Meu pai mexia na tecnologia da torre dos akumas, os olhos vidrados na tela prateada não repararam na minha presença, Mas,um pequeno ser saiu de seu paletó,Nooru,meu novo kwami,que ficava com meu pai durante o colégio - algo que meu progenitor não permitia- e quando eu chegava, começavamos o trabalho.

O kwami voou até ele,um meio sorriso em seu rosto, o loiro sorriu levemente e acariciou a cabecinha do ser,o pai se levantou de uma cadeira e se dirigiu a porta,mas, parou no meio do caminho, olhou para o filho e decretou:
-Agora é a sua vez.
E retomou sua saída,bateu a porta,provocando uma lágrima no rosto de Adrien,mas o mesmo a conteu e se dirigiu aos computadores,onde continham câmeras sobre cada morador humano de Paris,quando eles demonstravam sentimentos negativos um akuma era liberado, e Adrien,como Papilion, a akumatizava e fazia o acordo. O loiro se sentou e o kwami veio em sua direção,o loiro se levanta e pronuncia as piores palavras ditas pelo mesmo:
-Nooru,me transforme!

Sento em frente aos aparelhos,que indicam quando um cidadão de Paris e ofendido,magoado,humilhado ou outro sentimento negativo, era engraçado como um fato podia falar tanto sobre você,em uma hora você é um herói que quer salvar a cidade e todos te adoram, e em outro, você é um vilão odiado pela nação parisiense,foi trazido de seus devaneios por um barulho do computador.

Pop.

Um garoto chorava ao olhar para a garrafa de bolhas quebrada no chão, a colher de bolhas em sua mão, no mesmo momento,o Agreste libertou um akuma, que penetrou na colher de bolhas do menino, então ele começou a mensagem:

-Bublleboy,eu sou Papilion, e lhe concedo poderes, para vingar sua dignidade,saia por Paris e espalhe...

-Senhorita armas,sou seu novo patrão, e ordeno que saia por Paris e introduza na cidade luz,o...

-Miss força, zombaram da tua fraqueza,duvidaram da sua força, agora,você vai mostrar a eles a seu poder, espalhando o...

-Mister Candy, seus doces foram recusados,e seu potencial foi motivo de piada,mostre a eles como um doce deve ser apreciado,produzindo...

...Caos.

Sim,o caos...era isso que ele provocava...destruição, tristeza, medo...caos.

-Ah,e não se esqueça de me trazer os heróis, Ladybug e Volpina!

Volpina,a nova parceira da joaninha,era a prova de relacionamentos que nunca passariam de profissionais.

Adrien não queria o miraculous das duas,ele só queria a sua amada joaninha, a raposa nunca foi interesse dele,só servia de refém, mas,algo nunca dava certo,e seus planos falhavam... Quando ele era um herói, os dois sempre venciam,eles falavam de como eram uma ótima dupla,mas,mesmo quando Chat não podia ajudar,ela se saía bem...

Será que ela sempre foi mais forte que ele?

Será que ela era mais inteligente que ele?

Essas perguntas rodiavam a cabeça de Adrien durante 24 horas por dia,7 dias por semana, 28,29,30 ou 31 dias por mês, 12 meses por ano.

O que ele não daria para ter a mestiça de volta? Adrien percebeu, que quando perdeu a Ladybug ou a Marinette,ele havia perdido tudo...a vida não tinha mais alegrias...nada o satisfazia...ele só pensava na sua mão naqueles cabelos escuros e azulados,os olhos dele nos olhos azuis como céu, a boca dele naqueles lábios rosados e delicados...

O dia acabou,acabando com o serviço de Adrien,ele desceu os degraus daquela torre o mais rápido possível,o baque de seus sapatos contra a escada de madeira era como um relógio, ao sair da torre,ele suspirou, voltou para o quarto e tomou um banho, enquanto a água quente percorria seu corpo,ele chorava,se arrependendo dos atos cometidos naquela tarde,quando ele sairia daquela casa,ele não aguentava olhar para qualquer móvel daquela residência, ele não podia continuar ali,abriu o box e se enrolou na toalha e colocou uma camiseta que ganhara de presente feita por Marinette, ele adorava aquela camiseta,ele sentiu o cheiro doce do perfume de Marinette e a vestiu,colocou também um calção branco,se direcionou a cama e deitou,procurava dormir o mais rápido possível,ele ouviu um barulho na porta,se levantou para ver o que era,a secretária vinha com uma bandeja com comida:
-Eu não estou com fome.
-Você precisa comer,Adrien.
-Só que agora,não.
-Você não pode parar de comer por um coração partido... - Nathalie deixou a bandeja em um criado-mudo e se sentou na cama do loiro.
-O que disse?
-Eu sei que você e a Marinette terminaram, sei que ainda ama ela,mas isso não é motivo pra você morrer de fome!
-Eu a quero de volta! - Ele deitou no colo e lágrimas escorreram pelo rosto dele, Nathalie estava acostumada a ouvir o rapaz se lamentar,chorar e dormir sobre o ombro dela, ela tinha virado uma espécie de mãe pra ele...

Depois dele ser obrigado a comer, se deitou e dormiu,sonhando com o dia em que Marinette voltaria a ser dele...