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25. Segredos na penumbra

Ao sair do apartamento de Dona Cida, Rodrigues sentia-se mais frustrado do que nunca. O peso das perguntas não respondidas apertava seu peito, e ele sabia que aquela sensação não o abandonaria tão cedo. O policial parou no corredor, fitando a porta fechada atrás de si, como se esperasse que a velha senhora mudasse de ideia e lhe chamasse de volta com alguma revelação bombástica. Mas o silêncio reinava absoluto.

Rodrigues passou a mão pelo rosto, exausto. Como diabos Gabriel teria entrado no prédio sem ser visto? O sistema de câmeras não mostrava nada suspeito, mas Diego claramente tentava fugir dele nas imagens. Se eram tão bons amigos, qual era a razão do pânico evidente no rosto do garoto? — Algo não se encaixava, e o instinto do policial zunia em sua cabeça como um alarme prestes a disparar.

— Será que Gabriel fez mais alguma visita? — murmurou para si mesmo, sabendo que o vazio do corredor não lhe daria resposta.

O elevador desceu devagar, e Rodrigues observou seu próprio reflexo na porta metálica. Olheiras fundas, barba por fazer e uma expressão abatida. O caso estava drenando o pouco que lhe restava de paciência. O tempo jogava contra ele. Algo dentro de si dizia que precisava agir rápido, mas onde diabos ele deveria procurar?

Ao pisar no térreo, acenou para o porteiro, que o havia tratado com presteza, e caminhou até seu carro. O ar noturno lhe agraciava com carinho materno, mas não o suficiente para dissipar a inquietação que latejava em sua mente. Antes de entrar no veículo, lançou um último olhar ao prédio, como se esperasse ver Gabriel ou Diego surgirem na entrada e explicarem tudo. Mas a rua estava vazia, os postes lançando sombras alongadas pelo asfalto rachado.

Dentro do carro, largou as chaves no banco do passageiro e pegou o envelope marrom que carregava. As imagens enviadas até seu apartamento estavam ali, imóveis, esperando para serem decifradas. Ele encarou o papel áspero, sentindo-se ridículo por esperar que algo saltasse dele como uma resposta evidente. Mas tudo o que encontrou foi o silêncio, opressor e enervante.

Suspirou e fechou os olhos. O grito do balconista da padaria ecoou em sua mente, trazendo consigo o cheiro úmido do beco onde o vira pela última vez. O medo nos olhos do rapaz era um lembrete de que Rodrigues estava lidando com algo muito maior do que parecia.

— Essa merda vai te deixar louco... — murmurou, repetindo as palavras que Lemos, sua parceira, com certeza lhe diria.

Sentia que estava perdendo o controle, girando em círculos dentro de um labirinto sem saída. Precisava respirar, precisava dormir. Mas sabia que a tranquilidade não viria tão facilmente.

Ligou o carro, lançou um último olhar para o envelope e partiu em direção a Osasco, onde seu apartamento o aguardava. O asfalto passava sob os pneus, as luzes da cidade piscavam como fantasmas distantes, mas Rodrigues sabia que essa noite, assim como todas as outras desde que esse caso começou, não lhe traria descanso.

Rodrigues demorou muito a cair no sono. O peso das perguntas não respondidas o mantinha desperto, a mente girando como engrenagens enferrujadas que recusavam parar. Ele rolou na cama inúmeras vezes, virou o travesseiro na tentativa inútil de encontrar uma posição mais confortável e pegou o relógio de pulso sobre a penteadeira para checar as horas mais vezes do que gostaria de admitir.

2h37.

O silêncio do apartamento era sufocante. Apenas o barulho distante de um carro passando pela rua e o zumbido da lâmpada no corredor preenchiam o ambiente. Mas então vieram os cães. Latidos incansáveis ecoavam pela vizinhança, como se algo invisível os inquietasse. Rodrigues apertou os olhos, tentando ignorá-los, mas a sensação de alerta se cravou em sua pele como um espinho. Algo estava errado.

3h12.

Ele virou para o lado, depois para o outro. As sombras projetadas pelo poste da rua criavam formas estranhas no teto, e sua mente não desligava. Cada vez que fechava os olhos, flashes desconexos vinham à tona: o rosto pálido de Diego no hospital, a expressão assustada do balconista da padaria no beco, a imagem borrada de Gabriel nas câmeras de segurança. Mas foi quando sua mente se fixou na lembrança da manhã no hospital que seu corpo pareceu congelar.

Ele estava lá de novo, parado no corredor branco e iluminado de forma artificial, sentindo o cheiro forte de desinfetante que impregnava suas narinas. Estava prestes a entrar no quarto de Diego quando notou o vulto de alguém passando apressado.

Uma garota de cabelos azuis.

Ela saiu do quarto com passos firmes, quase furiosos, como se estivesse fugindo de algo. Rodrigues franziu o cenho. Naquele momento, a visão fora rápida demais para se agarrar a qualquer detalhe, mas agora, no silêncio da noite, a cena se desenrolava em sua cabeça como um filme em câmera lenta. A tensão nos ombros da garota. O modo como ela apertava as mãos em punhos. O olhar baixo, evitando contato visual com qualquer um no corredor.

Ela não saiu dali apenas incomodada. Ela saiu transtornada.

As palavras de Dona Cida ecoaram em sua mente como um disparo: "Meu filho tinha saído para encontrar a amiga naquela mesma noite."

Rodrigues abriu os olhos de súbito, sentando-se na cama como se tivesse levado um choque. O peito subia e descia rapidamente, o coração acelerado em uma batida descompassada.

4h13.

O tempo parecia ter desaparecido entre um pensamento e outro. Ele esfregou o rosto, tentando afastar o torpor do sono inacabado, mas a adrenalina já percorria suas veias. Precisava agir.

Ele se levantou às pressas e caminhou até a sala, acendendo a luz com um estalo seco. Piscou algumas vezes até a visão se ajustar e então fixou os olhos na mesa. O laptop continuava aberto, a tela ainda iluminada, ao lado do envelope pardo com as fotos de Gabriel e algumas anotações soltas. Com um gesto brusco, espalhou o material diante de si, buscando desesperadamente um nome, um rosto, qualquer coisa que o levasse até aquela garota.

A amiga.

Ela sabia de algo. Se Diego saiu para encontrá-la naquela noite, havia um motivo. Alguma coisa foi dita, algo que a perturbou a ponto de sair daquele jeito do hospital.

Rodrigues passou a mão pelos cabelos curtos, o olhar fixo nos papéis, a mente girando a mil.

Não conseguiria dormir enquanto não a encontrasse.

E, se sua intuição estivesse certa, ela poderia ser a chave para desvendar esse maldito caso.

O sol já tinha se levantado, tingindo o céu com tons vivos de amarelo e laranja, dissolvendo lentamente os últimos vestígios da escuridão. A luz filtrava-se pelas frestas das cortinas, lançando sombras alongadas sobre o chão da sala. Rodrigues piscou algumas vezes, os olhos ardendo de cansaço. Não se lembrava exatamente de quando tinha adormecido, mas o peso nos ombros e a dor latejante na nuca denunciavam que o descanso fora insuficiente.

Com olheiras profundas, levantou-se da cadeira onde estivera mergulhado em papéis, tentando conectar informações dispersas, buscando um nome, um endereço, qualquer pista. A sala continuava uma bagunça. Sobre a mesa, folhas espalhadas dividiam espaço com o laptop ainda aberto, sua tela azulada projetando um brilho frio e impessoal. Ao lado, um envelope pardo, amassado nas pontas de tanto ser manuseado.

Rodrigues suspirou, passando a mão pelo rosto enquanto caminhava arrastando os pés até a cozinha. O cheiro agridoce de vinho ressecado o fez franzir o nariz antes mesmo de alcançar a mesa. A garrafa, agora quase vazia, permanecia ao lado do copo, uma lembrança silenciosa do jantar solitário da noite passada.

Pegou um copo de metal e, com gestos automáticos, acendeu o fogão, deixando a chama tímida lamber a base do recipiente. A água começou a aquecer, mas ele não esperou. Subiu para o banheiro, os passos pesados ecoando no assoalho.

Encarou o próprio reflexo no espelho. O rosto pálido, a barba por fazer, o olhar cansado. Abriu a torneira e jogou um punhado de água fria no rosto, sentindo o choque contra a pele. Escovou os dentes apressadamente, passou os dedos pelos cabelos desalinhados e, ainda sem energia, pegou o telefone sobre o balcão.

Ligou para Marcos.

A voz sonolenta do parceiro soou do outro lado da linha, mas ele não fez perguntas. O pedido de Rodrigues poderia parecer estranho para qualquer outra pessoa, mas Marcos, veterano de muitas noites insones, apenas soltou um suspiro pesado antes de concordar.

Quase meia hora depois, uma notificação iluminou a tela do celular.

"Tem algumas ocorrências das últimas semanas na sua mesa."

Rodrigues resmungou um agradecimento silencioso e então sentiu o cheiro.

Droga.

Girou nos calcanhares e correu para a cozinha, a meia-farda cinza colando no corpo suado. O copo de metal tremia sobre o fogo alto, a água fervendo em bolhas violentas, ameaçando transbordar.

Desligou o fogão rapidamente e despejou a água no coador de café. O aroma amargo e forte preencheu o ar. Antes mesmo do primeiro gole, ele já sentia um lampejo de energia voltando ao corpo.

Saiu de casa às pressas, recolheu as fotos que analisara na noite anterior e dirigiu-se ao batalhão na República. A viagem levou quase duas horas, mas, assim que chegou, entrou sem cerimônia, passando direto pelos colegas. Marcos levantou-se de sua mesa, mas recebeu apenas um rápido aceno antes de Rodrigues se afundar nos boletins espalhados sobre a escrivaninha.

Uma briga de casal. Um roubo à mão armada. Um caso de vandalismo na Galeria do Rock. Nada fora do comum.

Até que seus olhos bateram em um nome familiar.

Gabriel — vítima.

Rodrigues sentiu o coração acelerar enquanto lia o relatório.

Rapaz encontrado morto no banheiro de uma casa noturna.

Virou a página. Outro caso.

Invasão ao necrotério do IML. Um corpo desaparecido. Três funcionários sumidos.

Ele levantou a cabeça, os olhos cravados em Marcos.

— De quando são essas ocorrências?

Marcos franziu a testa.

— Acho que de uma ou duas semanas atrás... Por quê?

Rodrigues não respondeu. Apenas pegou um dos arquivos e folheou até encontrar os depoimentos.

— Diego e Cristiane reconheceram o corpo de Gabriel — murmurou as palavras que estavam escritas no autos.

Rodrigues anotou o endereço da companhia de dança mencionada no relatório.

Levantou-se de repente, tão rápido que a cadeira arrastou pelo chão. Saiu quase correndo pela porta, deixando Marcos parado, observando sua partida com um misto de confusão e inquietação.

Rodrigues dirigia rapidamente pelas ruas agitadas de São Paulo. A companhia de dança mencionada por Cristiane ficava na zona sudoeste da cidade. Seria uma boa viagem, mas ele estava disposto a fazê-la. Precisava chegar ao fundo daquele caso.

Ao passar pela ponte do Morumbi, começou a procurar pela escola. Seus olhos varriam as calçadas, atentos a qualquer faixa ou placa que indicasse o local. O trânsito fluía bem pela avenida principal que ligava aquela região ao centro. Enquanto dirigia, viu diversos jovens da mesma idade de Gabriel e Diego e se perguntou: como eles tinham acabado naquela situação?

Foi então que notou uma garota caminhando com pressa. Cabelos curtos e escuros, brincos de argola grandes.

Rodrigues freou bruscamente e buzinas soaram furiosas atrás dele, mas ele apenas ergueu a mão, mostrando o distintivo. Com sua memória afiada, lembrou-se da foto que Dona Cida mostrara na noite anterior.

Sem dúvidas, era Cristiane.

Estacionou o carro como pôde e desceu apressado. Seus passos firmes ecoaram pela calçada, e Cris, ao notar sua aproximação, sobressaltou-se.

— O que foi? Eu não fiz nada... — disse ela, a voz tensa.

— Me desculpe, não quis assustá-la. Só preciso conversar com você.

Cris franziu a testa.

— Você me conhece?

— Não oficialmente... Mas estou investigando o caso do seu amigo.

Ela parou no meio da calçada. O semblante cansado de Rodrigues fez seu estômago revirar. Pensou em Diego, na última conversa entre eles, na forma como terminou. Antes que percebesse, lágrimas já brotavam em seus olhos.

— E-ele foi encontrado? — perguntou, a voz embargada.

Rodrigues balançou a cabeça.

— Receio que não. Podemos conversar em algum lugar?

— Por que não me leva até a delegacia? — Cris arqueou as sobrancelhas, confusa.

— Oficialmente, não estou aqui como responsável pelo caso. Só como alguém que topou com algo muito estranho.

Ela hesitou, analisando o policial à sua frente. Por fim, respirou fundo.

— Tem uma cafeteria aqui perto. Os meninos e eu costumávamos ir lá... — Um sorriso tímido surgiu em seu rosto, carregado de nostalgia.

Gabriel, Diego e ela. Depois dos ensaios, pegavam um café ou milkshake, jogavam conversa fora até a noite cair. Agora, só restava ela.

Cris seguiu pela rua, e Rodrigues acompanhou seu ritmo. Antes de entrar na cafeteria, ele lançou um último olhar para o carro, como se deixasse para trás algo invisível, mas pesado.

A atendente sorriu ao ver Cris e o policial entrarem. Rodrigues notou que a garota se encaminhou diretamente para uma mesa no canto do salão, escolhendo o assento com a familiaridade de quem já esteve ali incontáveis vezes.

— Sabe... costumávamos sentar aqui — murmurou Cris, passando os dedos pela superfície da mesa.

Rodrigues assentiu.

— Eu lamento.

— Você tem alguma pista do cara que fez isso com o Di?

Rodrigues estreitou os olhos.

— Como sabe que foi um homem?

Cris respirou fundo.

— Di me confessou algo estranho na manhã depois do ataque no apartamento dele...

Rodrigues inclinou-se um pouco para frente.

— Algo difícil de acreditar?

Cris hesitou. Engoliu em seco, depois encarou as próprias mãos, magras e trêmulas.

— Eu diria impossível.

Rodrigues soltou uma risada seca.

— Nessa altura do que tenho encontrado nesses dias, acho que nada mais me surpreenderia.

Cris ergueu os olhos, estudando a expressão do policial. Então, num sussurro:

— Tão absurdo quanto o Gabs ter atacado ele no próprio quarto?

O ar pareceu se condensar ao redor de Rodrigues.

— Ele te contou isso?

Cris assentiu.

— Ele tinha certeza de que foi o Gabriel, mas estava... sofrendo. Se sentia culpado.

Rodrigues tamborilou os dedos sobre a mesa.

— Você sabe de mais alguma coisa?

Ela fechou os olhos por um momento, como se buscasse coragem para falar. Quando finalmente voltou a encará-lo, sua voz saiu fraca:

— Não. Mas algo aconteceu entre eles na noite em que o Gabs morreu. Algo que deixou o Di arrasado.

— E ele nunca te contou?

— Não.

O silêncio que se seguiu foi cortante. Cris mordeu o lábio inferior, as memórias dos dias felizes inundavam sua mente, misturando-se à dor latente. Ela não segurou mais as lágrimas. Desceram abundantes, carregadas de frustração, raiva, impotência.

Rodrigues apenas observou, respeitando o peso do momento. Ele sabia que essa conversa ainda estava longe de terminar.

— O Gabs nunca olhou pra mim desse jeito, sabe? Pelo menos, não do jeito que eu queria. Sempre foi ele e o Di... sempre os dois.

Rodrigues ficou quieto. Não era psicólogo nem nada, mas sabia que, às vezes, a melhor coisa era só deixar a pessoa falar. Ele mesmo já passou por isso quando perdeu o pai pro câncer.

— Você acha que...

— Não, eles nunca fariam nada um contra o outro. — Cris respondeu rápido, quase indignada. — O Di e o Gabs eram inseparáveis, cresceram juntos. Na real, o Di só começou a dançar porque o Gabs tava lá.

Ela riu de leve, mas logo suspirou. O sorriso sumiu tão rápido quanto veio. Sempre soube que nunca teve chance, não com o Diego por perto. E agora... não tinha mais nenhum dos dois.

— Foi horrível quando reconhecemos o corpo... — sua voz saiu meio falha, e ela engoliu seco antes de continuar. — O Gabs era tipo... o coração do grupo. Era ele que mantinha todo mundo junto, que fazia as coisas ficarem menos pesadas. Aí, quando o Di me olhou e disse que era ele... — Cris fechou os olhos por um segundo. — Sei lá. Parecia que o mundo desmoronou. Tudo ficou... cinza, sem graça, sem sentido...

Cris não teve tempo de terminar de confessar seus sentimentos. O telefone do policial começou a tocar ensandecidamente em seu bolso. Rodrigues olhou para Cris que estava chorando muito, acenou para a atendente, que percebendo o estado da menina, logo desapareceu para pegar alguns guardanapos. Ele olhou para o visor do telefone e viu o nome de sua parceira.

— Patrícia? — Atendeu, curioso.

— Onde esteve? Tentei te ligar que nem uma louca! — A voz da mulher estava carregada de tensão, algo incomum para alguém tão controlada.

— Estava ... cuidando de algumas coisas... — Ele lançou um olhar rápido para Cris que estava de cabeça baixa, chorando baixinho. Ele hesitava em revelar até onde sua investigação o levara. Sobretudo, o que Lemos pensaria. — Aconteceu alguma coisa?

— Sim... — A voz dela tremeu, mas Lemos se esforçava para manter a firmeza. — Minha filha foi levada no portão da escola.

Rodrigues congelou.

— Como assim?

— Não sei exatamente como foi, estou indo até lá. Quero descobrir como algo assim pôde acontecer.

— Me mande o endereço, e te encontro o mais rápido possível!

Rodrigues desligou o telefone, olhou uma vez mais para Cris que estava cabisbaixa, mas sendo amparada pela atendente. Ele tateou os bolsos em busca das chaves, o coração martelando no peito. Entretanto, como se estivesse preso, recitando um tipo de mantra, tentava se acalmar. Respirou fundo, precisava organizar os pensamentos.

De algum jeito, aquela investigação sobre Diego e Gabriel não renderia mais nada ali, mas agora outra tragédia acontecera. Uma que exigia sua atenção. Não podia falhar.


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