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32. Sob as luzes do palco


Gabriel estava deslumbrado com as cores vibrantes do palco, imerso no ritmo envolvente da música que ecoava do grande piano branco. Ao piano, uma jovem de longos cabelos louros usava um delicado vestido branco, suas mãos deslizando pelas teclas com graça. Não muito distante dela, sob o foco das luzes e dos olhares atentos da plateia, estava ele—com seus cabelos volumosos, lembrando lã de ovelha—vestindo um traje principesco de ébano adornado com detalhes avermelhados. Movia-se pelo palco com saltos precisos e piruetas calculadas, sua expressão mesclando concentração e intensidade. Ao seu lado, uma jovem de pele clara e cabelos longos e escuros acompanhava seus movimentos com igual destreza.

Seu longo vestido azul-claro realçava a elegância de sua silhueta, e seus passos narravam uma batalha silenciosa travada dentro de si. A cada giro, afastava-se de Gabriel, e em seus olhos havia um misto de dúvida e determinação, como se a dança fosse uma metáfora para seu conflito interno.

Então, as luzes se voltaram para um novo personagem. Um pouco mais baixo que Gabriel, trajando vestes reais em tons mais claros, Diego emergiu no palco. O coração de Gabriel se encheu de alegria ao reconhecê-lo—seu melhor amigo. Sentiu a mesma euforia de sempre ao vê-lo tão próximo, um sentimento familiar e reconfortante.

Naquela noite, Diego parecia um príncipe saído de um conto de fadas. Seu rosto belo, o fino bigode e os olhos penetrantes fizeram Gabriel esquecer, por um breve instante, sua deixa na coreografia.

Rapidamente, ele se recompôs, e os dois iniciaram uma magnífica dança. Moviam-se em perfeita sincronia, refletindo os gestos um do outro. Curvavam-se, erguiam os braços diante dos rostos, esticavam as pernas com precisão e rodopiavam em harmonia. Cada passo bem ensaiado os conduzia ao clímax da música. Ao redor do corpo inerte da jovem princesa, os príncipes se enfrentavam, girando, saltando, competindo por sua atenção enquanto o som do piano se tornava mais intenso, acompanhado pela entrada dramática dos violinos.

No instante final, o príncipe negro começou a se afastar, deixando apenas Diego e a jovem no palco para encerrar o ato.

O espetáculo chegou ao fim, e os dançarinos voltaram ao palco para os aplausos. Gabriel, no papel do magnífico príncipe negro, sentiu o coração acelerar ao ver a plateia de pé, aplaudindo com entusiasmo. O trio principal avançou alguns passos à frente, e as luzes os iluminaram, arrancando ainda mais aclamações e assobios.

Gabriel sorriu ao ver a expressão radiante de Diego—seu rosto corado, o sorriso largo, a felicidade estampada em cada traço. Ele curvou-se uma, duas, três vezes, mas os aplausos não cessavam. Quando finalmente voltaram para junto dos outros dançarinos, as cortinas vermelhas começaram a se fechar lentamente.

— Gabriel!

O jovem vampiro sentiu os olhos marejarem ao reconhecer a voz. Diante dele, sua mãe o esperava de braços abertos.

Ah, como sentira falta dela! Do perfume, do calor, da segurança de seu abraço, o único lugar no mundo onde se sentia verdadeiramente protegido.

Quando sua mãe avistou Diego, seu semblante endureceu por um breve segundo antes de explodir em risos. Abraçou-o e depositou um beijo carinhoso em sua bochecha.

— E então, o que achou? — perguntou Gabriel, animado, mantendo a mãe aninhada contra seu peito. Era curioso como os papéis haviam se invertido. Antes, ele é quem se aconchegava nos braços dela, e agora, era ele quem a envolvia em seu abraço protetor.

— Tá brincando?! — exclamou a mulher, arregalando os olhos. Encarou-o por um instante, o silêncio pairando entre os dois antes que um grande sorriso se abrisse em seu rosto. — Foi a coisa mais linda que já vi! Você estava maravilhoso!

Gabriel riu, sua alegria ecoando pelos corredores do teatro.

— E você também estava incrível, meu querido! — disse ela, acariciando o rosto de Diego.

— Para! O Gabriel que roubou toda a cena, tia! — Diego respondeu, rindo.

Gabriel sentiu um calor familiar no peito. Como havia sentido falta desses momentos.

— Você volta para casa hoje, meu bem? — perguntou sua mãe.

— Não, o pessoal vai comemorar o sucesso do espetáculo em um clube aqui perto.

Ele já estava quase saindo em direção ao camarim quando a mãe o chamou de volta.

— Boa festa, meninos! E Diego, mande um beijo para sua mãe!

Diego acenou em resposta, e os dois seguiram para o camarim.

Os minutos passaram, e no camarim masculino, os dançarinos estavam ocupados se trocando e se refrescando após a exaustiva apresentação. Alguns já estavam seminus, limpando o suor com toalhas.

Gabriel, sentado diante do espelho da penteadeira, retirava a maquiagem com um pequeno pano umedecido. Ao seu lado, Diego vestia apenas uma cueca boxer branca, o suor destacando suas formas.

Gabriel lançou um olhar para o amigo e riu.

— Você não vai trocar isso, não? Imagina o cheiro aí dentro... — provocou, acenando uma mão diante do rosto como se afastasse um odor desagradável.

Diego ergueu o dedo médio e respondeu no mesmo tom brincalhão:

— Chupa meu ovo, vai!

Ambos caíram na gargalhada. Gabriel pegou um dos panos que usava para se limpar e jogou em Diego, que revidou de imediato.

O grupo terminava de se arrumar. Gabriel ainda precisava tirar o figurino. Retirou a camisa primeiro, revelando o tronco magro, mas definido. Encarou o próprio reflexo por um instante e murmurou para si mesmo:

— Ainda não está bom o bastante...

Depois, abaixou as calças brancas, revelando as pernas torneadas e úmidas de suor. Pegou uma toalha e secou-se antes de remexer a bolsa em busca de roupas limpas.

Encontrou uma calça de moletom cinza e a vestiu. Passou a toalha pelo peito, pela barriga e pelas costas, pegou um desodorante metálico e aplicou uma camada generosa. Inspirou profundamente.

— Acho que dá pra aguentar.

Por fim, vestiu uma regata branca justa e passou um pouco de perfume. Antes de sair, deu uma última ajeitada nos cabelos rebeldes.

Foi quando Cris, sua parceira de dança, bateu na porta.

— Gabriel, tem certeza que você não foi mulher em outra vida? Puta que pariu, nunca vi alguém demorar tanto pra se arrumar!

Ele riu, envergonhado.

— Desculpa, Cris! Já tô terminando.

Finalizou os últimos retoques, fechou a bolsa e jogou-a no ombro.

Então, finalmente, saiu do camarim.

Gabriel precisou se desvencilhar das inúmeras pessoas que haviam presenciado a cena entre ele e Diego no meio da pista. Alguns o encaravam curiosos, outros pareciam sentir pena. Após certo esforço, conseguiu chegar onde queria. Entrou no banheiro, sentindo até mesmo a porta parecer pesada demais. O ar lhe faltava no peito—estaria tendo uma crise de pânico? Não conseguia pensar em outra coisa senão no seu vacilo.

Buscou uma cabine vazia. Precisava sentar, colocar as mãos na cabeça e chorar. O medo crescia dentro dele, medo de como as pessoas o veriam dali em diante, medo de que o comportamento de seus amigos mudasse depois do que ele havia feito.

Estava apavorado com a ideia de ser rejeitado. Em sua mente, via Diego contando tudo para Cris, imaginava a expressão da amiga ao ouvir as palavras do melhor amigo. O ar lhe faltava ainda mais, e as paredes pareciam se fechar ao seu redor.

Uma tristeza imensa o invadiu, e as lágrimas romperam em abundância. Gabriel se esforçava para não soluçar, para não chamar atenção. Não sabia quanto tempo passou ali, apenas sentia o corpo pesado e a mente embaralhada.

Quando finalmente reuniu forças para sair, deu de cara com um estranho. Reconheceu-o na mesma hora: Victor, o vampiro que o havia sequestrado. O homem o encarava com olhos cheios de malícia. Com um olhar sugestivo, convidou Gabriel a entrar na cabine ao lado. E, por alguma razão, ele obedeceu.

Os dois se beijaram com urgência. Os toques e carícias eram intensos. Victor deslizou as mãos pelo tecido da regata branca de Gabriel, suas unhas causando arrepios em sua pele. Gabriel segurava firme o rosto do vampiro, enquanto as mãos de ambos exploravam os corpos um do outro, enviando ondas de choque através da pele.

Prensado contra a parede gelada, Gabriel sorriu ao sentir o choque térmico. Tudo estava indo bem, até que, de repente, seu corpo começou a enrijecer. Tentou se mover, mas não conseguiu. Victor cessou os beijos e, com um olhar sádico, sussurrou em seu ouvido:

— Tudo bem se quiser fechar os olhos, não tem problema algum...

A voz dele lhe causava uma sensação estranha. Antes que pudesse reagir, Victor puxou um canivete enorme de sua bota. Os olhos de Gabriel se arregalaram. Queria gritar, mas a voz morreu em sua garganta. Não levou mais do que alguns segundos para que a lâmina atravessasse sua barriga, e o sangue vertesse do ferimento.

Para tornar tudo ainda mais bizarro, Gabriel viu o rosto de Victor se transformar em algo nada humano. O horror tomou conta de seu ser. Tentava gritar, pedir por ajuda, mas apenas mais lágrimas escorriam de seus olhos. Victor aproximou-se de seu pescoço, e uma dor lancinante o atravessou quando os dentes protuberantes do vampiro perfuraram sua carne. O último vestígio de consciência de Gabriel foi o gosto metálico do sangue em sua boca.

Sua consciência ia e voltava. Entre flashes, viu Victor despejar seu próprio sangue contra seus lábios feridos. O vampiro sorriu de maneira macabra, seus olhos brilhando como rubis no meio da escuridão e do som abafado da música.

Agora, de volta ao presente, Gabriel soltou o braço de Victor, o mesmo homem que lhe ceifara a vida semanas atrás. Seus olhos continuavam úmidos, e o sangue manchava seu rosto magro, evidência de que havia chorado em sua viagem ao passado.

— Ainda não entendo como você não se tornou um Ghoul como ela — disse Victor, apontando para Vanessa, que continuava encolhida, grunhindo de dor. — Mas isso não importa!

Ele se afastou e soltou Gabriel de seu poder misterioso.

— O que vai fazer comigo? — Gabriel perguntou, ainda sentindo o corpo dormente.

— Te ofereço um acordo — Victor respondeu, aproximando-se novamente.

— Que tipo de acordo?

— Que tal descobrir os segredos que o seu estimado Conselho dos Sete tem escondido de você? Dependendo do que você encontrar, te darei tempo para decidir se quer fazer parte de algo muito maior. Algo que mudará esse sistema hipócrita desses malditos.

— E se eu não quiser fazer parte do seu plano? — Gabriel o encarou, desafiador.

— Te deixarei ir com seu bichinho de estimação e quem sabe com um outro presentinho — disse Victor, suas últimas palavras enviando um arrepio gélido pela espinha de Gabriel. Ele pensou no pior: sua mãe correndo perigo. — Logo descobrirá que sou muito mais honrado em minha palavra do que aquele que te acolheu. Mas não tenha pressa, sirva-se do seu brinquedinho, depois discutiremos nosso plano.

Com isso, Victor desapareceu na escuridão do quarto, deixando Gabriel sozinho com Hélio, que aos poucos recobrava os sentidos.

O jovem vampiro podia sentir a tensão no ar. O mais assustador era que ele ainda não fazia ideia do quão grandiosa era a trama da qual fazia parte.


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