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{Cap. 47}

É melhor vocês correrem
Melhor correrem, mais rápido do que a minha arma
...
É melhor vocês correrem, melhor correrem
Mais rápido do que a minha bala


Pumped Up Kicks
╰─────────────➤✎Foster the People

– Sarah! – Liam soltou um grito afogado.

O segurei e tentei impedi-lo de se aproximar, sabendo que não valia a pena seguir olhando aquela terrível cena.

– Sarah – Ethan falou de uma maneira abafada ao nosso lado provavelmente tentando segurar o choro.

O corpo sem vida de Sarah estava jogado no chão da sala coberto de sangue. Vi chegou próximo a ela e mesmo já sabendo qual seria a resposta, levou seus dois dedos ao pescoço da moça.

– Droga – Ethan falou baixinho ao meu lado.

– Sarah, não brinca comigo! – Liam parecia fora de si – Fala alguma coisa.

Ele se soltou das minhas mãos sem muito esforço, mas antes que chegasse perto do corpo dela, Vi tirou os dedos de seu pescoço e Liam não teve coragem de prosseguir.

Eu também não queria acreditar naquilo, de certa forma me sentia responsável por sua morte. Me aproximei com certa cautela de Vi e me abaixei. Da maneira mais gentil que eu podia coloquei minha mão sobre a mão dela.

– Eu sinto muito, Sarah – falei quase em um sussurro sentindo as lágrimas brotarem dos meus olhos – eu não cheguei a tempo.

Senti como as lágrimas saíam abundantes dos meus olhos e como uma opressão esmagava meu peito. Ela estava morta e eu não podia fazer nada para mudar isso, e esse havia sido o meu primeiro aviso real.

– Eva... ela não está... Eva, não me diga que... – Liam parecia desorbitado – Por que você está chorando?

– Liam, vem. Vamos sair daqui – Ethan falou negando com a cabeça ao ver o estado de seu amigo.

– Não... ei, Sarah! – ele não queria aceitar a realidade.

Todos estavam petrificados com a cena, mas ninguém estava pior do que ele. Eu e Sarah não éramos amigas, não éramos nem próximas a isso. Nos detestávamos, mas a morte dela foi um choque muito grande e eu estava arrasada.

Senti alguém me pegar pelo ombro enquanto eu me corroía por dentro. Era Jéssica, que apesar de parecer extremamente chocada também, era a que estava mais firme ali.

Não demorou para que Zayn voltasse com todos os que a estavam buscando. Ninguém ficou imune aquela cena.

– Ah... não – Luciel paralisou na porta.

– Por que... por que ela está morta? – Yan, um dos meninos mais alegres do lugar, havia perdido todo o brilho – Ela foi atacada por um lobo? Ou...

Ele não seguiu, mas todos sabíamos o que ele queria dizer. Olhei para John que havia assumido um aspecto frio enquanto observava o lugar em que estávamos.

Ethan que estava tentando manter a calma se ajoelhou próximo a mim e começou a examinar o corpo de Sarah e Liam ainda agitado correu até Ethan.

– Ethan, o que você está fazendo?

Me levantei às pressas e agarrei ele pelos braços fazendo sinais negativos com a cabeça.

– Maldição... – ele tremia, parecia furioso, confuso e triste – Isso não é verdade!

Ele tinha uma expressão de pura fúria, mesmo assim eu não o soltei. Segurei firme seu braço enquanto Ethan continuava examinando-a. Ethan verificava tudo com cuidado.

– Tem alguma coisa na mão dela – ele sussurrou ao tirar um cartão do punho fechado de Sarah.

Ele tirou duas carteiras de identificação. Em uma das mãos estava a de Liam e na outra a de Alana. Eu gritei antes mesmo que me desse conta do que estava fazendo.

– Tem um bilhete aqui – Ethan seguiu e leu – "Com nenhum mais".

– Mas... que? – Liam olhou confuso para sua carteira de identificação.

– Como ela tinha seu documento, Liam? E como ela tinha o da Alana? – John nos perguntou tentando encaixar as peças.

– Ela me pediu uma vez, ela queria alguma coisa minha. Eu simplesmente entreguei... – Liam estava tropeçando nas palavras.

– E o da Alana? – John cravou seus olhos em mim.

Ele não estava nos acusando, parecia muito mais preocupado. Eu neguei com a cabeça.

– Tudo bem, Liam. Fica calmo – Jéssica tentou mantê-lo o mais calmo possível.

Caiu sobre a sala um silêncio sepulcral. A situação fazia Liam de certa maneira parecer suspeito para outras pessoas, mas não para mim. E durante aquele silêncio terrível, eu fui presa em um pânico terrível "Com nenhum mais", mas como souberam tão rápido? Olhei ao redor e vi Lúcio encostado em uma das paredes. Ele não havia falado nada, ele não havia se alterado com a cena.

– John – sussurrei para que só ele ouvisse – O Lúcio estava na sua ronda?

Ele soltou um suspiro antes de responder.

– Ele disse que não estava se sentindo bem. Disse que voltaria para o seu quarto e pediu para chamá-lo caso encontrassem alguma coisa.

– E você o chamou?

– Não, ele apenas apareceu aqui.

Senti o sangue fugir do rosto.

– E como ele sabia que estávamos aqui? – perguntei tentando controlar a voz – .... não... Alana.

Armada de toda a raiva, valor e pânico que um ser humano era capaz de sentir eu agarrei o Vi pela gola da camisa. Eu estava descontrolada.

– Promete que não vai tirar os olhos do Liam e do John!

– Eva, o que está acontecendo? – ao redor de seus olhos eu pude notar grandes olheiras por falta de sono.

– Só me promete isso, inferno!

– Eva, calma – John falou tentando me separar do Vi.

– Me solta, John! – me sacudi para me livrar dele e saí da sala.

Fui com passos firmes até o quarto que eu dividia com Judy e Alana. A porta estava aberta. Parecia que cada fibra do meu ser gritava. Olhei para trás, mas ninguém havia me seguido. Entrei suando no quarto e afoguei um grito desesperado. Judy estava caída e amarrada de um lado com a cabeça ensanguentada e do outro estava Alana, caída no chão com os olhos vidrosos virados para o teto. Sentindo o corpo tremer e o mundo desabar em cima de mim eu cheguei até próximo da Alana, ela estava respirando com certa dificuldade. Logo fui até Judy que parecia estar bem, tirando pelo corte da cabeça que havia feito uma poça de sangue ao redor.

Soltei Judy sentindo o corpo dormente, uma pequena paz tomou meu corpo enquanto eu soltava a minha amiga e notei que Alana sussurrava algo.

Cheguei com meu ouvido próximo à sua boca.

– Cuidado com o Lúcio – ela repetia uma e outra vez baixinho como se estivesse recitando uma oração.

– Eu tomarei cuidado com ele – falei abraçando o corpo quase sem vida dela. Eu sabia que ela estava morrendo e aquilo tudo parecia extremamente irreal para mim. Peguei na mão dela e senti um pedaço de cartão. Olhei tranquilamente para a imagem do Liam em uma outra foto onde haviam escrito de vermelho "primeiro aviso".

– Me desculpa – ela falou com ainda mais dificuldade.

Ela havia recobrado a consciência antes de morrer.

– Você não tem motivos para me pedir desculpas – falei tentando sorrir.

– Me perdoa por te deixar sozinha – ela estava ofegante, falar exigia muito esforço para ela.

– Não tem problema – falei sentindo uma lágrima rolar pelo rosto – Me espera com a mamãe e o Nick, está bem? Eu logo irei encontrar vocês. Dá um abraço na mamãe por mim.

Ela sorriu.

– Judy, obrigada por tudo – ela falou ainda sorrindo e com lágrimas nos olhos.

– Alana... eu... – vendo que eu estava tranquila, ela pareceu se armar de valor antes de responder – mas te vale que me espere lá em cima também. Temos muito que conversar.

– Fala para o Henry, que eu sou grata por ele ter visto através de mim, que ele me salvou da prisão que eu estava – ela concluiu e deixou de respirar. Apesar de ter sido assassinada, sua morte pareceu pacífica. Ela parecia apenas adormecida.

Pedi para Judy ficar com Alana, ela já não respirava, mas não queria deixar sozinho o corpo da minha irmã. Judy ainda parecia confusa, ela chorava baixo sem se preocupar com a ferida que ainda sangrava. Eu não entendia a calma que eu sentia, era uma calma assustadora. Eu sabia que mataria o Lúcio.

Saí do quarto tremendo, eu não enxergava nada a minha frente, mas meu corpo seguiu para o lugar onde o corpo de Sarah estava. Quando entrei, meu corpo estava coberto pelo sangue da Alana e da Judy. John assustado tentou ir para onde eu estava, mas eu também não o via ali, tudo que eu fazia era ir em direção ao Lúcio.

E quando eu o vi, o ódio explodiu dentro de mim.

Peguei a primeira cadeira que me apareceu na frente e a quebrei nele com uma força nada típica de mim. Eu batia uma e outra vez. Eu não era capaz de sentir o corpo, não ouvia a confusão que meu ato havia gerado. Eu não distinguia ninguém.

Ethan, Vi, John e Luciel me seguravam com certa dificuldade. Eu via Lúcio caído no chão e não era capaz de sentir remorso nenhum, a única coisa que eu queria fazer era acabar com a imagem a minha frente.

Quando algo sai errado, muitas vezes somos pegos por um efeito cascata interminável e não foi diferente dessa vez. Enquanto os quatro lutavam para me segurar, Liam seguia completamente sem reação e todos os outros pareciam tão paralisados quanto estátuas de mármore, Judy entrou.

Harry e Henry assustados com a aparência lastimável de Judy correram ao seu encontro, mas pararam em seco quando ela apontou uma arma para eles mandando eles ficarem longe. Ela não estava enlouquecida pela raiva como eu, ela tinha um brilho frio e assassino nos olhos. Ninguém ousou chegar perto dela e eu soltei um gemido fraco quando saí do estado dormente em que estava e reparei no que ela faria.

Eu não conseguia me mover.

– Judy... – falei, mas minha voz falhou pela torrente de lágrimas e pelo nó na garganta que se formou.

Ela não me ouviu, com a mesma calma que havia entrado, ela se dirigiu para onde Lúcio estava caído semiconsciente e falou alto o suficiente para todos na sala ouvirem.

– Alana era o meu milagre. Era quem me dava forças para seguir viva e você a tirou de mim.

Henry que até então não havia chorado, tapou a boca e afogou um gemido dolorido enquanto tentava segurar as lágrimas. Ninguém se moveu ao ouvir o primeiro tiro, ninguém se moveu ao ouvir o segundo e nem o terceiro.

Senti que me soltavam a tempo de ver que Judy levava a arma para a própria cabeça. Me joguei em cima dela, caímos no chão e eu mantive sua mão presa na minha.

– Judy, não...

Ela não opôs resistência nenhuma. Ficamos assim por muito tempo, tempo que pareceu uma eternidade.

Não sei dizer o como saímos dali, não sei dizer quem levou quem. Não sei dizer quem estava mais forte para amparar a quem naquela situação. Sarah era alguém que muitos gostavam apesar de seu temperamento difícil. Alana era alguém que já fazia parte da família e após tantas mortes e desaparecimentos, todos nós sabíamos que não haveria tempo de paz novamente.

Quando Eva saiu correndo do quarto desesperada procurando por Sarah, eu soube que algo muito ruim havia acontecido. Eva parecia fora de si, corria e gritava pelos corredores, a via mancando, mesmo assim ela não perdia o ritmo.

Quando finalmente a segurei e vi o desespero estampado em cada parte do seu rosto eu soube que não veria Sarah novamente.

Todos fomos procurar por ela e a cada passo que eu dava, a sensação de apenas estar presente de corpo, como se aquela vida não me pertencesse realmente não me abandonava.

Fomos para o térreo de maneira automática e tive um pressentimento terrível ao notar uma das portas abertas. Aquela porta não estava aberta antes. Era uma das poucas salas que seguiam fechadas mesmo depois daquele tempo todo.

Paralisei na porta, eu sabia que veria algo terrível e não sabia se estava preparado para isso. Eva se adiantou e entrou, paralisou no meio do caminho e eu finalmente consegui seguir.

– Sarah! – gritei deixando toda a dor sair de uma vez.

O corpo dela estava coberto de sangue. Na mão dela estava a minha carteira de identificação e na outra mão a da Alana. O que aquilo significava? Eu não conseguia manter o controle dos próprios sentimentos que vinham como um turbilhão a cada segundo. Olhei ao redor e deixei meus olhos pousarem por um instante no protetor labial que ela havia passado enfurecidamente em uma das vezes que brigamos. Lembrei dela me pedindo para ficar com ela, que ela estava com medo. Se eu tivesse ficado com ela... será que eu poderia ter evitado aquilo?

Sentindo o corpo dormente vi Eva gritando, mas tudo parecia distante. Ela gritava para que Vi prometesse que ficaria de olho em mim e no John, mas por quê? Eu não tinha forças para entender o que estava acontecendo. Vi de maneira automática quando ela empurrou John com força como se estivesse assistindo um filme de muito mau gosto.

Quando ela voltou, ela estava coberta de sangue. Eu queria ajudá-la, mas meu corpo não obedecia. A vi sem me mover, vi quando Ethan, Vi, John e Luciel tentaram pará-la, mas nem mesmo eles conseguiam segurar a raiva imensa que ela sentia. O que será que ela tinha visto? Por que meu corpo não se movia? Por que eu não conseguia ir até ela?

Quando Judy entrou com uma arma na mão, eu finalmente entendi. Só havia uma pessoa que faria com que as duas perdessem a cabeça completamente. Nessa hora eu tive certeza de que Eva havia perdido seu maior tesouro. Haviam matado Alana.

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