XVI - Corações Separados
Enquanto Samuel preparava seus planos para acabar com a quadrilha que negociava órgãos, uma solicitação foi expedida para que todos os médicos e demais profissionais de saúde que fizessem parte do esquema encontrassem um coração. O órgão deveria ser de um jovem, de preferência, até 18 anos, que fosse o mais saudável possível. O receptador pagaria uma fortuna por ele, devido ao caráter de urgência.
Onde encontrar? Nos hospitais seria difícil achar um doador tão específico, talvez em alguma clínica de família, mas se o órgão em potencial aparecesse em uma unidade hospitalar, seria mais fácil simular uma doença e um possível óbito.
Mas o mal sempre encontra os seus meios. Assim, logo o Doutor Alma recebeu a tão desejada ligação:
— Chefe, encontramos uma jovem que se enquadra nos padrões. Posso seguir o protocolo?
— Manda brasa, Luiz. Não temos tempo a perder.
No hospital São Judas Tadeu, os pais de Catarina, de 17 anos, haviam dado entrada com a filha e aguardavam a bateria de exames que a adolescente estava fazendo. Com suspeita de uma gripe forte, ela estava febril e com dores intensas no corpo.
— Eliseu, como demoram para dar o resultado de um simples exame pulmonar aqui!
— Calma, Lia. O pneumologista sabe o que faz; ele estudou para isso.
— Vou tentar me acalmar, mas você sabe como são as mães; morrem de preocupação com os filhos.
— Catarina já tem idade até para vir sozinha. Relaxe querida...
— Deus me livre deixar a nossa menina vir a um hospital sem a minha companhia. Além do mais, sabe como são esses lugares. A pessoa senta no banco doente e fica mofando até ser atendida.
Enquanto conversavam, um médico alto, de bigode grisalho, aproximou-se:
— Vocês são os pais de Catarina?
— Sim, doutor. E então? Como foram os exames de nossa filha? – perguntou a mãe, ansiosa por uma resposta.
Algo não parecia certo pela cara do médico.
— Sinto dizer, mas ela apresenta um quadro que pode ser de pneumonia grave e precisará ficar internada.
— Mas, doutor, pneumonia? — o pai parecia inconformado.
— É quase certo. Sua filha precisa de cuidados especiais para fazer novos exames e impedir que o quadro mórbido evolua. Deverá ser tratada com antibióticos e ficar em repouso.
— Ai, meu Deus! Eu disse a ela que não ficasse com os pés no chão frio e usasse meias e agasalhos, mas ela não me obedece — dona Lia se mostrava aborrecida.
— Fique tranquila, querida. Vai dar tudo certo. Catarina está nas mãos dos bons médicos deste hospital.
O médico olhou para o casal, satisfeito depois de ouvir a conversa.
— Não se preocupem. Ela ficará bem. Podemos fazer os procedimentos de internação? Vocês nos autorizam?
— Sim, doutor. E há outra opção? — o pai continuava inconformado com aquilo.
O doutor se dirigiu à secretária e disse:
— Cintia, prepare a internação da paciente.
— Vou providenciar – ela respondeu com um olhar capcioso.
E o médico voltou a falar com o casal:
— Esse tratamento, geralmente, dura de uma a duas semanas, que é o tempo que ela precisará ser monitorada, tomando antibióticos. Vocês poderão visitá-la todos os dias.
— Está bem, doutor — a mãe olhou o crachá do homem, estranhando o seu nome.
Uma enfermeira colocou Catarina numa cadeira e a levou; a moça estava triste por ter que ficar ali longe dos pais.
— No contrato do plano que pagamos, diz que ela pode ter um acompanhante no quarto — a mãe disse à atendente ao insistir em ficar com a filha.
O médico interviu prontamente:
— Mas senhora... Ainda não temos certeza sobre a doença que a sua filha tem. E se for uma tuberculose altamente contagiosa? Teremos que isolar a moça e a senhora estaria correndo sério risco de adoecer também.
— Querida, não se esqueça de que você tem problemas no pulmão e já fez tratamento.
— Acho melhor esperar o diagnóstico exato e então, a partir de amanhã se for o caso, a senhora já poderá ficar com ela o tempo que quiser.
— Está bem. Já que eu não posso ficar, cuidem bem de minha filha.
— Fique tranquila, pode deixar que cuidaremos do coração da sua filha.
— Não seria do pulmão?
— Desculpe-me! São tantos pacientes que um médico, às vezes, se confunde.
Eliseu abraçou a esposa e caminharam pelo corredor do hospital, após verem a filha e se despedirem, depois aguardaram que ela fosse levada para a ala de internação.
— Você viu o nome dele? — a mãe olhou, assustada. — Ronaldo Craveira... Que nome estranho!
— Ele deve ser um bom profissional – disse o marido tentando acalentar a esposa.
Voltaram para casa, preocupados com Catarina, cada um a seu modo, decididos a voltar no dia seguinte pela manhã.
A noite mal dormida passou e pela manhã estavam de volta bem cedo para ver a filha. Na recepção, dona Lia perguntou:
— Por favor, você pode nos dizer qual é o quarto onde está a nossa filha?
— Qual o nome dela?
— Catarina Alves Benelicio.
A enfermeira, após verificar o sistema, empalideceu por um momento. O coração da mãe falhou um compasso. Algo tinha acontecido, ela sabia, só não queria acreditar.
— Sinto muito, senhora. Mas aqui consta que a menina veio a óbito esta noite. Parece que ela teve um choque anafilático devido à reação aos antibióticos. Os riscos estavam descritos no documento que os senhores assinaram ontem... — A enfermeira foi falando, na tentativa padrão de isentar o hospital da culpa.
A mãe olhou para o nada, boquiaberta, após ouvir a notícia estarrecedora, o mundo parecia girar à sua volta. Respirou fundo para tentar entender o que lhe fora dito. O coração disparou e começou a suar frio.
— Você só pode estar brincando... Isso não é possível! — a voz do pai se fez ouvir enquanto a mãe voltava a si, ainda estarrecida, olhando para a atendente.
— Minha filha... Catarina onde você está? – dona Lia começou uma crise de choro. – Eu nem li o que estava escrito naquele papel de tão nervosa que eu fiquei. Ela é a única coisa que nós temos. Não faz isso com a gente, moça!
— Chamem um médico rápido! Minha esposa está se sentindo mal. Enfermeira...
Uma atendente correu até a mãe e a levou para ser acudida por um médico da emergência. Eliseu, o pai, foi impedido de acompanhá-la, pois estava nervoso demais para ajudar em algo. Por isso, ficou na sala de espera. Após chorar como uma criança pela morte da filha, voltou a falar com a plantonista para entender o que, de fato, ocorrera.
— Por favor, me chame o médico assistente. Preciso falar com ele. Ele se chama Ronaldo Craveira. Também preciso ver a minha filha...
Após mais algumas análises, a resposta da mulher foi enfática.
— O nome desse médico não consta em nosso quadro, me desculpe, senhor. Vou entrar em contato com o nosso supervisor.
Um homem foi chamado e caminhou pelo corredor na direção dele.
— Pois não, senhor — o médico que apareceu diante dele não tinha nada a ver com o profissional do dia anterior.
— Ele é o pai da adolescente que sofreu a reação de anafilaxia esta noite – a atendente explicou.
— Ah, sim. Catarina, não era esse o nome da menina?
— Sim, esse mesmo — Eliseu ficou resignado de como os profissionais não compartilhavam de sua dor e ansiedade.
Seus olhos permaneciam marejados, tentando buscar respostas. Queria que fosse apenas um mal-entendido.
— Quando o quadro alérgico iniciou, fizemos de tudo para salvá-la, mas foi muito rápido e não conseguimos reverter. Infelizmente, ela veio a óbito. O corpo de sua filha foi levado para o Instituto Médico Legal aqui da capital, para uma autópsia mais detalhada.
— Meu Deus, isso não pode ser verdade! Minha pequena, que perdi tantas noites de sono para cuidar dela... Volta, minha menina, que eu faria tudo de novo. Isso não pode estar acontecendo... Por que não nos chamaram imediatamente? – indagou o pai desta vez angustiado.
— Um médico que foi transferido de outro hospital estava no plantão à noite e solicitou à secretária da recepção que os avisasse. Eu mesmo o vi falando com ela por um holograma. A informação de aviso deve ter se perdido por algum motivo. Eu sinto muito, senhor! Aqui está o endereço para onde levaram o corpo da menina – ele finalizou o assunto, sem saber como lidar com a dor do outro, assim que a plantonista entregou o endereço.
Nesse momento, a mãe era trazida pelos braços de um enfermeiro, já medicada e um pouco grogue, por causa do tranquilizante que lhe aplicaram.
— Caso isso for verdade, vou processar o hospital... Pode ter certeza que não vai ficar assim.
Seu Eliseu nem pensou mais no falso médico, devido à aflição que tomou posse do coração dele. Mal sabia que o homem, apenas mais um contratado, estava no hospital para levar o corpo da menina até a clínica do doutor Alma, para extração do coração. O verdadeiro médico da unidade havia dado a ele a cobertura necessária para que tudo saísse como o planejado. Se houvesse alguma investigação ou processo, acionariam os membros do esquema ilegal para abafar o caso.
Enquanto isso, não havia palavras para descrever a dor daqueles pais ao verem o corpo pálido da filha sendo retirado da gaveta metálica do IML, para uma última despedida antes do funeral. Lágrimas jorravam dos olhos de ambos, que teriam aquela ausência marcada para sempre em suas vidas.
Na mesma hora, em sua malévola clínica, o Doutor Alma fitava uma caixa metálica refrigerada em baixa temperatura. O marcador digital externo de alta tecnologia indicava que o conteúdo era importante.
Uma assistente abriu a caixa e ele, depois de calçar luvas, segurou o coração jovem entre as mãos.
Levantou-o à frente de si, admirou-o, hipnotizado, depois o guardou com a delicadeza de uma joia rara e ligou em seguida para um de seus colaboradores. Com um sorriso diabólico no rosto, pediu que avisassem o receptor sobre a chegada da encomenda.
Os preparativos para a cirurgia do transplante começaram pouco tempo depois, em um famoso hospital da cidade. Aquela era mais uma morte inocente, patrocinada pela ambição de criminosos. Até quando conseguiriam sair impunes depois de causar tanta tragédia?
— Pagarão muito bem por este órgão e eu serei muito bem recompensado – o Doutor Alma se vangloriava, com a certeza de que a sua conta — pois era só o que importava — não pararia de aumentar.
***
Consciente de que conseguira o domínio sobre o corpo do irmão que parecia adormecer no seu subconsciente, Samuel decidiu avisar à família que em breve viajaria de férias, por um mês. A partir de agora ele queria caçar a quadrilha de tráfico de órgãos e não queria que a sua mudança de comportamento levantasse suspeitas com dona Alda e Raquel.
Ele comunicou que iria para a ilha de Fernando de Noronha para descansar um pouco. Na verdade, ele queria ficar em sua casa, no bairro do Jabaquara, onde ele achava que ninguém o procuraria já que seus inimigos pensavam que ele jazia em paz. Assim poderia executar os seus planos sem expor a família a riscos desnecessários. Mexeria com gente da pesada e haveria derramamento de sangue, com certeza. Os caras não iam gostar nem um pouco do que o policial pretendia fazer e a melhor decisão, por hora, era evitar problemas para outras pessoas, principalmente, àquelas que ele amava.
O pessoal de casa achou um tanto inusitada a viagem repentina, mas dadas as circunstâncias pelas quais ele passara, merecia um tempo sozinho para colocar as ideias no lugar. A única coisa que preocupava a irmã era a saúde dele e as visitas periódicas de acompanhamento no hospital do centro de pesquisas.
— Mano, por favor, não demore a voltar. Seu Rodolfo está muito empolgado com os resultados do projeto e quer manter as suas visitas de controle ao CIR. Eu mesmo lhe prometi que você não faltaria e, ao mesmo tempo, concordo que você precisa de um tempo de descanso para equilibrar a mente. Aproveite bastante...
— Não pretendo demorar e as visitas agora são mensais. Vai dar tempo de sumir um pouco... Mande um abraço para o Paulo. O cara parece ser muito gente boa...
Dona Alda também quis se despedir:
— Filho, fique em contato com a gente. E se aquelas dores de cabeça voltarem? Não estarei perto para te ajudar.
— Mãe, estou bem melhor e não sou mais nenhuma criança; não sinto mais nada e qualquer coisa posso me cuidar.
Samuel as abraçou de modo carinhoso e percebeu que tinha pessoas que amavam ele e seu irmão. Depois subiu para o quarto a fim de arrumar as malas; ficou lá em cima procurando as roupas que não conhecia bem, afinal eram do mano e, enquanto isso, a família falava sobre ele no andar de baixo:
— Mãe, a senhora viu como o Lucas está diferente? Começou a frequentar academia de ginástica para ficar mais forte... Ele nunca ligou para exercícios, além disso, vive com seu computador holográfico no quarto, fazendo pesquisa. Parece que está obcecado no trabalho.
— Acho bom que ele faça uma viagem. Ele está precisando disso e eu bem que gostaria de acompanhá-lo ao Nordeste, mas não fui convidada. Hoje em dia, dou mais valor a esses passeios e às lembranças boas que levamos desse mundo. Quanto ao trabalho, não há motivos para se dedicar somente a ele. Depois da experiência que adquiri na vida, vejo tudo de modo diferente, testemunhei com amargura a morte de seu pai, a devoção do Samuel à profissão que não deixa sobrar tempo para nós, o acidente do seu irmão que podia ter tido um viés diferente. Vi pessoas enriquecerem ao dedicarem toda uma vida ao trabalho e perderem tudo com as adversidades do mundo para depois dormirem o sono eterno. O que vale, filha, é o amor que sentimos ao ter a oportunidade de viver. Ele é tão grande que é mais forte que o trabalho, que os bens e que a razão. Você já viu como as mães se sacrificam pelos filhos? São capazes de dar a sua própria vida por eles...
Os olhos das duas marejaram ao pensar em como o amor de uma mãe é a coisa mais preciosa do mundo.
— Isso... a senhora sempre nos ensinou o que vale à pena nessa vida e eu me orgulho muito de ser sua filha. E o mano precisa acreditar que é possível encontrar um novo amor.
— Meu filho está diferente, mas graças a Deus está vivo, isso é o que importa. Deixe que ele viaje sozinho, se é o que deseja. Seu irmão precisa de um tempo para ele, acho que eu iria atrapalhar. Quem sabe queira levar alguma namorada junto com ele? Alguma advogada talvez — a mãe sorriu diante da ideia.
— Mas o mano não nos disse que está de férias? Por que fica tanto no seu quarto então? Queria tanto que conversasse mais com a gente. Engraçado que ele adorava curtir música clássica; ouvia Mozart e Beethoven sempre que podia. Agora parece que não gosta mais desse som... O que foi uma das coisas boas da mudança dele — Raquel sorriu ao dizer. — Não aguentava mais ouvir aquelas músicas.
Dona Alda sorriu também.
— Deixa o seu irmão em paz, Raquel. Depois de ter passado por tantos problemas, fico feliz em vê-lo ativo, malhando e querendo viajar. As pessoas mudam sempre na vida, acho que ele está mais sério e compenetrado. O Samuel bem que poderia estar aqui com a gente ou ao menos dar notícias. Será que ele casou? Tem filhos?
— A senhora tem razão. Meu irmão está vivo e parece um sonho – concordou a filha. — Eu também estou morrendo de saudade do Sam. Acho que vou ao departamento de polícia federal ver se consigo saber algo. Ele, desta vez, está demorando demais a nos procurar. Pode ser que tenha mudado de ideia com relação a ter filhos e já seja pai de várias crianças. Quero conhecer todas elas.
— Eu também ser adoraria ser avó...
Neste momento, ele desceu as escadas e parou para conversar:
— Filho, você não vai almoçar conosco hoje? — a mãe indagou.
— Dona Alda, quero dar uma volta antes de viajar. Estou paquerando uma mulher que trabalha no hospital Santa Mônica. Eu paro na rua e como alguma coisa.
— Vou conhecer minha cunhada, maninho? Bem que a mãe falou que achava que você viajaria com uma namorada...
— Quem dera! Ainda é cedo. Preciso conquistá-la primeiro.
— Por isso que você fica malhando na academia. Quer ficar forte e bonitão para atrair a garota! — a irmã comentou, sorrindo.
— Ela é médica e se interessa mais por caras de cabeça feita. Do jeito que eu sou...
— E ainda pode cuidar de sua saúde — Raquel zoou mais uma vez.
— Vai ser difícil ela gostar de mim. Se fosse em outra época, seria simples, mas tudo mudou — os olhos com lágrimas dele eram visíveis.
Dentro daquele corpo, Samuel se lamentava por tudo o que havia perdido. A tristeza remoía seu peito todas as vezes que recordava do amor que viveram juntos.
— Esta mulher mexeu com você, não é, filho? Espero que tenha sorte com ela.
— Obrigado, mãe. Vou precisar mesmo.
Mais uma vez, ele se despediu da família. Elas o abraçaram, beijaram e lhe desejaram um bom passeio. Ele, mais carente que antes, aproveitava esses momentos para abraçar forte Alda e Raquel.
Ao passar pelo hall, parou em frente ao grande espelho que havia na entrada. Viu o seu corpo, aquele que ocupava agora por pura maldade dos criminosos. Sabia que muitas pessoas haviam perdido suas vidas, sem terem a chance que ele usufruía e, colheram os piores destinos.
Samuel precisava aproveitar a oportunidade de viver que ganhara, para se vingar daqueles que destruíam as esperanças de tantas vítimas inofensivas.
Se seu irmão escutasse o seu grito de guerra, entenderia; talvez até quisesse acompanhá-lo e, de uma forma ou de outra, estava fazendo isso porque ambos foram criados por uma boa família, com senso de justiça.
A história se repetia como havia acontecido com o seu pai e o tio Zeca, quando foram lutar como pracinhas na Segunda Guerra Mundial; Samuel e Lucas iriam a um tipo de batalha similar, o bem contra o mal, e estariam juntos de um jeito excepcional para acabar com os malfeitores, assim como aconteceu com seu progenitor, mas Seu Roque ficou marcado na alma para o resto de sua vida, porque não conseguiu trazer o irmão vivo de volta e o policial se lembrou disso.
Samuel e Lucas tinham lá as suas diferenças; afinal, ninguém pensa congruente, mas eram bons filhos. Um mais obediente e submisso; outro mais impetuoso e debochado. Entretanto, até que ponto estariam mesclando suas personalidades ao viverem daquele jeito, tão próximos, cérebro e coração?
O tempo corria concomitante aos acontecimentos que revelariam tais segredos.
Samuel se foi, firme em seu objetivo, sabendo que ao sair daquela casa estava protegendo aquelas com quem possuía fortes laços de afeto. Pegou o carro e partiu para seu quartel general, no bairro do Jabaquara.
Ele pensou que deveria entregar os crápulas à polícia e deixar que fossem julgados por seus atos criminosos. Todavia, ele conhecia o poder do esquema e a influência que libertaria os poderosos. Por isso, tinha dúvidas se seguiria as regras ou resolveria tudo do seu jeito. Algo dentro dele estava mudando bastante até então e, enquanto pensava nisso, uma pessoa veio a sua mente, Bruna. Precisava vê-la de novo.
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Leia a #Duologia #OHomemFantasma de #ChaieneSantos.
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