim, um homem de cabelo rosa, que usava um terno roxo com uma gravata vermelha que ria alto.
Ray engoliu seco, e os três homens entraram no consultório, fazendo a maior algazarra, fazendo com que aquele silêncio todo acabasse.
—Silêncio por favor! — disse uma senhora.
—Shh fica quietinha aí! — disse Hajime. —Oi eu vim aqui marcar uma consulta. — ele disse e olhou para Ray.
—Ok, más a consulta poderia ser marcada por telefone também.
—Vir pessoalmente é melhor né? Assim você já fica com todos os documentos. — disse Kokonoi. —Quais documentos é necessário?
—Antes de tudo, quem vai ser o paciente?
—Quem aparenta ser o mais anormal entre nós três? — disse Hajime. —Se pensou nele, você acertou. — ele disse puxando Sanzu pelo braço.
Ray ficou olhando para os rapazes sem entender nada, não sabia se seria ou não uma boa ideia concordar ou responder as perguntas dele.
—Certo, eu preciso dos documentos do paciente, como RG e carteirinha do convênio.
Sanzu apalpou os bolsos da sua calça e do seu blazer, colocou a mão no bolso do blazer e tirou dali os documentos, más ao mesmo tempo, assim que ele puxou os documentos, um saquinho de pílulas de Ecstasy caiu no chão.
—Que droga! — disse Sanzu se abaixando para pegar.
—Literalmente droga. — disse Kokonoi rindo junto com Hanma.
—Vai pra porra Hajime! — disse Sanzu rindo e colocou os documentos no balcão e guardou o saquinho no bolso.
Ray pegou os documentos e franziu cenho ao ver o documento dele, na foto de RG, ele estava diferente, com o cabelo platinado e usando máscara, sendo que cobrir qualquer parte do rosto era considerado proibido em um RG.
—Akashi Haruchiyo?
—Não me chame assim, prefiro que me chame de Sanzu.
—Ok, Sanzu. — disse Ray. —Você já é paciente ou já passou alguma vez por consulta psiquiátrica?
—Nunca passei, e para ser bem sincero, estou aqui contra a minha vontade.
Ray respirou fundo e fez o cadastro do Sanzu no sistema, ele parecia não estar muito confortável e muito menos aceitado a ideia, já que ele estava com uma expressão séria.
Hanma se sentou em uma cadeira e começou a ler uma revista, enquanto Hajime, ficou ao lado do Sanzu, encostado no balcão, Ray sentiu um leve medo daqueles homens.
S/N abriu a porta da sua sala, e assim que Kokonoi bateu os olhos nela, a cumprimentou com um aceno de mão, e S/N repetiu o gesto.
—Você a conhece? — disse Sanzu.
—Sim. Eu disse que ela tinha cuidado de Akane. Lembra? — Kokonoi disse e depois revirou os olhos. —Eu me esqueci, você estava tão dopado e chapado que não deve nem ter escutado.
—O que eu acho mais engraçado nessa história, é vocês acharem que consultas com uma psiquiatra vai me ajudar. — disse Haruchiyo enquanto pegava uma pílula e colocava na boca. —Isso é ridículo. — ele disse após engolir.
—Independente se der certo ou não, pelo menos vamos tentar.
Sanzu revirou os olhos, e logo teve a sua atenção desviada de Hajime quando ele teve que assinar o papel, documentos e cadastrar a sua digital no sistema, após todo esse processo, Ray disse:
—Sua consulta será segunda-feira, às 16:30 certo? É o único horário e dia disponível que temos, se caso achar que não está favorável e acessível, podemos tentar marcar outro dia.
—Tudo bem, obrigado.
Assim que todo o processo foi feito, eles deixaram o consultório e entraram no elevador, Sanzu ficou encostado na parede e disse:
—Eu posso vir sozinho ok? Eu não preciso de um guarda costas.
—Alguém vai vir com você. — disse Kokonoi enquanto se olhava no espelho e arrumava o seu cabelo. —Ninguém confia em deixar você vir sozinho. É capaz de você fazer qualquer outra coisa, menos vir para a consulta.
—Parem de me tratar como se eu fosse uma criança porra! — disse Sanzu visivelmente irritado. —Eu sei me cuidar sozinho!
—Sabe se cuidar tão bem que foi preciso o Hanma dormir na sua casa para cuidar de você!
—Ele ficou lá por que ele quis! Eu não pedi e muito menos o obriguei porra!
Antes que alguém dissesse algo, a porta do elevador se abriu, e ali, parado na frente deles esperando o pelo elevador estava um garoto conhecido, de cílios longos, cabelo roxo e loiro, com um palito de pirulito na boca e um semblante de tédio.
—Wakasa? — disse Hanma.
—Tudo certo seus delinquentes? — ele disse com uma expressão neutra.
—Veio procurar ajuda médica também?
—Não, eu só estou aqui para buscar a Senju no trabalho. — ele disse e entrou no elevador, enquanto Sanzu, Kokomoi e Hanma saíram do elevador.
—Foi bom te ver, mesmo que por pouco tempo. — disse Sanzu.
—Igualmente. — disse Wakasa apertando o botão do 6° andar. —Até mais. — ele disse e fez um aceno com a mão.
—Até. — disse Kokonoi.
Assim que a porta do elevador se fechou, Hanma franziu cenho, e Sanzu disse:
—Wakasa e Senju estão juntos?
—Tá aí uma coisa que ninguém sabe. — disse Kokonoi. —Eles sempre são vistos juntos, más quando perguntamos sobre o envolvimento, eles dizem que não é nada.
—Vai saber né. — disse Hanma rindo.
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