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19. Guardiões e protegidos


Gabriel fitava boquiaberto o edifício suntuoso que servia de covil para o clã de Lúcia. O imóvel de aparência rústica e extremamente bem conservada despontava com suas grossas colunas, remetendo aos antigos templos gregos. A cor bege predominava no exterior vistoso, complementada por figuras talhadas em concreto que lembravam quimeras eternizadas em mármore.

Na fachada, estava o mesmo símbolo gravado em seu corpo como punição por desrespeitar a hierarquia do Conselho dos Sete. Gabriel observava o desenho de uma rosa esculpida no concreto, cujo interior revelava um olho. Tocou o ombro instintivamente, recordando-se da dor lancinante daquele processo. Coçou também o braço esquerdo, ainda incomodado pelas feridas deixadas pelos grilhões de prata.

Ao seu lado estava Miguel, acompanhado de alguns guardas da líder da Casa das Rosas. Gabriel achava curioso o nome dado ao clã de sua matriarca. Sentiu uma mão repousar em seu ombro; era Miguel, convidando-o a entrar.

Ao atravessar os portões de ferro ébano e as portas de vidro reforçado, Gabriel mais uma vez surpreendeu-se. O saguão interno exibia um luxo que contrastava completamente com o exterior rústico do prédio. Um enorme balcão dominava o espaço, onde belas recepcionistas davam boas-vindas. Atrás delas, um mosaico representava uma mulher de aparência pura e inocente, com uma coroa de flores na cabeça e, na mão direita, um galho de espinhos cujas pontas eram tingidas de vermelho.

O brasão do clã estava incrustado no balcão, e poltronas em formato de "U", acolchoadas e na cor bordô, complementavam o ambiente. Algumas figuras repousavam nelas, aparentando ser funcionários de Lúcia, a julgar pelos ternos pretos e gravatas vermelhas.

— Cuidem dele. Preciso me recolher. — Miguel ordenou, deixando Gabriel e desaparecendo pelas catracas rumo aos elevadores.

— Jovem mestre, por favor, aproxime-se — chamou um homem de meia-idade.

Seu rosto, marcado por rugas e expressões, revelava os sinais do tempo. Os cabelos, ainda majoritariamente negros, exibiam fios grisalhos. Ele usava óculos levemente quadrados, com hastes de ferro tingidas em dourado. Mesmo assim, vestia-se de forma impecável.

Gabriel ainda estava abobado com o luxo ao seu redor. Jamais imaginou que um prédio assim pudesse existir em sua cidade — ainda mais como covil de vampiros.

Após passos apressados, parou diante do enorme balcão de mármore branco. Uma das recepcionistas, de rosto angular e cabelos louros presos em coque, o fitava sorridente.

— Precisamos finalizar o seu cadastro. Grande parte das suas informações já foi inserida em nosso banco de dados. Agora, precisamos apenas de uma boa foto sua — explicou.

Gabriel assentiu, e a recepcionista apontou uma pequena câmera para ele. Após tirar uma série de fotos, entregou-lhe um cartão cinza, permitindo que ele prosseguisse para os elevadores junto ao homem encarregado de auxiliá-lo.

— Este prédio... Ele existe mesmo? Tipo, comercialmente? — perguntou curioso.

— Sim — respondeu o homem. Gabriel mantinha o olhar inquisitivo, como uma criança descobrindo o mundo pela primeira vez. — Nossa matriarca prefere ficar próxima de seus negócios. Os andares superiores são residências para os membros da família. — A explicação despertou ainda mais perguntas em Gabriel.

— Você não cheira como os outros vampiros...— comentou, intrigado.

— Nem todos neste prédio são vampiros — respondeu, indicando as recepcionistas e alguns seguranças próximos às catracas. — Muitos são apenas funcionários que nem imaginam a existência de vocês.

— No fim, são comida fácil para eles — disse Gabriel, amargurado ao lembrar-se do destino de seu amigo Diego.

— Alguns são acolhidos por nossa matriarca, e nenhum vampiro tem o direito de tocar nos protegidos dos clãs — explicou o homem. Gabriel sentia dificuldade em acreditar em tanta benevolência, achando tudo bom demais para ser verdade.

— E o que acontece se um vampiro atacar um protegido? — perguntou, desconfiado.

— Seria visto como um desafio ou até mesmo um ato de guerra — afirmou. Entraram no elevador, e Gabriel absorvia as informações, tentando compreender a organização da sociedade vampírica. Pela primeira vez, entendia como havia violado as regras daquela hierarquia.

— Como um humano pode se tornar protegido de um clã? — questionou, sentindo uma centelha de esperança por sua mãe.

— Oferecendo serviços ao clã — respondeu enquanto as portas se abriam para revelar um corredor longo, com paredes e luzes em tons vermelhos e sombrios.

— Que tipo de serviços? — insistiu Gabriel, ignorando os olhares hostis dos residentes que surgiam das portas ao longo do corredor.

— Desde manutenção do prédio, segurança diurna, até doações voluntárias de sangue — explicou, mantendo o tom calmo. — Uma das políticas dos Sete Clãs é evitar caças dentro do território, para não atrair atenção indesejada.

Pararam diante de uma porta numerada. Gabriel olhou para o corredor, sentindo calafrios sob os olhares fixos dos outros vampiros.

— Aqui está — disse o homem, recolhendo o cartão de Gabriel e passando-o no leitor eletrônico. Um clique abafado indicou que a porta estava destrancada.

Ao abri-la, Gabriel foi recebido por um quarto espaçoso e moderno. As paredes, em tons de cinza escuro, eram vazias, permitindo personalizações. A sala contígua possuía um sofá marrom claro, uma pequena mesa de centro e uma grande televisão presa à parede. O carpete escuro e bancos de madeira traziam simplicidade e sofisticação ao ambiente.

O quarto era ainda mais impressionante, com uma cama espaçosa coberta por cortinas vermelhas. Gabriel espiou a janela, mesmo temendo a luz do sol.

— Não se preocupe, jovem mestre. Os vidros são resistentes aos raios solares — assegurou o homem, batendo levemente no vidro. — Aquela porta à direita é o banheiro.

Ao abri-la, Gabriel admirou o luxo. Sentia-se como um milionário em um hotel de alta classe, incapaz de acreditar que um dia chamaria aquele lugar de lar. Jamais imaginou que sua vida tomaria um rumo tão distante da realidade em que vivera.


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