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{Cap. 55}

Olá, escuridão, minha velha amiga
Vim conversar com você outra vez
Porque uma visão surgiu mansamente
Deixou suas sementes enquanto eu dormia
E a visão que foi plantada em meu cérebro
Ainda permanece
Dentro do som do silêncio
...
Tolos, eu disse, vocês não sabem?
O silêncio cresce como um câncer
Escutem-me, que talvez eu possa ensiná-los
Peguem meus braços, que talvez eu possa alcançá-los
Mas minhas palavras caíram como gotas silenciosas de chuva
E ecoaram nos poços do silêncio

The Sound Of Silence
╰─────────────➤✎Simon & Garfunkel

Liam acordou e se levantou de um pulo, havia tido diversos pesadelos durante a noite inteira, mas lembrava de tudo o que havia acontecido na noite anterior. Lembrou o como Eva o beijou chorando e o quanto pareceu lhe custar soltar sua mão.

Como ela podia ter feito algo assim? Como ela havia sido capaz de ir embora? Ele não entendia, estava assustado e irritado. Olhou para um envelope que ela havia deixado em seu criado mudo junto com uma caixa.

Pegou o envelope tentando manter a calma e controle do próprio corpo.

Havia um pequeno bilhete em cima do envelope escrito "Apenas para os seus olhos". Sentiu o refluxo que insistia em subir chegando até a sua garganta, tomou um pouco de água para acalmar a queimação que aquilo lhe causava e abriu o envelope. Havia um desenho dele com um sorriso de lado que havia sido sua artimanha por muito tempo para provocá-la e um outro desenho apenas dela nua, assim como ele havia pedido enquanto jogavam. Em um terceiro desenho os dois estavam juntos, no desenho eles se beijavam no mesmo corredor da noite anterior com suas roupas molhadas, ela com certeza havia feito o desenho enquanto ele dormia e ele se odiou por isso.

Em um primeiro momento ele teve vontade de amassar ou rasgar aqueles desenhos e jogar longe, mas segurou à vontade e apenas o deixou de lado e ao fazê-lo notou um outro bilhete em cima do livro que havia sido de sua irmã, "nem todo final é ruim, você deveria dar uma chance".

Levou o olhar até a pequena caixa ainda fechada, tentando decidir se realmente queria ver o que continha ali. Ficou parado alguns minutos até de fato abri-la. Na caixa havia um conteúdo já conhecido: os diversos bilhetes que Eva havia recebido desde que chegara ali, ele leu todos, um por um, sentindo o ódio crescer dentro dele e então ele parou nas fotos onde ela estava sorridente fazendo o sinal de paz e amor. Ela tinha uma beleza radiante e parecia ter tido uma vida muito feliz. Olhou sua foto com sua irmã em uma época em que as coisas pareciam muito mais simples. Ele reviveu na pele da Eva todas as ameaças que ela havia recebido com frequência e então ele parou em um recado que parecia recente... "Se você vier por conta própria e não tentar fugir eu prometo que não encostarei nem um dedo no seu pequeno novo amado e nem em seus preciosos amigos. Seremos só nós para sempre e todos eles poderão viver. Espero que considere a minha generosa oferta. Com amor, Ray". Logo abaixo no recado havia uma foto de Liam colada.

Ele olhou aquilo sem querer acreditar no que seus olhos viam, ele sentiu o chão sumir e pareceu cair lentamente em um buraco sem fim. Uma tontura repentina surgiu e ele se sentiu enjoado. Buscou algum lugar para se sentar e praticamente caiu na cama. Seu corpo estava empapado de suor, seu coração palpitava dolorosamente e ele precisou de vários minutos para se recompor.

Levantou-se apertando na palma da mão o último recado que ela havia recebido, carregou sua arma e a colocou no coldre em sua cintura e saiu decidido do quarto.

Quando chegou na sala de reuniões, muitos já estavam de pé ao redor de Luciel. Todos tinham um envelope na mão. Olhou para o chão onde Luciel estava sentando e notou seu rosto inchado, ele nunca havia visto Luciel chorar até aquele dia. Liam notou como Luciel digitava freneticamente em um notebook que estava em seu colo enquanto incontáveis lágrimas rolavam pelo seu rosto, ele forçava a mandíbula talvez tentando controlar a tensão que ele sentia por todo o corpo. Ao lado dele notou dois desenhos, um onde Luciel estava trabalhando em um lugar que parecia um laboratório e outro estava Luciel e Eva conversando alegremente enquanto comia algum tipo de salgadinho de batata.

Além dos desenhos tinha um papel escrito "eu prometo" e embaixo o desenho de uma seringa.

Quando todos estavam na sala, ele levantou os olhos vermelhos e inchados.

– Ela foi embora – foi a primeira coisa que ele falou e era também a coisa mais óbvia ali.

Liam quis xingar e pegá-lo pela gola da camisa, mas o estado de Luciel o impediu. Quando ele ia falar alguma coisa, Luciel continuou.

– Ela fez isso porque ofereceram a ela um acordo, se ela fosse, eles prometeram que nos deixariam em paz. Poderíamos sair daqui e viver tranquilos. Ela me fez prometer que ofereceria essa opção para todos aqui. Ela quer que cada um de vocês tenham a opção de viver longe daqui e tranquilamente, disse também que vocês não precisam se sentir responsáveis, pois ela foi por vontade própria.

Ele forçou a mandíbula, Liam não sabia o que pensar de tudo aquilo.

– Então, quem quiser poderá ir para um lugar seguro. Em uma das minhas rondas com Vi encontramos um hotel com vários pequenos chalés em volta. Provavelmente era um lugar de veraneio. Está cercado por muros grandes e tem um portão reforçado. Eu copiei uma chave e abri os cadeados. Ninguém precisa passar por mais sofrimentos, era isso que ela queria.

De repente Liam explodiu, Luciel realmente estava dizendo que abandoná-la era uma opção?

– Quem você pensa que é para simplesmente dizer que a deixar é uma opção? – Liam gritou avançando em Luciel com uma raiva descomunal.

Ethan o interceptou antes que Liam chegasse perto o suficiente para causar algum dano em Luciel.

– Deixa ele terminar – Ethan falou com a voz grave e o olhar firme que fez Liam estremecer.

– Como eu disse – Luciel falou olhando nos olhos de Liam – esse foi o pedido dela, mas não o meu. Iremos fazer uma equipe de busca para tirarmos ela de lá.

– Eu entendo o ponto, Luciel – Jéssica falou tentando manter a calma – todos queremos encontrá-la tanto quanto queríamos encontrar a Helena e até mesmo as outras e nunca conseguimos nada. Como planeja localizar eles agora?

Liam escutou essas palavras e sentiu como se ele fosse apunhalado, Jéssica estava certa, eles não faziam ideia de onde buscar, nem mesmo por onde começar.

– Quanto a isso – Luciel falou suspirando – eu instalei um GPS nela.

– Você o quê? – Harry pareceu atônito com a revelação – Mas você não acha que eles poderiam simplesmente achar o GPS e que ela pagaria caro por isso?

Luciel mordeu o lábio inferior tentando se manter concentrado, o que fez com que uma gota de sangue brotasse dos seus lábios.

– Está... – ele tragou saliva, precisava seguir falando, mas as palavras simplesmente não saíam.

– Ela costurou o GPS na perna dela – John falou vendo que Luciel não seria capaz de seguir.

Liam abriu os olhos aos poucos lembrando do corte que ela tinha na perna, na qual ela disse que havia caído. Aquilo era loucura, e pelo visto John sabia disso também. Apesar de estar extremamente irritado, ele preferiu guardar isso para si mesmo, pois isso significava que eles poderiam encontrá-la, era a única esperança que eles tinham no momento.

– E vocês estavam de acordo com isso? Quem mais sabia? – Judy tinha um tom acusador.

– Eu sabia – John falou – não significa que eu estivesse de acordo com isso.

– Então por que a deixaram fazer algo tão imprudente? – Judy reclamou sem olhar para ninguém em particular.

– Ela escolheu isso e foi o suficiente para que eu não a impedisse – John falou calmamente – Sei o quanto você a quer, mas precisa entender que ela tem vontades e escolhas próprias. Todos aqui vivem esquecendo isso, por mais imprudente que ela seja, ela é adulta e responde por seus atos, ela não é um brinquedo ou um objeto onde nós podemos impor nossas vontades.

– John está certo – Luciel falou – a ideia do GPS foi minha, pois eu estava com medo do que podia acontecer com ela. A ideia era ver se funcionava e colocar um em Sarah também, que como ela, estava recebendo as mesmas ameaças. Infelizmente é tarde para Sarah, mas não é tarde para Eva. A decisão pode ter sido imprudente e precipitada, mas sem isso não teríamos nenhuma esperança agora.

– Quem mais sabia? – Judy falou em um sussurro com raiva contida.

– Eu sabia – Ethan admitiu com o olhar tão firme quanto o de John – me chamaram para cuidar do ferimento e eu só aceitei fazer isso se ela me contasse a verdade.

Liam o olhou boquiaberto, queria gritar com todos pelo simples fato de que ele não sabia de nada.

– Ela não queria que ninguém soubesse – John continuou vendo a dúvida na expressão de todos – primeiro porque Lúcio ainda estava vivo e isso o alertaria e ele poderia contar para o tal de Ray. Depois porque ela tinha medo da reação de vocês, principalmente da reação do Liam.

Liam sentiu o corpo tenso e tentou se controlar para não tremer mais do que já tremia.

– Por que ela tinha medo da minha reação? – ele conseguiu perguntar entre dentes, mas ele mesmo já sabia a resposta.

– Porque você a impediria, principalmente porque no dia em que ela colocou o GPS, ela disse que tinha a ideia de ir embora.

– Então vocês sabiam que ela iria embora? – Liam se descontrolou.

– Não, nós não sabíamos, fizemos ela prometer tirar aquela ideia da cabeça, ela fez uma promessa vaga e depois que ela sofreu o ataque ela simplesmente não tocou mais no assunto. Ninguém esperava que ela desaparecesse, principalmente com todos a vigiando de perto.

Liam olhou para John e percebeu o quanto ele parecia cansado, o quanto parecia que ele se esforçava para manter-se de pé. Ele olhou de John para Ethan e quis brigar com seu amigo por ter ocultado algo tão importante dele e precisou morder a língua para não falar nada. E então olhou para Luciel e lembrou de que Eva havia conversado com ele na noite anterior.

– Você sabia – ele afirmou sentindo novamente o chão desaparecer.

– Sim – ele falou seriamente.

– Então sabia que ela colocaria alguma coisa na bebida para que todos dormissem? Por isso você também não bebeu? – Liam perguntou ainda mais irritado.

– Eu não sabia disso, tinha apenas minhas suspeitas – Luciel falou sem se alterar.

Liam avançou para cima dele e Ethan não o segurou dessa vez. Luciel pacientemente deixou o notebook de lado e ficou de pé. Liam o agarrou pela roupa gritando diversos xingamentos.

– Se você quer me bater, vai fundo. Eu não aceitei ajudá-la, tentei convencê-la a não fazer algo tão estúpido, mas ela estava disposta a renunciar ao que ela tinha para que você seguisse vivo. Quer me bater? Vai em frente. Eu apenas respeitei a decisão que ela tomou... se eu me arrependo? Talvez sim, isso não importa agora. A única coisa que eu quero é colocar essa droga de GPS para funcionar antes que de fato aconteça algo ruim com ela. Além do mais, ela levou uma seringa com cianeto e sabe-se Deus se ela realmente vai usar em outra pessoa como ela disse que faria ou se vai preferir usar nela mesma.

– E quem deu essa seringa? – a mente de Liam rodava com uma rapidez vertiginosa.

– Eu dei – Luciel falou sem tirar os olhos de Liam – disse que se não podia convencê-la, que era para ela pelo menos se manter segura até que a encontrássemos.

E então Liam sentiu que a esperança que ele havia sentido até pouco tempo atrás, lhe escapava entre os dedos. Fechou o punho com força e socou a parede próximo ao rosto de Luciel que não tentou se proteger. De certa maneira a dor que Liam sentiu o fez voltar a realidade, sentir a dor física foi um alívio, porque daquela maneira ele conseguia suportar um pouco mais a dor da perda.

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