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{Cap. 43}

Eu tenho trabalhado em mim mesmo
Colocando todos os meus problemas na prateleira de cima
Acostumando-se com as despedidas
Longas conversas nas escadas

Jane
╰─────────────➤✎Laundry Day

Bastou bater uma vez na porta de John para que ele abrisse. John nos olhou um minuto antes de dar espaço para que entrássemos.

– Eu terminei – Luciel falou inicialmente.

– Tem certeza de que vai funcionar? – John parecia preocupado.

– Sim, eu testei inúmeras vezes com alguns animais, todos funcionando até agora. De qualquer jeito não queremos que ela corra riscos, é só para prevenção caso algo aconteça.

– Então, eu descobri uma coisa importante hoje – falei lembrando subitamente do que Sarah havia dito sobre hora e local.

Expliquei em detalhes o que ela havia dito sobre isso, ocultando toda a parte em que ela falava de Liam para mim.

– Você está pensando em se usar de isca? – John falou parecendo horrorizado com a ideia – Eu não vou te deixar fazer isso de jeito nenhum.

– Ele tem razão, Eva – Luciel falou preocupado – Sem dúvidas poderemos te encontrar, mas não teríamos como ter certeza de que poderíamos te resgatar. Não sabemos como é a segurança no lugar e nem mesmo se vão te forçar a fazer alguma coisa antes de que cheguemos. Essa ideia é absurda. Vamos nos manter focados na sua segurança, e se funcionar, poderemos implantar o mesmo sistema em todos que recebem as ameaças.

– Tudo bem – falei de certo modo aliviada.

– A questão é que teremos que implantar de um jeito que ninguém veja.

– Você quer dizer, dentro de mim de alguma maneira?

Ele pareceu ficar sem graça, mas seguiu.

– Pensei em fazer isso na mão, seria um corte pequeno e você poderia usar a desculpa de que se machucou de alguma maneira.

– Seria muito óbvio – John interrompeu – Microchips inseridos nas mãos já estavam virando moda nos últimos tempos.

– E atrás da orelha? – perguntei.

– Não quero implantar o chip próximo a sua cabeça e nem próximo ao coração pois não sei quais os efeitos que isso pode causar a longo prazo.

Todos paramos para pensar e então eu olhei minha bota novamente. Fiz uma careta ao imaginar a dor, tomei coragem e dei a ideia.

– E no calcanhar? – estou usando a bota e ninguém notaria um pequeno corte, além do mais, quem está aqui dentro sabe que eu machuquei o pé, mas ninguém sabe que foi um torção sem nenhum corte. Na pior das hipóteses eu passo a usar meia o tempo todo.

Os dois me olharam avaliando a alternativa e assentiram no final.

– Aproveitei quando fui à cidade e passei em uma loja perto da universidade de medicina, consegui um kit de bisturis, linhas e agulhas para costura.

Estremeci, senti um suor frio percorrer minha espinha e senti a cor sumir do meu rosto.

– Você sabe que pode desistir disso, certo? – John falou com um tom preocupado.

– Ele está certo, Eva. Você não precisa fazer isso.

– Não, eu irei fazer – falei tentando mostrar uma coragem que claramente não existia.

– Você já fez isso antes Luciel? – John perguntou quase em um sussurro.

– Em seres humanos não – ele admitiu tentando parecer despreocupado – Li algumas revistas de medicina, não é difícil.

– Ela vai ter que aguentar isso sem nenhuma anestesia?

– Sinto muito – Luciel sussurrou – não quero arriscar nenhum remédio que possa estar fora da validade para isso.

Ele me olhou preocupado e eu senti as gotículas de suor na testa.

– Está tudo bem – eu falei com a voz um pouco falha e tentei sorrir – Vamos fazer isso.

– Podemos deixar para amanhã se você preferir – Luciel falou com uma certa ansiedade na voz.

– Vamos fazer hoje – falei tragando a saliva – Vamos acabar logo com isso.

– Podemos usar o seu quarto John, ou vamos para o meu?

Olhei para John que parecia extremamente pálido e supliquei com os olhos para que ficássemos ali.

– Se me virem saindo daqui não vão estranhar – falei baixo – Mas se alguém me vir saindo do quarto do Luciel, poderemos levantar suspeitas.

– Ela tem razão – Luciel sussurrou.

– Ela fica aqui – John falou suspirando – Eu jamais deixaria minha pequena no quarto de um selvagem como você.

Ele forçou um sorriso e Luciel saiu para buscar as coisas.

– Tem certeza de que quer fazer isso Eva? – John perguntou novamente me olhando nos olhos – Podemos tentar achar alguma alternativa.

– John – sorri tentando tranquilizá-lo e de quebra ficar tranquila – é só um chip GPS, não é como se eu fosse fazer uma cirurgia arriscada.

– Me promete que não tentará aquela ideia louca que você deu.

– Posso prometer por enquanto – falei mordendo o lábio.

– Só por enquanto... – ele suspirou ao notar essa parte – Acho que não vou te fazer mudar de ideia. E então? O que você queria falar comigo antes?

– Sobre isso... – senti o rosto queimar – bem... eu...

Ele olhou para mim e riu, riu alto e de uma maneira gostosa.

– O que foi? – perguntei sentindo o rosto esquentar ainda mais.

Ele não respondeu inicialmente, aproximou o rosto e me deu um pequeno selinho.

– Vou sentir falta dos meus pequenos direitos – ele falou ainda sorrindo – Fala para ele de uma vez.

– Como você sabia? – perguntei tentando esconder meu embaraço.

– Só uma pessoa faz você ficar vermelha desse jeito, e essa pessoa é aquele idiota.

Senti meu rosto ficar ainda mais vermelho. Queria responder que não era verdade, mas não conseguia, porque sabia que ele estava certo, e isso me deixava com mais vergonha.

Fui salva por Luciel que bateu duas vezes na porta antes de entrar.

– Eu usei detergente enzimático para desinfetar os materiais, fervi e deixei em álcool 70%. Espero que seja o suficiente.

Luciel tentava se explicar de uma maneira nervosa.

– Está tudo bem, Luciel – falei tentando ficar calma também – vai dar tudo certo. É só um pequeno corte.

Ele sorriu parecendo pálido.

– Vamos para perto da janela para aproveitarmos a luz do sol – John deu a ideia.

Os dois arrastaram sua cama de uma maneira que a luz batesse bem onde meu calcanhar ia estar. Luciel também levou uma lanterna para o caso de necessitar e mantivemos as luzes acessas.

– Vamos, a dor não pode ser tão forte – disse tentando parecer tranquila.

– Sim, pode ser – Luciel tentou rir também – De qualquer jeito trouxe isso para você.

Ele tirou uma garrafa de Whisky JOHNNIE WALKER e me entregou. Eu fiz uma careta, mas agradeci.

– Vai te ajudar com a dor – John falou tranquilamente abrindo a garrafa.

Dei dois goles e quase vomitei, aquela bebida era horrível.

– Toma com calma – Luciel falou arregalando o olho quando eu praticamente cuspi a bebida – Trouxe também um pedaço de couro para você morder caso queira. Está bem limpo também.

Ele me entregou um pedaço de roupa de couro tecnicamente grande.

– John, vou precisar que você a segure, ela não pode mover a perna.

Nos acomodamos, me apoiei no John encostando as costas nele e ele me segurou de uma maneira que não me deixaria soltar os braços. Luciel tirou a bota da minha perna e amarrou a minha perna na cama. Sentia o corpo de John tremendo, mas estava me segurando com firmeza. Tomei mais alguns goles da bebida e já estava me sentindo enjoada, coloquei o pedaço de couro na boca e acenei para Luciel que estava esperando eu estar preparada.

Pude ver várias gotículas de suor na testa dele, ele respirou fundo, eu também e então veio a dor, uma dor aguda, a dor era tão grande que nem parecia um simples corte.

Senti as lágrimas escorrendo no meu rosto e mordia o couro com tanta força que parecia que eu iria quebrar o maxilar. Meu corpo tremia e, a cada tensão nova John me apertava com mais força. Meus gemidos eram fortes e meu choro alto.

Inserir o chip não durou mais que 30 minutos, mas para mim pareceu uma eternidade. O corte ficou torto e os pontos pareciam muito juntos em algumas partes e muito separados em outras. O corte estava maior do que eu esperava, tinha mais ou menos uns 8 centímetros e eu contava agora com 7 pontos na vertical próximo ao tendão de Aquiles.

O chip era pequeno, eu sabia disso, não sabia o porquê o corte estava tão grande, mas preferi não perguntar. Notei a falta de cor de Luciel e com os braços trêmulos ofereci a garrafa para ele.

Eu estava suando e enjoada e assim que eu me sentei, acabei vomitando toda a bebida que eu havia ingerido antes. Me sentindo extremamente sem graça pedi inúmeras desculpas ao John que me respondeu as inúmeras vezes que não havia problemas.

– Luciel, vou dar um banho nela agora e limpar meu chão – John falou praticamente expulsando Luciel do quarto.

Fiquei deitada na cama de John vendo o teto rodar enquanto ele pacientemente limpava o chão, depois ele foi até o banheiro e encheu a banheira de água. Sem dizer nada ele me ajudou a levantar, senti uma dor aguda na perna e soltei um pequeno gemido, senti seu corpo ainda trêmulo se tensionando antes de ele voltar a caminhar mais devagar.

Sem dizer uma única palavra ele me ajudou a tirar a roupa e me colocou na água morna. O toque da água morna no corpo me fez relaxar um pouco apesar da dor que eu sentia na perna.

– Obrigada, John – falei com um meio sorriso.

– Pelo que? – ele falou pegando um pouco de shampoo e colocando na minha cabeça.

– Por me ajudar – falei tentando quebrar o clima estranho que havia ficado ali.

– Não esquenta com isso – ele falou tentando relaxar também – mas nunca mais me peça para cometer essa atrocidade.

Eu ri com o comentário, apesar de ser totalmente sem graça. Eu estava me sentindo um pouco bêbada ainda apesar de ter praticamente esvaziado o estômago.

– Entra aqui comigo – falei sem pensar muito.

– Não – ele respondeu me dando um beijo na testa – Hoje você vai falar com o Liam.

– Hoje não – falei um tanto manhosa – me deixa dormir aqui essa noite.

Ele suspirou, mas no final deu risada.

– Não me provoca Eva, não sou tão santo quanto você pensa. Não pense que eu não vou querer me aproveitar disso. Não vou querer me segurar, mesmo sabendo que você irá falar com o Liam depois.

– Então não se segura – eu falei dando de ombros.

Ele segurou meu queixo com uma das mãos, me olhou nos olhos, me deu um beijo demorado e sussurrou "você é terrível", antes de me tirar da banheira e me levar para a cama.

Eu sabia o quão errado aquilo era, sabia que a culpa iria me perseguir, mas no fim, eu não tinha nada com o Liam e ele tinha a Sarah. Eu não sabia como ele reagiria e eu queria muito me despedir dos meus direitos com o John.

Ficamos entrelaçados durante o fim da tarde inteira até que deu a hora da janta. John foi até meu quarto buscar roupas para mim, já que a anterior estava cheirando a vômito e suor.

John foi me sustentando até a sala de reuniões, minha perna latejava e queimava e usar a bota por cima dos pontos só aumentava meu sofrimento. Ele me sentou em uma cadeira próxima e senti alguns olhares curiosos na nossa direção.

– Como você está? – Luciel perguntou baixinho.

– Melhor – falei tentando esconder o fato de que a dor estava me incomodando e que eu ainda sentia o estômago um pouco revirado.

– Falei para algumas pessoas que você não estava se sentindo bem. Como está o estômago?

– Embrulhado – falei rindo – maldito whisky. Me lembrem de nunca mais beber algo assim.

Quando Liam entrou e me viu, ele fechou a cara. Parecia zangado, mas eu não conseguia saber o porquê.

– Está melhor? – ele me perguntou de maneira brusca.

John aproveitou a deixa e saiu com Luciel para conversarem.

– Estou sim, foi só um pequeno mal-estar – falei tentando parecer convincente.

– Claro, deve ter se curado bem rápido na cama do John – ele me lançou um olhar afiado e eu engoli em seco.

Não posso dizer se aquilo foi azar ou sorte, a sincronia com que meu estômago embrulhou de uma vez foi assombrosa com o término do comentário de Liam. Senti a pressão cair enquanto gotículas de suor se acumulavam na minha testa, a expressão de raiva nos olhos de Liam desapareceu dando lugar a um olhar preocupado.

– Você está pálida – ele falou segurando meu corpo pouco antes de eu tombar para o lado.

John ao ver a cena correu na nossa direção junto com o Luciel.

– Ei, Eva – Liam falou segurando meu rosto – olha aqui, o que você está sentindo?

A voz dele parecia distante e eu via tudo escurecendo. Senti que ele me pegava no colo e me levava para algum lugar.

– Ela só precisa descansar Liam, leva ela para uma cama qualquer – John falou logo atrás dele.

Me deitaram e o mal-estar foi desaparecendo.

– Você comeu alguma coisa hoje? – Luciel me perguntou ainda pálido.

– Eu... – e então eu lembrei que não havia almoçado – eu não estava com fome.

Nos olhos dele eu via preocupação e uma certa indignação, como me perguntando "como você passa por tudo isso sem nem ao menos ter comido?"

– Foi só um mal-estar passageiro – falei tentando acalmar os ânimos do lugar – Eu já estou bem.

– Fica aqui, vou trazer alguma coisa para você comer – John falou de uma maneira séria – Será que tem problema ela ficar aqui Liam?

– O que ela tem? – Liam parecia preocupado e furioso ao mesmo tempo quando dirigiu essa pergunta a John.

– Suas suspeitas são infundadas Liam, sei muito bem me cuidar. Ela não está se sentindo bem porque anda comendo mal. Ou você não foi capaz de perceber que faz dias que ela mal toca na comida?

Liam apertou o maxilar, mas não respondeu nada. John saiu para buscar alguma coisa que eu pudesse comer.

Luciel ficou me olhando sem saber muito bem o que fazer, ele parecia preocupado, mas a explicação do John tinha sentido. Eu andava comendo extremamente mal e as emoções do dia não haviam ajudado em nada.

– Eu estou bem Luciel – falei me sentindo um pouco constrangida com seu olhar fixo – O John está certo, não ando sentindo fome com tudo o que vem acontecendo.

– Liam, se você quiser podemos levar ela para o quarto dela, eu te ajudo – Luciel falou ignorando meu comentário.

– Não, não tem problema. Pode deixá-la aqui, qualquer coisa eu durmo no chão.

Olhei ao redor,  a estrutura em si era igual a qualquer um dos quartos, mas assim como no quarto do John, a cama que Liam dormia era de casal. Havia um criado mudo de um lado da cama, em cima havia um baralho, o livro que havia pertencido a irmã dele e uma garrafa de água. Do outro lado havia uma escrivaninha de estudos que servia de guarda tudo além de ter inúmeros doces jogados e tinha uma poltrona que parecia extremamente confortável. Em um dos cantos do quarto havia alguns pesos de academia e uma corda de pular.

John trouxe a minha janta, comi pouco, mas não aguentei quase nada, ainda me sentia enjoada. Agradeci, ele me olhou carinhosamente, pediu para eu descansar, eu deitei de novo e tudo pareceu ficar distante. Em poucos segundos eu adormeci.

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