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{Cap. 48}

Se eu não posso estar perto de você
Vou me conformar com o seu fantasma
Eu sinto mais sua falta do que da vida
E se você não pode estar perto de mim
Sua lembrança é como ecstasy
Eu sinto mais sua falta do que da vida


Ghost
╰─────────────➤✎Justin Bieber

Era o terceiro ano sem comemorar o Natal, mas o meu primeiro Natal sem Alana. Eu sabia que eu não comemoraria a virada do ano também.

Apesar do Lúcio estar morto, ninguém descartava a possiblidade de outro infiltrado. Ninguém parecia confiar em ninguém.

As rondas noturnas continuaram apesar de terem se mostrado inúteis até então. Voltamos ao trabalho em silêncio. Buscávamos falhas no prédio de uma maneira automática.

Judy não falava com ninguém, nem mesmo Harry era capaz de quebrar a barreira que ela havia levantado ao redor de si.

No enterro deles, eu fiz questão de cavar uma cova para Alana, deixei apenas que Henry e Judy ajudassem. Eu queria fazer esse último esforço por ela e queria que tivesse apenas pessoas que eu sabia que ela gostava de ter por perto, era minha maneira de homenageá-la.

– Henry – falei baixo – ela antes de morrer pediu para te agradecer por você ter visto através da prisão que ela estava. Disse que você a salvou.

Minha voz estava entrecortada pela dor e o corpo de Henry se tensionou enquanto fungava tentando não mostrar que seguia chorando pela morte dela.

Sarah foi enterrada ao lado de Alana e apesar de tudo o que Lúcio havia feito, uma cova foi aberta para ele também um pouco mais distante.

Haviam se passado três dias, mesmo assim não conseguíamos ficar juntos como antes, a única coisa que fazíamos nos momentos em que estávamos reunidos era olhar uns para os outros em silêncio. Nada mais.

Tudo que fazíamos era nos forçar a seguir vivendo.

– Pessoal – Zayn tomou a dianteira na reunião daquele dia. Ele havia sido o primeiro a romper o silêncio – Não podemos ficar assim para sempre. Temos que continuar tocando a vida. Essa não foi a primeira vez que perdemos amigos e familiares.

Sua voz soava compreensiva, mas era um alerta para todos.

– Então, você está propondo que a gente conviva bem mesmo sem saber se existe outro louco assassino aqui?

Olhei para Judy, não havia rastros da menina feliz e sorridente que eu havia conhecido, mas Zayn não estava errado, o problema é que não conseguiríamos voltar a ser como éramos antes. A desconfiança que jogávamos uns aos outros era opressora.

– Se eu soubesse que acabaria desse jeito... – Henry resmungou enquanto afogava um novo soluço, ele não havia parado de chorar.

Via a expressão de desesperança e remorso em cada rosto. Eu escondi a frustração enquanto me lembrava da pequena caixa.

– A culpa é minha – Vi falou por fim – eu queria que todos vivêssemos bem e ocultei os fatos do que estava realmente acontecendo...

– Não Vi, se essas suspeitas tivessem chegado antes, talvez não estivéssemos conversando todos juntos agora. Você fez isso apenas para nos manter unidos. Você mesmo disse, você não queria que houvesse suspeitas entre nós, para que pudéssemos viver bem. E mesmo com esforço, eu concordei com você e agora concordo mais que nunca...

Eu não entendia a necessidade que eu tive de defendê-lo naquele momento, ele havia segurado nas costas o que cada um sentia desde muito antes de eu chegar ali. Ele não queria acreditar que um de nós estava por trás disso e fez o que achou melhor. Eu por outro lado, sabia quem era desde muito tempo e não havia feito nada para impedi-lo.

– Obrigado pelo apoio, Eva. Significa muito para mim. Só espero que tudo isso acabe logo – ele falou passando a mão pelo rosto – Não quero que essas suspeitas sigam e nem que outro incidente desse aconteça.

– Eu sei bem disso Vi – falei tentando ignorar o nó que se formava na minha garganta.

– Acho que muitos aqui tem uma parcela de culpa – John falou calmamente – acredito que teremos que conviver com isso de agora em diante. O que eu proponho é colocar tudo às claras. Sem mentiras, sem ocultar nada, todos irão contar tudo aquilo que sabem.

O semblante de John era tranquilo, ocultando qualquer sinal de perturbação interior. Henry por outro lado não havia deixado de resmungar baixinho.

– O sumiço da Helena não foi proposital não é mesmo? – Harry perguntou com a voz apagada pelo desespero – Mesmo com todas essas evidências eu não faço ideia do que fazer. Não consigo mais manter a calma.

– Ela foi levada – falei olhando Harry com pena pelo seu estado.

E então eu contei tudo, sem ocultar nada, desde os recados, até as chantagens e ameaças. Contei o que Sarah havia me dito e falei sobre a morte de Jay. Falei que havia recebido ameaças e que Sarah e Alana haviam sido meu primeiro aviso, mas ocultei todo o resto, a aliança, as fotos, quem seriam os próximos, ocultei a data que havia recebido e principalmente, ocultei que eu havia decidido ir embora. Eu deveria ir, eu já sabia disso desde antes do incidente, mas pensar nisso me apavorava e o que me fazia ter forças agora era o puro desespero de perder mais alguém. De ver o brilho da esperança sumir dos olhos daqueles que eram importantes para mim.

– Vamos atrás deles – Henry falou forçando os punhos.

– Henry, não sabemos para onde ir. Seria um tiro no escuro sair daqui sem saber para onde.

– E você quer fazer o que, Eva? Vai me impedir? – ele me olhou furioso se levantando da cadeira.

– Se acalme. Se exaltar não vai resolver o problema. Você não é o único aqui que está com medo, não é o único aqui que perdeu alguém.

– Tem razão – ele caiu novamente na cadeira e cobriu o rosto – Isso está uma bagunça. Sinceramente, antes de você ter vindo para cá...

– Antes dela ter vindo para cá, o quê? – Su falou encarando-o – O que mais vai dizer? Que antes dela ter vindo para cá você não tinha nenhum motivo para ter esperanças? Todos vimos sua mudança de humor quando ela chegou. Todos vimos o brilho voltando a seus olhos. E agora o que? Ela que trouxe o problema? Ou o problema estava aqui e ninguém soube enxergar isso além dela?

Me encolhi na cadeira esperando a resposta de Henry, fosse qual fosse iria doer. Su tentou me defender, mas tudo parecia fora de controle. Mesmo assim agradeci do fundo do coração, pois sabia que doeria mais se ela não tivesse interrompido.

– É só a verdade... – ele murmurou irritado – Tenho certeza de que todos estão pensando o mesmo.

Comecei a me sentir tonta. Sai da sala sem falar nada, com passos firmes.

– Ei, espera! – Liam gritou e foi atrás de mim.

Mesmo com ele me seguindo eu não parei, cheguei no meu quarto e fechei a porta na cara dele. Aquilo estava acontecendo por minha causa? Não, não era..., mas por que eu me sentia tão culpada? Peguei minha mochila, não tinha muitas coisas para colocar. Chegamos aqui sem muita coisa, apenas com uma bolsa cheia de comida.

A porta abriu e para minha surpresa não era Liam.

– Vai sair correndo com raiva também? – Vi falou encostando no batente da porta. Escutar a voz calma e firme dele me fez relaxar um pouco, fez com que o turbilhão de sentimentos dentro de mim se controlasse – Fique calma, Eva.

Eu deixei a bolsa cair no chão.

– Eu não queria que nada disso tivesse acontecido – falei com apenas um fio de voz.

– Nenhum de nós queria – ele falou negando com a cabeça – Sei que é difícil acreditar, mas vamos encontrar uma saída para isso.

Ele fechou a porta novamente e eu me encontrei em um profundo silêncio, ele demorou um pouco ainda olhando para mim antes de seguir.

– Na verdade, eu tenho que te pedir desculpas. Não queria agir contra ninguém sem provas. Por favor, só quero que você seja paciente e tenha cuidado, sei que a situação é muito difícil, então... – o olhar dele estava bem firme – não faça o que você está pensando em fazer.

Ele saiu do quarto e eu fiquei ali sem reação alguma e apesar do silêncio uma tempestade estava caindo forte na minha cabeça. Enquanto tentava recobrar os sentidos, ouvi alguém batendo na porta. Abri a porta devagar e John ficou parado esperando que eu desse espaço para ele entrar.

– O que está fazendo? – ele perguntou olhando ao redor e cravando os olhos na minha mochila.

Sei que não tinha sentido tentar esconder a mochila dele, mesmo assim eu tentei.

– Eu... – eu não sabia o que dizer.

– Está indo embora?

O olhar que ele me ofereceu era tão triste que fez com que eu chorasse novamente.

– Não chora – ele falou me abraçando – e não se preocupe.

Assenti escondendo meu rosto em seu ombro, mesmo assim as lágrimas insistiam em seguir caindo.

– Você não tem culpa, Eva. As coisas saíram do controle, mas você não tem culpa disso.

Quanto mais ele falava, mais eu chorava empapando o ombro da sua blusa. Eu chorava por tudo o que tinha acontecido... Sarah, Jay, Alana, a doença que havia acabado com as nossas vidas, a dificuldade antes de chegar aqui, lembrei até mesmo de Omar... os amigos de Judy, a desesperança no olhar dela, as ameaças contra Liam e contra John. John foi paciente e esperou eu terminar de chorar como ele sempre fazia. Depois de finalmente conseguir parar de chorar, acabei ficando com um pouco de vergonha.

– Acho que sempre acabo chorando na sua frente – falei dando um sorriso fraco e limpando o rosto – Me desculpa por isso.

Ele negou com a cabeça enquanto secava outra lágrima que havia teimado em sair.

– Você não vai embora, vai? – ele perguntou me olhando nos olhos.

– Não – falei tentando parecer convincente.

– Você está mentindo – ele falou sem me censurar.

– As coisas estão um pouco confusas aqui – falei desviando o olhar e evadindo de responder com sinceridade – Mas tenho certeza de que tudo irá se consertar em breve. Eu quero ficar aqui, mas...

Notei o como uma fagulha de dor passava pelo seu semblante.

– Então fica, por favor...

Notei como seus olhos enchiam de lágrimas e aquilo me cortou o coração.

– Vamos voltar – ele falou tentando se recompor – Os outros estão preocupados. Principalmente o Liam.

Ele tentou rir sem muito sucesso e eu tentei não esconder a dor que isso me causava. Antes de sairmos, fui até o banheiro e lavei o rosto, meus olhos estavam inchados de chorar desde a morte de Alana, mas não queria preocupar mais ninguém e foi aí que vi através da janela do banheiro alguma coisa estranha lá fora... uma pessoa?

Pude ver a silhueta de uma pessoa à frente da entrada, ela parecia estar esperando alguém. Apertei os olhos para tentar identificar quem era. Era a primeira vez que eu via alguém que não fosse um dos integrantes do nosso pequeno grupo desde que eu havia chegado. Senti um nervosismo tomar conta do meu corpo e uma agitação estranha.

– Tudo bem, Eva? – John perguntou logo atrás de mim.

– Tudo bem, eu já vou indo – falei forçando um sorriso.

– Vou te esperar na sala de reuniões, então.

Ele não tinha muitas esperanças de que eu aparecesse, mas me comoveu o fato de ele deixar, no fim das contas, a decisão para mim.

Fui até o corredor e pude ouvir uma conversa abafada.

– Eu só estou um pouco confuso com tudo isso – Ethan falou baixo – As coisas ficaram tão complicadas agora.

Eu não ia embora agora, mas queria saber quem estava lá fora. Por outro lado, eu era curiosa o suficiente para ficar ali e escutar a conversa.

Sem entender bem o que Ethan estava falando, eu me inclinei um pouco mais para tentar ouvir melhor.

– Vai ser difícil confiar em qualquer um que esteja lá fora agora – Ethan seguiu – Não dá para confiar mais... não mais... não podemos deixar ela simplesmente sair daqui e enfrentar tudo isso sozinha John, isso é loucura.

Eles estavam falando de mim. Eu não podia me aproximar mais para não delatar minha presença, mas queria saber quem estava fazendo parte dessa conversa. Forcei os músculos para não ceder ao impulso de chegar mais perto. Com uma mente atribulada, lembrei o como Ethan tinha sido quando nos vimos pela primeira vez. Ele era contra a votação que iria decidir se eu ficava ou ia embora, ele dizia que deveríamos nos preocupar com os outros e nos importar com o destino de cada um. Senti um pequeno enjoo. Como ele acabou ficando assim, desconfiado de tudo?

– Então, quando você disse que deixaria que ela decidisse eu não sabia o que pensar na hora. Eu quero respeitar a decisão dela, mas me dá medo imaginar o que ela irá passar. Isso me preocupa e me incomoda, precisamos ser mais cuidadosos e principalmente, precisamos cuidar dos nossos.

– Além do mais, nós nem sabemos se vai realmente funcionar o chip – Luciel respondeu com voz apreensiva – Eu testei inúmeras vezes, mas e se não funcionar? Não quero arriscar a vida dela.

– Eu entendo que vocês a querem proteger, eu mesmo gostaria de prendê-la em algum lugar e só a deixar sair quando ela mudasse de ideia, mas se fizermos isso, em que seríamos distintos deles?

– Mas ela realmente disse que ia? – Ethan perguntou apreensivo.

– Ela disse que não – John respondeu vagamente – mas ela mentiu.

– Como você sabe? De repente ela falou a verdade – Luciel falou com uma esperança quase inexistente na voz.

– Ela mentiu, ela sempre fecha um pouco mais um dos olhos quando mente ou oculta algo – John falou suspirando.

Tentei imaginar se eu realmente fazia aquilo e não conseguia me lembrar, mas de certa maneira eu não duvidava dele, mentir me deixava inquieta muitas vezes. Imaginei a pequena esperança sumindo da expressão de Luciel.

– Você está certo – Ethan falou se dando por vencido – Não vai ser fácil controlar o Liam quando ela se for. Mesmo assim, não vamos deixar nossa guarda baixa, vamos fazer o possível para que nada aconteça realmente com ela.

Suspirei de certa maneira aliviada. Eles não concordavam comigo, mas iriam respeitar isso.

– O que ela disse? – escutei a voz de Liam e passos se aproximando.

Ninguém respondeu, acredito que ninguém mais queria mentiras e não sabiam como responder a ele.

– Alguém precisa impedi-la! – Liam gritou – E se você não vai, eu irei. Sabe-se lá o que ela vai encontrar lá fora. E se aqueles bastardos a raptarem também?

– Primeiro você precisa se acalmar, Liam – Luciel falou tentando manter a calma.

– Eu vivo ansioso, passo 24 horas por dia pensando que algo de ruim pode acontecer com ela, e esse pressentimento não me deixa. E agora você quer que eu simplesmente me acalme?

– Eu sei que você tem sentimentos por ela – John respondeu tranquilamente – mas precisamos pensar logicamente agora. Ela não vai simplesmente nos ouvir.

– Não é isso! – imaginei Liam ficando vermelho – Eu só quero ajudá-la e quero que ela esteja a salvo. Ela é... importante para mim – essas últimas palavras saíram quase como um sussurro. Não pude evitar sorrir. Infelizmente, a chegada dele era a minha deixa. Eu precisava saber quem estava lá fora, se é que ainda estava lá.

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