{Cap. 58}
Eu vou passar pela sua casa
E se todas as luzes estiverem apagadas
Verei quem está por lá
De um jeito ou de outro, eu vou te achar
Eu vou te pegar, te pegar, te pegar, te pegar
De um jeito ou de outro, vou ganhar você
Eu vou te pegar, vou te pegar
De um jeito ou de outro, eu vou te ver
One Way Or Another
╰─────────────➤✎Blondie
{8h34min}
Acordei em um quarto espaçoso. Havia um homem de pé perto da cama em que eu estava sentada e com os punhos amarrados. Era o mesmo homem que havia me "salvado" há alguns dias.
– Oi de novo, Eva. Me foi ordenado para que te levasse.
O medo se apoderou do meu corpo, pensei em gritar, acho que ele percebeu.
– Você quer gritar? Se você fizer isso eu vou ter que te forçar a ficar em silêncio, então é melhor não falar nada, lembre-se que você veio por vontade própria. Não te farei dano. Minhas ordens é para te levar com vida. Só preciso que você esteja com vida, então por favor, não tente se defender também. Não quero ser rude. Se você se machucar e eu pagar por isso, um certo ruivo poderá sofrer as consequências por isso também, não é mesmo?
O olhei assustada.
– Não faremos nada com ele ou com os outros se você colaborar. Ray é um homem de palavra – ele seguiu – eles não nos interessam. Em seu devido tempo, todos aqui estarão mortos de qualquer maneira, mas você... você foi escolhida. Eu irei te vendar agora. E se você ficar quietinha, será tratada como uma princesa.
Eu tremi, mas apesar disso me levantei e o segui sem fazer alarde. Eu sabia que não tinha chances contra ele e como ele havia me lembrado, eu havia ido por vontade própria. Ao chegar na porta, ele me pediu desculpas e eu fui vendada. O medo tomava conta do meu corpo e eu tentei fazer tudo aquilo no automático.
Andamos em torno de 5 minutos. Eu havia memorizado as curvas que fizemos e tentei fixar isso na minha cabeça, mas algo me dizia que algumas curvas foram feitas apenas para me despistar, apenas para que eu não fizesse essa memorização.
Esperei um pouco mais até que me tirassem a venda.
– Esse é o Sr. Ray – o homem disse me apontando um homem a minha frente. Seus olhos eram tão profundo que era possível se perder dentro deles. Exatamente como eu me lembrava dele... Como eu pude ser tão cega? Claro que ele sabia tanto sobre mim... Cenas de momentos felizes se passaram pela minha cabeça, mas no fim, ele era um dos responsáveis por esse "sequestro".
Ray me deu um cálido sorriso ao dizer:
– Bem-vinda, estava esperando o dia em que poderia te trazer ao paraíso. Vou te mostrar o lugar, estive preparando algumas coisas enquanto te esperava nesses últimos anos. Sinto muito te pedir isso novamente, mas terá que colocar à venda novamente até que eu te guie para o seu quarto.
Eu não falei nada, eu não entendia nada. Apenas deixei que me colocassem a venda novamente.
– Você estará sempre bem se seguir tudo o que eu te disser. Estará segura aqui. Não precisa se preocupar com nada mais, está bem? Não se sinta incômoda com tudo isso, apenas siga a minha voz.
Não me sentir incômoda? Que tipo de piada era aquilo tudo para ele? Me segurei para não gritar tudo o que pensava. Ele pegou na minha mão e eu a tirei bruscamente. Ele riu e voltou a segurá-la.
– Vamos, não seja tímida, já fizemos isso antes, eu apenas te guiarei.
Caminhamos em torno de 5 minutos. Novamente tentei memorizar todas as curvas que fizemos até ali. Parecia inútil, mas era tudo o que podia fazer naquele momento.
– É um alívio finalmente te ter perto de mim novamente – ele falou em algum momento – Graças a isso posso estar mais calmo. Você é perfeita, sempre foi.
– Perfeita? Para que? – era a primeira vez que eu falava desde que havia chegado e notei como minha voz arranhava pela minha garganta.
– Para ser minha esposa é claro. Você foi selecionada por sua aparência, seu porte, sua atitude e força. Teremos filhos perfeitos para popular a terra apenas com seres superiores como nós. Eva... que diferença faz? Já não íamos fazer isso antes? Por que você parece tão nervosa e relutante agora?
– Você só pode estar brincando – falei tentando esquecer o que eu acabava de ouvir.
– Eu me esforçarei ao máximo para te fazer feliz como sempre fiz. Porque te fazer feliz é importante para que venham filhos saudáveis – ele falava tudo aquilo com uma naturalidade imensa – Chegamos, podem tirar a venda dela.
Estávamos em uma suíte imensa, a cama era grande e tinha lençóis caros, não que esse tipo de coisa importasse no momento, mas notava que ele havia se esforçado. Logo abaixo havia uma mesinha redonda com duas poltroninhas e no centro da mesa um vaso de flores. No teto havia um lustre com velas o suficiente para iluminar o local todo. As janelas eram compridas em forma de arco. Havia uma porta que dava para uma sacada e para a minha infelicidade, havia uma grade me impossibilitando qualquer desejo de fuga por ali.
"Ray" estava sorrindo. Não... afinal, por que ele estava usando aquele nome? Tanto faz, chamá-lo de Ray seria melhor... assim eu não teria que encarar a dura realidade. Encarar que eu amei a pessoa a minha frente por muito tempo.
– Este é o seu quarto. Preparei tudo antes de que você chegasse – ele falou como se eu fosse uma simples convidada – Espero que seja do seu agrado, tentei lembrar de tudo o que você gosta, porém qualquer coisa que queira mudar basta que peça para os nossos empregados. Como eu sei que você gosta de livros, fiz um catálogo da nossa biblioteca e o deixei ao lado da sua cama. Poderá pedir todos que quiser. Você tem permissão para passear nesse andar, mas para isso, precisa fazer um pedido prévio e eu designarei alguém para te acompanhar. A biblioteca fica logo ao lado se algum dia você quiser visitá-la. Espero a sua cooperação, afinal o destino nos uniu. Queria poder falar um pouco mais com você, mas infelizmente necessito ir.
– Você matou a Alana – senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto.
– Eu gostava da sua irmã – ele falou com naturalidade – mas ela não se encaixava no mundo. Tivemos uma segunda chance, temos que aproveitá-la.
Fiquei parada, sozinha no quarto enquanto ouvia a fechadura da porta. Dali eu tinha apenas dois destinos, que ocorresse um milagre e conseguissem me resgatar ou morrer antes que ele me tocasse novamente.
Peguei a seringa que eu havia colocado cuidadosamente na sola do sapato e a olhei por um tempo antes de guardá-la de novo.
{MANHÃ – DIA DA CHEGADA}
– Achei que você estaria cansada, então pedi para um dos meus empregados preparar um banho para você – Ray disse ao entrar.
Eu não havia saído de perto da sacada... era a única ligação que eu tinha com o mundo exterior e eu sabia.
– Sabe, acho que realmente tenho sorte – ele seguiu falando e se aproximou a mim.
Senti um calafrio percorrer o corpo e tentei não me virar para ele.
– Agora eu tenho você aqui comigo mais uma vez – ele pegou uma mecha do meu cabelo e deixou escorrer por entre seus dedos – Conseguiu descansar agora pela manhã?
Não respondi, mas ele não parecia que se daria por vencido.
– Queria saber quais outros passatempos você tem agora, talvez eu possa deixar os seus dias mais animados com isso. Quero realmente saber mais sobre como você tem passado. Ontem eu passei o dia todo pensando em você e em como eu te teria por perto finalmente. Eu sempre te amei e mesmo agora com você na minha frente, eu não consigo deixar de pensar em você.
– Como você pode dizer que isso é amar? – murmurei mais para mim mesma que para ele.
– Mas eu te amo, Eva. Te amo tem muito tempo e você me ama. Nós nos amamos, muito antes disso tudo começar.
O olhei tentando buscar algum vestígio da pessoa que eu conhecia, mas não conseguia encontrar.
– Sim, eu realmente te amei – a decepção não me deixava ficar quieta.
Minha respiração estava se tornando difícil, mas eu me segurei para controlar a nova onda de ansiedade que ameaçava me afundar.
– Talvez você não me ache uma pessoa interessante mais – ele seguiu – mas você vai aprender a gostar de mim novamente. Eu nunca pude te tirar da cabeça. Até mesmo agora, manter essa distância que eu estou de você está me matando, queria te possuir agora, ter você grudada comigo, mas sei que tenho que me controlar, não poderemos fazer isso antes da sua purificação.
Me encolhi um pouco com aquilo, mas ele não percebeu, ou talvez não tenha se importado.
– Não quero que você se sinta uma prisioneira, você é minha noiva. Se você fizer o que eu mandar não tem por que tornar as coisas desagradáveis, você não acha? – ele abriu um sorriso mostrando seus dentes brancos e perfeitos.
– Acho que estou me sentindo um pouco sufocada – falei tentando controlar a respiração.
Eu tinha a sensação de que estava faltando o ar, olhei ao redor tentando procurar qualquer lugar onde pudesse entrar ar fresco.
Ray calmamente levantou e abriu um dos vidros e uma brisa leve entrou, o que fez com que eu me acalmasse.
– Sinto muito que se sinta assim, pedirei para alguém sempre deixar algum vidro aberto.
{NOITE}
– Sou eu, o Ray, estou entrando está bem?
Não respondi, mesmo assim ele entrou.
– Senti sua falta, por isso não pude evitar vir te ver – o olhei sem nenhuma expectativa. O que será que ele queria que eu falasse? Era impossível estar animada ali – O que andou fazendo até agora? Por que não foi dormir? Me fale um pouco sobre o seu dia.
– O que você quer que eu diga, "Ray"? – perguntei de maneira irônica voltando a olhar pela janela.
– Eva, olha para mim – ele falava de maneira carinhosa, quase me fazia acreditar que realmente se importava comigo – Eles não são reais, não fazem mais parte do seu mundo, na verdade nunca fizeram. Logo eles estarão longe e nem se lembrarão de você. Eu sim, eu faço parte do seu mundo. Você faz parte do mundo perfeito comigo, vamos construir nossos sonhos juntos, como havíamos planejado... Vejo que está cansada, te deixarei dormir agora. Conversar com você foi muito bom. Voltarei ao trabalho agora.
Conversar? Ele achou que aquilo tinha sido uma conversa? De qualquer modo eu estava aliviada, porque não parecia que ele iria me atacar por enquanto.
– Antes de eu ir, quero te falar uma coisa – ele se virou antes de chegar na porta – Te encontrar hoje foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida e por isso eu te perdoo por você ter me atacado. Boa noite, te vejo amanhã.
{MANHÃ}
– Fiz o seu café da manhã – Ray entrou sem muita cerimonia.
Me levou uma bandeja bonita de café da manhã com muitas coisas para comer. Tinha ovos, frutas e um copo de suco... muito mais comida do que eu havia comido em muito tempo. Ele me olhou com expectativa enquanto eu analisava a sua obra de arte.
– Obrigada – consegui dizer sem muito entusiasmo.
– Espero que você aproveite bem – ele falou com um sorriso largo no rosto.
Me perguntei uma e outra vez como alguém como ele, que parecia na sua forma exterior ser tão bom, que havia me tratado tão bem por tanto tempo, pudesse ocultar uma maldade tão grande.
– Seus amigos estão se preparando para irem embora de acordo com os meus informantes. É uma pena que agora só consigam ver as coisas de longe, mas pelo menos me trouxeram boas notícias. Finalmente aquela escória sairá da minha vista.
A naturalidade com que ele soltou aquelas palavras me feriram muito mais do que eu gostaria. Por um lado, foi um pouco decepcionante saber disso, saber que Liam havia desistido de mim com tanta facilidade... sem contar o John, que havia me prometido tantas vezes estar sempre comigo, mas por outro lado fiquei aliviada, eles seguiriam vivendo e poderiam encontrar algum bom lugar para seguirem com as suas vidas assim como eu havia sugerido. Ray analisou minha reação por um tempo, sorriu e colocou a sua mão sobre a minha, eu quis tirar a mão dali, mas me segurei para não o fazer.
– O seu lugar é ao meu lado – ele falou sem deixar de sorrir – e eu farei de tudo para te deixar feliz. Agora vou te deixar comer em paz. Te vejo mais tarde. Vou te apresentar sua dama de companhia.
– Dama de companhia? – perguntei surpresa com aquilo.
– Ah, sim, afinal você será a minha mulher, não posso aceitar que não tenha os cuidados necessários para estar sempre bem.
Ele me deu um beijo na mão como um cavalheiro de filme antigo antes de sair e eu tive que me segurar para não rir da situação absurda em que eu estava vivendo. Eu estava finalmente vivendo, da maneira mais improvável possível, com o homem que eu havia prometido passar a minha vida inteira.
A minha suposta dama de companhia não demorou para chegar, ela não me deixou fazer nada sozinha, nem mesmo me levantar da cama. Ela que me trocou, ela que esquentou meu banho, ela que penteou meu cabelo... ela dizia que eu não tinha que fazer nenhum esforço, que isso não estava digno da minha posição.
– Me sinto na idade medieval – suspirei ao vê-la sair com a minha roupa suja – isso não é muito o meu estilo.
Seu nome era Ramona, sua beleza era deslumbrante como a da grande maioria das pessoas que eu havia visto ali até então. Parecia estar grávida de poucos meses, mas eu preferi não perguntar.
– Que sorte você tem senhorita – ela falou animadamente enquanto fazia um penteado com tranças no meu cabelo – Eu queria poder ter um filho do senhor Ray.
– Fique à vontade – falei entre dentes – preferia não ter nada a ver com aquele monstro.
Ela me virou bruscamente e me deu um tapa no rosto, senti a ardência percorrer minha bochecha que logo foi substituída pela sensação de quentura.
– Se eu ouvir você falar mal do senhor Ray de novo, eu irei pessoalmente conseguir o seu castigo.
– Como você pode estar tão cega? – gritei – Se você quer ser um bicho de copulação o problema é seu, prefiro morrer a deixar que aquele desgraçado me toque.
Ela me olhou friamente e eu senti seus olhos penetrando na minha alma. Vi como ela se virava lentamente e chamava alguém na porta. Dois homens grandes entraram e esperaram.
– Ela estava falando de traição. Devemos castigá-la.
– O que a senhorita pretende? – um dos "guardas" perguntou calmamente.
– Tranquem-na no baú – ela falou friamente.
Fui arrastada a força por corredores aterradores que mais pareciam corredores de hospitais psiquiátricos, havia portas de quartos abertas, mulheres amarradas em suas camas e choros abafados.
– Não! Me solta! – eu gritava desesperadamente tentando fugir dos braços dos dois homens que me seguravam com força.
Me jogaram dentro de um baú de roupa antigo, daqueles grandes, mas não grande o suficiente para que eu pudesse manter meu corpo reto. Havia pequenos buracos para que o ar entrasse, mas aquilo estava longe de me acalmar. Comecei sentir falta de ar, o ar pareceu cada vez mais escasso e minha respiração começou a ficar cada vez mais rápida. Senti as lágrimas correrem pelo meu rosto, mas eu não conseguia mover os braços para limpá-las e isso só me desesperava ainda mais. O suor empapou a minha roupa fazendo-a grudar no corpo. Meu peito começou a doer e a apertar, eu estaria tendo um ataque cardíaco? Não sabia dizer, mas essa dor só serviu para piorar o meu nervosismo. Pouco a pouco meu corpo começou a formigar, começando pelas extremidades. Senti como se tudo estivesse se distanciando...
Não sei se passaram minutos ou horas, eu parecia perder a consciência de tempos em tempos, mas era impossível saber há quanto tempo eu estava ali.
– Levem-na de volta para o quarto – eu escutei alguém falar como se estivesse longe.
Uma luz cegante penetrou pelos meus olhos semiabertos, me sujeitaram pelos braços e pouco depois me arrastaram de volta pelos corredores. Senti uma dor terrível e em seguida um alívio repentino por poder esticar o corpo, foi uma sensação indescritível. Por quanto tempo eu havia ficado dentro do baú? Eu não sabia dizer, me pareceu uma eternidade... acho que desmaiei depois de um tempo, mas a lembrança estava toda borrada na minha mente e eu não conseguia dizer o que realmente havia acontecido comigo enquanto estava lá dentro.
– Quem fez isso? – Ray perguntou com a voz furiosa enquanto me colocavam na "minha" cama.
– Ela conspirou contra o senhor, senhor Ray – escutei alguém falando – A senhorita Ramona pediu para que a castigássemos no baú.
– O que? – a voz de Ray soou ameaçadora – Tragam-na aqui.
Eu estava acordada, mas ainda sentia meu corpo mole, do jeito que me colocaram na cama eu fiquei. Não passou muito tempo até que Ramona viesse acompanhada de outras pessoas.
– Sim, senhor Ray? – Ramona disse com a voz melosa.
– Quem te deu permissão para aplicar algum castigo nela minha querida Ramona?
Diferente de alguns momentos atrás, a voz de Ray parecia calma e controlada, eu podia jurar que ele estava incluso sorrindo.
– Ela conspirou contra o senhor. Tive que castigá-la, senhor Ray – Ramona disse pacientemente.
– Vamos deixar uma coisa clara, Ramona – Ray falou se aproximando dela – Ninguém encostará na Eva sem a minha autorização, ela é minha e só eu posso definir o que vão ou não fazer com ela. Nunca mais se esqueça que ela me pertence e eu sou muito ciumento com o que é meu.
– Sim, senhor Ray, sinto muito – Ramona abaixou a cabeça.
– Você servirá de exemplo, ok? Vejo que está grávida, de quanto tempo está?
– De 5 meses, senhor – Ramona seguia com a cabeça baixa.
– Entendo – Ray se virou para os seus guardas – Amarrem-na, que fique presa na cama até que o bebê nasça, depois veremos o que fazer com ela.
– Não, senhor Ray – ela gritou desesperada – Eu não farei mais nada disso senhor, por favor.
– Ora, não se desespere minha querida – Ray deu um selinho na boca de Ramona – Você ainda servirá para copular.
A arrastaram enquanto ela gritava e eu me encolhi na cama, horrorizada pelo que acontecera comigo e horrorizada com a cena que eu acabava de presenciar.
– Oh, princesa – Ray falou com a voz melosa ao se aproximar de mim – Conseguirei outra dama de companhia para você.
– Por favor, não – falei sentindo as lágrimas nascerem dos meus olhos de novo – Por favor, Ray. Não quero ninguém perto.
Ele acariciou o meu cabelo e me olhou carinhosamente por um tempo.
– Não se preocupe, trarei alguém que você conhece, assim você não precisará ficar com medo, mas se ela te incomodar ou te fizer algum mal... Você precisa me dizer se isso acontecer. Principalmente se ela te ferir de alguma maneira. Isso seria simplesmente inaceitável. Não... ela não faria isso com uma amiga, tenho certeza. Você verá que as coisas irão melhorar para você.
Ele se inclinou, me deu um beijo nos lábios, ato que eu não tentei evitar e se foi.
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