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{Cap. 39}

Estações, elas vão mudar
A vida vai fazer você crescer
A morte pode te deixar frio, frio, frio
Tudo é temporário
Tudo vai deslizar
O amor nunca morrerá, morrerá, morrerá


Birds
╰─────────────➤✎Imagine Dragons

Fui devagar até o armazém e bati na porta antes de entrar.

– Oi, Eva. O que está fazendo aqui? – Lúcio parou o que estava fazendo e sorriu ao me ver.

– Me disseram que você estava procurando por mim – falei tentando soar calma e simpática.

Olhei para o fundo da sala e notei que além de Lúcio, Judy também estava ali.

– Eva – ela me ofereceu um sorriso fraco ao me ver – Está se sentindo melhor?

– Estou sim, obrigada – respondi tentando ser o mais convincente possível – A Alana está com o Henry?

– Está sim, ele queria tocar alguma coisa para ela agora durante a tarde. Ela estava parecendo agitada e eu achei uma boa ideia.

– É sim – concordei – Ela sempre se acalma quando ele está perto. O que você queria Lúcio?

– Não era nada importante – ele falou sorrindo – Onde você esteve? Comecei a ficar preocupado.

Meu coração saltou pela garganta com a pergunta dele e senti uma gota de suor percorrendo minhas costas. Sorri tentando disfarçar meu embaraço.

– Eu estava inquieta, resolvi ir ver o John. Estávamos juntos em seu quarto.

Seus olhos brilharam de uma maneira assustadora e ele fechou a cara durante um tempo antes de recobrar a postura.

– Ah, é...? – ele perguntou com o sorriso mais aterrorizante que eu já havia presenciado.

Ouvi alguém entrando na sala logo atrás de mim e agradeci mentalmente. Eu não havia notado nenhum machucado visível no Lúcio, mas algo nele estava terrivelmente assustador.

– Ah, Eva está aqui também – escutei a voz irritada de Sarah.

– Sim, ela veio falar comigo. Precisa de alguma coisa?

– Vim avisar que já vamos começar a preparar a janta. Como o Henry está com a Alana, a Judy foi escalada para ajudar.

– Está bem, já estou indo – Judy se apressou em terminar o que estava fazendo.

– Acho que já vou indo então, Lúcio – falei aproveitando a deixa.

Eu sabia que todos os alimentos que chegavam eram inspecionados e separados. Sabia o quanto aquilo dava trabalho e de repente me senti confusa, talvez não fosse realmente o Lúcio, talvez ele realmente estivesse fazendo essa inspeção durante toda a tarde. Mas eu ainda estava com um mau pressentimento.

– Sarah, será que antes de você ir, você poderia ir até ali pegar aquelas caixas de biscoito?

Ela bufou, mas foi até onde Lúcio havia apontado, um local próximo a porta. Eu senti meus instintos gritando novamente, escutei algo se quebrando logo acima da cabeça de Sarah. Olhei para o local onde eu imaginava que tinha vindo o som e vi uma grande estrutura de madeira prestes a cair. Eu tinha certeza de que aquilo havia sido colocado ali, não havia jeito de um pedaço de madeira daquele tamanho chegar ali sozinho.

– Não...! – antes que eu pudesse notar e sem me importar com a dor eu me joguei, empurrando com toda a força que eu tinha o corpo tenso de Sarah. Eu devo ter usado uma força sobre-humana porque tanto ela quanto eu fomos jogadas ao chão quase ao mesmo tempo de a estrutura cair bem atrás de nós, onde pouco antes a Sarah estava.

Gritei de dor enquanto segurava o pé que mais uma vez eu havia forçado.

– Vocês estão bem? – Lúcio foi o primeiro a chegar aonde estávamos, sendo seguido por Judy.

Lúcio me ofereceu a mão para me ajudar a levantar enquanto Judy verificava se estava tudo bem com Sarah.

– Isso poderia ter terminado muito mal – Lúcio falou olhando diretamente nos meus olhos.

Sarah parecia estar em estado de choque, ela olhou para onde a madeira havia caído e logo em seguida para mim.

– Obrigada – ela murmurou com esforço – Está tudo bem com você?

A repentina preocupação dela me pegou desprevenida, mas não posso dizer que tenha sido ruim.

– Sim, estou bem. E você? Se machucou?

– Eu estou bem... Graças a você – ela ainda parecia em estado de choque.

– Eva, acho que você está ferida – Lúcio arregalou os olhos notando uma mancha de sangue se formar na minha calça acima do joelho da perna machucada.

De repente senti a perna inteira queimando, a dor era tão forte que estava me deixando enjoada.

– Vamos, vamos te levar até a enfermaria pelo menos para limpar essa ferida – Judy me deu apoio de um lado e Sarah, que ainda estava um pouco atordoada com tudo me deu apoio do outro lado.

Seguimos para a enfermaria enquanto eu sentia o sangue quente escorrer pela perna. Lúcio estava vindo logo atrás de nós carregando as minhas muletas. Eu tremia não só pela dor, mas pelo que poderia ter acontecido ali.

Antes de chegarmos encontramos John, Ethan e Liam que empalideceram ao ver a cena. Minha perna sangrando, Sarah sem cor nenhuma no rosto me ajudando, Judy com o semblante preocupado e Lúcio atrás de nós.

– Eva! – John gritou e foi ao meu encontro.

– Por favor, ajuda ela – Sarah falou com a voz cortada e só então eu notei que ela estava chorando.

– Eu estou bem, foi só um arranhão no joelho, não precisam se preocupar – sorri ainda tremendo.

– O que aconteceu? – Liam perguntou zangado.

Sarah começou a chorar mais alto e Liam foi em seu socorro a abraçando para que ela se acalmasse enquanto Judy explicava o mais brevemente o que havia acontecido.

Chegamos na enfermaria, lugar que já estava bem conhecido por mim. Me ajudaram a sentar na cama e Ethan subiu minha calça para ver a ferida.

– Está tudo bem Sarah, ela deve estar sentindo dor porque o pé dela já estava machucado – Ethan falou para acalmar Sarah que ainda chorava – Vou limpar o machucado. Deve ter pegado algum vasinho, por isso está sangrando bastante, mas não é grande.

De maneira bem ágil ele tirou a tala do meu pé, limpou minha perna e logo meu machucado apenas com água.

– Ethan... – eu ia perguntar para ele se estava tudo bem, mas ele me cortou.

– Já falaremos sobre isso, Eva – ele falou baixo enquanto se levantava.

Senti o olhar congelante de Lúcio em nós e senti um calafrio pelo corpo inteiro.

– Acho que deveríamos mudar o armazém para outro lugar – Lúcio falou ainda olhando diretamente para mim – Aquela sala é muito velha já, se Eva não estivesse lá o cenário teria sido bastante feio.

Senti a cor sumir do meu rosto.

– Boa ideia, Lúcio – John disse calmamente – Vamos deixar a Eva descansar agora, afinal o susto deve ter sido grande. Enquanto isso podemos buscar algum lugar para usarmos de armazém, o que você acha?

– John – o chamei antes dele sair com Lúcio.

Ele chegou até bem próximo a mim, eu o abracei pelo pescoço com força.

– Eu falei que estava com você no seu quarto – falei baixinho em seu ouvido – Toma cuidado, eu sei que é ele.

– Não se preocupe comigo – ele falou se desfazendo calmamente do meu abraço – Eu vou ficar bem, minha pequena.

Ele sorriu, estávamos muito próximo, eu podia sentir seu hálito quente próximo a minha boca e por uma fração de segundos achei que ele fosse me beijar.

Ouvi Liam estalando a língua enquanto John se afastava de mim e ia em direção a porta junto com Lúcio que me olhava com desconfiança.

– Que bom que eles irão ver outro lugar para o depósito – Sarah suspirou aliviada – Não é à toa que aquilo caiu, era uma estrutura bastante pesada e provavelmente já estava podre.

Olhei para ela mordendo a língua para não dizer o óbvio.

– Logo John e Lúcio encontrão algum lugar – escutei Liam falando ao meu lado – Tenho certeza de que faremos nossas buscas com mais cuidado de agora em diante.

Ele estava fazendo um esforço tremendo para não falar o que queria dizer também.

– O que aconteceu? – Vi entrou apressado e assustado – Falaram que caiu uma estrutura na Sarah. Ela está bem?

– Quase isso – Liam bufou com o exagero – Eva a empurrou no último momento.

Vi olhou ainda assustado para Sarah, logo para mim e vendo que estávamos bem pareceu relaxar um pouco.

– Vocês estão bem? – perguntou mais calmamente.

– Estamos bem – falei forçando o maxilar pela raiva repentina que se apoderou de mim.

– Ethan, será que você e a Sarah poderiam chamar o Luciel aqui por favor.

Vi não tirou os olhos de mim enquanto pedia isso aos dois. Os dois saíram em silêncio, pareciam notar que algo não estava bem.

Vi soltou o ar pausadamente, talvez tentando tomar coragem.

– Liam, será que você poderia nos deixar a sós por favor – ele falou se virando para Liam.

Liam ameaçou falar alguma coisa, mas pareceu mudar de ideia e saiu sem dizer nada.

– Você sabe que não foi acidente – falei com raiva.

– Não, eu não sei – ele falou sério – me diz você.

– Alguém colocou aquela madeira em uma das estruturas, não teria nem sentido ter aquilo ali. Já olhou para o lugar onde estamos? Isso está longe de estar em ruínas. Alguém armou isso.

– E como poderíamos provar isso?

– Eu sei quem foi Vi, e eu não posso mais ficar quieta. Já faz muito tempo que eu simplesmente não posso falar nada. Você já parou para pensar que todos tem o direito de saber a verdade?

– Já pensei nisso inúmeras vezes.

– Pedi para John acalmar todos assim que ele me falou mais ou menos o que aconteceu – Luciel falou ao entrar na enfermaria – ele já falou que estão todos bem e prosseguiram com a janta. Sarah irá descansar, ainda parece um pouco alterada com o que aconteceu.

– Claro que ela está alterada – falei sem conter o tom da voz – Ela quase morreu agora. Se aquilo tivesse caído nela estaríamos chorando mais uma morte aqui.

– Mas tem algo que não encaixa na sua teoria Eva – Vi falou tentando mostrar uma calma que claramente ele não tinha no momento – Ela recebeu um bilhete, significa que a querem e não a querem morta. Qual o sentido de que atentassem com a vida dela agora?

Ele tinha razão, mas qual seria a explicação então?

– Talvez ela saiba de algo sobre o infiltrado – Luciel falou em um tom neutro.

O olhei preocupada. Ele podia estar certo, mas se esse fosse o caso, então havia muito mais gente em perigo agora e eu havia acabado de inserir Ethan nesse meio.

– É o Lúcio – eu falei sem pestanejar – Ele é o infiltrado.

– Alguma prova? – Vi falou um pouco alterado.

– Ele pediu para verificarem o armazém quando a comida sumiu, depois eu encontrei a comida na biblioteca – falei tomando cuidado para ocultar o nome do John – Ele também estava com você no dia do incêndio. Já tenho notado há algum tempo que a Alana fica bem com todos, menos com ele. Ele foi contra o teste das chaves, talvez esteja escondendo alguma coisa. Tirando o fato da violência dele quando descobriu que eu estava dormindo com John, afinal John não entra no padrão deles.

– Deixa eu ver se eu entendi – Vi falou colocando as mãos na cintura – Você está falando que você encontrou evidências de que Helena não foi embora e não me falou nada? Também está me dizendo que o fato de ele estar no meio das confusões faz dele um suspeito, mas você não parou para pensar que você também está no meio da maioria das confusões.

O olhei sem jeito. Eu estava julgando Lúcio pelos motivos errados. Como eu poderia provar que era ele sem provas palpáveis? Como eu poderia julgá-lo apenas pelo meu instinto? Senti o rosto ficar quente pela vergonha de tal coisa.

Luciel não falou nada, ele parecia pensativo, não concordou e nem discordou de mim em momento nenhum.

– Eu sinto muito – falei baixo – acho que preciso ficar sozinha um pouco. Estou me sentindo cansada e preciso pensar um pouco em tudo o que tem acontecido.

– Sei que isso é frustrante, Eva – Vi falou parecendo cansado também – E sinto muito que você tenha se envolvido nisso também. Vamos Luciel, vamos deixá-la descansar.

– Não Vi, você não sabe – sussurrei para mim mesma.

– Eu já vou indo Vi, queria dizer uma coisa pra Eva antes de irmos.

Vi acenou e saiu nos deixando a sós. Olhei para Luciel um pouco intrigada, era muito raro que ele quisesse falar comigo em particular.

– Eu acho que você está certa – ele falou enfim depois de uns momentos de silêncio – Acho que é realmente o Lúcio o culpado, mas Vi jamais irá aceitar isso sem provas palpáveis. Tenho avaliado as ações de todos de perto e ele some nas horas mais propícias e além do mais eu encontrei isso no meio das coisas dele.

Ele tirou do bolso um estilo de apito comprido e o colocou na minha mão.

– O que é isso? – perguntei examinando o pequeno objeto.

– Um apito para cães.

Senti o coração apertar e uma tontura repentina.

– Eu fiz um teste enquanto investigava algumas coisas com o Vi. Esses "lobos" ou o que quer que seja, atendem ao chamado desse apito. Não é como se eles obedecessem quem o leva, mas isso chama a atenção deles sem que mais ninguém perceba.

– Então você acha que o lobo no térreo e o ataque ao Jay realmente não foram acidentes?

– Eu tenho certeza de que não foram – ele parecia seguro – Eu tenho um plano, mas levará um tempo conseguir concluí-lo. Não tenho como falar isso para o Vi, ele é muito cabeça dura, mas sei que podemos contar para o John.

– E que plano é esse?

– Contarei quando você e John estejam juntos. Talvez devêssemos ir jantar agora.

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