S/N suspirou fundo, pela pouca informação rala que conseguiu ter sobre o seu paciente novo, já foi o suficiente para sua preocupação, afinal, tratar e cuidar de um paciente viciado em narcóticos era algo difícil, S/N tinha total noção disso.

Seu consultório fechava mais cedo aos sábados, então aproveitou que teria o sábado todo livre para poder estudar e ter uma base de conhecimento para começar a tratar aquele paciente.

O que deixava S/N com a pulga atrás da orelha era que pela foto do documento, ela não conseguia ver muito bem o paciente, afinal ele usava uma máscara, cobrindo a boca e o nariz.

"Como ele conseguiu tirar esse RG?!"

Olhou a ficha dele, e analisou cada detalhe:

Nome completo: Akashi Haruchiyo

Idade: 20 anos

Data de nascimento: 03/07/1990

Sexo: Masculino

Naturalidade/Procedência: Japão - Tokyo, Rua Wazu Hisaki, centro - (Condomínio Yuri Sam, bloco B - residência 379)

Profissão: Não identificado

Estado Civil: Solteiro

Religião: Não identificado

Problema notado: Usuário de entorpecentes e bipolaridade

S/N percebeu que teria que passar o seu final de semana para estudar e encontar as melhores hipóteses e saídas para ajudar o paciente, o então Akashi Haruchiyo, paciente esse que tinha um RG proibido.

"O que será que me espera na segunda?"

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Sanzu, Draken e os irmãos Haitani, estavam no atelier do Mitsuya, que trabalhava a todo vapor para o novo uniforme deles, mesmo sendo de gangues diferentes, eles se davam bem, depois que Mikey resolveu fazer um "acordo de paz" entre as gangues, exceto a Black Dragon, liderada pelo carrasco Shiba Taiju.

Mitsuya costurava os uniformes, Draken e Kokonoi colocavam os uniformes dentro do pacote com o emblema do atelier do Mitsuya, Rindou e Ran colocavam os uniformes separados por gangues em caixas, enquanto Sanzu ficou tomando da irmã do Mitsuya, Luna.

—A Barbie não vai se casar com o Max Steel! — disse Sanzu sério.

—Por que? — disse Luna.

—Por que eu não quero! Ele têm estabilidade financeira? Estabilidade emocional?! — respondeu Sanzu.

Todos começaram a rir, assim como Mitsuya, que disse:

—Pega leve Sanzu. Ela é uma criança.

—Nada disso! Desde criança ela deve entender que na vida, nem tudo são flores.

Hajime olhou para Draken e disse:

—Sanzu é um caso perdido.

Eles riram e minutos depois ouviram o sininho do atelier tocando assim que a porta de abriu, Mitsuya direcionou o seu olhar, e ali viu a sua outra irmã, Mana.

Ela estava com Baji, que tinha buscado ela na escola, Mana estava com uma cara séria e brava.

—Ei pequena. — disse Ran. —O que aconteceu?

—Nada.

Ran se abaixou na altura da Mana e disse:

—Têm alguém te irritando na escola?

Mana assentiu positivamente, e Ran disse:

—Olha, quando ninguém estiver olhando, você pega um tijolo e arremessa sem dó.

—Porra Ran, essa é a sua maneira de resolver as coisas? — disse Rindou.

—Cala a boca!

—Desse jeito vocês vão traumatizar a menina! — disse Sanzu.

—Falou o tio exemplar que a poucos minutos atrás, estava falando que a Barbie não ia se casar com o Max Steel por ele não possuir estabilidade financeira e emocional. — disse Draken.

Todo mundo começou a rir, Sanzu franziu cenho e jogou uma caixa em Draken e disse:

—Eu só não te dou uns tapas por respeito as meninas.

—Não é por isso, você está com medo?

—Ui! — disse Ran.

—Vou pegar uma maquininha de cortar cabelo e raspar a sua cabeça e depois meter um soco nessa sua cara! — disse Sanzu enquanto arrumava seu blazer. —Aí você vai ver que medo não é algo que eu tenho!

—Vamos parar de brigar gente. — disse Mitsuya. —Vocês são piores do que crianças de creche, fala sério.

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Atividades lúdicas e ocupacionais para usuários de entorpecentes

Essa era a pesquisa na barra do Google no notebook de S/N, que estava a cerca de uma hora e meia procurando ideias diferentes para tratar pacientes nesse estado.

Haruchiyo não era o único paciente que apareceu no seu consultório para tratar vícios, más devido ao fato de ele aparentemente ser instável, somente lendo as informações pessoais dele na ficha, já dava para se ter uma ideia.

No caderno, S/N havia feito diversas anotações, escrito suas ideias e pensamentos, e fez uma breve revisão, e por fim respirou fundo, decidiu deixar o restante para a consulta, pois só tendo uma sessão com o paciente que seria possível saber como seria o andamento.

Desligou o notebook, e foi até o banheiro, se despiu, e colocou seu corpo cansado debaixo da água morna do chuveiro.

A água escorria em seu corpo, as gotas de água dançavam e deslizavam em seu corpo, seus cabelos já estavam úmidos, e S/N se concentrou apenas no barulho do chuveiro e no cheiro gostoso e doce do seu sabonete.

A hora do banho, era a hora mais importante da vida de S/N, pois acreditava que durante o banho, toda a impureza do dia, saía do seu corpo e ia embora pelo ralo, limpando sua essência.

Após o banho, se secou e se vestiu com uma roupa larga e confortável, foi para a cozinha e agradeceu mentalmente por ali ter um pedaço de pizza que havia sobrado.

Esquentou a pizza no microondas, e depois se sentou no sofá, comendo e assistindo TV, em um programa da qual tanto gostava, e era tão de seu interesse que S/N acabou perdendo a noção do tempo.

—Meu Deus! — disse S/N ao olhar no relógio digital encima da estante, nele marcava 02:48 da madrugada.

Rapidamente desligou a TV, e deixou o prato na pia, fez a sua rotina noturna e por fim se deitou na cama, sentindo a maciez do seu colchão e do seu edredom.

—Eu esperei por esse momento durante o dia todo. — disse para si mesmo.

Se deitou e se acomodou em uma posição confortável, e minutos depois, devido ao cansaço do dia, adormeceu.