Bloco B - Residência 379
S/N estava dirigindo a caminho da casa do Sanzu, mesmo com total concentração voltada a estrada, S/N de vez e outra olhava para Sanzu, que estava com a cabeça encostada no vidro.
Os seus dois braços, onde antes tinha acesso com agulha, estavam com sangue seco e escorrido, um tom de vermelho escuro contrariando com a pele pálida.
As roupas, por serem finas e estarem muito molhadas, acabou destacando muito o corpo estrutural dele, com o peitoral e abdômen definido, e como os braços estavam descobertos, foi visível visualizar os bíceps definidos e estruturado dele.
"Ele até pode ser um delinquente, más ele é muito bonito, excêntrico eu diria, porém muito bonito... atraente!"
Sanzu olhou para S/N de repente e disse:
—Olha o assédio hein? — ele disse e riu.
—Que absurdo Akas... Sanzu. — disse S/N e logo focou o olhar e atenção na estrada que estava dirigindo. —Eu nem estava te olhando.
—Concordo. — ele disse e fez uma pausa dramática. —Você não estava me olhando, você estava babando por mim.
—Por que eu estaria babando por você?!
—Dizem que as mulheres se atraem por caras e coisas diferentes possamos dizer.
S/N sentiu suas bochechas queimarem, e no mesmo segundo mordeu a boca com força, se culpando por não ter sido mais discreta.
—Enfim Sanzu. — disse S/N olhando para o Waze. —Estamos quase no destino.
Sanzu deu uma risada baixinha e disse:
—Como quiser, taxista.
╰────────╯<•>╰────────╯
No meio do caminho, a chuva que antes estava de intensamente média, de repente engrossou, e ficou uma chuva forte, tão forte a ponto dos galhos das árvores balançarem freneticamente, fazendo até alguns se quebrarem e serem arrastados pelo vento.
—Não tinha previsão de chuva para hoje, tinha? — disse Sanzu enquanto limpava o vidro embaçado do carro. —Que porra.
—Tinha previsão de chuva... más eu não imaginei que seria tão forte assim. — disse S/N.
Ao chegar no Condomínio Yuri Sam, S/N estacionou o carro na portaria, más Sanzu não desceu do carro, ele apenas olhou para ela e disse:
—Não posso te deixar voltar para a sua casa dirigindo nessa chuva.
—É só um temporal.
—Temporal caótico você quis dizer né? — disse Sanzu rindo. —Olha lá fora. Até os carros que estão estacionados estão saindo de onde estão. Acha realmente seguro dirigir até a sua casa?
—E você acha seguro eu ficar no carro ou na casa de um delinquente?
Sanzu fixou o olhar em S/N, fazendo ela se sentir sem graça e arrependida por não ter medido suas palavras.
—Me desculpa Sanzu, eu...
—Eu já estou acostumado com as pessoas me julgarem por eu ser um delinquente, portanto, não se preocupe. — ele disse enquanto tirava o cinto de segurança. —Eu não vou te machucar ou tentar fazer algo ruim com você se é isso que está pensando, más eu entendo o que você está imaginando. Obrigado por me trazer até aqui.
Antes de Sanzu abrir a porta do carro, S/N segurou no braço dele e disse:
—Eu vou ficar para cuidar de você.
Sanzu franziu cenho e disse:
—Não há nada de errado comigo. Pode ir embora.
—E esses ferimentos no braço?
—São só ferimentos S/N. — ele disse e olhou para ela com intensidade, S/N podia até mesmo ver o brilho e a bela cor de olhos que ele tinha, um azul brilhante como safira. —Eu vou ficar bem.
—Sanzu, eu não posso deixar você nesse estado sozinho. E pensando bem, não é seguro eu dirigir nesse temporal.
Sanzu deu um leve sorriso e disse:
—Vou pedir autorização na portaria.
╰────────╯<•>╰────────╯
S/N estacionou o carro na imensa garagem do Sanzu e assim que ambos desceram do carro, eles sentiram uma forte rajada de vento frio fazendo S/N abraçar os braços.
—Esse sofrimento já vai acabar. — disse Sanzu ao digitar a senha na porta.
Assim que a porta se abriu, Sanzu acendeu a luz, e ali se revelou uma bela casa, com uma sala de estar e jantar enorme junto com uma cozinha grande com bancadas de mármore branco.
—Bem-Vinda a minha humilde residência.
—Humilde? Só essa sala é o tamanho do meu apartamento. — disse S/N rindo.
—É simples para mim. — ele sorriu. —Eu vou tomar um banho, preciso tirar essa roupa hospitalar e me vestir mais confortavelmente. Portanto, fique a vontade.
S/N olhou para Sanzu e deu uma risada baixinha, e se sentou no sofá e disse:
—Quando você terminar o banho, se tiver um kit de primeiros socorros, pode trazer.
—Está certo, doutora S/N.
Sanzu subiu as escadas, S/N acompanhou ele com o olhar e assim que ele sumiu do seu campo de visão, S/N focou o olhar a sua volta.
Na sua frente, no rack da sala, havia porta retratos, e curiosa, S/N se levantou do sofá para poder observar eles mais de perto.
Eram quadros com várias pessoas, e ela acabou reconhecendo algumas, como por exemplo Hajime, Kazutora, Baji e os irmãos Haitani.
S/N sorriu, Sanzu não parecia ser um delinquente louco, ele até poderia ser, más por baixo disso tudo, tinha uma pessoa carinhosa.
Um porta retrato em específico chamou a atenção de S/N, era Sanzu, com aparentemente 9 ou 10 anos, na foto em si, ele estava ao lado de um garoto de estatura baixa, com o cabelo loiro solto e um olhar expressivo.
Ao reparar bem na foto, S/N pôde notar que as cicatrizes de Sanzu não existiam, sua pele não tinha um único dano.
"Isso quer dizer que Sanzu teve as cicatrizes na boca anos mais tarde?"
De forma instantânea, a pergunta de S/N foi respondida por uma foto que estava solta, atrás de alguns quadros.
Ela o pegou e ali mostrava Sanzu, com a mesma idade porém em um quarto de hospital com dois curativos nos dois cantos da boca, e mesmo pela qualidade da foto sendo um pouco ruim por aparentar ser antiga, era possível perceber que os curativos da boca estavam com sangue.
"Sanzu teve as cicatrizes na infância?"
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