Capítulo 18
"Muitas vezes o impossível é possível,...
...É só acrescentar"
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-Então precisamos te falar algo amor-fala a minha mãe colocando as suas mãos em meu rosto.
Olho para o rosto da minha mãe que me olha seria mas se vê nos olhos que está nervosa.
Os meus tios e o meu pai me olham fixamente, ficam de postura ereta mas percebo que estão tensos.
Já faz duas semanas desde o ocorrido com o medalhão e o espelho. Minha mãe tem me ignorado durante esse tempo pois eu ficava questionativa.
Até um dia me cansar e começar a passar os meus dias trancada dentro do quarto.
O Max e as minhas amigas vinham me visitar de vez em quando.
A desculpa da minha mãe era que estava doente.
E isso me irritava bastante.
Não o fato de não poder sair. Mas sim, o fato de eu saber que sabem de algo e não me contarem.
-Sim?-disse ansiosa, dentro de mim crescia uma bola de nervos e espetativas do que poderia ser.
Pensamento:Algo aconteceu? Será que vão realmente contar o que se passa?...
- Nós, eu e o teu pai, desde do dia que te adotamos te protegemos de tudo e tentamos sempre te dar do bom e do melhor, tu fazes ideia né?-eu abano a cabeça concordando.
- Nós sabemos da existência da Aurora -eu arregalo os olhos em choque.
-Co...co...como assim?
- Ela não veio cá por acaso, e como sabemos bem ela é uma guardiã e ela só aparece para seres mágicos específicos e...-a interrompo
-Espera um momento. Como é que sabes dis...
- Somos bruxos!-fala a minha tia impaciente.
Se antes já estava surpresa agora que não estava á espera.
-Bri!-a minha mãe a chama como se fosse para ela parar.
- Nós sabemos disso porque somos bruxos, todos nós!- a tia Bri continua
Eu olho no rosto de cada um e no final, eu olho para minha mãe.
-Tu fazias ideia do que estava acontecendo comigo?-pergunto
-Nicole...
-Tu fazias ideia do que estava acontecendo comigo?!-exclamo agora um pouco nervosa, eu sinto que estou ameaçando a chorar mas suporto
-Sinceramente, quando falaste sobre as sombras, eu fiquei nervosa, sombras que te perseguem podem ser perigosas então eu desesperei.
-Porque não me contaste?
-Queria dar um jeito de te livrar disso aí sem precisar de te colocar nesse mundo... Mas vi que se eu conseguisse te livrar, não tinha nada que eu fizesse, entrarias nesse mundo na mesma.
-Como assim entraria na mesma?
Pensamento:Estou tendo uma confusão aqui e agora.
-Nicole -O meu pai me chama - aquela coruja tu sabes o que ela é, então...
Pensamento:Ahhh! A Aurora me tinha falado que o medalhão era para seres distintos.
- Mas eu não sou um ser distinto, sou ser humana como vocês- a minha tia Bri arqueia uma sombrancelha - quer dizer, nem tanto. Mas eu não tenho nenhuma magia nem nada.
A minha mãe segura nas minhas mãos e olha bem no fundo dos meus olhos.
-Tu és sim, um ser distinto.
-Então se sou, qual ser sou?
Com essa pergunta todos mudam para uma expressão confusa.
-Nem nós fazemos ideia - minha mãe fala - a única coisa que sabemos...
Nesse momento a minha mãe parece vaguear na sua própria mente.
- Que no dia que te vimos pela primeira vez...- ela sorri- uma pessoa, na verdade uma mulher, ela tinha aparecido para mim, disse para eu cuidar de ti pois ainda eras frágil, e que muitos ao saberem quem tu és, iriam atrás de ti para fazerem mal. E que por enquanto, tu eras uma criança igual as outras, mas que chegaria um dia que algo despertaria em ti e que assim...- ela dá uma breve pausa - o que era para começar, começaria.
Eu absorvia tudo que ela tinha me falado, e estava perplexa, nada respondia. O único som que saia de mim era da minha respiração, ainda mantinha as minhas mãos juntos aos de minha mãe.
E como se fosse um fogo de artifício a minha mente pipocou e algo agora ecoava em minha mente.
Uma pergunta só fervia na minha língua mas a minha boca não me obedecia. E só quando recuperei meus instintos que tive a ousadia de perguntar.
- A mulher era a minha mãe biológica?
As expressões dos meus tios transformam em choque, e o meu pai parece que saiu de uma transe e olha diretamente para mim.
A minha mãe fica séria, mas não zangada. Apenas pensativa.
-Amor se não quiseres...- fala o meu pai tentando
-Não James, não precisa - ela volta a olhar fixamente para mim
Mas é tão profundo o seu olhar que parece que ela mergulha em toda a minha aura e pretende enterrar em mim o que pretende dizer.
-Sim ela é a tua mãe.
Repentinamente, o meu corpo se levanta e antes o meu nervosismo transformou se em raiva.
Para a minha mãe é surpresa a minha ação.
-Porquê que ela me abandonou?- a cara da minha mãe fica confusa ao ponto de estar estampado na testa dela que não sabe e isso me ferve o sangue de certa forma - Porquê só agora me falar tudo isto? Essa história de Bruxos, ser distinto, sombras, pessoas atrás de mim, vocês me privaram de saber disso a minha vida inteira.
-Fizemos isto para o teu bem, entende- meu pai se levanta e tenta acalmar.
-Meu bem?! Vocês sabem que estaria pessoas atrás de mim e me privaram de saber disso? Imagina se algum momento eu tivesse saído sem saber, sem nenhuma proteção, eles me atacassem e eu não saberia o porquê.-algo em mim se exalta e eu já estou chateada com tudo isso.
- A tua mãe fazia um feitiço de proteção sempre que tu saías.- a tia Bri fala e também se levanta sendo seguida pelo tio Luke.
-Fiquei enfeitiçada esse tempo todo?- a minha mãe ia falar mas já falo - então me digam se estava "protegida"( fazendo aspas com os dedos), como é que o astro me atingiu? Como é que eu fui atormentada pelas sombras?
-O astro... Teve que acontecer pois parecia que era isso que ela falava sobre despertar. As sombras que disseste te atormentar foram invocadas por alguém poderoso mas o acontecimento no quarto não foi de outras pessoas, foste tu.-A minha mãe falava e lentamente levantava.
Eu parei um segundo para lidar com tantas respostas assim.
Pensamento: Se meus pais e meus tios são bruxos então...
-A família inteira, ou melhor dizendo, o clã é de bruxos.-o tio Luke fala e eu olho assustada.
-Tu leste a minha mente?
-Eii, leste a mente dela Luke - a minha tia olha para ele com os olhos serrados.
-Eu, eu...- eu poderia ter esperado ele acabar de falar, mas parece que o meu corpo tomou controle e saiu do escritório da minha mãe.
Corri em direção ao meu quarto e tudo o que mais desejava era um tempo de paz para mim.
-Nicole!- grita o meu pai.
Mas acabo o respondendo fechando a porta do quarto.
Eu sento na minha cama e fico com um misto de emoções em mim.
É raiva, é medo, é confusão, é dúvida, é surpresa, um mínimo alívio e um sentimento ruim que não o consigo decifrar.
Eu começo a ligar tudo que absorvi e pensar com calma e quando chego a pensar na minha mãe biológica, lágrimas correm de meus olhos.
Uma sensação de tristeza, raiva, repulsa e dúvida me invadem.
Pensamento: Porque ela não me cuidou? Ela tinha algo contra mim? O que fez ela me deixar em um orfanato?
Eu escondo a minha cara com as mãos e me permito chorar.
A ideia de que a minha vida nunca foi normal desde que nasci, me enche de mais tristeza.
Pensamento: Achava eu que era mais uma criança órfã, e que a minha mãe tinha me adotado porque realmente quis e não porque alguém mandou.
Então tudo isto é uma farsa? Realmente fui desejada pelas minha mãe biológica e adotiva?
Estavam umas três horas da tarde mas para mim parecia que o mundo tinha horas erradas e vivia tudo numa ilusão de mundo perfeito.
Tirei todas as minhas roupas ficando só de roupa íntima.
O porquê de ter feito isso?
É que como o meu corpo estava nu assim que a minha vida se sentia, despida de toda a ilusão que a cobria e estava nua para a crua realidade.
Fechei as cortinas do meu quarto, tranquei a minha porta e me embrulhei nos meus lençóis.
Chorei e chorei e chorei.
Nesse momento, a Aurora ultrapassa as cortinas e fica em pé na minha frente.
-Nicole -ela me chama
Eu olho para a mesma. Com certeza meus olhos estão vermelhos de tanto chorar.
Ela me olha preocupada.
-Sinto de ti, uma profunda amargura.- fala em minha mente com voz doce.
Pensamento: Pensando bem, a Aurora é mais uma que a vida dela foi forjada para viver um propósito, de me seguir. Que vida de porcaria é essa!
-Eu só quero dormir um pouco - digo com a voz rouca e cansada.
-É claro - ela fala em minha mente com um tom de tristeza e sai pela janela.
Mas parece que ela não vai longe pois ouvi por todo o momento, ela cantando a sua música, o som das corujas.
Demorei um pouco para dormir, mas como tinha os olhos doloridos e ardidos pelo choro, o sono veio aos poucos e acabei adormecendo escutando a Aurora.
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Dois dias depois
-Porquê que tens essa cara? -fala a Emily me olhando desconfiada.
-Que cara?
-Essa aí, parece que morreste e saíste do túmulo.
-Tu também...-digo revirando os olhos.
-Mas se passa algo?
-Olha não perguntes, porque se eu disser que não, é mentira. Sempre tá acontecendo algo na verdade.- digo olhando para janela com um olhar perdido.
-Eita! Quanta energia negativa -fala ela, mechendo as mãos por todo o lado como se fosse espírita.
Pensamento: Ela é maluca mesmo. Mas lembrando bem toda a família de sangue é bruxo. Então ela também é.
Eu sei o que se passa, só que queria ouvir de ti- diz ela com um sorriso reconfortante, mas nada me conforta.
-E do que sabes mesmo?-pergunto indiferente.
Pensamento:Chorei até desgastar a minha mente.
-Que tu sabes o que nós somos. Que somos bruxos.
Olho para ela, e suspiro.
-Eu sei que isso é um choque para ti, mas...
-Mas o quê?! Que fui enganada a minha vida inteira. Qual é o problema de vocês terem me escondido isso por tanto tempo?- o sorriso dela morre e vejo em seus olhos que ela está triste.
- A matriarca, a vovó, decidiu que era melhor se deixássemos a vida de magia para tentarmos viver uma vida normal. Os humanos vivem as suas vidas normalmente pois desconhecem o mundo sobrenatural. Um mundo complicado e assustador para quem não sabe sobreviver.
- Mas porquê me esconder isso de mim?
-Eu acho que a tia Adri preferiu que seria mais fácil tu viveres bem sem saberes disso.
-Mas é inevitável eu saber disso. E se eu vos pegasse um dia fazendo magia ou sei lá o que vocês fazem?
-Todos nós somos bruxos treinados, eu cada vez mais aprendo, sabemos nos esconder de um humano.-diz ela terminando tocando o meu nariz.
Pensamento: Pelos vistos, ela não sabe que também faço parte desse mundo.
-Tu sabes então fazer magia?- ela concorda com a cabeça.
No momento, o Chico entra pela minha porta enroscando e miando. Depois sobe na minha secretária, se espreguiça, mechendo as patinhas e deita.
-Qualquer magia?
-Por enquanto estou num nível até que razoável, grandes feitiços necessitam de prática.
-Ahh então, transforma o Chico em sapo.
Dizendo isso, parece que o Chico entende e olha para mim. Ele mia e parece nem se importar.
-Qual é o teu preconceito com o Chico? Primeiro o jogas na Lucy, agora queres que ele vire um sapo?- Emily cruza os braços e fala rindo.
-Não é nada- levanto e vou em direção do Chico.
O carrego e volto a me sentar colocando em meu colo enquanto mimo ele.
Ele primeiro fica agitado mas depois ele aquieta.
-Mas isso não é uma coisa que bruxas fazem? Transformam coisas?
- Eu fui ensinada isso, mas deixa o pobre coitado em paz.
-Na verdade, quase nem tenho visto ele, sei lá o que ele anda aprontando- olho para ele ,e ele fala um "Miau" e rimos.
-Olha me empresta esse livro?- ela aponta um que está em cima do meu criado-mudo.
-Ammm ok?
Ela apanha e volta com o livro. Ela o coloca em cima da cama e estica as mãos.
Eu observo tudo com muita atenção.
Levitate
(Levitar)
Ela profere e o livro começa a subir até ficar levitando no ar.
-Wow- digo estupefada.
Mutare
(Mudar)
E com uma palavra, o livro transformou-se em um pacote de biscoitos.
Descendere
(Descer)
E o pacote de biscoitos desceu até parar em cima da cama.
Ela tirou um biscoito e comeu.
-Humm, o teu livro tava uma delícia.
Da minha admiração foi á desacreditação.
Pensamento:Eu não acredito que ela fez tudo isso e transformou o meu livro em comida.
Eu tiro um biscoito e como. Até sabe bem, e eu riu com o seu comentário.
-O meu livro transformado em biscoitos, porquê?
-Pois estou com fome, te surpreendi e ao mesmo tempo me satisfiz.
Ela tira mais um e comemos todo o pacote de biscoitos.
Começo a sugerir a ela transformar alguma coisa em mais comida e ela começa me dizer aquela frase do homem aranha:
"Para grandes poderes, vem grandes responsabilidades"
-Ohh wow, foi uma grande responsabilidade transformar o meu livro em biscoito.
-Estava só te mostrando. Além de que eu tenho que visualizar o que eu quero mudar, para que isso aconteça-diz ela convencida.
-Ahh deixa disso, eu vou tentar. Agora já sei como-estalo os ossos dos meus dedos pronta para tentar.
-Amm eu acho que tu não tens poderes kkk- ela ri.
Pensamento: eu sou alguma coisa nesse mundo, menos humana, então eu posso tentar agora e ver se sou uma bruxa.
-Hmm-estico os meus braços para um livro que está em cima da secretária -Como era mesmo?... Ah! Já sei!
Foco nele e fico pronta para dizer.
Na hora, a zombaria da Emily morre e ela vê a determinação nos meus olhos e ela olha para o livro.
Sinto um calor no meu corpo.
Pensamento:Vamos lá!
-LEVITATE!- E...
...
Nada acontece.
-Hahahahaha - a Emily começa a gargalhar - nossa, até por um momento achei que tu farias magia.
-Ahhh que chatice - cruzo os braços e não olho para a Emily.
Pensamento:Aii que baita vergonha!
A Emily continua rindo e eu fico um pouco desconfortável até que começo a sentir um cheiro estranho.
A Emily para de rir e se concentra em algo.
-Que cheiro é esse?- ela olha para mim, eu olho para ela e acaba que o nosso olhar é direcionado para o Chico.
Eu cheiro ele, e quase desmaio.
Pensamento: Caramba que fedor!
-Poxa Chico - eu carrego ele tentando o afastar o máximo de mim.
A Emily cheira e se afasta.
-Que atum mal amado tu comeste? Que cheiro insuportável!
O Chico mia e olha para mim.
-Já vi...- eu olho com um sorriso no rosto- Que o nosso amigo precisa de um banho.
Como se visse a morte, o Chico se apavora. Ele começa a se contorcer nas minhas mãos e levanto.
-Vamos Emily!- ela levanta e caminhamos até a casa de banho.
Durante o caminho, o Chico começou a berrar igual um condenado, até me mordeu e arranhou, mas para quem convive com um gato como o Chico á bastante tempo, vira um costume.
Chegamos na casa de banho e a Emily fecha a porta e a janela.
Ela sabe bem o porquê.
Eu coloco o Chico todo apavorado dentro do box. Fica difícil de segurar pois ele não pára quieto.
A Emily segura e liga o chuveiro molhando o gato.
-Arrrraaaaaamauuuuuu - ele começa a gritar no meio da água.
Ele grita como se fosse o fim do mundo.
Depois de alguns momentos, tentando pará-lo, parece que o mesmo desisti e pára.
Começo a passar lhe o seu gel de banho e ele fica naquela expressão de desgosto todo molhado olhando para a Emily.
Faço espuma nele e faço massagem.
-Pronto, pronto, agora vamos te deixar cheiroso.
Lavamos e secamos, ficando todo cheiroso e limpo.
-Nem foi o fim do mundo e berrava como se fosse.-fala a Emily indo em direção a porta a abrindo.
O Chico lambe a pata e caminha até a porta com o rabo em pé, mostrando que está zangado e sai.
Limpamos toda a casa de banho e voltamos para o quarto.
Momentos depois, a Emily teve que ir para casa e eu como esses dois dias não saí do meu quarto, fiquei olhando pela janela.
Não posso sair.
Só fico aqui passando as minhas horas.
Eu e a minha mãe não nos temos falado nesses dois dias.
E nem pretendo falar com ela. Olhá-la me causa um sofrimento.
A ideia de que me adotou só porque foi mandada e não por querer, me deixa desolada.
Alguém bate na porta e eu desperto para a realidade.
A minha mãe aparece na porta e seu semblante é triste e cansado.
Ela se aproxima de mim mas desvio os meus olhos para a janela.
Pensamento: Tô cansada de confusão.
-Nicole- eu não respondo, deixando que ela fale- eu sei que estás chateada, mas isso tudo realmente foi para o teu bem. Eu queria que aproveitasses o tempo de paz suficiente, sem magia nem nada interferindo...
Pensamento: Vivendo uma falsa paz na verdade.
-...Eu não vou te obrigar a compreender só quero que tu saibas a razão pela qual só vieste saber disto tarde.
Ela para de falar e paira um silêncio absoluto entre nós duas.
Eu ganho coragem para olhar para os seus olhos e vejo-os marejarem.
Pensamento: Não desistabelizes, Nicole!
Olho seriamente para ela.
-Eu realmente fiquei zangada, pois me senti enganada, senti que a minha vida inteira foi uma farsa, mas uma coisa não me saí da mente - eu olho atentamente e parece que nós duas estamos nos controlando ao máximo - que tu podes ter me adorado só pelo fato de "ela" ter pedido.
Eu não aguento e deixo uma lágrima escorrer.
Uma lágrima de dor atrevida que acabou caindo.
Ela surpresa com o que disse ela coloca uma mão sobre o meu joelho.
-Ohh por favor não! Nunca penses nisso, por favor. Antes mesmo de me ter encontrado com ela, eu tinha te visto a brincar com outras crianças órfãs em uma praça sobre os cuidados de uma Ama vossa. Tinhas os teus cachinhos pequenos, os teus olhinhos brilhando e o teu sorriso fofo. Eu me apaixonei por ti na primeira vista e até tinha falado com James para te adotarmos, mas quando a mulher me falou sobre aquilo, ali que fui decidida a te adotar.
Pensamento: Será mesmo verdade o que ela me diz ou ela está só dizendo isso para não ficar mal?
-Sempre cuidei de ti como se fosses minha, e eu sempre te amei, desde sempre.- ela falou isso
-De verdade?- ela olha nos meu olhos.
-De verdade - e não aguentamos.
As lágrimas sairam e nos abraçamos instantaneamente, foi mais forte que a nossa teimosia e orgulho.
Senti um alívio em mim inexplicável. Foi bom sentir que não fui um peso na vida dos meus pais.
Ficamos um bom momento assim abraçadas e foi bom ficar assim. Choramos no ombro da outra, proferimos palavras carinhosas, a maior melação do mundo.
Mas um tempo depois, ela teve que me deixar pois ela tinha que resolver umas coisas com o meu pai.
Eu aproveitei para jantar, me banhar e passar um tempo assistindo um filme na Netflix.
Assisti Garota infernal e no final fiquei morrendo de sono. E assim fui me deitar.
Durante a noite
...
Tão silenciosamente eram seus passos. Ele se sentia incomodado pelo o que tinham feito com ele, mas a sensação que sentiu depois foi até boa.
O processo que é horrível.
Como se fosse invisível, consegue sair de casa sem ninguém perceber e dá a volta até o barracão.
Dá um pulo e fica bem lá de cima. Prepara-se para ganhar impulso e salta para os galhos da árvore.
Salta de ramo em ramo até a encontrar. Aquela criatura calma e serena.
Pensamento:Kkk eu narrando dessa forma fica sempre melhor. Agora vocês tomem atenção em mim pois eu sou um espetáculo.
Ali mesmo, preparado para o salto final, atacaria ela e faria como os seus antepassados.
Honraria todos eles com essa magnífica proeza.
E ali, salta.
Tão belo.
Tão esbelto, uma perfeição artística.
Mas quando estava prestes a pegá-la de surpresa...
Ela acaba sendo mais rápida e voa, fazendo assim aterrar atrapalhadamente no galho.
-Tu também não largas esse jeito né?- fala ela enquanto volta ao galho graciosamente (não tanto quanto eu, é claro).
-Tu tens que compreender que eu tenho isso no meu sangue e tenho que honrar os meus antepassados.
-Pfff, honrar os teus antepassados - ela ri- os teus antepassados caçavam gazelas, zebras, búfalos e animais de muita carne e grande porte, tu caças ratos, tentas caçar pássaros, comes comida feita e deitas todo o santo dia com esse buchão gordo, e dizes isso honrar.
-Nossa Aurora, me humilhar é de graça agora?
-Para alguém que tentou me caçar é sim.- ela diz toda convencida.
Pensamento:Mal sabe ela que sou gracioso.
-Hmm estás com um cheiro diferente de ontem, tomaste banho foi?
-Sim infelizmente - digo sem graça.
-Até que precisavas, cair num balde de lixo é literalmente horrível.
-Eiii isso não aconteceu, ouviste. Foi só um contratempo técnico - digo lambendo a pata e passando pela cabeça.
-Ok me dê o relatório do dia.-agora a Aurora parou de gracinha e soou séria.
-Ao voltar para casa hoje, reparei que a Nicole já sabe que os Fraiser são bruxos. A mãe estava nervosa pelo fato de a Nicole já saber da verdade e que agora ela teria que enfrentar muita coisa.
-Que verdade?
-Ela sabe que a mãe biológica dela falou com a mãe e pediu que a adotasse e cuidasse dela.
-Só isso?
-Por enquanto, é isso. Agora a minha recompensa.
A Aurora olha para mim e vejo seus olhos brilharem no meio da noite. Parecem diamantes.
Ela voa para um buraco na árvore e de lá tira algo.
Ela veio voando com uma bolsa pendurada no bico até mim. E a pousou diante de mim.
-Pronto o teu prémio, continua assim e receberás mais.
Vejo muitos ratos mortos, pássaros com pescoços partidos e alguns peixes.
-Hmmm está tudo certo. Vou comer e voltar pois senão vão dar pela minha falta como hoje deram.
-Ok até amanhã, Chico.
-Até amanhã Aurora.
Pego o saco cheio de tesouro com a boca e desço dos galhos indo no barracão e parando no chão.
Vou até o meu lugar secreto e como até me fartar.
Só restou alguns pássaros e ratos. Por isso deixo bem guardado para que não roubem e percebam que está ali.
Após me limpar, entro em casa como se nada tivesse acontecido, bebo água da minha tigela e começo a andar até a minha cama.
No meio do caminho, encontro com a mãe. Ela me agarra e me acaricia. Brinco com os seus cabelos ruivos e ela me leva até a cama.
Eu me estico e durmo na hora.
Pensamento: Viver numa família de bruxos tem suas vantagens, mas eu sou bem esperto e vivo da maneira que quero.
✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨
Olá leitores de outro mundo!
Esse final de capítulo fiz em homenagem ao meu gato que se chamava Chico e era igual á imagem, um siamês, que acabou sendo envenenado e infelizmente morreu.
Eu cuidei dele desde de pequena e ele tinha o hábito de desaparecer para passear e ir caçar. Então esse personagem é realmente as características dele.
E sinto muitas saudades dele pois quando morreu um pedaço de mim foi com ele, então esse capítulo é dedicado a ele.☺️😔✨
Ao meu querido Chico 🥹🥺🥺❤️🩹
Não se esqueçam de votar e comentar ❤️
Muito obrigada por quem está lendo e espero que estejam gostando!☺️☺️☺️
Desculpem caso houver erros de ortográfia.
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