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{Cap. 64}

Estou cansado dos jogos
Eu só quero ela de volta
Eu sei que sou um mentiroso
Mas, porra, se ela tentar ir embora de novo
Eu vou amarrá-la na cama
E tocar fogo na casa

Love The Way You Lie ft. Rihanna
╰─────────────➤✎Eminem

Mais uma noite se passou e na manhã seguinte vieram me preparar para a minha cerimônia de purificação e para o meu casamento. Me colocaram um vestido branco longo e soltinho, era um vestido de noiva bem simples, mas muito bonito. Depois de arrumarem meu cabelo e me maquiarem, eles também amarraram minhas mãos. Cheguei em uma sala que parecia um laboratório. Meu corpo estava tenso e tive medo, no laboratório havia vários instrumentos cirúrgicos. Tentei desesperadamente soltar as minhas mãos e seja por milagre ou por descuido de alguém, de alguma maneira, consegui me soltar e corri. Não sabia para onde estava correndo, apenas escutava Ray gritando atrás de mim.

– Não, não a tirem de perto de mim. Não a deixem ir, ela não, não a deixe longe de mim – a voz dele parecia desesperada, digna de pena, mas isso não me parou. Apesar da força que eu colocava nas pernas, eu não corri rápido o suficiente e fui agarrada por Ray novamente – Não, não me deixa! Não de novo! Você é minha. Ninguém nunca vai te levar de mim! Você não vai tentar me abandonar, certo? – Ray gritava com uma voz que beirava a loucura total enquanto me arrastava com força até meu quarto – Deixo tudo ao seu agrado, mas não me impeça de ouvir a sua voz.

Quando entramos, ele me jogou na cama. Seu rosto estava banhado em lágrimas e por um breve momento me deu lástima dele, mas foi um período bem curto. Ele precisava de tratamento e eu precisava fugir, não tinha tempo de ficar pensando em coisas como pena.

– Se você não vai ser purificada, eu não vejo outra saída – ele limpou as lágrimas que restavam de seus olhos e um brilho predador surgiu em seu rosto ainda vermelho pelo choro – Então te farei minha, mesmo sendo impura.

– Não Nick, por favor – me encolhi soluçando de medo e instintivamente procurei pela seringa que Luciel havia me dado.

– Me chamo Ray – ele gritou com fúria – O que você está procurando? – ele avançou para cima de mim seguindo a direção do meu braço, mas não foi rápido o suficiente.

Enquanto agarrava a seringa, minha mente trabalhava furiosamente sobre o que eu faria. Me mataria? Mataria Nick? Eu seria capaz de tirar uma vida? Eu já havia tentado, mas por alguma razão, pensar em matá-lo me deixava triste. O que era esse sentimento distorcido que me impedia de querer causar dor a ele? Me sentindo impotente, aproximei a seringa ao pescoço.

– Ray, eu não quero te fazer mal. Então por favor, só me deixa em paz. Eu posso ficar aqui com você, mas não me force a ter qualquer tipo de relações como se ainda fossemos um casal.

– O que é isso que você está segurando? – ele perguntou arregalando os olhos.

– Cianeto de potássio.

– Tudo bem, eu entendi – ele disse parecendo de repente muito calmo.

Ele andou lentamente até um canto qualquer do quarto, parecia pensativo. Eu me levantei e fiquei parada do lado da cama estudando seus movimentos. Ele pacientemente tirou um pequeno interruptor de um canto qualquer.

– Eu não pensei que você fosse capaz de algo assim, mas conheço a sua determinação – ele se aproximou lentamente de mim parecendo confiante – Não sou estúpido o suficiente para apostar contra a sua vida porque sei que você está mais do que disposta a fazer isso. Então terei que buscar uma alternativa.

Me sentia como um gato encurralado. Meu corpo tremia e eu podia notar o fio da ameaça que escorria a cada palavra dita por ele.

– Te darei uma escolha – ele seguiu – Sabe o que esse interruptor faz? – eu neguei com a cabeça – Não? Esse interruptor ativa uma bomba e essa bomba irá destruir todo o edifício. Você sabe que existem diversas crianças aqui dentro, certo? Mulheres também. Eu sei que você as viu em seus quartos.

Eu estremeci lembrando de todas as mulheres amarradas nas camas e de todas as mulheres grávidas, inclusive Helena, que estavam ali.

– Eu serei claro com você – ele continuou falando firme e pausadamente – Se você morrer, eu matarei todos que estão aqui.

– E quem disse que eu me importo – falei com a voz tremida. Estava claro que eu me importava, mas o que mais eu poderia fazer?

– Senhor Ray – alguém gritou desesperado – Fomos invadidos. Eles vieram atrás dela.

Senti meu coração palpitar dolorosamente e um sorriso distorcido se desenhou no rosto de Ray.

– Que conveniente, não acha Eva? Acho que agora você vai se importar um pouco mais. Vamos, teremos que mudar o acordo – ele se virou para o rapaz que tinha o rosto assustado na porta – Deixe que eles venham, quero que ela faça essa escolha na frente deles.

O rapaz saiu rapidamente fechando a porta atrás de si.

– Você está mentindo – falei sem acreditar nas minhas próprias palavras – Você me disse que eles haviam ido embora. E como você poderia ter colocado uma bomba aqui?

– Quer pagar para ver? Como eu disse, eu não estou disposto a apostar contra a sua vida, mas se você está disposta a apostar a vida deles, podemos ver qual dos dois estão certos.

Minha mente trabalhava furiosamente e meu corpo parecia à beira de um colapso, mas não tirei a seringa do próprio pescoço. Ele estaria falando a verdade? Para ser sincera, eu achava que sim. Uma mente insana como a dele não teria limites para alcançar o que deseja.

– Não vão te tirar de mim, Eva – ele falou com seus olhos vidrados – Você não quer matar esses lixos e eu não quero que você morra. Nós podemos chegar em um bom acordo aqui.

Ouvimos a porta sendo aberta com força. Olhei para o lado e vi o rosto cansado e tão conhecido de Liam. Senti meu mundo desabando. Como eu pude pensar que ele iria embora sem mim? Como eu apenas pude cogitar a ideia de que aquele homem a minha frente desistiria de mim tão facilmente? Liam tinha o semblante cansado, preocupado e assustado.

Ele deu um passo na minha direção. Eu queria que ele corresse e me abraçasse, queria que ele me segurasse forte e não soltasse, mas eu não podia me deixar dominar por isso. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa notei que John veio atrás de Liam para segurá-lo.

John me olhava assustado, seu olhar me suplicava para que eu não desistisse da minha vida com tanta facilidade, depois passou seus olhos por Ray e pareceu reconhecê-lo da foto. Olhei para Ray, que seguia sorrindo de maneira triunfante.

– E então, pequena Eva – escutei a voz distante de Ray.

– Não me chama assim Nick! – as lágrimas brotaram dos meus olhos e eu gritei com ele fazendo-o sorrir ainda mais.

– Vamos, não precisa ficar nervosa. E eu vou ter que repetir de novo que não sou mais o Nick? – ele falou sem se imutar – é nossa noite de núpcias afinal. Nós planejamos isso por muitos anos, não foi? Não vamos brigar por ninharias, está bem? Então vamos, não seja teimosa. Vem devagar até mim e me entregue a seringa.

– Ray... por favor – falei sentindo a primeira lágrima quente escorrer pelo meu rosto.

– A decisão é apenas sua. Venha – ele me estendeu a mão livre.

Olhei para Liam que aparentemente tinha começado a entender mais ou menos a situação, talvez não completamente, mas havia entendido a gravidade do momento. Olhei para John que inutilmente tentava segurar as lágrimas. Eles eram tudo para mim, e tinham que continuar vivendo.

Com a seringa ainda no pescoço, dei alguns passos vacilantes em direção a Ray.

– Por favor, Eva. Não – a voz de Liam chegou cortada aos meus ouvidos, eu não precisava olhar para saber que estava chorando também.

– Promete para mim, Ray. Você nunca quebrou uma promessa antes – minha voz saiu quase como um sussurro.

– Você tem a minha palavra.

O olhar de Ray me fez sentir sufocada, mas depositei a seringa em sua mão estendida e ele sorriu. Me sentia incapaz de respirar. Ou era só a minha imaginação isso?

– Agora diga para eles qual a sua decisão.

Engoli em seco e senti meu coração dolorido.

– Eu... – comecei, mas fui incapaz de continuar.

– Tudo bem, não precisa se esforçar mais – Ray me puxou para mais perto, e me abraçou com um braço apenas e com seus dedos ágeis abaixou o zíper que ficava na parte de trás do meu vestido – eles não precisam te escutar, eles podem ver qual a sua decisão. Mas sabe, não posso simplesmente deixá-los ir assim.

– Não – minha voz saiu desesperada e cheia de dor – você prometeu.

– É verdade..., mas sabe, você já se deitou com os dois. Está nesse quarto os três homens que já te possuíram e isso me desagrada muito. Você tinha que ter me procurado mais... e mesmo depois, quando achou que eu tinha morrido, tinha que ter se mantido leal a mim.

Ele lentamente virou o rosto até o meu e me deu um selinho, depois me virou para onde Liam e John estavam. Passou o braço pelo meu pescoço e apertou um pouco, me fazendo instintivamente segurar seu braço. Podia sentir o interruptor próximo ao meu rosto e aquilo me apavorava.

Eu queria escapar, mas eu não podia. Não podia arriscar a vida das únicas pessoas que ainda me importavam. Eu sabia que não poderia simplesmente sair dali.

– O que foi, Eva? – Ray sussurrou no meu ouvido – Eu nunca seria capaz de te ferir, você sabe disso, mas eles te tocaram, te sujaram...

Senti sua mão livre e gelada percorrer por dentro do zíper aberto do meu vestido até a minha barriga e senti como as lágrimas quentes saltavam dos meus olhos sem nenhum controle.

A voz de Ray era amigável e chegava a ser carinhosa. Senti minhas pernas bambas pelo medo, mas aguentei firme.

– Deixa eles irem Ray, por favor... – fiz um último apelo a ele.

– Você sabe que eu vou manter minha palavra – sentia o sorriso dele próximo ao meu ouvido – mas eles precisam ver que você é minha, para que eles nunca mais venham até você.

– O que você quer dizer? – perguntei enquanto passava rapidamente o olhar pelos dois homens praticamente estáticos à minha frente.

– Você está bem aqui, não está? Não se sente feliz? – ele falou para que Liam e John pudessem ouvir.

– Eu estou bem – falei em um esforço quase sobre humano.

– É um alívio escutar isso – ele seguiu falando com a sua boca quase roçando na minha orelha.

Sentia como suas mãos percorreram do meu umbigo até quase chegar aos meus seios e tive vontade de que minha vida acabasse naquele momento.

– Mesmo assim você parece incomodada – ele falou com um pequeno sorriso.

Eu hesitei por um momento.

– Eu ficarei com você, Ray. Ficaremos juntos... fizemos essa promessa há muito tempo – fechei os olhos para não ver o olhar de desespero de John e Liam.

– Você está com medo? – ele me virou novamente com o rosto virado para ele sem tirar por um momento sequer o dedo do botão da bomba.

Com esforço, ergui a cabeça e olhei para Ray. O rosto dele, a pouquíssimos centímetros do meu, exibia um sorriso satisfeito.

– Irei ficar com você, no seu paraíso.

– Você não está sendo sincera, Eva. É doloroso te ver chorar, sabia? – ele reclamou, mas não deixou de sorrir – Mas eu prefiro que você minta do que faça o que eu mais temo. Você me viu, não foi? Conseguiu me enxergar... você foi a primeira a fazer isso.

"Sim Nick, eu pensei que te enxergava da maneira que era quando estávamos juntos, pensei que era uma boa pessoa e talvez um dia realmente tenha sido, mas eu nunca o entendi como Ray, nunca nem sequer tentei fazer isso", pensei e então, ao invés de respondê-lo, abaixei um pouco a cabeça enquanto ele seguia me olhando de cima.

– Deixa eles irem embora – falei com a voz sufocada.

– Vamos para a cama, meu amor, vou gostar de ter plateia quando te fizer minha para sempre. No fim não pode ser tão difícil para você... eles já te viram sem roupa de qualquer jeito e eu preciso arrumar isso – ele falou segurando meu queixo com os dedos e levantando minha cabeça. Me deu um breve beijo e me virou para Liam e John novamente.

– Por favor Ray, não faz isso. Então vamos embora eu e você – as lágrimas embaçavam meus olhos e eu praticamente implorei – Vamos ficar juntos, eu e você... para sempre. Só por favor, deixe-os ir. Não precisamos deles. Eles não são nada para mim. Só importa a nossa felicidade juntos!

– Tudo bem então, se é isso que você quer... – Ray sorria triunfantemente.

– Nick – escutei o som do dente de Liam rangendo – Ela sofreu a sua perda e mesmo assim tudo o que você fez foi torturá-la e continua fazendo isso. É esse o amor distorcido que você quer dela? Solte-a agora! – olhei com pesar seu rosto contorcido pela raiva.

– Não – Ray respondeu apertando ainda mais o meu pescoço com o braço – você não entendeu? Ela me escolheu. Seremos felizes, apenas eu e ela, juntos.

– Se não a soltar, usarei a força para proteger a minha garota.

– Sério? – senti Ray sorrindo enquanto ele roçava levemente a boca pela minha orelha – Está vendo esse interruptor que estou segurando? Vou pressioná-lo, e se eu fizer isso, tudo irá explodir. Todos morreremos, sim... melhor ela morta do que suja com um de vocês.

Liam mantinha as sobrancelhas apertadas e tinha dificuldade para manter seu corpo parado. John por outro lado parecia vazio e não tinha reação nenhuma.

– E então? O que vai ser? – Ray seguiu com a sua provocação – Se você for embora agora, ela vive e você também. E assim, todos teremos o que queremos. Foi uma ótima ideia instalar uma bomba aqui.

– Grande cavalheiro – Liam disse cinicamente – Instalar uma bomba onde uma mulher dorme. O que acontece dentro da sua cabeça, demente? O que você quer afinal de contas?

– Escapar de forma segura daqui com a única mulher que pode me dar filhos puros. E claro, depois disso, acabar com a imundice que ainda restou no mundo. Se não quiser que eu ative a bomba, melhor ficar quieto, só observando o como eu saio daqui com a "sua garota" e desaparecemos.

– Maldição! – Liam pareceu frustrado, mas eu sabia que ele ainda não havia desistido, eu precisava fazer alguma coisa com urgência.

"Calma, Eva. Mantenha a calma e o foco. Tudo o que está acontecendo está relacionado a você" – pensei tentando controlar a respiração – "Nick não irá fazer nada com você, se ele fosse fazer, já o teria feito. Liam não vai embora sem você, você já notou isso, certo? John também não. Nenhum deles irá desistir..."

Eu sabia quanto Ray podia ser assustador mesmo quando estava sendo gentil... Droga, eu não sabia o que fazer, mas olhar para Liam e John tão desesperados, despertou algo em mim. Notei que eles não seriam capazes de seguir se soubessem que eu me sacrifiquei por eles. Essa verdade caiu como um balde de água fria na minha cabeça.

Eles tinham que ter ido embora antes, mas olhando-os agora, não importaria o que eu falasse ou fizesse, eles simplesmente não me abandonariam ali. Tirei uma das minhas mãos do braço de Ray e levei até a virilha dele. "Obrigada Ethan, pelas aulas". Apertei com tanta força que ele mal conseguiu gritar, tentei virar a mão em uma tentativa de o torcer e fazer a dor duplicar.

– O que você está fazendo? – sua voz saiu com dificuldade e eu apertei ainda mais. Ele soltou meu pescoço e pude tirar o interruptor de suas mãos.

– Eva, vem aqui! – Liam gritou e me puxou para perto dele e corremos ao ver Ray tentando se arrastar para onde o interruptor havia caído.

John que finalmente havia reagido de alguma maneira agarrou o interruptor e correu atrás de nós.

– Sinto muito Eva, sinto muito! – Liam falou com a voz entrecortada e com os punhos cerrados com força, enquanto corríamos – Me perdoa por chegar tarde.

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