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Capítulo 17

Olá leitores de outro mundo!
Vim pedir um favorzinho para vocês.

Como é o meu primeiro livro e faço cada capítulo com carinho e a criatividade é algo que se deve invocar, eu peço que caso tenha erros de ortográfia, por favor, avisem que vou lá e corrijo.

Boa leitura anjos ☺️🤍

✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨

"É normal que de um momento para o outro, á nossa vida dê uma cambalhota e tudo mude...

Mas é assim que Deus testa a nossa mente...

Autora"

Nada.

Não ouço nada.

Meus olhos se abrem, mas a minha visão está turva.

Eu não me sinto em mim, é como se eu saísse do meu corpo e estou vivendo a sensação de estar em alma.

Pouco a pouco vou tendo uma visão mais clara.

Estou em um lugar, todo branco.

O chão, o teto, nem sei se há parede ou teto mas tudo é branco.

Olho para os lados mas não tem nada além do extenso branco.

Começo a andar. E a andar. E a andar.

Não há limites, parece ser infinito.

-Olá - grito e a voz ecoa várias e várias vezes por esse mesmo lugar.

Extremamente bizarro. Fico sem saber se isso é mais um sonho, uma alucinação ou a própria realidade.

Vazio.

Só existe eu ali.

Pensamento:Estou cansada de ficar insistindo em saber das coisas.

Me sento ali mesmo e olho para cima.

Bem do meu lado, o extenso branco começa a ganhar forma, cor, lugar.

Pensamento: será uma miragem?

O branco vira uma floresta.

Pensamento:Espera essa floresta me parece familiar.

Depois de um tempo saem duas pessoas de entre às árvores.

Essas duas pessoas...

Pensamento:Eu e o Max?!

Nós os dois saímos e parecemos conversar.

Pela maneira que estamos vestidos, vejo que é do dia do meu aniversário.

E como no dia, eu comecei a ouvir vozes, e colocava as mãos na cabeça e gritava.

Vejo tudo com clareza. Max parece assustado.

Pela minha agitação, eu me afasto bastante dele.

Pensamento:Foi o dia do astro, então...

Olho bem para o céu e vejo algo luminoso.

Pensamento: É ele.

Vejo toda a sua trajetória e fica cada vez mais perto.

Vejo a aflição de Max e ele começa a correr.

Quando o astro choca comigo, tudo fica em câmera lenta.

Eu vejo que apaguei e todas as minhas partículas do meu corpo se desintegram e são absorvidas pelo astro.

Uma luz exuberante me envolve e desapareço ficando só a luz do astro.

Com a minha presença, o astro aumenta.

E tudo que estava em câmera lenta, volta tudo ao normal.

Max paralisa,e já pela cara dele, ele fica sem reação.

Ajoelha e olha paralisado para a esfera.

Vejo lágrimas escorrendo por sua face. Isso me traz tanta tristeza.

Pensamento:O que será que aconteceu comigo na esfera? Eu não consigo me lembrar.

"Nicole"

Pensamento:Eu devo tentar entender o que aconteceu.

Eu começo a me aproximar do astro.

"Nicole"

Quase o toco.

"Nicole"

Um só toque e...

-Nicole!-acordo assustada, coloco a minha mão na testa e olho para a minha mãe que tem a mão na cintura olhando para mim.

-Aii o que foi?-digo fechando uma ou outra vez os olhos para me acostumar com a claridade.

-Já são três horas da tarde. Eu estranhei que ainda estivesses na cama.

- Três horas?!

-Sim, quantas horas foste dormir mesmo?

-Eu não vi, tinha chegado e tomado banho -acabo me lembrando do ocorrido de ontem -E fui dormir depois.

-Só podes ter pregado o olho tarde por isso.

-Deve ter sido- saio da minha cama e começo a arrumar a minha cama, bocejando.

-Ainda está bolo no frigorífico e outras comida na dispensa. Assim aproveitas tomas o café e almoças de uma vez.

-Ok mãe, obrigada por me acordar.

-Ias hibernando -ela vem até mim rindo e me dá um beijo na testa quando termino de arrumar a cama.

Bocejo de novo e me espreguiço toda, e vou andando até a casa de banho.

Lavo o meu rosto e detranço o meu cabelo. E fica tão bonito. Coloco alguns óleos capilares.

Troco de roupa e coloco um shorts e uma regata.

Desço até á sala, em direção da cozinha.

-Vejamos a nossa bela adormecida -Fala o meu pai olhando para mim sentando no sofá.

-Boa tarde pai.

-Boa tarde mesmo, nunca dormiste tão tarde assim.

-Eu sei acabei desmaiando em cima da cama.

-Não preocupes, te arranjo um galo.-saio dali rindo com a graça do meu pai.

Chego na cozinha, e já me enterro nas torradas com compota de morango, bolo de cenoura e chocolate, cappuccino, e para finalizar uma tapioca que fizeram e guardaram para mim. Coloquei-a com banana e chocolate.

Pensamento:Meu pequeno-almoço e almoço de uma vez.

Saio de lá e fico com vontade de pintar.

Vou até o escritório, ou melhor dizendo, o estúdio de pintura da minha mãe.

Sim, a minha mãe pinta e é dela que também apanhei o gosto da pintura.

Apanho tudo que é necessário e vou ficar no lado de fora da frente da minha casa.

Me sento junto á porta, e começo a pintar as lindas paisagens das casas, e bem mais ao fundo algumas colinas e o mar atrás

Primeiro o esboço leve, depois a cobertura com as tintas de aquarela.

Me atento aos detalhes e faço questão de permitir que tudo fique o mais realista possível.

Passam alguns carros pela minha rua. Tem motoristas que ficam curiosos no que eu faço mas eu nem me importo com os seus olhares ou dos vizinhos e pessoas que passam normalmente por aqui.

Fico umas três horas até finalizar. Examino bem as pinturas, mas como já está bem mais tarde agora do que quando comecei o desenho fica um pouco difícil comparar.

Arrumo todas as coisas que trouxe e as coloco do meu lado.

Fico vendo o pôr do sol, enquanto penso.

Pensamento:Quase para poder saber o que era aquele astro, tão perto mas tão longe.

A porta se abre e a minha mãe sai.

Ela não diz nada, só senta do meu lado e vê o pôr do sol comigo.

Ela repara na minha pintura.

-Vieste cá fora para pintar, descontrair ou algo te incomoda?

Pensamento: Não tem quem me conheça tão bem quanto minha mãe.

-Os três.

-O que te incomoda?

-Não consigo distinguir do que é real e o que é só da minha cabeça.

-Como assim?

-Só tenho tido acho ser alucinações.-ela me olha preocupada.

-Isso é desde quando?

-Já faz um tempinho.

-Se quiseres conversar podes estar á vontade. Pois não confio muito em psicólogos.

-Esse é o problema, se eu contar vai parece que estou ficando louca.

Ela toca o meu ombro e olha nos meus olhos.

-Isso que te incomoda, é o quê?

Fico um pouco receosa em falar mas já falo de uma vez.

-Sombras ou seres sombrios que me incomodam, perseguem e de certa forma me atormentam.

Pensamento: Me sinto livre em falar sobre isso com ela, ela até pode ouvir e me entender.

A expressão da minha mãe muda drasticamente, de conforto para susto. Ela arregala os olhos, vira a cabeça para frente e parece pensar.

A sua feição é uma mistura de surpresa e confusão.

Pensamento: Eu não devia ter contado, agora que ela vai me arranjar um psicólogo.

-Ai meu Deus!-ela deixa escapar e eu já a olho.

-Mãe...-tento falar com ela.

-Nicole, esses seres te falaram algo?- ela pergunta e eu já fico confusa.

-Me falaram muitas coisas macabras como morte e etc.- digo me lembrando da fatídica noite.

- Não saias mais de casa!- ela fala se levantando.

-Mãe porquê?-me levanto questionativa

-Porque não, essas sombras podem te fazer mal e eu não quero que te metas em sarilhos - ela se move para sair mas eu seguro em sua mão.

-Mãe, tu sabes de algo?- pergunto e parece que ela fica mais nervosa e solta a minha mão.

- Não, eu não sei e já falei para não saires! Entra agora!

-Mas ma...

-Psi! Sem mas- e ela sai praticamente como um raio.

Pensamento:Ahhh tem que ser só comigo para acontecer essas coisas. Que raiva! Não dava para eu viver em paz!

Entro chateada. Subo para o meu quarto e já me tranco lá de dentro.

Coloco o meu material de pintura, mais a tela em cima da minha secretária e bufo.

-Aiii que maravilha agora vou viver trancada aqui dentro por causa de coisas que podem ser da minha loucura.

Olho para o lado e vou em direção ao espelho que tem no meu guarda-fato.

Fico olhando o meu reflexo chateado e me permito desabafar.

-Perfeito não é? Um pirilampo mágico cai de maneira graciosa na minha vida e eu viajo no meu mundo mágico da confusão e da alucinação, agora a mãe deve estar a me achar uma baita de uma louca que olha a própria sombra e acha que ela está a incomodandar. Ahh por favor!-aponto para o meu reflexo- é uma sombra porra, é o trabalho dela te acompanhar, dá para facilitar a minha vida?

Tirei tudo que tinha na garganta e os meus ombros se encolheram e suspirei cansada.

Fecho os meus olhos e tento me manter calma.

Pensamento: tô falando sozinha, tô ficando louca.

Olho para o espelho de novo com um olhar sério.

-Esconder, manter e ninguém desconfiará, simples. Às vezes a vida é ridícula e muitas vezes estranha, mas eu tenho que ser bem mais determinada que os meus problemas.

Viro e me passa uma lembrança em minha mente.

Rapidamente, vou até a minha banquinha e abro a gaveta.

Lá dentro está aquele medalhão.

Pensamento: Maldição!

Pego com as duas mãos e posiciono-o bem diante dos meus olhos.

-Argh! Medalhão dos infernos!

Inundada de raiva, jogo-o contra a parede fazendo o mesmo resplandecer uma luz tremenda.

Tão luminosa que chega ser incapaz de olhar. Mesmo fechando os olhos para evitarmos a luz, os meus olhos ardem.

A minha mão arde... A minha pele... O meu corpo toda arde.

Arde como se estivesse pegando fogo.

Começo a cambalear tanto pela falta de visão como pela ardência extrema.

-Ahhhhh!-grito de dor.

No meio dos meus passos estrambelhados bato com tudo em uma estante minha.

Isso me faz cair de costas.

Antes de encontrar com o chão, a luz cessa e os meus olhos abrem.

Tudo fica em câmera lenta.

Enquanto caio vejo o mesmo espelho afastado de mim.

O meu reflexo caí devagar para se encontrar com o chão.

Os olhos se encontram na vista e mudam para uma cor avermelhada.

As minhas mechas coloridas ficam mais nitidas e as suas cores destacam-se.

Um sussurro:

"Fieri et Dominari"

E o espelho rachou-se ao meio e partiu. Os seus estrelhaços se propagaram igual ao estridente som que fez.

O tempo voltou a ser o que era e o meu corpo chocou fortemente com o chão.

E assim fui dominada pela escuridão...

Pov Adrianne

Desesperada.

Nervosa.

Ansiosa.

Até um pouco, aborrecida.

Assim me encontrava com um novelo de preocupações em minha mente neste momento.

Não estava a espera que se concretizaria. Tanto tempo que se tinha passado desde a última vez que a vi.

E mesmo já sabendo, premeditado e tentando lidar, eu não consigo.

-Isso pode ser nada demais, sabes?-fala James tentando me acalmar.

-Nada demais? Ela pode ter visto Obscurae summonitiones.

Tiro o meu telemóvel do bolso com pretensão de chamar a Bri.

-Ela pode ter visto. Entendeste? Pode. Pode ser que se confundiu e aquilo que tenha visto nas seja nada.

-Ela mesmo me disse que aquilo já andava a perturbá-la. James, uma coisa é ver uma simples sombra, outra é veres um ser assim te perseguindo ou sei lá, até pior.

-Tu não podes já descontrolar dessa forma, devemos verificar se realmente o que ela viu é uma invocação sombria, não podemos já ir atirando todas as granadas ao ar com uma informação. Devemos ter segurança e cautela.-ele põe a mão no meu ombro e eu olho para ele.

-Ok, James. Tens razão. Mas eu não vou deixar de me certificar se o que a Nicole viu é verdade. - ele suspira e a Bri atende:

-Alô!

-Alô Bri!

-Adri? A bheil rudeigin ceàrr?-(Adri? Se passa algo?)

-Tha, preciso de...-ia falar quando...

-Ahhhhh!-ouço um grito vindo de lá de cima.

Pensamento:Ai não!

-Vem logo -desligo e corro saindo do quatro e indo em direção às escadas.

James vem bem atrás de mim e a mesma sensação que senti naquele dia que o astro atingiu a Nicole me invade de novo.

"Trinch!"-Um som de vindo quebrando soa alto.

Corro em direção á porta já abrindo.

O espelho que antes estava em seu guarda-fato virou agora um trapo. Cacos de vidro por todo quarto.

Entro com cuidado para não machucar os meus pais.

-Cuidado James!-alerto

-O que se passou aqui?-pergunta desnorteado.

Quando me afasto da porta, vejo-a caída no chão bem de frente da cama.

Me dirijo á ela com toda a cautela.

Afasto seus cabelos de seu rosto e vejo arranhões um pouco ensanguentados.

Pensamento:Com certeza deve ser os cacos.

- Ela literalmente apagou-digo a ele enquanto se aproxima de nós-Limpa a cama para eu deitá-la.

Ele limpa todos os estilhaços e me ajuda a carrega-la até a cama.

-Quando é que achas que pode acordar?

-Não sei, mas espero ser brevemente.

-Espera...-ele toma atenção em algo que teletransporta para a parede.

Se agacha e vem para o meu lado.

-Um medalhão?-ele me entrega e eu fico surpresa.

-Isso... Isso... Não é um medalhão qualquer.

-Como assim?

-Só seres distintos que contém isso aqui como seus amuletos.-olho para a Nicole e me questiono como ela tinha isso.

"Na craobhan"
(As árvores)

Olho da janela em direção às árvores. De repente, passa algo no céu e pousa nos ramos.

Pensamento: Uma Comhachag? (Coruja)

Vou até a janela e observo a criatura de penugem esbranquiçada.

Abro a janela por completo e a coruja olha atentamente para mim.

Toco com os meus dedos no parapeito.

Toco primeiro com um dedo, depois dois e faço sons tocando os meus dedos olhando fixamente para ela.

A mesma sobrevoa do ramo que estava para um ramo mais perto da janela.

Toco de novo. E mostro o medalhão de seguida.

Ela voa para o parapeito da janela mas fica tímida.

Eu lentamente a toco e a dou carinho.

-Esperta em utilizar a linguagem dos toques para comunicar com a coruja- aparece James pelas minhas costas e em cima dos meus ombros, olhando a coruja que gosta dos meus mimos.

-Se ela é o que estava pensando ser, ela entenderia e entendeu.

-E o que ela é?

-É...

"Pum, pum, pum, pum, pum!"-alguém bate na porta lá debaixo.

-Adriiiii!-Bri grita.

-James, vai abri-los a porta por favor.-ele concorda com a cabeça e sai.

-Então...-estendo o meu antebraço em frente da coruja fazendo ela subir.

Quando levanto o meu braço, ela voa para o meu ombro.

-Se o medalhão pertencer a Nicole, tu poderias ser a sua guardiã?- toco os meus dedos no parapeito transmitindo-a a mensagem.

"Grrrr"-ela emite

-Vamos fazer assim um grunhido é sim, dois grunhidos é não. És a guardiã dela?-faço ela entender e ela grunhe uma vez.

-Não acredito- a coruja voa para o lado da Nicole ficando ali a vendo.

A porta se abre e a Bri vê a confusão.

"Ordo"-ela estala os dedos.
(Ordem)

Tudo fica limpo e organizado.

Ela fica do meu lado e olha a coruja e a Nicole.

- Aconteceu alguma coisa que quebrou o espelho, fez a Nicole desmaiar e vocês não sabem?-ela pergunta.

-Como sabes?

-Suspeitei...-ela olha para a coruja.

Ela anda até a secretaria da Nicole. Ela iria fazer algo mas interrompo.

-A Nicole tem a posse deste medalhão - mostro-a e ela me olha perplexa - e essa coruja é a sua guardiã.

-Conta mais.

-Hoje a Nicole me relatou que tens estado a ser perturbada por sombra que eu desconfio ser...

-Obscurae summonitiones.-diz sem acreditar- mas como? Quem os invocou? Ela os invocou?

-Eu não sei. Estão tão perplexa como tu.

-A coruja te falou que ela era a guardiã?

-Sim.

Bri desvia o olhar para a coruja que olha fixamente na Nicole.

-Cri, cro,cri ,cro, cri,cro, vummmmp-ela chama a atenção da pequena.

Ela toca os dedos na secretaria, e se comunica com ela.

A mesma olha mas não fala nada.

"Sabes o que pode ter acontecido com ela", é o que ela comunica.

A coruja grunhe duas vezes, indicando que não.

Abano a cabeça negativamente para a Bri e suspira.

-Ohh quanta confusão.-ela fala

Olho para a Bri com a feição cansada.

-Então...-com a minha fala toda gente presta atenção em mim- começou

...

✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨

Olá leitores de outro mundo!

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Muito obrigada por quem está lendo e espero que estejam gostando!☺️☺️☺️

Desculpem caso houver erros de ortográfia.

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