Atitudes
Assim que Sanzu chegou no prédio comercial, foi até o elevador e clicou no andar para buscar a sua irmã Senju no trabalho.
A Akashi mais nova trabalhava como menor aprendiz em um escritório de consultoria, Sanzu ficava super feliz por ver a sua irmã traçando uma boa carreira.
—Oi! — disse Senju.
—Oi pestinha! — ele disse e bagunçou o cabelo da irmã mais nova. —Vim te buscar, me diz, você quer que eu te leve para casa ou você quer ir comigo para a festa da Bonten?
—Me leve para casa, eu tenho atividades e tarefas do colégio para terminar. E o Wakasa disse que vai passar lá para me ajudar a estudar para a prova de matemática.
—Tudo bem eu vou... — Sanzu não terminou de dizer a frase, pois a sua atenção foi desviada quando ele olhou para uma porta familiar que estava com uma fita amarela e com uma plaquinha.
Ele se aproximou até a porta e leu a placa.
Consultório fechado, desculpe pelo transtorno.
Ele sentiu o seu coração errar as batidas, ele tentou olhar por baixo do vidro fumê da porta e conseguiu ver mesmo que de maneira fraca, que o local estava vazio.
—S/N... não, não, NÃO!
Senju franziu cenho, olhou para ele e disse:
—Ei, o que aconteceu Sanzu?
Ele apenas respirou fundo e disse:
—Não é nada. Vamos embora.
╰────────╯<•>╰────────╯
Na sede da Bonten nem toda euforia, bebida e diversão entre os membros novos da organização criminosa foi capaz de fazer Sanzu esquecer S/N e o seu consultório fechado.
Ele sentiu uma sensação estranha e nova em seu corpo, uma sensação de aflição misturado com outras coisas que ele não sabia o que era.
Quem notou que Haruchiyo estava estranho foi Rindou, que no mesmo instante, saiu da mesa de bilhar e caminhou até Sanzu, se sentando ao lado dele na mesa e disse:
—Sanzu? O que aconteceu? Você está todo esquisito.
—Não é nada. Eu só não estou com muita bateria social hoje.
—Você estava tão bem quando chegou. Ei, aconteceu alguma coisa entre você e a Senju?
Quando Sanzu ia responder, Hajime apareceu, jogou o cabelo para o lado e disse:
—Meu santo Bonten! Até que enfim eu te achei Sanzu!
—Aconteceu alguma coisa?
—Akane e eu estávamos conversando ontem, e ela me disse que a sua psiquiatra S/N não trabalha mais naquele prédio comercial. Eu tentei ligar para ela más ela também não atendeu.
—Ela mudou de número também?! — disse Sanzu aflito. —Como? E por que? Por que ela fez isso?
Hajime olhou para Rindou surpreso, nunca na vida dele ele viu Sanzu daquele jeito, tão preocupado com alguém.
—Eu fui buscar a Senju no trabalho, por que ela saiu mais cedo, aí eu vi que o consultório da S/N fechou. Eu estava gostando tanto dela.
Rindou franziu cenho e disse:
—Você está apaixonado pela S/N? Por isso esse desespero todo?
Sanzu ficou estático, ele olhou para Hajime e depois para Rindou, não sabia o que fazer ou dizer.
"Porra eu acho que eu falei demais!"
Ele coçou a cabeça e devido ao impulso, saiu correndo para fora da sede da Bonten, com raiva e ódio por algo ou alguém ter afastado S/N dali.
Foram poucas vezes que ambos se viram, más essas poucas vezes foi o suficiente para Sanzu gostar da pessoa que S/N era, ele queria poder ter mais tempo, para conhecer ela melhor, más agora tudo parecia ter sido tirado dele.
Ele pegou um tijolo que estava ali e arremessou contra a parede e começou a chorar.
—Por que? POR QUE?! — ele disse e uma lágrima escorreu. —Aquele maldito Kisaki... aquele fodido do Kisaki... é tudo culpa dele!
Sanzu ficou fora de si gritando, chorando e arremessando tudo o que encontrava em seu caminho.
Ele olhou para a sua moto e subiu nela, ligou o motor e saiu se afastando de onde estava, seguindo caminho sem rumo, na esperança de encontrar S/N andando pelas ruas de Tokyo.
"Por favor S/N! Você era a minha esperança de me fazer mudar... por que você fez isso?"
╰────────╯<•>╰────────╯
S/N olhou para o seu apartamento, todas as suas coisas estavam em caixas, os móveis estavam cobertos e a sua animação por morar no coração de Tokyo simplesmente se foi.
Se sentou no chão, abraçou os joelhos e começou a chorar.
"O que deu na minha cabeça de namorar com aquela psicopata? Por que eu fui me envolver com aquele doido?"
S/N encostou a cabeça na parede e secou as lágrimas, e quando virou a cabeça para o lado ela viu algo que a fez parar de chorar.
Ali, encima de caixas, estava uma camiseta branca com o símbolo da Bonten.
Ela pegou a camiseta e sorriu, ela ainda tinha o cheiro do perfume do Sanzu, S/N a deixou separada para poder devolver para ele, só não sabia quando e como faria isso.
—San, me desculpa más eu não vou devolver... é a minha única maneira de eu sentir você comigo.
Desde o ocorrido da chuva forte e repentina de Tokyo, junto com a fuga do Sanzu do hospital e os beijos ardentes que ambos deram um no outro, S/N não tirava ele da sua cabeça.
Nunca acreditou em amor a primeira vista, más após tudo isso ocorrer com o seu paciente da Bonten, Akashi Haruchiyo, S/N passou a acreditar que poderia estar sim apaixonada por ele.
Ela se sentiu enfeitiçada, atraída e louca por aquele homem de cabelo rosa com cicatrizes nos dois cantos da boca, ele era diferente, excêntrico, com um jeito e estilo próprio e único.
S/N começou a revirar as caixas, procurando um papel e uma caneta, e depois de abrir cinco caixas, conseguiu achar.
Se sentou novamente no chão apoiando o caderno na sua perna, tirou a tampa da caneta e respirou fundo.
Tentou escrever, começando com uma frase simples, más logo riscou o que escreveu e jogou o papel fora.
"Você é uma psiquiatra S/N! Escrever uma carta pode mesmo ser mais difícil do que cuidar de pacientes com transtornos mentais?!"
Respirou fundo, e logo começou escrevendo outra frase, desta vez se sentindo mais segura e satisfeita.
"Sanzu Haruchiyo..."
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro