Mais duas longas e cansativas semanas se passaram. Eu estava louco planejando todos os modelos do desfile da Gucci, enquanto também organizava uma pequena festa de comemoração para o aniversário de três aninhos do meu bebê.
Na verdade não seria uma festa e sim algo simples apenas para os íntimos; minha mãe, Hwang e eu até então...
Hoje mal consegui tomar meu café da manha, precisei sair cedo de casa como meu filhote ainda dormindo eo deixei com minha mãe. Além de ver todos os modelos provando nossas roupas exclusivas, precisaria escolher algumas cores a mais no evento, sem contar com as três reuniões com Hyunjin e toda a equipe.
Não demorei até pegar o meu carro e partir da casa da minha mae com certa pressa para chegar à empresa. Em poucos minutos parei no local desejado e estacionei na minha vaga já separada do estacionamento. E uma das coisas que eu adoro quando chego no trabalho, ver o nome Lee Felix escrito em uma das vagas me fazia sentir empoderado.
Trajando minha calça jeans preta justa com uma camiseta na mesma tonalidade e uma jaqueta de couro, desci do automóvel indo em direção ao elevador passando a mão nas madeixas loiras, bem arrumadas e cheirosas assim como o delicioso gloss de morango que fazia minha boca chamar ainda mais a atenção dos que a apreciam.
Caminhando pelos corredores de forma lenta, dirigindo a palavra a todos, cheguei em minha sala.. mas, antes procurei encarar bem o espaço ao lado o encontrando vazio, sem sinal algum do alfa.
Provavelmente já deve estar em alguma reunião e eu como sempre, cheguei fora do horário.
- Já mandei você parar de acabar com o meu coração, Felix. Está lindo demais. - Nayeon chega perto com todo o seu charme diário, mas sempre bem humorada. - Nós temos um grande problema...
- Por Deus! Eu acabei de chegar. - Já vi que o dia será longo. - O que aconteceu?
- O chefe Hwang não virá hoje. - O quê? - Então terá que dar conta de tudo sozinho.
- Mas como assim ele não vem? - Questionei um pouco curioso. - Temos vários colaboradores e fornecedores para atender hoje, não tenho como dar conta disso sozinho, Nay.
- Você consegue, lindo. - Ela deu uma piscadinha de leve. - Jisung e Jeongin foram designados por Hwang para ajudá-lo hoje. Eles entendem bem sobre o assunto, então quanto mais pessoas despachando logo esses colaboradores, melhor.
- Tudo bem. - Digo mais tranquilo, porém algo dentro de mim sabia que não era só aquilo. - Sabe o que aconteceu com o chefe?
- Ele adoeceu ontem a noite, ao menos foi o que Jisung nos passou. - Adoeceu? Isso é estranho. - Disse que Hwang está de cama e sentindo dores. Por esse motivo ele não virá hoje.
A agradeci pelas informaçoes e ela saiu. Ainda assim achei estranho mas decidi cumprir com o que ele havia me passado antes de focar somente nas minhas paranóias, que são muitas neste caso.
Alfas lúpus são bem raros em conter qualquer tipo de doença imunológica devido ao seu rápido desenvolvimento de imunidade para combate de tais enfermidades. Sei bem disso, meu filho pegou uma gripe por incríveis trinta minutos e depois estava pulando sobre as paredes novamente.
Mas enfim... prefiro não esquentar muito minha cabeça com isso agora. Com as horas se passando, conseguimos confirmar e renovar contrato com colaboradores e fornecedores da marca. Jisung e Jeongin se mostraram ótimas pessoas comigo, podem ser um pouco loucos as vezes, mas os adorei.
Iria apenas organizar os modelos aprovados em minha sala para poder sair com os dois irmãos de Hyunjin. Ambos se dispuseram a me levar até o apartamento do alfa quando eu comentei que estava um pouco preocupado com esse sumiço.
E realmente estava, mas vou até lá saber melhor o que realmente está acontecendo.
- Senhorita Myung, poderia me trazer a lista da agenda dessa semana, por favor? - Questionei assim que passei pela mesa da ômega indo em direção a minha sala.
- Eu faço isso apenas para o senhor Hwang. - Seu tom sarcástico me fez parar no mesmo instante e encará-la para ter certeza do que ouvi. - Não cuido da agenda de ninguém além da dele.
- Deixe-me lembrá-la de algo. - Dei mais alguns passos em sua direção antes de falar: - Agora sabes que fará isso para ambos, como lhe foi passado na minha reunião de entrada. Então faça o favor de enviar essa agenda para o meu e-mail, senhorita; ou terei que informar sobre seu comportamento com a diretoria do RH.
- Lhe encaminho em dez minutos, senhor Lee. - Ela respondeu voltando sua visão para o computador.
- Ótimo. - Dirigi a minha última palavra a ela antes de dar as costas e prosseguir o meu caminho anterior.
Realmente consegui concluir todos os deveres que Hwang deixou pendente para mim. Os fornecedores estavam satisfeitos, os looks estavam esplêndidos, nossos modelos satisfeitos e bem preparados. Não terá Channel alguma que acabe com nossa criação.
Nosso modelo principal será Jennie, ela é a peça chave para todo o glamour programado. Sim! Irá desfilar de cropped, na verdade o look mais lindo da coleção, nomeado por toda a equipe, que eu mesmo criei. Estou muito orgulhoso de mim mesmo e do trabalho que sempre sonhei e me esforcei para ter.
Com o fim do expediente chegando, estava arrumando as minhas coisas quando ouvi a porta sendo aberta.
- Vamos, cunhado? - Jisung chega na minha sala de uma forma que me deixa surpreso e completamente corado depois do termo dado a mim.
- Oh! Olhe, Jeongin... ele está com vergonha. Que fofo!
- Hwang Jisung! - Jeongin bate nele sutilmente. - Desculpe por isso, Felix. Vamos, nós não avisamos nada ao Hyun ainda... precisamos ir.
Tendo concordado nós saímos direto até a garagem. Insisto em ir no meu carro os acompanhando, mas ambos são bem convincentes a ponto de me fazer ir no mesmo veículo que eles. Não questionei, apenas aceitei a minha derrota de competir com aqueles dois no sentido de teimosia.
Chegando até um dos condomínios mais caros de Seul, meu queixo quase foi ao chão quando passei a admirar a beleza daquele lugar. Luzes, árvores, flores, sem contar com os seguranças de plantão por todo aquele local. Era de fato um ótimo lugar para se viver.
- Ele comprou essa casa faz poucos dias. - Jisung fala assim que descemos do carro e paramos em frente a uma residência linda e bem grande. - Se mudou do apartamento para cá. Não entendi bem, mas parece que ele está feliz.
- Isso é o que importa. - Jeongin acrescenta antes de usar a chave reserva que se encontrava embaixo de uma planta na porta de entrada para destrancar e abrir. - Hyun! Chegamos!
Ela gritou e ouvi uma voz rouca vindo do cômodo de cima dizendo:
- Estou aqui.
Jisung sugeriu que eu fosse até lá, pois eles iriam apenas deixar o jantar de Hwang na mesa e saírem para alguns compromissos. Pelo que entendi, ambos já tinham passado a noite aqui com o alfa, mas precisaram sair pela manhã para cumprir as ordens dadas por ele na empresa.
E foi exatamente isso que me deixou ainda mais preocupado. Fui de escada acima e segui no longo corredor até chegar na última porta - assim como me
foi dito por Jisung - abrindo lentamente a porta me surpreendo com a visão que tive.
O alfa estava deitado em sua cama lendo um livro.
Trajava apenas uma calça moletom deixando à mostra seu abdômen definido com várias marcas roxas. Ele permanecia deitado tranquilamente na cama e isso me fez pensar que ele estava livre de dores mais fortes, porém aquelas marcas eram incrivelmente intensas. Como se tivesse tomado uma surra pesada.
Todo o meu periodo de análise acaba assim que seus olhos encontram-me ali parado o encarando preocupado. Um sorriso é formado em seus lábios assim como sua mão é estendida até mim, chamando-me para mais perto de si. Sem hesitar, caminho lentamente até segurar sua palma e sentar ao seu lado na cama.
- O que aconteceu com você, Hwang? - Questiono enquanto volto a olhar para as terriveis marcas que doiam até em mim.
- Você não me chama mais assim, Lee! - Disse irritado como um verdadeiro bobo, só me restou gargalhar de sua ação.
Me aproximei ainda mais coma segurança que ele tem me passado nas últimas semanase passei a acariciar o seu lindo rosto. Hwang tem me passado uma confiança incrível assim como o nosso pequeno que está cada vez mais apegado a ele. Seus toques e carícias me deixavam totalmente rendido, então parei de resistir e me entreguei totalmente a tudo o que ele me proporciona.
- O que houve, Hyunjin-ah? - Lhe dei um novo chamamento então pude perceber seu sorriso aumentar ainda mais.
- Não foi nada demais, anjo. - Seus lábios foram de encontro com o dorso da minha mão antes de prosseguir falando: - Caí em uma cilada de alguns ladrões e acabei sendo esfaqueado.
Puta que pariu?
E ele fala com tranquilidade assim?
- Uma ômega estava sendo mantida dentro de um galpão. Na verdade, os miseráveis a pegaram na rua apenas para me atrair. Quando cheguei lá, vi apenas cinco a rodeando e lhe dei um fim rápido, mas quando olho para os lados tinham vários, eu contei trinta com exatidão. A polícia conseguiu chegar a tempo de tirar a ômega do local, e eu já tinha conseguido imobilizar todos os alfas e betas mas em compensação, para isso tive que levar muito esporro. Foram muitos cortes profundos, mas meu corpo está se recuperando bem, então não precisa se preocupar com isso.
- Não precisa se preocupar com iss... - A voz de Jisung se fez presente no quarto assim como o cheiro da comida que Jeongin trazia. - Diz isso porque o Lixie não viu o estado que você chegou aqui.
- Tenho que concordar, Hyun. - Jeongin colocou a bandeja bem a frente de Hwang. - Você sangrou muito, sem contar com o seu traje completamente destruído. Sorte que a máscara estava intacta ou você seria a principal notícia esta manhã.
- Ninguém vai descobrir nada. - Ele garante.
- Enfim... temos um recado para você. - Ji se adiantou já ficando de pé. - Nosso pai entrou em contato comigo ontem de forma milagrosa e disse que viria aqui esta noite para falar com você. Ele tem em mente que te fará desistir desse desfile, o infeliz apenas não sabe que já ganhamos todos os holofotes de lavada.
Isso é uma verdade absoluta, comparando as criações da Gucci com a Channel, eles podem se considerar perdedores e...
Espere! Ele está vindo aqui esta noite?
Levanto assustado de sua cama e sei que o alfa já sabe o motivo do meu espanto.
- Eu preciso ir. - Digo sem ao menos olhar para trás querendo sair o mais rápido possível daquele lugar.
- Tenho que buscar... - Quase deixei escapar. Mas tentei ao máximo disfarçar dizendo: - Algo na casa da minha mãe.
- Felix, espere! - A voz de Hyunjin foi a última coisa que ouvi antes de sair correndo desesperado até conseguir um táxi e ir para bem longe dali o mais rápido que pude.
Por sorte o motorista era muito simpático e conseguiu me distrair falando de seus filhotes até chegarmos ao apartamento da minha Omma. Pedi que ele esperasse até eu descer novamente e o mesmo concordou. E realmente muito bom ter motoristas que respeitam o passageiro além de tentar ter uma boa conversa sem milícias, muito diferente da droga da realidade que temos hoje em dia.
Subi os andares com pressa para não deixar o motorista esperando. Meu filho estava no sofá com a mais velha vendo algumas animações e assim que seus olhinhos pararam em mim a pressa foi tanta para chegar até meus braços que o recebi em um abraço apertado e protetor.
Não! Ninguém irá tirá-lo de nós.
Sim! Nós! Hyunjin e eu.
Assim como todos que o ama.
Peguei as coisas do filhote e desci novamente indo em direção ao táxi que, desta vez, nos levou direto para casa. Fomos recepcionados por algodão doce quando entramos, o peludinho saltava até nós com suas patas fofas. Niki estava realmente feliz com aquele amiguinho em casa e eu não seria nem louco de negar a forma adorável que ele trata o irmãozinho.
Tomei um banho rápido enquanto o deixei brincando em minha cama, para depois banhá-lo também já o deixando de pijama e pronto para dormir. Minha preocupação foi tanta que nem ao menos pensei em preparar algo para jantarmos, quando fui até a cozinha ouvi alguém batendo na porta de entrada, nesse instante, meu coração acelera e o medo toma conta de todo o meu corpo.
Lentamente, caminho até a entrada e, quase chorando de pavor, abro a porta. Fico mais tranquilo quando vejo Hwang ali parado com duas sacolas de comida em mãos.
Tentando me livrar de todo aquele sentimento ruim, caminho até ele sendo recebido por seus braços em um abraço carinhoso e acolhedor. Meu corpo tremia, meus olhos estavam úmidos, mas o medo foi se afastando conforme tinha a certeza de que eu e meu filho não corríamos perigo algum.
- Sou eu, meu anjo. - Ele dizia tentando me calmar. - Está tudo bem.
- Por-porque você veio? - Consegui dizer olhando em seus olhos. - Você está machucado, Hyunjin! Não deveria ter saído de casa.
- Fiquei preocupado com o jeito que saiu de lá, queria ter certeza de que estava bem. - Sua mão afastava alguns fios de minha testa os levando direto até a parte de trás da minha orelha. - Precisa pensar em si, em tirar esse medo de você. Um dos meus melhores amigos é um psicólogo ótimo, está voltando de viagem amanhã... pode começar algumas sessões com ele se quiser. Será bom para você, posso acompanhá-lo em todas e te espero sair para que se sinta mais seguro.
- E-eu quero sim. - O abracei novamente, escondendo meu rosto em seu pescoço inalando o aroma que tanto passei a amar. - Por favor, Jinnie...
Ele suspira e leva seu toque até o meu queixo fazendo com que erga o rosto até encará-lo de volta. Seus toques sobem até os meus lábios, que notei ser uma das partes de mim que ele tanto gosta, o polegar dedilhava meu inferior com desejo assim como estava escrito em seus olhos. Dei o último passo que nos distanciava até encostar nossos narizes. Sentindo sua respiração se misturando com a minha, seus lábios foram de encontro com os meus até..
- Jinnie! - Meu filhote aparece pendurado no teto de cabeça para baixo me fazendo quase morrer de susto. - Jinnie chegou! Jinnie chegou!
- Oi, meu amor. - Ergueu o braço livre para pegá-lo. Com um bom equilíbrio, e as mãos grudentas do pequeno, foi fácil tirá-lo de lá. - O Jinnie trouxe torta de morango, você quer?
- Bolo! Bolo! - Passou seus bracinhos pelo pescoço do alfa que sorriu bobo com o contato. - Nini quer, papai.
Era realmente lindo de se ver e.. PUTA QUE PARIU!
Ele chamou o Hyunjin de papai?
Hwang me olhou de forma espantada com os olhos arregalados enquanto eu torcia e unia todas as minhas forças para nāo chorar novamente.
- Eu? - Ele questionou olhando para o pequeno. - E-eu sou seu papai?
- Jinnie cuida, carinho, amor, presente, bolo. - Meu bebê disse todas as palavras unidas que não há como entender de outra forma. Hwang realmente lhe dava tudo isso e muito mais, assim como a mim. - Jinnie papai do Nini e do algodão doce.
Vendo o alfa completamente sem reação tirei o pequeno de seus braços o colocando no chão e dizendo:
- Porque você não trás o peludinho? Vou separar os legumes dele e podemos comer bolo, hum?
- Sim, appa. - Ele concorda e sai andando de forma rápida atéo quarto e gritando: - Algodão doce! O papai tem bolo! O papai tem bolo!
Assim que vi o baixinho se afastando, fui até Hwang tirando as coisas de sua mão eas colocando na mesa até que o puxei para um abraço. Seu rosto foi direto até o meu pescoço enquanto suas mãos apertavam a minha cintura com pouca força.
Seus fungados se fizeram presente assim como suas lágrimas que foram de encontro com a minha pele. Eu sabia que ele estava chorando de felicidade pelo reconhecimento do pequeno sobre si, era muito bonito e admirável a importância que ele dá a sua paternidade, isso só me faz admirá-lo ainda mais.
- Ele me chamou de pai, Felix. - A voz estava quebrada devido ao choro, mas sentia seu coração acelerado em nosso abraço.
- E exatamente o que você é, Hyunjin. - Afastou o seu rosto para me encarar enquanto juntava nossas testas. - Papai de um filhote adorável e ainda ganhou um ômega completamente rendido por você de brinde.
- Já posso me declarar o alfa mais sortudo desse mundo, então. - Seu sorriso é uma das coisas mais lindas que já vi, assim como o do nosso filhote.
Eo preço a ser pago quando se carrega um filho nove meses para vir a cara do outro pai.
Que injustiça!
Tomado pelo momento, selo seus lábios de forma rápida com apenas um selinho Ihe pegando de surpresa. Seus olhos escuros realmente mexem comigo assim como tudo nele, portanto, não hesitei em deixar mais um breve selar na sua boca antes do nosso filho chegar na cozinha.
E foi quando estávamos sentados à mesa juntos que pensei: Ninguém vai nos separar novamente.
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