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{Cap. 45}

Mas há um lado seu que eu nunca conheci, nunca conheci,
Tudo o que você diria, nunca era verdade, nunca é verdade,
E os jogos que você jogaria, você sempre ganharia, sempre


Set Fire To The Rain
╰─────────────➤✎Adele

{Manhã}

– Ei, bela adormecida – acordei com a mão familiar de John na minha testa – Como você está se sentindo hoje?

Sentei enquanto eu esfregava os olhos e dava uma pequena ajeitada no cabelo.

– Estou bem melhor – falei sinceramente.

– Fico feliz em ouvir isso – ele disse sorrindo.

Olhei ao redor do quarto e os quatro estavam ali. Luciel e Ethan de um lado e Liam olhando pela janela.

– Achamos que pode ser uma boa ideia você ficar aqui por enquanto – John falou calmamente estudando minha reação.

– Ficar aqui no quarto do Liam? – perguntei sentindo o rosto esquentar levemente.

– Se preferir pode ir para outro lugar – Liam bufou sem tirar os olhos da paisagem – Assim eu pelo menos terei minha cama de volta.

– Eu terei que acompanhar o Vi em alguns lugares como sempre faço, Luciel também. Suas opções é o quarto do Liam ou do Ethan.

Suspirei silenciosamente, eu sabia que ninguém ali me deixaria voltar para o quarto e brigar não nos levaria a lugar algum.

– E Alana? – perguntei.

– Já falamos com a Judy e com o Henry, os dois irão revezar. Já deixei ordens para a Jessica liberar o Liam dos afazeres até que você esteja bem para voltar a sua rotina. Ele só não está dispensado das reuniões. Na hora de comer ele te trará alguma coisa. Vamos vir aqui sempre que possível, se o Liam não estiver aqui, um de nós três estaremos.

– John... – falei baixinho – e a Sarah?

Apesar da minha voz ter saído como um sussurro, todos puderam ouvir minha pergunta.

– Eu tentei falar com ela, ela não quer ouvir ninguém. Ela acha que está segura com o sistema atual. Afinal, ela nunca está sozinha também.

– E sobre... – eu falava tão baixo que até eu tive dificuldades de me ouvir.

– Você vai deixar que o Liam resolva essa parte com ela – John respondeu tranquilamente entendendo o meu ponto de ficar ali no quarto do Liam – Mas se você ficar muito desconfortável, pode ir para o meu. Podemos arrumar uma maneira de que sempre tenha alguém com você.

Eu assenti.

– Agora descansa e toma o seu café da manhã – ele apontou uma bandeja no criado mudo ao lado da cama, me deu um beijo na testa e chegou com a boca perto do meu ouvido – E aproveita... acho que você não terá chance melhor do que essa.

Senti meu rosto queimar e ele riu.

No começo eu e Liam não falamos nada, ele ficou olhando para a janela e me ajudava quando eu precisava me levantar para usar o banheiro. Para passar o tempo eu resolvi desenhar. Desenhei o Liam em todos os ângulos que eu o via.

– É assim que você me vê? – ele perguntou quando viu meu desenho.

– Para mim está parecido – falei olhando o desenho em outros ângulos – Você não acha?

– Está muito bonito – ele resmungou entre dentes e voltou para poltrona virada para janela.

A maior parte do tempo passava assim, eu de um lado desenhando ou lendo, ele do outro olhando para o nada.

Olhei para Liam que seguia sem dirigir a palavra a mim. Mesmo de costas ele parecia exalar arrogância. Acho que eu o reconheceria mesmo se estivesse distante. Olhei para o baralho que havia em cima do criado mudo, peguei-o e joguei minhas pernas para fora da cama. Liam parecia perdido em pensamentos e se assustou quando eu cheguei perto dele.

– Sei que você preferia estar no quarto do John – ele falou baixinho voltando os olhos para a paisagem de fora.

– Você está falando besteiras, Liam. John realmente é meu amigo, mas gosto de estar aqui com você.

Eu consegui ver o Liam baixando a guarda e isso me fez rir.

– Ainda quer ficar sozinho? – perguntei me sentindo um pouco mais à vontade com o mau humor dele – Faz séculos desde que eu joguei pela última vez.

– Você se levantou só para me chamar para jogar?

– Tudo bem se você não quiser, posso voltar para a cama.

– Eu não disse que eu não quero, eu só não me responsabilizo pelos danos que isso pode causar – ele falou me oferecendo aquele sorriso malicioso que tanto tinha me feito falta.

– E então eu serei a responsável? – perguntei abrindo um sorriso também.

– Vai ter que aceitar a responsabilidade.

– Se eu vou ser a responsável, então que tal apostarmos alguma coisa?

– E você acha mesmo que tem algo que você pode me oferecer? – ele arqueou uma das sobrancelhas ao me perguntar isso.

– E que tal se eu te deixar escolher o que vamos apostar? – falei com um sorriso divertido.

Ele ficou me olhando boquiaberto um tempo antes de finalmente assentir. Seu sorriso de lado voltou a estampar seu semblante. Ele se levantou, me pegou pelo braço me forçando a voltar para a cama.

– Vamos apostar nosso tempo.

– Como assim nosso tempo?

– O tempo que eu ganhar de você, você terá que me obedecer em tudo até que cumpra todo o tempo que me deve.

– E se eu ganhar? – perguntei sentindo um leve frio na barriga.

– Então o meu tempo será seu.

– E o que vamos jogar? – perguntei, pois apesar de eu ter dado a ideia, eu não fazia a menor ideia do que ele gostava.

Ele abriu mais o sorriso e eu pude ver a malícia nos seus olhos antes que ele respondesse.

– Vamos jogar truco.

Truco... a disputa seria acirrada, eu podia não ser melhor que Alana, mas sem dúvidas eu sabia que era muito boa. O jogo começou em um silêncio sepulcral, silêncio que logo foi quebrado por Liam.

– O que você gostava de fazer com os seus amigos?

– Na verdade, não é que eu tivesse muitos amigos, mas gostava de ir em cafés. As vezes íamos ao parque ou ao fliperama. Eu não tinha uma vida muito agitada, normalmente estava com o Nick e... – senti um pequeno nó formando na garganta ao me lembrar dele e preferi não continuar – e você?

– Normalmente eu ia em cybercafés, fechávamos o lugar só para nós e ficávamos jogando por horas enquanto comíamos. Na verdade, eu também não tinha muitos amigos... acho que já te falei isso antes...

– Cybercafés? Nunca mais havia visto nenhum. Pensei que todos tinham sido fechados.

– Isso porque você morava em um lugar extremamente pacato – ele respondeu sem tirar os olhos do jogo.

– Pelo menos onde eu morava tinha um fliperama. Eu duvido que você possa ganhar de mim em um jogo de fliperama, não depois da última demonstração lamentável que você me deu – falei com um certo tom de desafio e bati minha carta – E eu ganhei essa rodada. Não fica triste, você perdeu essa, mas a guerra está apenas começando.

– Não conte vantagens ainda borralheira – ele de repente pareceu mais animado enquanto embaralhava novamente as cartas – e em relação ao fliperama, você realmente ia muito em fliperamas?

– Sim, eu sempre ia mesmo durante a faculdade – respondi dando de ombros.

Não é que Liam tivesse perdido todas as rodadas, mas no fim, eu o ganhei quase de lavada.

– Posso te perguntar uma coisa? Se não quiser não precisa me responder.

– Você sempre quer estragar as coisas não é mesmo? – ele resmungou – O que você quer?

– Por que você usa essa faixa no pescoço?

Ele pareceu ficar sem graça durante um tempo e antes de responder ele levou os dedos até o pescoço para retirá-la, deixando à mostra uma cicatriz horizontal que pegava praticamente o pescoço inteiro. Eu olhei assustada para aquela cicatriz tentando imaginar o que poderia ter causado aquilo.

– Não me olha com essa cara – ele falou com seu tom irritado, mas depois suspirou – Eu andava de moto desde os quinze anos. Quando a minha irmã morreu, nenhum dos meus supostos amigos se dignaram a aparecer no funeral dela, mas uma garota em específico começou a me mandar mensagem para sair comigo. Imagina o quanto aquilo me parecia ridículo... minha irmã estava morta, na minha frente e a menina ao invés de tentar falar qualquer coisa para me apoiar, disse apenas que podia me fazer sentir melhor se eu saísse com ela... Eu a ignorei por dias, mas as mensagens dela continuaram a chegar no meu celular, até que eu aceitei. A minha ideia era levar ela para um cinema bem longe, sair da sala alegando que eu iria ao banheiro e deixá-la lá. Eu sei que aquilo não era certo, mas caramba... eu estava com 17 anos, ainda de luto pela minha irmã e tudo o que ela conseguia fazer era seguir insistindo em algo que eu já havia recusado. Nesse dia, eu peguei ela de moto na casa dela. Só de olhar para ela, eu senti o sangue ferver, mas forcei um sorriso. Acho que nunca acelerei tanto uma moto na minha vida, minha raiva era tanta que eu mal via o que estava na minha frente. Ela tentou falar alguma coisa, algo sobre diminuir a  velocidade e nessa hora eu virei um pouco o rosto tentando escutá-la. Bom, nesse momento eu senti algo passando no meu pescoço. Não lembro de nada depois disso, só pequenos flashes. Disseram que eu passei por uma linha com cerol nesse dia e também disseram que eu não morri por sorte, que a linha pegou mal no meu pescoço e por isso eu sobrevivi... eu tive sorte, mas não se pode dizer o mesmo dela. O acidente foi feio, principalmente por conta da velocidade da moto. Era para eu ter perdido a cabeça esse dia – ele riu e olhou para o lado – talvez tivesse sido melhor... apesar de ter quebrado alguns ossos, eu não tive sequela nenhuma, nem mesmo por aquela maldita linha... e a menina... foi enterrada com o caixão lacrado... foi minha culpa, se eu não tivesse me deixado levar pela raiva, eu teria continuado negando o pedindo dela. Se eu não tivesse com tanta raiva, teria visto que havia gente soltando pipa naquela região... se eu... talvez se eu tivesse morrido... ela estaria viva agora... ou não. A cicatriz parece me gritar que eu matei alguém, por isso escondo... é minha culpa, eu sei que é...

– Não foi sua culpa – falei rápido demais. De fato não era culpa dele. Como ele podia pensar daquela maneira?

– Nem comece me falando coisas que eu já ouvi – ele levantou um pouco a cabeça olhando para o teto, deixando ainda mais a mostra a imensa cicatriz que seguia ali – não importa o que você ou qualquer um fale, o sentimento de culpa segue aqui...

– Me desculpa a indelicadeza – falei me sentindo envergonhada por ter trazido isso a tona.

– Não sei, acho que você vai precisar compensar isso – ele falou parecendo relaxar um pouco enquanto colocava a faixa de novo no pescoço.

– E como eu posso compensar – olhei curiosa para ele.

– Vamos outra rodada – ele disse com um sorriso travesso.

– De novo? – perguntei um pouco surpresa – Você sabe que você perdeu agora, não é mesmo?

– Sim, mas estava pensando em apostar outra coisa agora – ele falou cravando seu olhar malicioso em mim – E talvez assim eu pense em te perdoar.

– E o que seria? – perguntei com um sorriso bobo.

– Se eu ganhar, quero um desenho seu...

– Você sabe que um desenho meu eu posso simplesmente fazer e te dar, não é mesmo? – falei juntando um pouco as sobrancelhas.

– Já assistiu Titanic, Eva? – ele perguntou aproximando seu rosto ao meu por cima das cartas.

– Já sim – falei sem entender muito bem – o que tem esse filme?

– Então você sabe o estilo de desenho que eu quero – ele concluiu voltando para o lugar.

Senti o rosto queimar.

– E se eu ganhar? – perguntei gaguejando praticamente todas as palavras.

– Então você escolhe o que você quiser de mim.

– Qualquer coisa? – perguntei com o coração quase saindo pela garganta.

– Qualquer coisa – ele concluiu – E então?

– Está bem – falei com a sensação de estar descendo a toda velocidade de uma montanha russa.

Liam ficou quieto, parecia muito confiante enquanto eu embaralhava as cartas, mas antes que o jogo começasse, ele foi até um pequeno rádio que havia próximo a sua mesa e deu play em um pequeno chip que já estava inserido no rádio. Eu não reconhecia a música, parecia alguma música voltada para o rock clássico e voltou para o lugar.

– O que é isso? – perguntei enquanto ele se sentava.

– Te dou zero pontos por não conhecer Led Zeppelin. O que você costumava ouvir?

– Ah, pop acho, normalmente ouvia as músicas que estavam na moda, não sei direito, ouvia o que estava tocando.

– Menos 10 pontos pelo péssimo gosto musical.

– Ei, vamos parar de nos distrair – disse entregando as cartas.

– De qualquer jeito, dessa vez eu ganho, então esteja preparada para um lindo desenho.

Senti novamente o rosto esquentando. Liam seguiu me provocando durante boa parte do jogo e mesmo me sentindo motivada pelas suas provocações, assim que eu fazia ponto, ele fazia ponto em seguida.

– Acho que o destino está querendo jogar um pouco com a gente – ele falou rindo da nossa situação – Como é possível que estejamos tão sincronizados?

Eu estava suando frio, os dois estávamos com 11 pontos cada. Ele separou as cartas e as distribuiu. Olhei com medo mão e para a minha surpresa, eu estava com a carta zap, a carta mais forte do jogo.

Com um suspiro ele admitiu a derrota mais uma vez.

– Acho que estou fadado a sempre perder para você – ele sorriu, mas havia algo melancólico naquele sorriso – preciso ir para a janta e para a reunião. Daqui a pouco eu volto.

Ele bagunçou meu cabelo e saiu do quarto.

Quando ele voltou eu estava no banheiro tentando deixar o chuveiro em uma temperatura agradável, eu detestava aquele chuveiro com seu sistema de temperamento de água, daqueles que você precisa ligar um pouco a gelada e um pouco a quente. Meu corte ainda doía, mas eu já estava conseguindo fazer bastante coisa. Eu já estava no quarto dele há 3 dias e me pareceu uma eternidade sem sair.

– O que você está fazendo de pé? – ele perguntou encostando no batente da porta.

– Não sou inválida, Liam – falei fazendo uma careta – Só quero tomar um banho.

– Espera, deixa que eu faço isso para você – ele me empurrou de leve enquanto arrumava a temperatura do chuveiro.

Ele estava extremamente próximo a mim, pude sentir seu aroma tão particular e a calidez do seu corpo.

– Sente aqui – ele pediu apontando para a borda da banheira.

– Por quê? – perguntei desconfiada.

– Vai logo – ele falou fazendo uma careta emburrada.

Me sentei no lugar onde ele havia indicado e ele pediu para ver o corte. Levantei a calça que eu estava usando e deixei descoberta a ferida que já estava seca e bem melhor.

Ele se sentou na outra ponta da banheira, tirou o chinelo que eu estava usando e levou o chuveirinho para lavar a ferida enquanto o chuveiro enchia a banheira. Eu o fiquei observando, não era sempre que ele se demonstrava tão prestativo e carinhoso e eu não sabia bem como reagir quando este Liam aparecia.

Com cuidado ele lavou minha perna com um sabão neutro e pareceu extremamente pensativo enquanto passava levemente o dedo pelos pontos. Ficamos apenas alguns segundos assim, ele não olhava para mim, somente para o corte e ao notar que eu o observava ele virou o chuveirinho me molhando inteira.

– Ei! – gritei enquanto eu colocava a mão na água da banheira para molhá-lo também.

– Então é assim? – ele perguntou com um leve sorriso.

Sem me dar tempo de pensar, ele se levantou rapidamente, me pegou no colo sem a minha permissão e mesmo eu me debatendo sem parar, ele me colocou na banheira cheia de água com roupa e tudo.

Encharcada dos pés à cabeça, a única coisa que eu fiz foi seguir jogando água nele até cairmos na risada.

Me perdi no seu riso, na forma em que ele ria sem nenhum esforço. Eu nunca o havia visto rir daquele jeito. Senti um calor gostoso no peito. Ele ria alto de uma maneira vibrante e contagiante.

– Vem, deixa eu te ajudar a levantar – ele falou ainda rindo.

Aceitei sua mão, me levantei forçando apenas a perna boa. Antes que ele me soltasse, eu o impedi. Meu corpo tremia com uma emoção descontrolada. Sua risada aos poucos foi sumindo, dando espaço a um nervosismo que eu não sabia que ele poderia sentir. Puxei ele para perto, suas mãos tremiam tanto quanto as minhas.

Vi seus olhos percorrendo meu corpo, a roupa estava completamente grudada na minha pele.

– Eva, melhor eu... – ele falou ainda tentando manter o pouco de postura que lhe sobrava.

– Não fala nada e não estraga isso – falei quase em um sussurro – Você me deve um desejo.

Ele levou seus olhos aos meus.

– Por quê? – ele perguntou tentando se controlar.

– Sério que você não sabe? – perguntei com um leve sorriso enquanto voltava a trazê-lo para mais perto.

Levei minha boca para a sua e me demorei um pouco ali, sentindo seu hálito quente contra a minha, o beijei lentamente, saboreando cada nova sensação que aparecia. Mesmo entre beijos, eu não podia deixar de sorrir. Aquela explosão de sentimentos me fazia sentir vulnerável e ao mesmo tempo, me fazia sentir pisando em nuvens. Senti uma de suas mãos próxima a minha nuca e senti um arrepio percorrer todo meu corpo. Quando eu já não aguentava a sede que eu sentia dele, senti que ele envolvia minha cintura e me levava para mais perto de seu corpo. Quanto mais eu o sentia, mais eu o queria.

Coloquei uma das mãos por dentro de sua camisa que a essa hora já estava tão encharcada quanto a minha. Ele soltou um suspiro longo de excitação e eu não pude mais me segurar.

– Me leva para a cama, Liam – falei sentido uma ânsia por mais.

Eu podia sentir seu coração descompassado e forte, suas mãos continuavam tremendo.

– Tem certeza? – ele perguntou entre um beijo e outro.

Eu não respondi, apenas me firmei em seu pescoço tentando saciar meu desejo incontrolável por mais e mais daquele homem que eu tanto queria.

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