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Capítulo 2

"Danças fantásticas
punham nos corpos vibrações elásticas,
febris,
ondeando ventres, troncos nus, quadris...

Quenguêlêquêze, Rui De Noronha"

Pov. Nicole

Uma semana depois

-Pronto, agora só postar!

-Está perfeito! Principalmente na minha parte!- diz a Rita

-Por favor Rita! Todas apresentaram tudo juntas! Não vem dizer como se fizeste a dança inteira a solo!- diz a Melissa abanando as mãos em desdenha. A Rita vira-se para a Melissa e fica arqueando as sombraçelas alternadamente, com a tentativa de provocação. Eu rio.

-Ainda bem que a tua mãe está cá, senão te encheria a cara de porrada.-diz a Melissa séria

-Não provoques a Melissa, Rita! Sabes que ela tem limite curto. E que ela late, late, mas morde com força, até sair pedaço.- Marta aponta o dedo primeiro para a Melissa e depois para a Rita e por fim para Melissa. A Melissa dá um leve soco no ombro da Marta, pondo a nós todas rirmos como loucas.

O video de dança que fizemos, fica carregando, para postar no YouTube. Até que já carrega e é postado.

-Postou!

-A sério!-quando Rita fala empolgada todas se juntam a minha volta, olhando para o computador.

-Maravilha, agora põe no play que quero ver agora no YouTube.-diz a Marta com um sorriso no rosto

-Mas a gente já viu e já reveu o video mais de cinquenta vezes.

-Mas quero ver!-diz Marta insistente

-Querer não é poder!

-Por favor Nicole! Deixa eu ver, não vai fazer nada de mal.- diz insistindo e eu reviro os olhos desistindo.

-Ok! Ok!

(O video que as meninas fizeram dançando)

(Substituam os rapazes por meninas)

-Espetácular!- diz batendo palmas.

-Ficou mesmo bom!-digo com orgulho

-Amei!- grita Melissa

-Meninas, espero que não esteja a incomodar.- diz a mãe da Rita, aparecendo na porta do quarto da Rita.

-Não mãe, não estás a incomodar. Acabamos de postar agora mesmo.

-Ah, que bom! É que acabei de fazer um lanchinho para vocês, lá em baixo.- ao dizer isso eu levanto bruscamente da cadeira e viro com a cara de felicidade.

-Eppa! Alguém disse lanche!

-Não! Disseram alerta vermelho, ataque de dinaussauro assassino!- Mel fala sarcásticamente, fazendo toda gente gargalhar alto, excepto eu que não achei nenhuma graça.

-Ah! É que pensei que era ataque terrorista! - desta vez toda gente ri mais alto, até que a Marta cai da cadeira, a Rita tenta recuperar o ar dos pulmões, e eu e a Melissa trocamos olhares afiados mas eu ponho um sorriso de canto provocador.

-Está bom, meninas! Que tal a gente descer e comermos antes que alguém se mate.- diz a tia Roberta, desta vez sou eu e a Melissa que não aguentamos e começamos a rir.

-Eu vou! Mas tens sorte Nicole que hoje estou de bom humor!-diz Mel em um tom desafiador

-Ai! Ai! Ai! Que sorte gente! - digo me aproximando da porta enquanto desdenhosamente abano as mãos.

-Como é possível ainda não houver sangue derramando pelo chão e cabeças rolando?- pergunta Rita divertida, e vem na minha direção junto com as meninas.

O caminho até a cozinha foi cheio de piadas, respostas, e risos.

De longe sinto um cheiro completamente viciante de bolo e torta e de... PÃO DE QUEIJO!

Eu: Hmmmm! - faço lambendo os beiços e me enlouquecendo toda.

-Segurem aqui a pantera, por favor! -Rita fala brincando segurando o meu braço.

-Pão de queijo...Torta... Bolo... - digo apontando o meu nariz para cima, cheirando imitando um cão farejador- ... De... CHOCOLATEE!- alegre digo batendo palmas e saltitando.

-Iiicccchhh! Cabeça já foi!-diz Mel sempre provocando

-Nicole e Rita pedimos em nome do planeta Terra, que vocês deixem nós comermos também.-Marta  fala juntando as mãos, a frente de nós duas.

-Não se preocupem meninas eu vos conheço bem, por isso tem comida que chegue para todas.- diz a tia

P.S.(Nicole tem a mania de chamar certas pessoas mais velhas de tia ou tio)

Entramos na cozinha, e vimos uma linda mesa posta com um bolo de chocolate com cobertura de caramelho, uma torta de chocolate com cobertura de leite condensado e recheio de chantilly, há um espaço na torta, então já foi comido antes, muito pão e queijo e sumo de cereja.

Pensamento: Que delícia! Que tentação para os meus olhos e estômago!

Sentamos juntas na grande mesa redonda e comemos com muito prazer e satisfação.

Enquanto comemos a Roberta recebe uma ligação e saí da cozinha para atender.

-Meninas,que tal nós depois de amanhã sairmos para festejar algo?- aproveito para perguntar, na esperança delas entederem o que quero dizer.

A Melissa para de comer e fica estática, com os olhos arregalados. A Marta começa a tossir dando a impressão quê se engasgou. E a Rita vira o rosto para a janela como se não ouviu o que eu disse.

-Desculpa Nicole, ma...ma...mas... domingo eu voouuu... com os meus pais visitar os meus avós... no outro lado do país. - Mel diz se atrapalhando nas palavras no ínicio, fazendo pausas e acaba falando rápido.

-E eu.. vou ter que limpar a casa... de cima a baixo.- Marta faz a mesma coisa que a Melissa.

-E eu estou ainda de castigo.- Rita finaliza me deixando triste.

-Olha! Podemos ir sair segunda-feira ou outro dia, ainda mais... não vai ter nada de especial.- Mel tenta se explicar, mas supreendemente a Marta e a Rita viram-se furiosas para Melissa, não acreditando no que disse.

Eu fico um pouco mal pelas minhas próprias melhores amigas se esquecerem do meu aniversário, levanto-me após ter comida tudo e silenciosamente saio da cozinha, me sentando no sofá da sala, ficando ali pensativa.

Pov. Marta

A Nicole levanta da mesa com expressão no rosto que me deixa mal, e saí silenciosa da cozinha, depois da Melissa falar a coisa mais ridicula e desnecessária que alguém poderia ter dito.

Pensamento: A Melissa só pode ter comido demais e avariado o cérebro!

-O quê que te deu na cabeça para dizeres uma coisa dessas a Nicole?!- digo furiosa para Mel mas baixo para que a Nicole não ouçe.

-Pra quê foi dizer isso a ela, que nesse dia não vai ter nada de especial?!-completa Rita

-Desculpa, é só que estava tão nervosa que acabou por sair da boca para fora.-Mel tenta se desculpar arrependida.

-As desculpas são para a Nicole, não para nós!

-O acordo era guardar segredo, não pô-la triste.-Rita diz comendo.

-Tá bom, vou pedir desculpas!

-Vais mesmo ou vais com olho roxo!-digo a fitando

-Estou saindo!- diz-se levantando, e saindo dali.

Pensamento: Agora espero que a Nicole aceite as desculpas! Mas por enquanto vamos ter que esconder algo, sei que é mau. Mas vais ver que é bom esconder a tua festa surpresa de aniversario!

Pov. Nicole

Fico sentada pensando profundamente deixando os meus sentimentos e pensamentos flutuarem na minha mente.

Até que sinto ao meu lado o assento do sofá se afundar, olho rapidamente e vejo a tia Roberta.

-O que fazes aqui? Não estavas comendo tão bem na cozinha?- pergunta ela passando as mãos pelos meus cabelos pretos.

-Estava sim, só que já acabei e vim para cá.

-  Nicole Fraiser já ter acabado de comer assim tão rápido e a tirar de frente de mais comida?!?!?!! O mundo já deve estar acabando.- fala fazendo-me escapar uma risada- Vá! Conta que se passou?

(A senhora Roberta também é chamada de Tia Berta- só para não complicar ninguém)

-Tia Berta, sabes o que vai ter este domingo?

-Domingo... Hmm... Não, não me lembro nada neste domingo, mas se tiver, a Rita não vai poder ir, porque está de castigo e vai me ajudar aqui em casa.

-Ah tá!- digo, até que sinto o meu outro lado do assento do sofá afundar e olho lentamente para ver o ser humano ao meu lado.

Vejo a Melissa com o sorriso triste no rosto, tentando se desculpar pelo olhar.

-Tia Berta a senhora poderia deixar eu falar com a Nicole rapidinho, à sós?- fala devagar a última parte. A tia Berta por um momento nos olha desconfiadamente, mas depois assente e vai embora.

Viro-me para olhar no rosto dela e o sorriso desaparece dando lugar ao arrependimento.

-Nicole se eu te deixei triste por algo, desculpa-me que a minha intenção não era te fazer sentir mal. Por favor me perdoa, não fica com raiva de mim!- a voz saí com um toque de arrependimento e tristeza.

Pensamento: Eu sei que ela pode não se lembrar dos meus anos mas eu não vou ficar chateada com ela!

-Eu não estou com raiva de ti. E esquece aquilo de sairmos juntos. - digo suspirando.

-Obrigada!- diz alegre- Vamos voltar com certeza ainda a pantera não deve estar satisfeita. - diz com graça e eu rio.

-Claro, ela está a arranhar as paredes do meu estômago!- rimos e nos levantamos.

Voltamos à cozinha e voltamos a comer e a conversar como eu gosto.

Daqui a dois dias é o dia 30 de junho, e mesmo não podendo comemorar com as minhas amigas no dia, estou fazendo isto agora, comendo bolo, torta, e sumo, enquanto estou com as pessoas que adoro.

🎁🎂🎉Dois dias depois🎁🎂🎉

Acordo com uma bela disposição de manhã.

Tomo banho, visto a minha calça moletom cinza, com a minha blusa verde. Faço uma trança lateral e desço sentindo o cheiro de bolo de cenoura vindo da cozinha.

Quando entro na cozinha sou supreendida pelo Leo cantando os parabéns para mim. Sorrio e bato palmas junto com ele.

A minha mãe vira-se para mim com uma fatia de bolo de cenoura com recheio de chocolate.

-Parabéns filha!- a minha mãe me entrega o bolo nas mãos e me beija na testa- Muitas felicidades, saúde e um belo futuro!

-Obrigada mãe!

-E muito juízo!- meu pai aparece na porta, me fazendo rir.

-Obrigada pai! Mas eu já não tenho juízo?

-Então, aqui está! Mais uma dose!- eu e o Leo gargalhamos.

-Agora a aniversariante vai comer o seu pequeno-almoço porque vai ter um longo dia!-diz minha mãe

-Porquê? Vamos fazer alguma coisa especial?- pergunto excitada.

-Não vai dar, querida. Eu e o teu pai temos comprimissos que só ontem foram marcados.- me entresteço- Não fica assim! Hoje vamos jantar em um restaurante muito bom.- dou-lhe um sorriso sendo bem que queria passar o dia com as pessoas que mais gosto.

A minha mãe com a cabeça aponta para a mesa posta, me dando sinal para ir comer. E assim faço, me sento e como silenciosamente.

🎁🎁Duas horas depois🎁🎁

Pov. Max

Vou ter que contar a verdade. Que tentar convencer a Nicole a sair de casa para fazerem a preparação da festa surpresa, não foi nada fácil.

Ela queria ficar em casa, tocando piano e pintando. Dizia que tinha o menor interesse em sair hoje. Mas a sério tive que ajoelhar no chão para ela sair. E consegui!

Agora estamos no parque comendo gelado no cone, num banco do parque, com os seus patins e o meu skate ao lado.

O seu telemóvel começa a apitar.

Ela curiosa, o retira do bolso, e o abre. Eu vejo o que foi. Ele alerta para as notícias.

"Site: 24 HOURS

Jonarlista: Notícia de última hora: Desde às 8h da noite passada, um astro desconhecido orbita o nosso planeta. A N.A.S.A. informa que estão a tentar descobrir de que material é feito e mais informações sobre o mesmo. Não se sabe o porquê dele estar a orbitar e se é inofensivo ou não. Nos acompanhem às 8 pm para mais informações. Continuação de uma boa tarde!"


-Uau!!!- é o que ela apenas diz.

-Deve ser que mais tarde, ele vá embora. - digo e ela me olha com a cara de quem não acreditou no que disse.

-Max não estás a ver que isso é único! Algo que nunca foi visto, é íncrivel!- ela diz fascinada. Mas eu acho que é um astro como os outros.

-Tá bom, é íncrivel. Mas, e agora vamos lá correr!- ao falar ela me dá um belo sorriso de canto.

-Vamos!- ela diz feliz como uma criança que ganhou um doce.

🕘🕤🕘🕤Mais tarde🕘🕤🕘🕤

Pov. Nicole

-Filha, despacha-te!- grita a mãe lá de baixo.

-Já estou descendo!- corro pelas escadas a baixo.

-Mana, viste o meu outro sapato.-Leo aparece àtras do longo sofá parecendo estar procurando algo.

-Procuras-te na entrada?

-Sim, mas não está lá!- coça a nuca envergonhado.

-Estas a ser muito irresponsável!- olho para o teto, deixando os ombros cair- Ok, agora vamos procurar porque já vamos sair!- digo apressada. Ele parece ficar uns segundos me olhando, mas depois ele sorri. O sorriso mais fofo que já vi!

Saio da sala de estar com o Leo, a procura do sapato fugitivo. Passamos alguns minutos procurando o sapato como espiões especiais.

Quando finalmente encontramos o maldito sapato, a nossa mãe aparece do nada. Ela segura nos nossos braços, nos arrastando para fora de casa.

Avistamos o carro cinzento Mercedes dos meus pais parado a nossa espera. De dentro do carro, o nosso pai parece impaciente, segurando o volante, enquanto cutuca com os dedos no mesmo.

Somos colocados para dentro do carro sem eu me aperceber.

Pensamento: Como eu sou distraida, hein?!

Eu e o Leo acabamos rindo no exato momento que a nossa mãe abre a porta do lugar do passageiro ao lado do condutor.

-De verdade, vocês têm que atrasar tanto assim, pra quê?!-meu pai fala com 0% de paciência.

-Encontrei eles, perto da estante de livros. - os dois reviram os olhos, bufando um "Tem coisas que não mudam"

O meu pai desestaciona o carro e segue o caminho.

-Onde é que vamos mesmo?- pergunto tentando saber onde iremos. Mas, ignoram-me.- ONDE É QUE VAMOS AGORA!!!

-É SURPRESA! Se contarmos não será mais surpresa.- meu pai diz tentando me fazer parar de perguntar, bufo irritada e olho através da janela do carro.

Está de noite, com o céu iluminado de estrelas brilhantes. Mas que lindo!!! Os postes de luzes iluminam a grande autoestrada. Carros passam por nós em alta velocidade, as suas luzes trazem ainda mais brilho aquela noite.

De repente, paramos por causa do semáforo que brilhava na cor vermelha. Olho para o meu irmão que está concentrado no jogo no telemóvel do meu pai.

-Leo!- o chamo.

-Hmm! - responde sem desviar o olhar do seu jogo de Minecraft.

-Hoje eu e o Max soubemos de uma coisa enquanto estavamos no parque.

-O quê?-minha mãe pergunta quando o carro avança.

-O canal " 24 HOURS" notificou com uma notícia de última hora.- digo, mas ele revira os olhos com menor interesse nisso.

-O quê, Nicole?- volta a perguntar com ar de preocupação.

-Disseram que a N.A.S.A. identificou um astro ou asteróide desconhecido nunca antes visto orbitando a Terra.

-Como assim?- pergunta virando-se para olhar para mim.

-Pelo que me lembro, a NASA está a tentar obter informações sobre esse asteróide,...- ela me olha pelo retrovisor ainda com mais interesse para que eu continue- Por enquanto, não sabem se é inofensivo ou não. Também não sabem o porquê dela estar orbitando o nosso planeta.- por um momento o olhar fica sério e pensativo, mas depois ela dá de ombros desdenhosamente e volta a sua posição anterior.

-Não deve ser nada, esse novo astro deve estar apenas de passagem. O universo é enorme, estupendo, único e... Misterioso.- ela termina a última palavra com um tom devagar e sombrio.

-A Brianne tem razão,...- meu pai diz referindo-se a minha mãe - Deixa isso para lá, que depois ele vai-se embora.

Eles podem não se importar com esse astro, mas este astro me deixou completamente ansiosa.

Pensamento: Ansiosa?! Mas porquê?!

Com certeza, tem alguma nesse asteróide que me intriga, mas o quê?

Porquê que de todas as galáxias, de todos os sistemas solares e de todos os planetas, teve que ficar justo aqui.

Pensamento: Oh asteróide!- bufo- Porquê que tenho impressão que não és um comum astro.

Tirando-me de meus pensamentos sinto o carro desalecelerar. Levanto as minha costas do assento para espreitar o que acontece.

O carro está em um estacionamento, com bastantes carros estacionados.

Pensamento: Onde é que os meus pais me trouxeram?

O meu pai estaciona o carro em um lugar que com sorte encontramos. Logo de seguida descemos do mesmo, e quando ia dar um passo de avanço, uma mão segura o meu ombro, parando-me no local e virando-me olhando minha mãe.

-Espera aí mocinha!- meu pai sorri para mim tirando uma venda preta de sua bolsa.

-Vão sequestrar a mana?- pergunta curioso, o meu pai ri.

-Não, meu amor! Viemos cá para mostrar o presente de aniversário da Nicole, antes de irmos ao restaurante.- ela diz, piscando um olho duvidosamente enquanto fala sorridente.

Pensamento: Eles estão a tramar alguma.-Fico desconfiada pela sua atitude, a venda que tem na mão e a misteriosa surpresa. Mas depois assinto.

Ela se aproxima de mim, pondo-me a venda, tapando a minha visão. Com as duas mãos em meus ombros, vira-me e guia-me por um caminho que desconheço. Toco com a ponta dos meus dedos na superfície fina da venda.

Ouço uns risinhos do meu irmão mais novo, me deixando ainda mais desconfiada.

-Mãe...- tento perguntar mas me interrompe.

-Shiii! Estamos quase chegando!- os risos do Leo aumentam de intensidade.

Pensamento: Estou começando a me preocupar.- nunca pensei que uma surpresa assim me deixaria assim tão nervosa. A frequência de risos que o Leo faz, me preocupa- AGORA SIM, ESTOU PREOCUPADA!

-Mãe...- digo devagarosamente com a voz trémula.

Do nada, paramos. Sinto o meu instinto agitar, e querer arrancar essa venda de vez, mas não o faço.

Só ouço o som da noite. Mas o silêncio para mim é perturbador. As mãos que estavam em meus ombros se transferem para o meu rosto onde a venda está.

Ouço um " um, dois, três" vindo de alguém familiar. Num só movimento a venda é retirada. E um forte, alto e estrondoso som ecoa por todo o que parece um salão de festas.

-SURPRESA!!!! FELIZ ANIVERSÁRIO NICOLE!!!!- me assusto com o grito de um coro em uníssono. Vejo todos os meus amigos, familiares reunidos todos ali em frente a mim.

A minha tia Adrianne, a irmã gêmea da minha mãe, segura um lindo bolo de dois andares completamente com ar de delecioso.

Estou com os olhos arregalados, a boca boquiaberta e a mão no peito. Sempre tive essa coisa que sons altos me assustavam.

Do lado esquerdo vejo Max, com meu primo Jack rindo completamente da minha cara de susto.

-Obrigada gente!... - quando consigo recuperar do susto, digo- Vocês querem me matar de susto!- digo fazendo todos gargalharem.

-Parabéns sobrinha mais linda!- minha tia Adrianne ao dizer isso todos os meus primos olham indignados para ela que ri- Todos são meus sobrinhos lindos!- todos rimos.

Todos começam a cantar-me os parabéns, e eu sorriu emocionada e bato palmas junto com o cântico. Sopro as velas e batem palmas. Alguns rapazes assobiam trazendo um barulho afinado para o meu ouvido.

-Agora todos vamos comer e festejar! - a mãe diz alegremente

Das portas do salão, entram vários garçons com suas bandejas de comida. Põem tudo sobre uma grande e longa mesa, em que no meio está o meu lindo bolo de 14 anos.

Uma música bem mexida começa a soar por todo o salão. As minhas primas dançam todas juntas em uma pista improvisada no meio do salão.

Até parece que foi à umas horas atrás, que tinhas sido adotada e tinha te visto tão tímida e tão fofa.- viro-me para a minha segunda mãe, minha vovó e lhe dou um forte abraço - Parabéns minha neta querida! Muita saúde, felicidade e um futuro incrível para ti!- sorrio alegre olhando para ela.

Os seus longos cabelos ruivos claros pela idade descem pelo seu pescoço. Sua pele cheia de sardas e bronzeada, chamam atenção aos seus lindos olhos azuis tão claros, que com certeza um dia esse azul era forte.

-Obrigada vovó!- sorriu alegre e comprimento o resto dos convidados com mensagens de muita felicidade e saúde.

Pensamento: Felicidade tenho e sinto neste exato momento com as pessoas que mais amo, espero que esse sentimento nunca acabe. Agora sobre saúde, Deus que me proteja de todo o mal e me guie por um bom caminho!

Vou em direção ao conjunto de pessoas dançando e me junto a elas. Os nossos corpos acompanham o ritmo da música e esbanjam libertação. No começo não conseguia pela minha timidez, mas fui me soltando pouco a pouco.

Após um bom tempo nos divertindo como uma vez em pequenos fazíamos decidi parar e ir beber algo.

Caminho até a grande mesa farta de comida e de lá bebo um copo de Coca Cola. Sento-me em uma cadeira e observo o grupo de dançarinos revelando o seu poder.

Sinto alguém se sentar ao meu lado e vejo que é o meu grande amigo e primo Luke.

- Nick me diz uma coisa... O que significa What?

-O quê - respondo

-What!- repete

-O quê- lhe respondo de novo.

-Uai tá surda! Eu disse o que é What?!- diz parecendo irritado sem paciência.

-Luke, What significa o quê!- digo para ele também sem paciência.

-Nem eu, pois foi por isso que te estou a perguntar.- reviro os olhos, bufando sem paciência. Até que me dou conta que já tinha visto isso no Tik Tok. Olho para ele com uma sombracelha arqueada, que ri parecendo uma criancinha.

-Sério! Tem que ser tu, Luke!- lhe dou um soco no ombro. Luke é tão próximo de mim, que até me chama diferente de toda gente e nos consideramos irmãos.

-Gostou?- Com as mãos faço um mais ou menos. Ele se encosta na cadeira, cruzando os braços, fazendo biquinho, fingindo-se afetado. Viro-me para ele e cruzo os braços fazendo cara de deboche. Ele me olha e ri.

Ficamos ali trocando piadas, rindo e conversando, quando começa a chegar para perto de nós a multidão que estava dançando.

-Atrapalhamos as crianças.- diz Max divertido.

-Criança é essa tua mente infantil.- riu Luke.

-Rita, Marta, Melissa! Então vocês esconderam tudo isso de mim. Fazendo-me pensar que vocês se tinham esquecido do dia de hoje.- digo e elas me olham com o sorriso.

-Tinhamos que esconder isto, senão não seria tão bom quanto agora.- Mel se explica.

-Eu amei!

-Então, que tal a gente jogar algum jogo divertido?-diz Rita

-Qual?-pergunta Marta

-Estou sem ideias de jogos.-fala Emily

-Que tal verdade ou consequência?-sugere Max

-Ah não! Isso não é um jogo é uma desgraça inventada para acabar com a privacidade e sanidade das pessoas.- Mel diz com desgosto.

-Eu jogo. -Mart fala, o meu outro primo aparece.

-Eu também!- falam as minhas primas,Dália, Màlia, Nàlia e Tàlia, as quatrigêmeas em uníssono.

-Eu entro.-diz Luke

-Também estou.

-Também quero.-diz Lucy

-Estou no jogo.- diz o meu amigo Raphael.

-Será que ninguém ouviu o que disse?!-diz Mel desacreditada

-Vá lá, por favor! Joga connosco!- faço olhos de gatinho abandonado.

-Eu!- fala o irmão de Luke, o Kai e meu primo.

-Aqui!- fala meu outro amigo e melhor amigo de Max, o Cole. Olho para Melissa, ela cede e assente.

-Tenho comigo uma garrafa de água vazia, podemos usá-la.- mostra uma garrafa que tem na mão.-diz Kai

-Vamos jogar!-diz Mart

Nos sentamos todos em círculo, à volta de uma mesa redonda. O Kai põe a garrafa no meio e gira.

A garrafa aponta na Melissa e no Luke.

-Verdade ou consequência?- pergunta Mel

-Consequência.- ele responde e a Mel dá um sorriso malicioso de canto.

-Quero que vás a frente do teu pai e fingas que estás bêbado.- o Luke nega com a cabeça.

-Nem pensar que eu vou fazer isso. Estás louca Melissa?!

-Foste tu que escolheu consequência. Ágora irás fazer aquilo que disse!- ele pesadamente suspira, eu com certeza que não queria estar no lugar dele agora.

Ele levanta-se e apanha um copo de sumo de maçã, que se parece muito com cerveja. Bebe um pouco e começa a andar como um bêbado, até onde os adultos estão.

Rimos entre nós pela perfeita atuação de Luke.

Ao se aproximar, o seu pai o olha confuso, mas depois parece perceber o que há com Luke. Luke se aproxima de uma cadeira para sentar, mas para melhorar a sua atuação, ele de propósito tropeça nos próprios pés, caindo de costas no chão. Não aguentamos e rimos tão alto como se os bêbados fossemos nós. O tio Luih, o pai do Luke, bate com a mão na cara, enquanto que o resto dos adultos o olham chocados.

Quando o tio Luih vai para ajudar o Luke, o Luke se levanta e se recompõe como se nada tivesse acontecido. De surpresa, a confusão e por último raiva, é assim que muda a expressão no rosto do tio Luih.

Continuamos a rir, até que o Luke se junta a nós totalmente envergonhado pelo que acabou de fazer.

De longe pode-se ver a expressão de irritação do tio Luih em cima do Luke. Os adultos riem um pouco e continuam conversando.

-Pronto fiz o que tu disseste e passei vergonha, estás satisfeita?- pergunta para Melissa, mas com o olhar desviado.

-Foi melhor do que imaginei.- o Luke a olha irritado e ela o dá um sorriso inocente, que o faz revirar os olhos.

A Melissa gira a garrafa e a brincadeira continuou assim. Muitas tolices e revelações chocantes. Até que chega a minha vez.

-Verdade ou consequência?- pergunta Rita

-Hmm, escolho verdade.

-Deixa eu ver...- diz pensativa- Se uma coisa mudasse a tua vida completamente o que seria?

Pensamento: Poxa! E agora? O que digo?

-Sei lá, a minha vida está boa, não preciso de mudança.

-Mas tens que dizer senão vou ter que te dar consequência.

-Hmm, uma pessoa boa!- penso nisso. Seria bom uma pessoa boa mudasse a minha vida para um lado positivo.

-Cansei! Podemos fazer outra coisa?-diz Mel

-Porquê que tinha receio que irias dizer isso?!- Max diz convicto

-Também cansei de jogar. Que tal a Nicole cantar um pouco para gente.- diz Emily e a olho corada, por querer que cante.

Eu sou uma pessoa que não gosta muito de se mostrar, por isso que gosto de fazer isso sozinha no meu quarto.

-Não precisa! Podemos fazer outra coisa.- digo isso mas o Luke me dá um empurrãozinho com o ombro.

-Deixa disso Nicole! És a melhor cantora que eu conheço. - diz me motivando- Toca um pouco para nós.- implora.

-Mas como vou cantar sem tocar e sem instrumento musical...- quando vou falar o Max aponta para uma guitarra que está em cima do palco.

Levanto-me e caminho encantada até o palco. As luzes que iluminam o palco só deixam a guitarra cada vez mais encantada aos meus olhos.

Toco-a com os dedos sobre a superfície metálica. Estou completamente hipnotizada, toco de leve nas cordas, fazendo um som satisfatório para mim.

-Vamos lá Nicole!- ouço a Marta gritar e viro-me me surpreendendo ao ver toda gente à volta do palco. Me sento na cadeira que lá está, apanho a guitarra, afinando-a e de seguida seguro o microfone. Começo a tocar a música " Someone new" . Fecho os olhos e deixo a música me levar.

( Agora aproveitem a música que me inspirou a escrever este capítulo. "Someone new" cantada pela voz angelical de Rosé)

Quando paro de cantar, aplausos e assobios enchem o salão. Abro os olhos e vejo todos aplaudindo de pé, algumas pessoas choram emocionadas, principalmente a minha mãe. Outras filmam com o telemóvel. Vejo que tem algumas pessoas que não conheço, devem trabalhar aqui.

-Mas que voz única e bela.- diz a tia Adrianne chorando emocionada. Mas vou confessar que as pessoas que choram, choram mas choram que as bochechas estão todas molhadas.

-Obrigada a todos!- agradeço descendo do palco, e sendo cercada por um abraço dos meus amigos e primos.

-Essa é a minha mana!- grita o Leo do colo da minha mãe.

Passamos o resto da festa nos divertindo a grande, comendo e bebendo.

O espaço se encontra cheio, isso porque a minha família é extensa. Com certeza poderam notar, é que maior parte dos meus parentes são escoceses mesmo alguns terem casado com nacionalidades diferentes, como minha mãe, todos os meus tios têm filhos por isso não me farto de contar primos.

O meu pai por ser filho único de seus falecidos pais, não contém muita ligação com outros parentes por isso que aqui só há a família por parte de mãe.

Minha mãe me disse que quando tinha dois anos fui adotada, ela dizia que sempre queriam ter um filho e quando me viram num parque brincando com outras crianças órfãs, eles me adotaram. O meu irmão é o meu tesouro mesmo não sendo de sangue, todos me tratam como se o fato de eu não ser filha biologica de minha mãe adotiva nunca existisse, me tratam sempre tão bem.

Nunca conheci meus pais biologicos e na pura verdade nem estou interessada, nunca me procuraram então nunca fiz o mesmo.

Pensamento:Minha vida assim, é a melhor, amo tudo e todos que estão presentes aqui, a minha família.

-Oh Nicole!- viro-me e olho para Max. Ele olha para mim e depois coça a nuca- Podemos conversar?

-Claro, o que foi?

-Podemos conversar... a sós?- diz a última parte devagar e nervoso, aquilo me preocupa.

-Sim.- digo e vamos caminhando até a porta, mas algo me para.

-Onde é que vocês vão?-Marta pergunta nos olhando desconfiada.

-Vamos apanhar um pouco de ar puro e já voltamos.- por um momento ela nos olha desconfiada mas depois nos deixa ir.

Saímos do que parece ser um restaurante, e ficamos caminhando sem muito nos afastarmos dali.

Andamos um pouco trazendo uma tensão desagradável pairar sobre nós, até que paramos. Viro-me para olhá-lo de frente e ele parece tenso. Toco em seu peito fazendo olhar para mim.

-O que foi Max?

-O que foi? É que é foste tu, sempre tu!- fico surpresa e ao mesmo tempo confusa.

-Como assim?

Mm-Como assim não percebes que mesmo que tente, eu não consigo. Que eu não consigo... de deixar...de sentir essa paixão que sinto por ti.- diz se atrapalhando na hora de falar. Suspiro por ter que voltar a esse assunto de novo.

-Max... nós já tínhamos conversado sobre isso... Tu és com um irmão para mim.

-Eu sei, só que não consigo. Tu não sabes o quanto tento. Mas é mais forte que eu.- ele chega mais perto e segura as minhas mãos- Deixa-me pelo menos tentar te conquistar?- olha-me suplicando.

-Eu não quero que te machuques. Max, eu não sinto o mesmo que sentes por mim. - digo-lhe devagar tentando não lhe deixar triste, mas é tudo em vão. Ele olha para baixo com tristeza.

-Eu te compreendo que tu não sentes o mesmo. - o abraço e ele retribui - Mas, mesmo assim não vou desistir!- diz com convicção e esperança na voz.

Pensamento: Oh, Max! Eu não quero que sofras!

O Max desde que o conheço, é um rapaz que a palavra desistir, não existe no seu vocabulário. Sempre o achei incrível pela sua resistência a qualquer coisa. Mas nesse caso pode lhe prejudicar.

Saímos do nosso abraço, mas Max continua me olhando profundamente em meus olhos. Eu nunca fico normal, quando alguém me olha assim tão intensamente para mim.

-Que... Que tal andarmos mais um pouco e... libertarmos essa tensão entre nós?- começo a barralhar-me, mas depois digo tudo tudo de uma vez. Ele me dá um sorriso que me tranquiliza e assente.

E começamos a andar, até chegarmos perto de uma floresta que tinha ali. Mas mesmo assim não paramos.

🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟

Olá, leitores de outro mundo!
Espero que estejam a gostar dos capítulos. Desculpem pelos erros ortográficos que houverem e pelo atrasado. O único problema é encontrar as palavras certas e ter inspiração na hora de escrever.
Mas, não se esqueçam de comentar e votar. E especialmente aos leitores fantasmas. Eu já fui uma, mas estou mudando.
Então boa leitura!
Muito obrigada,👍❤️❤️❤️

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