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{Cap. 66}

Mas agora me leve para casa
Me leve para casa onde eu pertenço
Eu não aguento mais

Runaway
╰─────────────➤✎Aurora

Saí pelo portão da mansão e senti uma estranha sensação de liberdade. Olhei para trás e vi Nick caído no chão e me perguntei como havíamos chegado naquela situação e, apesar de ter pouca fé, eu rezei por sua alma. Andamos alguns minutos em silêncio, mas senti que minhas pernas já estavam prestes a desistir, então tive de me apoiar em John para me manter de pé. John estava tão exausto quanto eu, mas me sujeitou e eu senti o familiar calor do seu corpo fazendo com que eu me acalmasse ainda mais.

– Ei, Eva – John parecia preocupado. Eu não queria falar nada, mas notando sua voz preocupada eu me esforcei para seguir.

– Eu estou bem, não estou machucada.

– Nós iremos para um lugar seguro agora, Eva. Só espero que não seja longa essa caminhada ou algo do tipo – notei que ele se esforçava para tirar importância da situação em que estávamos – Vamos nos encontrar com os outros agora minha pequena.

A sensação de ouvir essas palavras da boca dele novamente foram refrescantes o suficiente para eu decidir que me manteria de pé o tempo que fosse necessário.

A mansão ficou mais e mais distante e logo não dava mais para ouvir o barulho das chamas consumindo a casa.

– Eu sinto muito, pessoal – falei enquanto caminhávamos – Eu só queria que vocês tivessem uma chance. Me perdoem.

Todos ficaram em silêncio e continuamos andando, não sabia dizer se eles me perdoariam algum dia ou se eles sequer me culpavam por algo, mas senti que eu precisava me desculpar. Ethan seguia carregando Liam, que seguia desmaiado. Ainda tínhamos muito chão pela frente até a casa que eles haviam guardado as coisas. Meus pulmões pareciam que iam explodir pelo cansaço físico, mas segui firme... só mais um pouco e chegaríamos no lugar onde eles disseram que estava a casa e após isso poderíamos ir até a escola.

– Graças a Deus. Ethan, ele está acordando – eu disse aliviada por ver os olhos de Liam abrindo depois de quase 12 horas desacordado.

– Liam, ei cara, você consegue me ver bem? – Ethan chegou perto dele para ter certeza.

– Eva... – ele resmungou.

– Ha ha... acho que me preocupei à toa, estou na sua frente e é ela que você chama – Ethan riu tentando amenizar a situação – Não se preocupe agora, ok? Vamos dar um jeito nisso, estamos te levando de volta para escola.

– Bem... bem... – ele falou, mas parecia estar distante – Resgatamos a Eva... Me fala que não fizeram nada com você, por favor – a voz dele pareceu me implorar uma resposta positiva.

– Estou bem Liam, não se preocupe com isso agora. Não fizeram nada. Estou bem graças a vocês – sentia que meus olhos voltariam a encher de lágrimas se eu continuasse.

– Que bom... Você está a salvo... Isso é tudo o que importa – ele respondeu com bastante dificuldade.

– Sim amigo, está tudo bem agora – Luciel disse sorrindo e logo disse bem mais baixo – Tirando o fato de que aquelas cenas jamais sairão da minha cabeça e que o corpo dele está encharcado de drogas que não conhecemos.

Liam seguia gemendo de dores e o desespero ameaçava a cada segundo tomar conta do meu corpo, mas me mantive calma para não preocupar nem Liam e nenhum dos outros. Peguei na sua mão fria e sabia que ficaria ali até que retomássemos o caminho.

– Não vou deixar nada acontecer com você – sussurrei para mim mesma – Eu prometo – mas eu sabia que estava fora do meu controle essa promessa.

– Estou tão feliz que você está a salvo – Liam voltou a sussurrar com a voz extremamente fraca – Estava tão preocupado... desde que você desapareceu...

– Por favor, por favor, poupa suas energias... só descansa agora – eu falei já com a visão completamente embaçada enquanto ele fechava novamente os olhos.

Chegamos à duras penas na escola novamente. Levaram Liam para a enfermaria e Luciel tentava identificar a todo custo que tipo de droga Nick havia usado nele, mas as reações dele eram completamente diferentes das que eu ou Vi tivemos. Luciel sabia que havia outros químicos ali e estudava freneticamente qualquer reação dele. Ele estava demorando muito para recobrar a consciência novamente. Os únicos momentos de lucidez que ele teve, ele gastou se preocupando comigo.

– Liam, não sai da minha vida – sussurrei ao lado da cama – Não sai da minha vida... não agora que finalmente podemos ficar juntos.

Eu dormia e acordava na mesma posição, ninguém conseguia me tirar de lá. Ninguém nem tentava mais.

Iríamos ficar na escola até que Liam tivesse condições de caminhar. Estava claro que não havia mais necessidade de irmos embora, mas com tudo o que aconteceu, parece que ninguém ali tinha intenção de reviver as tantas memórias dolorosas que passamos entre aquelas paredes.

Liam abriu novamente os olhos pela segunda vez depois de quase 30 horas. John ficava quase o tempo todo comigo na enfermaria, ele seguia sendo meu pilar e meu melhor amigo. As vezes ficava triste, porque eu o tinha feito sofrer muito, mas ele se esforçava para não demonstrar o quanto eu o havia machucado.

– Eva? – Liam me buscou com os olhos.

– Estou aqui Liam – cheguei mais perto para poder entrar no seu campo de visão.

– Por favor, me fala a verdade... você está ferida? – apesar de fraco, sua cara de preocupação era aterradora.

Ele começou a ficar pálido e notei o suor se formando na sua testa.

– Liam, se acalma. Você está tremendo muito...

– Isso não é importante, nada disso é importante se você não estiver bem.

– Estou bem, de verdade estou bem.

– Deixarei vocês conversarem – John disse indo em direção a porta, mas antes de sair complementou – Cuida bem dele Eva, ele não conhece os próprios limites e por mais que eu acredite que ele não poderá fazer nenhuma besteira nessas condições eu prefiro saber que tem alguém de olho. Deus, vocês realmente se parecem! – ele piscou para mim antes de sair.

Sorri com o comentário dele e voltei minha atenção inteira a Liam.

– Sinto muito – ele falou fechando os olhos – Me perdoa por ter demorado, por não ter feito nada antes de toda a tragédia, me perdoa por ter sido fraco mais uma vez..., mas eu prometo que vou te proteger, não importa o que eu tenha que fazer para isso, eu vou te proteger – quando ele acabou de falar, ele novamente gemeu de dor. Eu sabia que levaria tempo até que ele de fato melhorasse, haviam usado muitos químicos diferentes e apesar de estar feliz por ele estar ali, me admirava que ele tivesse suportado tudo aquilo.

– Liam, não se esforce. Agora você só precisa descansar... – eu disse com a voz tranquila.

– Sinto muito que tenha que me ver nessa situação. Queria que você pudesse só ver coisas boas, queria que você só vivesse coisas boas... Queria que você se sentisse a salvo... – ele murmurou algumas outras frases, mas eu delicadamente fechei a boca dele com um pequeno selinho. Ele sorriu e fechou novamente os olhos – Acho que vou dormir.

– Acho melhor... – respondi com um sorriso triste e lhe dei mais um beijo antes que ele começasse a falar de novo – Acho que você está falando coisas que não iria querer falar no seu estado normal.

– Não me deixa aqui sozinho... – disse isso e relaxou o corpo – Quero te ver quando abrir os olhos de novo.

– Não sairei do seu lado – respondi e ele dormiu novamente.

– Liam, como você se sente? – Jéssica perguntou claramente aliviada quando o ruivo mal-humorado entrou pela porta da sala de reuniões.

Ele apenas murmurou algo ininteligível.

– Cara, você nos deu um susto e tanto, hein? – Zayn recebeu o colega sorrindo.

Eu apenas sorria com a cena. Estávamos ali e estávamos bem. As imagens terríveis, as perdas recentes e o que aconteceu sempre nos perseguiria, eu sabia disso, mas era reconfortante ver todos ali e era reconfortante saber que agora estávamos a salvo dos seletores. Olhei tristemente para Vi, que havia se afundado em sua própria tristeza, em um lugar onde ninguém, nem mesmo John o alcançava. Eu queria ajudá-lo, mas sabia que não havia meios para alcançá-lo mais. John, como um bom amigo passou a estar com ele mais tempo.

Apesar de tudo, a cena que se desenrolava na minha frente era aconchegante e familiar e eu apenas me sentei tentando desfrutar ao máximo aquele momento.

John havia de certa maneira assumido a liderança, que na minha opinião, ele já tinha fazia muito tempo, já que Vi estava realmente impossibilitado de conseguir seguir com a função.

Ninguém me perguntou como foi enquanto eu estava no meu estranho cativeiro, acho que todos sabiam que no fundo eu apenas queria apagar as imagens da cabeça, mas obviamente todos ficaram sabendo de toda a dura verdade sobre quem era Ray e sobre o que realmente faziam ali. Falaram com pesar sobre a Helena e sobre todas as outras pessoas que morreram naquele dia. Fizemos nossa homenagem à mulher do Vi e à irmã da Sarah. Nós não sabíamos se Nick havia dito a verdade quando disse que a mulher dele estava lá dentro, ou pelo menos, eles não sabiam... eu por outro lado, lembrava perfeitamente da dificuldade que ele sempre teve em mentir, mas guardei esse detalhe para mim e preferi tentar convencer Vi de que não era verdade.

Havíamos nos convertido em monstros? Talvez sim... deixamos muita gente inocente morrer naquele dia, mas precisávamos ser fortes, precisávamos fazer o impossível para seguir vivendo... Era difícil decidir por continuar vivendo para ser sincera, mas eu tentaria.

Quando os ânimos se tranquilizaram e todos finalmente se sentaram em qualquer canto da sala, Henry, ainda emburrado se levantou com raiva. Ele não falava comigo desde o dia do resgate e eu podia entendê-lo.

– Agora que estamos todos bem, já posso falar? – ele falou mal-humorado. John olhou para ele, suspirou, depois olhou para mim como se me pedisse desculpas e assentiu na mesma hora em que Henry se aproximava de mim – Mas que merda você estava pensando! – Henry gritou comigo, pelo visto todos sabiam que ele faria isso. Eu apenas fiquei olhando-o, eu sabia que merecia aquilo – Tem noção do quanto ficamos preocupados? Consegue ter alguma noção de quanto todos nós sofremos com essa sua decisão idiota?

Mordi o lábio inferior com força, fazendo com que uma pequena gota de sangue surgisse entre meus dentes

– O que está fazendo? – Henry pareceu se irritar ainda mais – Vai ficar quieta? Não vai falar nada?

Arregalei um pouco os olhos com a reação dele, mas ele estava certo. Eu os havia metido em uma confusão grande.

– Não fale assim com ela, Henry. Você prometeu que só conversaria. Abaixa o tom, por favor – Ethan interveio.

– Quê? Eu não falei nada de errado. Ela fez isso tudo sozinha... ela realmente pensou no que sentiríamos?

– A questão não é estar certo ou não – Ethan seguiu – Mas você podia tratar de ser um pouco mais legal de vez em quando. Você pode até não concordar com os atos dela, mas ela ainda fez tudo isso pensando em nós, sim. Duvido que ela não tenha pensado nos nossos sentimentos assim como você diz, Henry. Além do mais, o melhor seria evitarmos brigas. Vamos tentar conversar normalmente. Ninguém aqui precisa se exaltar ou gritar.

Henry ficou quieto um pouco e emburrou ainda mais.

– Eu te entendo, Henry – Luciel falou suspirando – Só não precisa botar para fora de um jeito tão agressivo.

– Ta bom, eu entendi – Henry pareceu hesitar por um momento antes de se virar novamente para mim.

– Desculpa... acho que... fui mesmo um pouco ignorante – ele falou se esforçando para controlar o mau humor – Desculpa. Mas droga, eu realmente fiquei preocupado. Não conseguia deixar de imaginar o que estavam fazendo com você.

Olhei para ele sentindo o alívio percorrer o meu corpo, eu havia sentido falta dessa voz irritante e desse imenso aborrecimento dele.

– E desde quando você se preocupa com alguma coisa, Henry? – Liam perguntou tentando agir normalmente também.

Henry começou a resmungar algumas coisas para si mesmo e sem conter o impulso eu o abracei.

– Você... – ele falou baixo, parecia estar segurando o choro, eu por outro lado, não me importei com isso – Você não deveria ter feito isso.

– Eu sinto muito – falei contendo um soluço.

Acariciei suas costas e me senti em casa. Quando nos encontramos pela primeira vez, jamais imaginei que ele seria capaz de agir de maneira tão preocupada comigo, nem mesmo que ele seria alguém tão importante na minha vida.

– Devo estar parecendo uma criança aos seus olhos, né? – ele resmungou parecendo incomodado.

– Não mesmo, você acabou de agir como um adulto – falei sabendo que isso o provocaria.

– Isso só reforça que você me vê sim como uma criança.

– E de que outra maneira eu poderia ver o meu irmão mais novo? – falei baixo e senti seu corpo ficando tenso por um momento antes dele apertar ainda mais o abraço.

– Então, promete que nunca mais vai deixar seu irmão para trás, droga.

– Eu prometo – falei sentindo-o finalmente soltar o choro que havia segurado.

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