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Capítulo 20

- Luna! Você se mudou e esqueceu de me avisar?

Digo abraçando minha amiga, desde que ela veio morar no Castelo nunca passamos tanto tempo sem nos ver.

- Me desculpa, eu juro que não queria sumir desse jeito.

- Acho que você deve ter tido um motivo forte pra isso. E eu preciso saber qual foi.

- Okay, eu vim disposta a te contar o que está acontecendo. - diz com firmeza na voz e vira-se de costas.

Espero que ela recomece a falar porém permanece em silêncio.

- Luna?!

- Estou completamente apaixonada por um dos seus selecionados. - sua frase é dita em tom baixo, mas ainda assim firme. Entretanto quando ela se vira vejo que seus olhos estão marejados e lágrimas banham suas faces.

- O quê?!- sei que minhas sombracelhas estão erguidas, eu não esperava aquela revelação, percebo então que fiz a pergunta errada e tento corrigir: - Qual deles?

- Harry Willians.

Solto o ar que nem sequer notara que estava prendendo até então, uma onda de alívio percorre todo o meu corpo.

- Eu sei que foi uma tremenda traição e que posso ser acusada, presa e até condenada por isso. E talvez eu mereça realmente, eu não sei como pude trair a sua confiança desse jeito, eu qubrei o laço da nossa amizade que já durava toda uma vida eu sou um mons...

- Para Luna! - Interrompo sua fala - Não se martirize tanto, por favor, pare!

- Mas...

- Luna, nada vai abalar a nossa amizade! Você continua sendo uma pessoa incrível, mesmo que seu coração tenha encontrado alguém num momento errado.

Envolvo minha amiga num "abraço de urso" e permito que ela chore tudo que vem guardando no peito por esses dias. Após longos minutos de desabafo ela se afasta do abraço e me olha nos olhos, enquanto segura minhas mãos entre as suas.

- Você que é incrível, ainda bem que te escolhi pra minha melhor amiga!

Diz enfim colocando um sorriso no rosto, ainda marcado por um tom vermelho devido ao choro.

Nos abraçamos novamente e em seguida sento-me na cadeira da escrivaninha e indico a poltrona mais próxima para que Luna também sente.

- Está tudo bem, okay?! Mas mesmo assim temos muito para conversar - encerro a fala arqueando as sombracelhas e lanço um sorriso provocativo à minha amiga, demonstrando sem reservas toda minha curiosidade.

- Por onde você quer começar o interrogatório? - Diz com ar brincalhão mas sinto que ainda está um pouco constrangida.

- Primeiro preciso confessar uma coisa: não sei porque mas estou muito aliviada que seja o Harry.

- Se fosse o Nicholas você teria no mínimo uma crise de ciúmes, por isso eu não me atreveria a desenvolver nenhum tipo de interesse amoroso por ele.

- Assim eu quase penso que você é capaz de controlar seus sentimentos.

- Ai. Não precisava me lembrar do fato de que eu sou um total fracasso quando o assunto é o domínio das emoções.

- Podemos ir ao que interessa?

- Vossa alteza é quem manda!

Então Luna me conta tudo, com riqueza de detalhes. Na tarde de uma quarta-feira, ela e Harry se esbarraram, literalmente, na biblioteca e ela se encantou por seu olhar tímido e ao mesmo tempo expressivo. Após um exagerado pedida de desculpas, de ambas as partes, acabaram sentando-se na mesma mesa de leitura. Porém nenhum dos dois queria de fato ler depois do acontecido. Por isso engataram numa calorosa conversa, por meio da qual descobriram muitas semelhanças no que se refere ao gosto literário.

A partir desse dia começaram a se ver regularmente na biblioteca. Não era um combinado feito com palavras, mas sim no silêncio, e repleto de expectativa. Todas as tardes naquele horário um esperava que o outro estaria ali entre aquelas prateleiras da seção de poesia.

O primeiro - e único - beijo ocorrera exatamente na tarde que antecedeu seu "desaparecimento". Quando ele finalmente criou coragem para dizer o que sentia, tendo contado com a ajuda de um pequeno poema que escrevera alguns dias antes e, devido a timidez, não conseguia entregar ao destinatário.

No entanto, quando Luna retira um pedaço de papel meio amassado do bolso camuflado do vestido e começa a ler, um arrepio percorre meu corpo.

Já li, ou melhor, ouvi aquelas palavras antes.

Luna

Entre trocas de sorrisos inocentes,

Percebia um sentimento crescente

Esse tal amor vem de mansinho

E toma o coração da gente

Estava eu como sempre sozinho

Então você chegou sorridente

Com olhos cheios de carinho

Trouxe luz ao meu caminho

Na biblioteca, sua doce companhia

Enchia minha alma de alegria

Aqueles eram praticamente os mesmos versos que Christian havia lido para mim alguns dias atrás. Porém eles resumiam perfeitamente a história de amor que Luna acabara de me contar. Estava claro para mim que Christian usou as palavras de Harry. Aquilo era plágio, um crime realmente grave.

Lembro-me que Luna aguarda uma reação da minha parte e imediatamente procuro pensar em algo para dizer.

- São lindos versos! -

"Ora Kerttu isso foi o melhor que pôde  formular?!" - me questiono mentalmente.

Não posso esconder dela o que acabo de descobrir.

- Luna, lembra-se de quando lhe contei sobre o poema de Christian Price?

Seu olhar evidencia que ela não se recorda.

- O que ele recitou no final do encontro no qual devia mostrar seus talentos.

Um lampejo de luz corre por seus olhos.

- Então... Parece que... Ele copiou descaradamente desses versos que Harry lhe escreveu.

Vejo dúvida e raiva duelando em sua expressão facial.

-Esse cara é patético!

-Sim!

Enquanto respondo dirijo-me à escrivaninha e, em letras não muito bordadas, escrevo um bilhete a Christian.

- Peça a um dos guardas que entregue isso ao nosso copista.

Luna sai do quarto e sei que ela já compreendeu o que pretendo fazer.

*****

Assim que Christian bate a porta do escritório, com uma força bem maior que a necessária, respiro aliviada.

Ele retornará para casa ainda hoje e, certamente, vai pensar duas vezes antes de assinar textos que não sejam dele.

Não passam sequer cinco minutos quando ouço batidas compassadas na porta, fazendo-me retornar de meus pensamentos a realidade. 

- Entre!

A cabeça de um dos guardas surge na porta.

- Um dos rapazes está aqui e disse que precisa conversar com vossa alteza.

- Pode deixá-lo entrar, por favor.

Então um rapaz loiro e de olhos muito claros cruza a porta. É Patrick Hallary.

-Boa tarde! - Cumprimenta um tanto sem jeito.

- Boa tarde! - Respondo no tom mais simpático possível, na tentativa de diminuir seu embaraço.

- Alteza, desculpe incomodá-la. Mas... Desde que soube o que houve em Dominica... Não  consigo parar de pensar que devia estar lá, minha família está precisando de mim. - Ele solta de uma vez, eu definitivamente não esperava por essa.

- Isso significa que você quer ir para casa?

- Eu não quero que vossa alteza pense que estou sendo um ingrato ou que não estou valorizando a melhor chance que a vida me deu, é só que... Preciso ver como eles estão.

- Entendo, e considero uma atitude muito nobre da sua parte.

Diante da minha fala ele sorri timidamente e, se eu o conhecesse melhor podia jurar que chegou a ruborizar.

- Agradeço de verdade a oportunidade de viver essa seleção e de tê-la conhecido pessoalmente, princesa. Foi um grande prazer, muito obrigado mesmo.

- Talvez você esteja exagerando um pouco, considerando que mal tivemos tempo de nos falar até hoje, mas tudo bem. Foi igualmente um prazer conhecê-lo, Patrick. - Estendo minha mão em sua direção e ele responde ao gesto.

Contudo antes de soltarmos nossas mãos ele afirma:

- Por favor, não me entenda mal, é só que observá-la nesses dias me fez conhecer um pouco da pessoa incrível que você é. Porém não me arrependo de não ficar para lutar mais nessa disputa, para mim está claro que seu coração já escolheu.

Suas palavras soam como uma pedra caindo em meu estômago, ele diz isso baseado na foto ridícula que saiu naquela matéria de jornal?!

Eu pretendia questionar, entretanto ele me surpreendeu ao envolver-me num abraço rápido, porém terno e verdadeiro.

- Espero que você faça a escolha certa para te fazer feliz. Até mais, Alteza!

- Até! - É tudo o que consigo responder enquanto ele se afasta.

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