Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 9


Olá, menininhas! Demorei um tiquinho, não foi? Mas para compensar, voltei com um big capítulo!!! 5 mil palavras deliciosas para você! E esse vídeo do Marco, hein? Não sei vocês, mas eu ando sonhando com este homem dia e noite. É excesso de testosterona!!!

Boa leitura e não esqueçam de clicar na estrelinhas e indicar O Onipotente nos grupos e stories. Vou dar uma dica legal: seleciona um trecho que mais gostar e (no app) clica no ícone das aspas (" "), depois é só compartilhar. Indica essa delícia para as amigas! Xêro!


MARCO ANTÔNIO

Quando o celular vibrou no bolso interno do paletó, discretamente pedi licença e levantei, indo até a calçada do clube onde comemorávamos o contrato de importação recém assinado.

A rua era calma e quando me afastei, o segurança do senhor Yamamoto me acompanhou. Se tratava de mera gentileza, já que eu não falava japonês e seria constrangedor ser abordado àquela hora e ter dificuldades para me comunicar.

─ Então, como foi?

─ Exatamente como previu, Marco. Ela está no papo!

Sorri, em êxtase, e meus olhos encontraram os do sujeito troncudo às minhas costas, parado a certa distância.

─ Excelente! Ela retrucou as condições?

─ Claro que sim. Alegou privacidade, mas eu a fiz lembrar que você está comprando a privacidade dela. Contudo, pediu que não houvesse câmeras no banheiro ou no quarto da irmã. Por questões legais, achei por bem acatar, mas se você quiser...

─ Não, não. Já infernizarei a vida dela o suficiente, não preciso envolver a irmã. ─ mergulhei a mão no bolso e segurei o charuto, rodando-o entre meus dedos, contendo o desejo de fumá-lo. ─ Então, posso mandar o Isaac autorizar as instalações.

─ Não, ainda não. Ela precisa assinar o contrato antes.

Contraí o cenho, levemente aborrecido.

─ Por que ainda não assinou? Achei que fui claro com você, Gerard. Quero o nome da Olívia Moniz naquele contrato.

─ E estará, Marco, prometo que estará. Deixei que levasse o contrato para analisá-lo melhor. Achei que se a pressionasse, ela poderia alegar coação, em um futuro processo. Mas juro que amanhã estará assinado.

─ Sabe que se ela não assinar, eu ficarei extremamente decepcionado, não sabe, Gerard?

O escutei pigarrear, antes de finalmente responder.

─ Sim, eu sei. Eu seria incapaz de decepcioná-lo, Senhor Marco.

─ Que bom. ─ Tornei a olhar o homem, um sujeito corpulento, impassível, embora trêmulo de frio. Fazia cerca de 10 graus na madrugada em Tóquio. ─ Passe a ligação para a Laura, preciso acertar umas coisas.

─ Agora mesmo. Boa viagem, Marco, e quanto ao contrato... fique tranquilo.

Não lhe respondi, já havia dito tudo o que havia a dizer. Segundos depois, Laura me dava todas as notícias sobre o Futura e o banco em um resumo espetacular, passando para mim apenas os problemas plausíveis de serem resolvidos àquela distância.

─ Avise ao Lenon e ao Chico que no mesmo dia da minha chegada, quero vê-los. Marque um jantar na minha casa e avise à Bia.

─ Anotado. Mais alguma coisa?

─ Sim. Algo muito pessoal e inquestionável. ─ Laura manteve-se em absoluto silêncio. ─ Gerard irá passar algumas instruções sobre um investimento novo da M.A.Teles Holding. Trata-se de um laboratório e quero que você, pessoalmente, o administre. Quero que fique responsável por pagamentos, impostos e toda a burocracia.

─ Isso significa que perdi meus sábados, não é?

Sorri, mordendo o lábio. Ela sempre contestava.

─ Isso significa que finalmente poderá passar suas férias no leste Europeu com toda sua família.

─ Está falando sério?!

Sorri largamente e, mais uma vez, conferi o guarda-costas, ali parado tal qual um boneco de cera.

─ Sim, claro que estou, desde que mantenha o laboratório, e tudo referente a ele, em absoluto sigilo.

─ Sem dúvida, mas... Serão trinta dias, não? As férias.

─ Sim, Laura, malditos trinta dias que ficarei como louco.

─ Pode deixar! Encontrarei alguém que dê conta do recado para me substituir.

Ela estava feliz e eu gostava de agradá-la.


OLÍVIA

─ O quê?!

Suspirei fundo, buscando palavras para que aquilo não parecesse tão chocante para a Poli.

─ Ainda estou fazendo ajustes no contrato, Poli. Seu quarto está completamente fora disso tudo, prometo.

Minha irmã parecia em choque. Eu mesma ainda me sentia em um filme, como se a situação fosse irreal.

─ E eu devo ficar trancada no quarto?!

─ Claro que não, Poliana! Eu sei que é uma merda, que nossa privacidade já era, que você não tem nada com isso. ─ Resignada e consciente de que era um problema somente meu, fui honesta: ─ Por isso decidi procurar um apartamento para mim. Não quero te expor.

Ela arregalou os olhos e pensei que fosse me bater.

─ E ficar sozinha a mercê desse tarado?! Jamais!

─ Poli, sem dúvida ele é um pervertido, mas duvido que me fará algum mal. Teremos um contrato com tudo detalhado. Ele não seria louco.

Poli levantou e prendeu os cabelos no alto, como se estivesse se preparando para a briga.

─ Que seja. Nem você vai ficar sozinha lá e nem eu vou ficar sozinha aqui. Vamos encarar essa, juntas.

Meu coração encheu-se de amor, mas ainda havia coisas que ela precisava saber.

─ Poli, ele colocará microfones e câmeras por toda a casa. Não haverá nada escondido.

─ Menos no meu quarto e lá será o nosso oásis.

Apertei os lábios, sabendo que logo viria outro sermão. As coisas não eram tão simples assim.

─ Eu não poderei entrar no seu quarto. Regra clara do contrato.

Me surpreendendo, ela não bradou, mas seu queixo caiu, admirada.

─ Puta merda, Liv... Você vendeu a alma a esse diabo? Espero que no laboratório não falte um alfinete sequer, porque vou ficar em cima dele. Ah se vou!

Algo me dizia que esse Marco Antônio não dava ponto sem nó. Não foi a toa que ele incrementou meu orçamento e investiu tão alto. Eu sabia que não seria simples, e agora, vendo Poliana envolvida em meus problemas, aquela tensão constante aparecia em sua fase aguda.

─ Eu não darei mole a ele, Poli. Se esse Marco Antônio acha que vai transformar minha vida num videozinho pornô, está muito enganado, porque não vou facilitar.

Poliana sentou e segurou minhas mãos.

─ Isso, minha irmã. Se tem contrato, iremos cumprir o contrato, mas vamos fazê-lo se arrepender dessa condição. Vamos deixá-lo entediado, isso sim!

Concordei veemente.

Nunca me enganei tanto na vida. Nunca.



No dia seguinte um portador veio à minha casa buscar o contrato, e ainda no mesmo dia, um sujeito de nome Isaac chegou acompanhado do que achei ser uma equipe da Nasa. Eram tantas pessoas, que eu e Poliana ─ que até faltou ao trabalho para não me deixar sozinha ─ ficamos a um canto da sala, apenas observando. O tal Isaac apenas fiscalizava os trabalhos e vez ou outra nos fitava com uma imparcialidade espantosa.

─ Certeza que é um capo. ─ Poli sussurrou. ─ Gostosíssimo, mas a merda de um capo.

Olhei para Poliana, estranhando.

─ Capo, Poliana?! O tal Marco não é flor que se cheire, mas não é nenhum mafioso. Não até onde eu sei.

Poliana fitava o homem cheia de desconfiança, mas ele a ignorava completamente.

─ Você que pensa. São Paulo está cheia de mafiosos. Não vê nos romances? A Máfia está em todo lugar, Liv.

Não contive o riso. Minha irmã vivia nos romances, e agora, mergulhada na era digital, via mafiosos, cowboys e afins em todo canto.

─ Não diga maluquices, Poliana. Certo que é mero encarregado.

Mal fechei a boca, surgiu na porta uma moça tão elegante, que se destacava no cenário do meu apartamento. Ela trocou algumas palavras com o tal "capo" e depois nos fitou com um sorriso sutil.

─ Agora essa. ─ Poliana murmurou, antes que a tal mulher se aproximasse.

─ Boa tarde. ─ ela estendeu a mão e sorriu mais largamente. ─ Sou Laura Fagundes, assistente pessoal do senhor Marco Antônio.

─ Esse homem existe mesmo? ─ Poliana soltou essa, enquanto eu apertava a mão da tal Laura. ─ Por que ele nunca aparece?

Laura recolheu a mão, segurando uma pasta de documentos e sorriu para a minha irmã.

─ Você deve ser a irmã da Olívia. ─ e estendeu a mão para Poliana. ─ O senhor Marco Antônio encontra-se em trânsito, vindo de Tóquio. É um homem deveras ocupado.

─ Poliana, prazer. Pelo visto, ele só não é ocupado para espiar a minha irmã, não é?

─ Poli, por favor! ─ Me vi obrigada a contê-la. Aqui tudo só estava acontecendo porque eu assinei o contrato, e eu assinei porque queria a grana. Não havia nada do que reclamar. ─ Desculpe, Laura, minha irmã ainda não se acostumou com a ideia.

A mulher assentiu, educadamente, e me encarou por trás dos óculos "Prada". Era bonita, cheia de classe e de imediato ganhou a minha simpatia porque, apesar da petulância da Poli, não tratou mal a minha irmã.

─ Nem vou me acostumar, mas avise ao tal Marco, que não será tão fácil assim.

Poliana se afastou e me deixou a sós com a Laura, que apenas mexeu as sobrancelhas, parecendo divertir-se com grosseria da Poli.

─ Desculpe a Poliana...

─ Está tudo bem, Olívia. No lugar dela, eu nem mesmo aceitaria. ─ Instintivamente, baixei o olhar, sentindo-me julgada com sua resposta e ela pareceu perceber isso. ─ Me perdoe, não quis fazer qualquer juízo de valor. É que, como a sua irmã, tenho o temperamento difícil.

Voltei a fitá-la e ergui o rosto, impondo-me.

─ Não é uma questão de temperamento, mas de objetivos. Tenho os meus.

Ela assentiu e voltou a exibir seu sorriso leve, disfarçado.

─ Olívia, Senhor Marco Antônio me designou como administradora do laboratório, que já está registrado sob o nome de Matom ─ Laboratório de Pesquisas.

─ Matom?

─ Sim, as inicias do Senhor Marco Antônio e as suas. Constará apenas nos documentos, não se preocupe.

─ Isso foi ideia dele?

─ Não. Eu precisava colocar um nome. Te incomoda?

Movi a cabeça, negando.

─ Então, tudo referente ao laboratório será tratado diretamente com você. ─ Ela assentiu, delicadamente meneando a cabeça. ─ Laura, existe algum motivo, com o qual eu precise me preocupar, para que eu e o seu patrão não nos conheçamos?

Ela ergueu novamente suas sobrancelhas, ponderando, e ajeitou os fios acobreados que escapavam do penteado clássico.

─ Senhor Marco Antônio não deseja, simplesmente isso. Ele preza demais pela privacidade.

Abri a boca, indignada, e olhei ao redor.

─ Sério?! O homem que está enchendo a minha casa de câmeras gosta de manter sua privacidade?!

O riso irônico foi inevitável, mas não prossegui. Mais uma vez recordei de que ninguém havia me forçado a assinar aquele contrato.

─ Marco Antônio Teles é um homem muito astuto, Olívia. ─ Ela mantinha-se séria, impecável. ─ Um trabalhador incansável e muito sagaz em seus objetivos, como você. Contudo, é bastante correto. Se o contrato de vocês foi firmado em comum acordo, ele irá cumprir cada linha acertada, mas também irá cobrar a contrapartida nos mínimos detalhes. Sugiro que não discuta. Ele não se apega a nada, menos ainda a negócios mal feitos.

Engoli seco, sentindo o olhar firme dela sobre mim, e um estremecimentos percorreu meu corpo, um arrepio estranho, voraz.

─ Entendi.

Sua seriedade se desfez num passe de mágica, quando olhou em volta, verificando a finalização dos trabalhos. Havia câmeras em dois cantos da sala, na cozinha, no corredor.... Marco Antônio não queria perder nada.

─ Muito bem. ─ Com o semblante leve, Laura entregou-me a pasta um documento que trazia nas mãos. ─ Aqui está o endereço do seu laboratório e uma carta de permissão de retirada do veículo que deverá usar de agora até o final do contrato. Ele vem equipado com câmera interna e externa, e GPS de alta precisão com microfone. ─ Eu apenas escutava, atônita. ─ Aqui também tem formulários a serem preenchidos pelos finalistas da seleção de ajudantes. Iremos investigar os cinco finalistas e daremos um retorno sobre quais poderão ser escolhidos por você.

─ Investigá-los?

─ Sim. E eles precisarão assinar contrato de confidencialidade.

Assenti, decidida a não questionar mais nada.

─ Ok. Mais alguma instrução?

Por trás da Laura vi os técnicos deixando a minha casa.

─ Foque em sua pesquisa, Olivia, e não se preocupe com as câmeras. Duvido que o senhor Marco tenha muito tempo para utilizá-las.

Estreitei os olhos e a curiosidade me assaltou.

─ Laura, o que mais pode me dizer sobre esse senhor Marco Antônio? ─ Perguntei, em tom quase confidente.

Ela me fitou cuidadosamente, bem dentro dos olhos, e depois seus lábios esticaram-se num sorriso quase inexistente.

─ Você irá descobrir. ─ E estendeu-me a mão, em despedida. ─ Preciso ir. Para o que precisar, meu cartão está dentre os documentos.

Com um sorriso bem mais largo do que os outros que havia dado até então, Laura virou-se e, na companhia do "capo", saiu da minha casa, fechando a porta e deixando-me em completo silêncio. Todos haviam partido e Poliana estava em seu quarto. Olhei em volta. Cada câmera tinha um LED verde, indicando que estavam em perfeito funcionamento.

Caminhei e foi sinistro ver os dispositivos moverem-se, acompanhando meus movimentos. Caminhei para o lado oposto, testando-as, e as câmeras me acompanharam. Uma sensação assustadora tomou conta de mim, quase me causando pânico. Corri para o meu quarto e percebi a câmera do corredor me acompanhar. 

Lá dentro havia duas câmeras e elas cobriam cada perímetro.

Como vou conseguir dormir com esses "gárgulas" me olhando assim?

E lembrei dos realities show. Bem, se eles conseguem, eu também consigo.


MARCO ANTÔNIO

Desliguei o chuveiro e me enxuguei rápido. Após tantas horas de voo, eu estava precisando de um banho demorado, tranquilo, mas este ficaria para mais tarde. Enrolei a toalha na cintura e saí para o closet, mas ao atravessar as portas de vidro do banheiro, encontrei Bia parada na saída do quarto. Ela abaixou os olhos, mas vi como me olhou, antes de baixá-los.

Por mais que ela não me interessasse como mulher, seu desejo me afetava.

─ Desculpe, senhor. É que os convidados já chegaram e o aguardam na sala de jogos.

Lenon e Francisco sempre foram pontuais.

─ Ok. ─ Me dirigi aos cabides, escolhendo algo confortável para usar. ─ Bia, correu tudo bem com as instalações no meu escritório?

Como manteve-se em silêncio, fitei-a por sobre o ombro e notei como ficou nervosa, desconcertada. Mais uma vez ela me observava.

Eu sei que deveria cortar essa intimidade, mas há anos ela vivia assim: na cobiça, mas sem maiores liberdades. Eu gostava, tanto dos seus serviços, quanto dos seus olhares.

─ Sim, senhor. Isaac acompanhou a equipe e foi bem claro quando disse que eu não deveria envolver-me.

Escolhi uma calça jeans e uma camisa de malha.

─ Exatamente isso, Bia. ─ Parei na sua frente e notei a tensão em seu maxilar, nas pálpebras rápidas e na jugular pulsante. ─ Você sempre foi discreta e assim deverá seguir, se quiser trabalhar comigo. Não quero você bisbilhotando meu escritório, não quero perguntas sobre o que há ali e você será responsável por não permitir que ninguém, além de você e Isaac, entrem ali. Fui claro?

Ela assentiu, com os olhos no carpete branco.

─ Sim, senhor.

─ Muito bem. Agora, preciso me vestir. ─ Dei-lhe as costas e coloquei a roupa sobre a ilha onde eu guardava meus relógios e gravatas. ─ Avise aos meus convidados que já estou indo.

Bia novamente assentiu e saiu. Pelo reflexo do espelho eu a vi demorar-se a fechar a porta do closet e, disfarçadamente, aguardei.

Seu desejo por mim era latente e me envaidecia. Até então, soubemos manter as coisas nos lugares certos.

Os dois estavam na sala de jogos e fui recebido com gracejos e elogios.

─ Olha só! Chegou o encantador de samurais! ─ Lenon soltava sua piada, erguendo o copo de uísque, enquanto Francisco vinha me receber com um aperto de mão.

─ Não tem segredos. Falamos a "mesma língua", embora em idiomas diferentes. ─ Fui até o Lenon e o saudei, para só depois ir servir-me de uísque. ─ Eles colocaram suas condições, eu coloquei as minhas, cedemos um pouco de cada lado e tudo resolvido! Exportações garantidas.

Não era apenas isso. Para se fazer um bom negócio, havia duas vias: o medo ou o respeito. Com os orientais a via do medo era um tiro n'água, por isso, aprendi seus costumes, honrei suas tradições no campo negocial e demonstrei respeito por sua cultura.

─ Deixe de modéstia, Marco. Só se fala no "Senhor Alencastlo" no mundo da soja. ─ Lenon arrematou, fazendo pilhéria com a troca de letras no "português" dos orientais.

Conversamos banalidades por alguns minutos mais e jantamos no terraço. Foi agradável poder relaxar um pouco após uma viagem tão estafante.

Após a sobremesa, com a noite paulista sobre nossas cabeças, trocamos algumas informações de trabalho e acertamos alguns pontos do Futura, até que Lenon tocou em um assunto delicado.

─ Marco, é possível você me dar o contato daquele investigador? Mesquita o nome dele, não?

Furtivamente, troquei um olhar significativo com o Isaac, de pé à porta do terraço, e tornei a atenção ao Lenon.

─ Faz tempo que não uso os serviços dele, Lenon. Quem o conhece bem é o Isaac. ─ Todos olhamos para o meu segurança e fiel escudeiro. ─ Isaac, sabe do Mesquita?

─ A última notícia que tive dele, é de que havia voltado à sua terra, a Síria. A família precisava dele.

Lenon me olhou desconfiado, mas assentiu. Ele sabia que o Mesquita tinha essa alcunha por sua origem, e não discutiu. Então, tornou-se ao Isaac.

─ Se ele entrar em contato, poderia dar meu contato a ele, Isaac?

Meu segurança apenas assentiu, prestimoso.

─ O que quer com o Mesquita, Lenon? ─ Apanhei a caixa de charutos sobre a mesa e de lá retirei um, girando-o entre meus dedos, observando suas nervuras. ─ A Geovana está te deixando preocupado?

Geovana era a bela e animada esposa do Lenon. Mais de uma vez precisei deixar-lhe claro de que não me interessava sexualmente, embora não cansasse de se insinuar.

─ Não, claro que não. A Gio não me dá trabalho. É aquela pesquisadora, lembra?

Ergui o olhar para ele, cortante, e pelo canto do olho vi o Francisco se mexer na cadeira, desconfortável. Talvez sentisse o mesmo incômodo que eu, quando o Lenon vinha com essas histórias.

─ Você me disse para não ter preocupações com ela, porque agora quer investigá-la?

─ Ela anda sumida e gosto de ter meus inimigos à vista, sabe? Gostaria que o Mesquita ficasse de olho nela. Essas coisas de filme, sabe? Fotos da casa dela, da rotina...

Estreitei os olhos, estudando sua fala, seus gestos... A maneira como passava a língua nos lábios e fugia do meu olhar.

─ Lenon, essa fixação na pesquisadora... O quanto tem de tesão nessa história?

Lenon congelou, me encarando por segundos, até que rompeu numa risada sem graça.

─ Você está louco. Amo minha esposa e jamais me meteria com uma mulher que passa o dia vestida de jaleco. ─ ele sorveu um longo gole de sua bebida, antes de continuar. ─ Já lhe disse e o Eliana do marketing confirmou: ela é perigosa. É uma caçadora de nome, de prestígio, e o que poderia lhe dar mais prestígio, do que foder a maior produtora de soja do país?

─ Foder? ─ me debrucei sutilmente sobre a mesa, fitando-o mais de perto ─ Por que ela iria nos foder, se estamos de acordo com a Anvisa? Ou não estamos, Lenon?

Lenon empertigou-se na cadeira, inflamado, e Francisco o segurou, detendo seu avanço e acalmando-o.

─ Já lhe disse que estamos seguros, Marco! Faço tudo dentro da lei e tenho como provar! Se não acredita, abra uma sindicância! Agora com desconfiança, não há como levar um grupo como o Futura. ─ Ele bebeu mais um gole do uísque e respirou fundo. Relaxei na minha cadeira e apenas o observei, enquanto acendia meu charuto. ─ Eu sinto o cheiro de encrenca nessa mulher! Há anos ela fuça uma brecha para meter-se no nicho da soja. Há anos! Piso em ovos para não dar-lhe brecha, mas ela é perigosa.

─ Calma, Lenon... Não é desconfiança, bicho, sabe como o Marco é precavido. ─ Chico apaziguava os ânimos do Lenon, porque os meus estavam frios... muito frios. ─ Cabeça de gelo, certo? Esfria a cuca.

Lenon relaxou na cadeira e bebeu de vez o que restou no copo.

─ Eu sei... Eu sei. ─ e me fitou, ainda nervoso. ─ Desculpe a exaltação, mas é que é uma situação tensa.

Pousei o charuto no cinzeiro e lambi os lábios, saboreando o gosto amadeirado do fumo.

─ A mulher desistiu, Lenon, é fato. ─ Encarei meu sócio de forma amistosa. ─ Deveria relaxar um pouco e confiar nas suas manobras.

Ele meneou a cabeça, como se estivesse estalando as tensões do pescoço.

─ Verdade. Ela foi desligada da Universidade e não há a menor possibilidade de conseguir um financiamento. Eu só... É que eu queria ficar de olho nela, saber o que anda aprontando.

Sorri, ao brincar com o líquido âmbar do copo sobre a mesa.

─ Melhor esquecê-la. ─ voltei e fitá-lo diretamente. ─ Você está cansado, é hora de ir para casa e cuidar da Giovana.

Imediatamente, Isaac abriu a porta do terraço e ajeitou seu paletó, dando passagem. A mensagem era clara e Lenon entendeu. Ele levantou, se despediu de Francisco e me deu um aceno formal, antes de sumir porta adentro.

─ Você é duro com ele, Marco. ─ Virei os olhos para Francisco. ─ O cara só tá explodindo de tesão pela tal cientista, pesquisadora, o que seja. Ele que ainda não se tocou.

Eu não estava muito certo disso, embora todos os indícios apontassem nessa direção.

─ Acho melhor ele ficar longe dela.

Chico riu e eu tornei a levar o charuto à boca, puxando a fumaça.

─ Deixa o cara se divertir. Sabemos que a Gio dá os pulinhos dela e ele também. Ali é de comum acordo.

Soltei a fumaça para cima, formando círculos enquanto pensava nas reações do Lenon.

─ Que seja, mas eu preferia que ele não se envolvesse com uma mulher que, segundo ele, quer foder o Futura.

Chico repensou, ajeitando-se na cadeira.

─ Você tem razão. Agora me passa um charuto desse e vamos para a parte divertida da sua viagem. Conheceu alguma gueixa por lá?

Dei risada, disfarçando o incômodo que sentia. Abrir uma sindicância era tudo o que eu queria, mas sabia que essa atitude seria a primeira pedra sobre o Futura, e não se mata a galinha dos ovos de ouro assim. Por outro lado, não queria o Lenon atrás da Olívia. Se fizesse a mínima investigação, ele descobriria seu endereço e logo chegaria ao laboratório e a mim. Isso seria uma merda.

Estiquei o braço e ofereci a caixa de charutos ao Chico.

─ Sim, conheci algumas gueixas, mas elas não são prostitutas, como você deve estar pensando.

─ Vai me dizer que foi ao Japão e não comeu uma japinha, Marco? Que espécie de homens de negócios são esses de Tóquio?

─ Não... não comi ninguém. ─ Me peguei sorrindo, ao lembrar a maneira peculiar como me agradeceram o fechamento de contrato. ─ Eles me presentearam com uma sessão de JK business, uma nova modalidade de perversão japonesa.

Puxei mais um pouco da fumaça do charuto, divertindo-me com a expectativa do Chico.

─ É aquele lance com as menininhas?

─ Não. ─ Soprei a fumaça. ─ Na verdade, costumam usar menores de idade, mas acho que por minha origem e costumes ocidentais, eles chamaram apenas mulheres bem novas, mas adultas.

─ E elas fizeram de tudo? Como que você não comeu?

Ri, vendo-o ficar vermelho.

─ Não comi. Elas não são prostitutas. Elas apenas se vestem de colegiais e se masturbam para a gente. Os japoneses ficam loucos com isso.

Chico estreitou os olhos e eu ri, sabendo que ele queria detalhes.

─ E você, o que achou?

Peguei a garrafa de uísque e derramei uma dose em meu copo, puro.

─ Achei sem graça. ─ menti descaradamente. ─ É excitante, não nego, mas só assistir é meio monótono.

─ Uma ova que eu ficaria só assistindo! Esses japoneses não sabem curtir. Vamos, conte mais.

Bebi meu uísque pensando no quanto excitante foi assistir às garotas abrindo as pernas para mim, com aquela saia de estudante, se tocando, fingindo inocência. Me deu um tesão louco no início, mas a associação completamente descabida com a ideia de vigiar a Olívia foi um balde de água fria. Sim, eu iria vigiá-la, eu a teria na minha mira, mas não havia nada de sexual nisso. Absolutamente nada.


Era pouco mais de meia-noite quando, finalmente, o Chico foi embora e eu me recolhi, na companhia do último copo de uísque. Sentia-me um pouco tonto, tanto pelo álcool, quanto pelo jet lag, mas precisava dar uma olhada no trabalho do Isaac.

Entrei no escritório e tranquei a porta. Sobre a minha mesa havia agora dois monitores de 25 polegadas cada. Sentei despojadamente e bebi um longo gole de uísque, antes de deixar o copo sobre a mesa.

Era chegada a hora da diversão.

Liguei ambos monitores e eles exibiram uma série de quadros num mosaico escuro sombreado pela penumbra da noite. Em um dos monitores, eu via o laboratório no escuro; já no outro, o apartamento de Olívia Moniz dividia-se em quadros numa penumbra um pouco menor, e ali o meu interesse encontrou morada.

Escorregando um pouco na cadeira de espaldar alto, observei o mosaico, quadro a quadro: a sala era simples, mas parecia confortável; a cozinha era bem pequena, e no corredor, três portas estavam fechadas. No último quadro eu a encontrei.

Olívia estava deitada, parecendo dormir.

Cliquei no quadro e a imagem tomou toda a tela. Semi coberta, deitada em posição fetal, Olívia tinha os cabelos espalhados sobre o travesseiro. Estava escuro, mas não o suficiente para burlar a alta tecnologia das câmeras e eu conseguia vê-la em detalhes.

Com um clique na tela aproximei a imagem um pouco mais e pude ver que, ao contrário do que pensei, ela estava acordada.

Sorrindo, alcancei meu copo e bebi mais um pouco, saboreando o álcool, satisfeito com a eficiência daquele equipamento, que me proporcionaria boas horas de diversão.

Como se escutasse meus pensamentos, Olívia sentou na cama e olhou diretamente para mim, visivelmente irritada.

Puta merda, ela era mesmo bonita.

A luz que entrava pela janela aberta e a precisão das lentes da câmera me permitiam ver seu rosto esculpido em sombras e luz, os cabelos espalhados por ombros e costas, a camiseta de alças, colada ao corpo.

Me mexi na cadeira, sentindo o ar tornar-se um tanto abafado ao meu redor.

Com movimentos rápidos, ela jogou a coberta para o lado e levantou. Seguindo-a, acompanhei seu andar felino. Olívia usava um diabo de um short curto, colado ao corpo, desenhando a calcinha mergulhada em sua bunda redonda, que tremulava a cada passada preguiçosa.

Pigarreei e sorvi mais um gole de uísque, sentindo meu corpo reagir àquela visão. Puxei um pouco a perna da calça jeans, aliviando a pressão na virilha. Ela atravessou o corredor e eu a segui, clicando nos quadros, ampliando as imagens com ansiedade. Ela meneou a cabeça e seus cabeços deslizaram, cobriram parte das costas, evidenciando a cintura que se abria para um quadril largo, numa harmonia poética.

Quando me dei conta, eu estava debruçado sobre a mesa, querendo enxergar além do zoom. Antecipando seu caminho.

Olívia chegou à cozinha, abriu a geladeira e agachou-se. Inclinei a cabeça, acompanhando seus movimentos, sua bunda formando um coração invertido que me deixou hipnotizado.

Sim, eu podia entender a fissura do Lenon. Olívia Moniz era gostosa pra caralho. Sorri, porque quando decidi vigiá-la, não sabia que seria tão interessante.

Ela levantou e fechou a geladeira com o pé descalço, enquanto enrolava o cabelo e lançava-o para trás, então, virou de frente e debruçou sobre a bancada, virando uma garrafa direto na boca.

Rapidamente mudei de câmera, acessando a da cozinha, pegando Olívia de lado, e dei zoom em sua boca sugando o líquido com afã. Acompanhei os goles generosos que passavam por sua garganta e que me provocavam sede. Segui a linha do seu pescoço até o colo e paralisei nos bicos dos seios arrepiados contra a camiseta justa.

O fogo que me consumia ganhou força, quando recordei que teria aquele prazer todos os dias, todas as horas do dia. Voltei a relaxar na cadeira, ergui a blusa até o peito e abri a calça, mergulhando a mão dentro da cueca. Agarrei o pau quente, inchado, duro como uma barra de ferro e o acariciei sem delicadeza, dando-lhe liberdade.

Olívia tornou a abrir a geladeira, mas desta vez, apenas inclinou-se para frente, me deixando louco, atiçando minha imaginação, que a deixava de quatro com aquele rabo fantástico todo empinado pra mim.

Meus pensamentos eram selvagens, obscenos, e escorreguei a mão pelo fluido quente que melava meu pau, tão sensível que a cada vez que eu deslizava lentamente pela cabeça, o prazer agudo me atingia.

Novamente acompanhei seu andar lânguido pelo corredor e acentuei aos poucos a minha masturbação, cogitando se aquela boca sabia chupar gostoso, fissurado nas coxas que roçavam no andar e na marca da calcinha decalcada.

Eu mergulhava lentamente em um prazer gostoso, calmo e morno, mas abruptamente travei, quando Olívia parou de frente para a câmera do quarto, me congelando com seu olhar. Ela me encarava e eu notei seu maxilar ondular.

Ela estava brava. Óbvio.

Meu tesão também congelou.

─ Você está aí, não está? ─ Com os braços cruzados sob os seios, ela falava baixo, mas raivosa. ─ Eu sei que está. Por sua causa, eu não consigo dormir.

Mordi o lábio, contendo o riso, porque brava ela ficava ainda mais gata. Nunca me arrependi tanto de um negócio. Eu deveria ter exigido mais benefícios.

Eu também não estou conseguindo dormir, morena, murmurei.

Olívia erguia o queixo, audaciosa. Tornei a me inclinar, aproximando-me do monitor, aumentando o zoom até seu rosto tomar toda a tela.

─ Não consigo esquecer que está me observando. Você gosta, né? Te dá tesão?

Ela soou cínica e eu ergui uma sobrancelha, aprumando-me na cadeira, com uma sensação esquisita no estômago. Ela parecia me enxergar.

─ Sabe de uma? Espero que você também não durma. ─ E com os olhos estreitos, mordazes, de cílios longos, enfatizou: ─ Quer olhar? Olha! Olha mesmo, porque isso é tudo o que você vai poder fazer. Doente! Tarado!

Em uma retirada cortante, Olívia voltou à cama e cobriu-se da cabeça aos pés.

Franzi o cenho, intrigado, chocado até. A diversão esvaiu tão rápido quanto chegou, embora eu ainda estivesse excitado.

Com as sobrancelhas contraídas, a raiva em meu peito, virei o resto do uísque na boca, guardei o pau e desliguei os monitores.

Maldita! Louca!



Louca! Maluca! Insana! kkkkkkkkkkk....E aí, o que vocês estão achando? Eu estou me divertindo muito e ficando "louca" junto com a Liv. 

Se gostou, clica lá na estrelinha e dá uma moral ao Marco: Indica, divulga, ameaça alguém e faz chantagem para a pessoa vir conhecer o Onipotente kkkkkk Xêro!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro