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O outro

E foi em uma manhã quente de verão, Lívia voltava para casa de Nicolas após uma noite super cansativa de trabalho, e assim que entrou no apartamento, sentiu como se todo o local estivesse mergulhado em um mar de tenção e angústia, como se o ar fosse uma massa densa. A escuridão que tomava conta de todo o apartamento deixava aquela sensação de que algo horrível havia acontecido.

— Nicolas cheguei!— falou Lívia, querendo não ter falado, temia haver outra pessoa no apartamento.

Ela caminhou lentamente até o banheiro, e viu que não havia ninguém. Lívia pensou em ir até à área de serviço, mas não antes de pegar algo para se defender, e a primeira coisa que viu foi a vassoura que estava perto do banheiro. E foi com ela mesmo que Lívia se armou para se encaminhar até área de serviço. Entretanto, antes que chegasse lá, ela ouviu um som que vinha do quarto. Lívia então mudou a direção e segurando a vassoura, como se fosse bater em alguém.

Ao abrir a porta lentamente Lívia se deparou com o Nicolas encolhido no canto do quarto em uma completa escuridão. Lívia soltou a vassoura e se aproximou dele.

— Nicolas O que houve?

Nicolas não a respondeu, como se ela não estivesse ali. Ele tinha um olhar vazio e estático.

— Nicolas!

— Você já viu o noticiário?— Disse ele

— Não por quê?—disse ela se ajoelhando na frente dele.

— Mais um corpo foi encontrado, porém, desta vez as letras estão negras. É ele Lívia!

— Tá então!—disse Lívia seguida de uma longa pausa— vamos pegar algumas coisas e vamos para casa da minha tia Beatriz... Vai ser mais seguro...

Então Nicolas a interrompe.

— Não Lívia! Eu vou ter que falar com ele.

— Não! Fora de cogitação! Você não vai falar com um psicopata sádico.

— Eu tenho que fazer, se não esse inferno não vai acabar nunca.

— E como você vai encontrar ele?

— Quando nós éramos menores tínhamos pontos de encontro como, aquela pracinha no final da rua Westle, o prédio do antigo shopping, a escadaria da rua 19. Eu vou nesses lugares quem sabe. O que não posso é ficar aqui vendo as coisas acontecendo sem fazer nada!

— Não Nicolas você tem que falar com a polícia primeiro.

— E você pensa que eu já não falei! Falei sobre esses locais, falei tudo que eu sabia. Mas nada foi feito, ele está cada vez melhor em matar pessoas, e a polícia nem se quer tem indícios de onde ele está.

Agora Lívia tinha que ter uma atenção redobrada em Nicolas, como se a pressão sobre ela já não fosse enorme. Fazer isso e sem perder o emprego, Nicolas estava afastado do trabalho, mas ela não podia fazer o mesmo já que ele era apenas seu namorado. E mesmo com o medo da morte eminente ela precisava trabalhar.

Após dois dias faltando ao emprego, Lívia não pôde mais ficar vigiando-o, e uma manhã antes de ir para o trabalho. Ela pensou em avisar a polícia, mas como nada do que Nicolas disse levou eles a algum lugar, achou melhor não o fazer, pois tinha uma grande chance de Thomas não ser o culpado. Lívia fez com que Nicolas jurasse que não iria atrás de Thomas, e mesmo ouvindo as palavras de Nicolas confirmando que não faria isso. Ela tinha a sensação de que não poderia evitar o inevitável.

E pelas primeiras horas do dia, Nicolas até tentou ficar em casa, mas algo parecia o chamar ao encontro de Thomas, mas por onde começar, o provável era que ele estaria o esperando no lugar com menos movimento, e dos três lugares que eles se encontravam na infância o mais certo seria o prédio do shopping, por estar abandonado e ficar em uma área pouco movimentada.

Lívia não conseguia trabalhar direito, pois seus pensamentos estavam em Nicolas, sua aflição era nítida. Foi quando ela decidiu ligar para a mãe dele, e contar o que se passava. Eles decidiram omitir boa parte dos fatos para ela, por ter uma idade avançada. Temiam pela vida dela e por já ter tido sérios problemas de saúde no passado. Mas Lívia sentia ter que fazer algo antes que fosse tarde demais.

— Olá tudo bem dona Cecília como a senhora está.

— Olá minha querida! Estou bem e vocês?

— Bem dona Cecília! Eu gostaria de falar com a senhora sobre um amigo que o Nicolas teve na infância. O Thomas a senhora se lembra? Eu sei que a polícia já deve ter ido falar com a senhora sobre ele

— Sim! A polícia veio me perguntar sobre um Thomas, mas eu não me recordo. Eu não lembro dos amiguinhos de Nicolas até porque ele não tinha muitos.

— Sim, eu sei Nicolas me falou que a senhora não gostava de crianças em casa, quando você não estava, principalmente Thomas tomilho.

— Ai meu Deus! Tomilho!—disse Cecília seguido de um longo suspiro.— de novo não!

— Como assim dona Cecília!

Então Cecília começou a contar para Lívia uma parte da infância de Nicolas que quase ninguém sabia, e antes mesmo que a conversa com Cecília terminasse, Lívia começou a se aprontar para procurar Nicolas. E conforme Cecília contava o passado atípico de seu filho Lívia ia tentando montar o quebra cabeça.

Ao terminar a ligação Lívia correu para o apartamento de Nicolas o mais rápido que pôde. Mas não rápido o suficiente. Assim que chegou no apartamento Nicolas não estava mais lá. Ela tentou ligar para ele enumeras vezes, mas sem resposta, tentou rastrear o celular, mas o GPS estava desativado.

— Merda Nicolas! Onde você foi parar!— então como um relâmpago em sua mente ela lembrou dos três lugares que ele havia dito.— Tinha que ser três lugares tão distantes.— murmurou ela.

Ela desceu a escadaria o mais rápido que pôde, enquanto chamava um carro por aplicativo. Para o primeiro local que era a pequena pracinha na rua Westle.

Já era fim de tarde quando ela chegou no antigo prédio do shopping, o último lugar que faltava procurar.

— É aqui mesmo que a senhora vai ficar?! Esse não é um bom lugar para ficar de bobeira.— falou o motorista.

— É aqui sim, obrigada!— Lívia pagou o motorista e começou a procurar com os olhos a onde estaria Nicolas.

Até que viu um movimento na cobertura daquele prédio de sete andares, visivelmente condenado.

— Meu Deus! Como ele chegou lá em cima? Como eu! Vou chegar lá em cima?

Ela rodeou o prédio procurando uma entrada, até achar uma porta de saída de emergência entre aberta, com um pouco de esforço ela a empurrou até ter uma brecha grande o suficiente para passar.

Um passo depois do outro, com toda a cautela ela subiu os andares, não tinha medo que alguém aparecesse, mas sim de que aquilo tudo desabasse em sua cabeça. Aquela hora ainda não havia os viciados que costumavam aparecer no prédio ao cair da noite.

E ao chegar a cobertura ela finalmente encontrou Nicolas sentado em um pequeno murinho.

— O que você está fazendo aqui Liv!? — disse ele, assim que á viu se aproximando— se ele aparecer e á ver aqui pode acabar te matando!

— Não Nik ele não vem!

— Como você pode saber? Eu vou esperar mais uma hora aqui, e se ele não aparecer amanhã irei em um dos outros locais, já estou cansado de me esconder e viver com medo.

— Nicolas só me ouve! Ele não vem...

— Tá! Mesmo que ele não venha hoje uma hora ele vai ter que aparecer...

E com um grito de Lívia ele se calou.

— Thomas não existe! Ele nunca existiu. Sua mãe me contou que depois que seu pai foi assassinado por um "colega" de serviço...

"Ele ficou distante praticamente não falava. Por vezes eu pegava conversando sozinho, e quando eu perguntava o que estava fazendo, ele dizia ser apenas um amiguinho. Eu achei normal para uma criança de 6 anos ter amiguinhos imaginários, mas com decorrer do tempo ele começou a ficar cada vez mais estranho, tinha vezes que ele parecia não ser ele, como se estivesse possuído por algo.

Quando ele tinha por volta de uns oito anos ele começou a passar o dia inteiro fora de casa, faltava às aulas. Foi então que descobri que ele ficava na biblioteca, até aí estaria tudo bem, se não fosse o fato de, ele ficar lendo registros policiais, livros sobre necrópsia, e de medicina. Chegou a mentir para bibliotecária que lia isso porque o tio dele era médico legista da polícia. Sendo que nós nem temos parentes policiais..."

— Não! Isso é impossível? Eu lembro de tudo! Eu lembro de brincar com Thomas e de virmos aqui para tacar coisas nas pessoas lá em baixo.

— Não Nik! Nada disso aconteceu, pelo menos não dá maneira que você lembra. Sua mãe não recordava porque você o chamava mais de Tomilho, do que por Thomas.

E em uma espiral de negação, Nicolas inquieto tentava compreender tudo aquilo que Lívia acabou de lê contar.

— Será que eu matei aquelas pessoas?!— falou Nicolas aos prantos.

— Eu não sei! Mas seja como for a culpa não é sua! Sei lá talvez... Você tenha algum transtorno de personalidade!

— Mas o homem que me atacou no trem? Porque eu fui atacado no trem e você sabe disso!

— Calma eu sei! Talvez o ataque tenha acordado algo em você... Mas pode ter certeza que vamos dar um jeito nisso, juntos! Nós vamos sair daqui e procurar ajuda.

E tentando forçar sua mente, para que lhe mostrasse a verdade, passo a passo Nicolas sente encostar no parapeito do prédio.

— E se mesmo assim isso voltar?!

— Não, não vai! Com a ajuda certa não vai! Sai de perto do parapeito, que vamos resolver tudo— falou Lívia com o rosto já molhado em lágrimas.

— Sabe o piso solto?! Pede para a polícia olhar lá.

Com essas palavras ele deixou a gravidade agir, sobre ele quando lançou seu corpo daquele prédio.

E todos ao redor puderam ouvir o grito de horror de Lívia seguido de um forte barulho. E ela ficou ali em completo estado de choque, pensando em que filme de terror sua vida acabou de se transformar.

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