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Capítulo 23

Diante da minha fala, as sombracelhas de Nicholas se ergueram. Sua máscara acabara de cair.

- Eu confiei em você!

- Eu não acredito no que estou ouvindo. O mundo não gira em torno da sua coroa alteza! - Ele se levanta e começa a caminhar apressado.

A fúria que permeia suas palavras me leva ao arrependimento imediato em relação ao que disse antes. Não sei quais circunstâncias o fizeram participar da Seleção, mas certamente não foi pelo que acabei de pensar. Não poderia ser.

- Onde você vai? - Pergunto, também me levantando do sofá.

- Vou arrumar minhas malas! - Esbraveja, enquanto mantém o passo acelerado.

- Me desculpe! Não devia ter falado dessa forma, podemos esclarecer as coisas com calma, como dois adultos que somos?

Ele para de andar e se volta para mim. Como eu vinha tentando acompanhar seu ritmo acelerado e não esperava pela parada brusca, acabamos a pouco centímetros de distância um do outro.

- Não há nada para esclarecer, Kerttu. - Cospe as palavras com desprezo.

Por algum motivo lágrimas surgiram em minhas faces.

- Não dificulta mais as coisas, princesa. Por favor. - Fala e pousa a mão em meu ombro. - Minha concepção sobre você mudou radicalmente desde aquele dia no cinema do castelo. Não queria, de forma alguma, que essa fosse sua última lembrança de mim. Mas... Não posso continuar aqui.

Ele se cala, beija minha testa com delicadeza e, em seguida se afasta. Dessa vez não o acompanho. Permaneço parada, até que ele sobe as escadas rumo ao quarto.

Enquanto o vejo desaparecer do meu campo de visão tento lembrar a razão pela qual saí do quarto algum tempo atrás: um copo d'água. Entretanto, diante de tudo que aconteceu, a sede passou.

************

- Acorda, Kerttu! - Luna fala ao pé do meu ouvido, enquanto balança meu ombro.

- Ah não, eu acabei de fechar os olhos.

Encolho-me na cama, puxando as cobertas de forma que cubram meu rosto.

- O seu favorito está lá fora, com malas em mãos, jurando que vai embora. É melhor você tentar impedir  isso.

- De quem você está falando, criatura?

- Nicholas Cooper, obviamente. Ou você tem outro favorito e está guardando segredo até para mim?

As lembranças do episódio no corredor passam por minha mente. Retiro o cobertor do rosto, disposta a perguntar o que está acontecendo de fato. Mas deparo-me com o sorriso malicioso de Luna.

- Eu não tenho nenhum favorito. - Declaro enfaticamente.

- Tudo bem, pode continuar negando. Mas não pode, de jeito nenhum, permitir que ele vá.

- Não posso impedí-lo. Aliás, infelizmente, não é uma surpresa para mim.

- Tem alguma coisa que eu não estou sabendo?

- Em resumo... Tivemos uma discussão feia ontem.

- E por isso ele estava tão transtornado quando o encontrei no corredor.

Encarei Luna com preocupação.

- Calma, pedi que um dos guardas fosse atrás dele e impedisse sua saída.

- Ele não é um prisioneiro, Luna.

- Eu sei. Mas ele precisa ficar. Recebi essa revista ontem, estava folheando e encontrei isso.

Ela me entrega a revista, aberta na seção de "destaques do mês". Há um gráfico preenchendo as páginas, trata-se do resultado de uma enquete acerca de qual selecionado o povo acredita que se tornará o príncipe consorte. Nicholas ocupa o primeiro lugar.

Finalmente compreendo, não posso deixá-lo ir. Não sem ao menos uma última conversa.

Em meio aos inúmeros protestos de Luna, saio do quarto e desço a escadaria sem ao menos ajeitar o cabelo.

- Espera, Nicholas! - Grito quando estou próxima o suficiente para vê-lo, discutindo com três guardas.

- Vossa alteza pode informar à esses senhores que eu estou autorizado a partir?!

- Não. Não posso! Preciso que fique.

Ele ergue as sombracelhas e coloca as malas no chão, um tanto indignado. 

- Eu não posso levar essa farsa adiante, Kerttu.

Miro os guardas, se afastaram para que tivéssemos a oportunidade de falar "a sós", mas sei que ainda podem nos ouvir.

- Eu preciso que fique, ou todo o esforço que fizemos até agora será em vão. Você é o preferido do povo, sua saída, de forma tão repentina, vai causar muitos problemas. Será um verdadeiro "tiro no pé". Fique, apenas mais alguns dias.

- Até que a afeição do povo se destine a outro candidato?

- Eu não queria que se submetesse a isso, mas é necessário.

Mostro-lhe a revista, um semblante surpreso marca seu rosto.

- Ah, estou enrolado mesmo, não é?

Sua fala sua um tanto autoreflexiva, mas ainda assim, arrisco uma resposta:

- Até o pescoço! - Declaro e arrisco um sorriso de canto.

- Assim sendo, ficarei pelo tempo que precisar de mim. - Afirma com certa frustração.

Seus olhos, que estavam numa tonalidade de marrom turvo, retornam a cor suave de costume. Uma evidência de que ele está mais calmo.


- Então... Vamos entrar? - Indico o castelo com a mão direita e caminho rumo à entrada.

Entretanto, ainda percebo quando ele, depois de apanhar as malas, segue meu movimento.

Para minha sorte não encontro com ninguém no caminho de volta ao quarto. Acredito que todos os rapazes ainda estão em seus quartos, uma vez que é realmente muito cedo, o relógio acaba de marcar as sete da manhã.

Assim que abro a porta, encontro Luna com um semblante aflito.

- Consegui convencê-lo.

Seu rosto se abre a um sorriso diante da minha declaração.

- Eu torço por aquele garoto, sabe?!

- Já percebi. - digo com um tom de desaprovação que é imediatamente contrariado por um sorriso.

Contudo as lembranças da noite anterior tornam a surgir em minha mente, por isso completo, com seriedade:

- Talvez você mude sua opinião quando eu lhe contar sobre ontem.

- Duvido muito. - Afirma co convicção. -Agora venha comigo, pode ir falando enquanto te ajudo a se arrumar. Afinal estamos atrasadas e tem um banho quente, cheio de espuma, à sua espera.

- Você é um presente dos céus Luna! - Dou-lhe um abraço antes de me dirigir ao banheiro.

**************

Minha amiga ficou no mínimo surpresa, diante dos fatos que narrei. Porém, garantiu que seu conceito sobre Nicholas não foi, de forma alguma, alterado.

Pensei em perguntar se Harry não sentia ciúmes por ela defender tanto outro selecionado. Mas concluí que seria ridículo.

À medida que aproveito as torradas com geléia de maçã, olho discretamente para a mesa dos selecionados e me pergunto: Qual deles merece se tornar o novo favorito do povo?

 

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