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{Cap. 37}

Se eu pudesse voltar no tempo
Então eu reescreveria estes versos


No Good in Goodbye
╰─────────────➤The Script

– Ah! – eu quase caí de susto ao trombar com Liam na escada.

– O que você está fazendo aqui? – ele manteve seus olhos afiados em mim.

– Aonde você estava indo? Estávamos te procurando. Judy está preocupada – John falou ao lado de Liam.

John e Liam juntos? Isso era tudo, menos normal, mas por algum motivo eu não conseguia falar tudo o que se passava pela minha mente e tentei continuar andando.

– Ei, aonde você vai? – Liam perguntou ainda mais alto, o que me faz parar.

– O que aconteceu? Você está bem? – John pareceu preocupado e se aproximou – Você está pálida.

– É... – parei por um momento para recuperar o folego e tentar me concentrar no que estava a minha frente. Talvez eu devesse mostrar pelo menos o colar.

Olhei para os lados e para cima da escada para ter certeza de que ninguém estava ouvindo.

– Preciso falar com vocês – minha voz soou preocupada, mas pude sentir a surpresa de Liam ao notar que eu o havia incluído.

Me sentia nervosa, mas se eu falasse com eles, talvez fosse mais fácil aguentar isso.

– Que foi? – a voz impaciente do Liam fez com que eu voltasse dos meus pensamentos – O que aconteceu? E por que está tão pálida? Viu um fantasma ou algo do tipo?

– Liam, um fantasma? Sério? – John falou calmamente.

– É só olhar o quanto ela está pálida – ele respondeu com seu tom irritadiço.

– Então? O que aconteceu? – John perguntou se aproximando um pouco mais.

– Ei, você pode se afastar um pouco dela? – Liam deixou escapar, mas logo tentou redimir a frase solta sem querer – Ela precisa de um pouco de ar.

Um sorriso fraco apareceu no meu rosto, mas sumiu logo. Respirei fundo e mostrei o colar.

– Um colar? – Liam perguntou tentando entender.

– Era o colar da Helena – respondi tentando manter a calma. Achei melhor não mostrar o bilhete nem a foto para o Liam, estava preocupada com a reação dele. Para o John, provavelmente eu mostraria depois.

– Eu não sabia que ela usava esse tipo de coisas – ele disse ainda sem entender. Já John estava muito pálido e precisou se encostar.

– E o que tem isso? Do que você está falando? Me ajude a entender – Liam perguntou, mas ficou em silêncio ao ver o recado que eu segurava.

John saiu do seu encosto ao notar o bilhete.

– Ela não foi embora por vontade própria – eu concluí baixo sentindo uma dor repentina no peito. Liam pegou o bilhete da minha mão e leu e como da primeira vez, eu o vi sem reação.

John tirou o recado da mão dele e, também o leu.

– Eva? – John me chamou, provavelmente eu havia ficado ausente de novo.

– Maldição! Fala alguma coisa Eva. Onde você achou isso? – Liam estava impaciente e com urgência na voz.

– Eu... fui até o porão.

– Por quê? Por que você foi até lá sozinha? – John estava me segurando no ombro para que eu o olhasse.

– Você ficou louca? Sabe que não é seguro lá, por isso o mantemos fechado! – foi a vez de Liam me virar na direção dele – Acredito que estava claro que ali é uma zona proibida!

– Ele tem razão, você prometeu não fazer nada perigoso sem necessidade de novo. Lembra? – John parecia tão decepcionado quanto Liam dessa vez.

– Eu... segui alguém – falei tentando manter a voz alta. A coragem de seguir contando para eles havia desaparecido.

– Isso de novo? – Liam pareceu realmente bravo – Não te ocorreu falar com um de nós primeiro? Mas não, você tem que se meter em problemas sozinha.

– Pensei que você não acreditaria em mim – eu disse sem pensar.

– Quê? – ele perguntou ofendido.

– Espera Liam. Não acredito que ela esteja mentindo sobre ter seguido alguém. Deixe-a falar.

– Eu nunca disse que ela estava mentindo – ele respondeu com arrogância a John.

– A caixa com essas coisas estava em cima de uma mesa escolar, mas por que estaria no porão dessa vez?

– Ou seja? – John me animou a seguir.

– Sei que eu pareço suspeita ainda – respondi olhando direto para o Liam – Mas eu não quero mais carregar isso sozinha. Eu sei que a Helena não fugiu e já sabia antes de levantarem essa hipótese. Sei que a opinião de Sarah é importante, então sei que ainda tem quem duvide de mim. É horrível saber de coisas que os outros não sabem – deixei de olhar Liam para olhar para John – Eu não aguento mais carregar isso sozinha John, e não quero mais que você carregue também. Todos têm o direito de saber. Não durmo bem, tenho uma angústia diária a cada vez que alguém suspeita de mim e fico ainda pior por saber que sim, a vida de todos aqui está em risco, e não quero seguir sendo culpada disso. Quero que todos fiquem sabendo a verdade.

John suspirou, Liam parecia um tanto aéreo com tudo o que eu havia dito.

– Então basicamente, você acredita que alguém daqui está atrás de tudo isso – Liam afirmou colocando a mão na nuca.

– Mas, Eva... – John ia começar a protestar – quer saber, você está certa. Temos evidencia suficiente de que é alguém aqui de dentro que está por trás disso. Sei que você suspeita de alguém em específico, sei disso faz tempo e não posso pedir para que não suspeite de ninguém.

– Suficiente evidências? Do que vocês estão falando? – Liam perguntou cruzando os braços.

– No dia em que Vi foi envenenado, havia um recado para ele, Eva teve a delicadeza de te esperar sair para nos mostrar, foi assim que ela descobriu o que estava acontecendo. Logo teve o ataque do lobo aqui dentro no dia do turno do Vi. Os recados chegam a Eva de uma maneira muito fácil para ser alguém de fora e tem a biblioteca...

– A biblioteca? – Liam perguntou arqueando uma sobrancelha – Mas a biblioteca estava trancada, eu mesmo chequei isso com a Eva.

– Eu forcei a porta para que abrisse ontem para buscarmos qualquer rastro da Helena e havia uma mesa sem pó nenhum e a caixa de comida que sumiu do depósito.

– O quê? – Liam realmente estava chocado – Você sabe que não deveria guardar esse tipo de segredo.

– Eu sei, mas... – era raro ver o John sem palavras ou perdendo a postura, mas ele estava em uma posição desfavorável ali – Eu estava tentando fazer com que continuássemos unidos.

– Está bem, entendo seu raciocínio, mas vocês realmente estiveram escondendo isso de nós esse tempo todo? Desde que ela chegou aqui? – ele apontou para mim.

– Sim, não tenho desculpas para isso, mas não tinha como provar que era alguém aqui de dentro, e eu queria acreditar que não era.

– Ei, Eva. Me deixa perguntar uma coisa. Você de verdade não tem nada a ver com isso? – Liam me fez a pergunta mais dolorosa do mundo nesse dia. Eu aguentava as suspeitas de todos, mas a dele não.

– Não tenho nada a ver com isso – falei triste com a simples possibilidade de ele ter pensado nisso.

– Que bom, então – ele chegou muito próximo ao dizer isso e em um momento inoportuno me sorriu com malícia e colocou sua mão sobre minha cabeça – Eu vou te ajudar.

– Vai me ajudar? – perguntei confusa.

– Claro, vamos verificar o que aconteceu com a Helena e quem está por trás disso.

– Obrigado, Liam – John agradeceu sem se incomodar com a proximidade de Liam comigo.

– Por que está me agradecendo? – ele olhou para John sem tirar a mão da minha cabeça.

– Por acreditar em nós – John respondeu com um sorriso fraco.

– Tanto faz, esquece isso. Você não precisa me agradecer. Faço mais pela modelo aqui – ele me olhou e voltou a dar aquele sorriso de lado.

– Então, por onde começamos? – perguntei.

– Não podemos ir por aí interrogando as pessoas. Apesar das suspeitas, ainda existe a possibilidade de não ser ninguém aqui de dentro – Liam disse.

– Você está certo – John concordou – Tenho uma ideia. Vamos falar com os outros, tentarei convencer Vi que é o necessário, mas se falarmos que você foi sozinha ao porão, vão desconfiar e por isso falaremos que todos fomos.

– Mas, isso seria mais uma mentira ... – eu disse tentando esconder que mentir mais não me agradava.

– Isso é verdade. Você quer que mintamos para todos? – Liam ficou ao meu lado.

– Sei que vai ser uma mentira, mas se falarmos a verdade, vão continuar suspeitando da Eva. É isso que você quer Liam? – a pergunta foi afiada até Liam. John sabia como provocar quando queria – Vai acontecer igual aconteceu antes. Se ela falar que foi até lá sozinha, ninguém estará disposto a escutar a verdade, Sarah voltará a acusá-la e dessa vez todos estarão ao lado da Sarah. Bom, talvez não o Vi e o Luciel. De qualquer maneira serão muitos contra ela.

– Entendi seu ponto – Liam disse – Ou seja, ela agiu sozinha e isso é o suficiente para levantar mais suspeitas. Nesse caso, não seria melhor deixar ela fora disso por completo?

– Se falarmos isso, as suspeitas voltam para ela de novo. Já que ela poderia ter deixado isso lá. Não estou feliz em aumentar a mentira também, mas vamos ser honestos, eu não acho que seja um intruso.

– Tudo bem – Liam respondeu se dando por vencido – Pelo menos agora eu consigo ver as coisas um pouco mais claras e consigo entender o sério que esse problema se tornou.

Liam passou a mão pela cabeça e se virou para mim.

– Quem quer que seja, vamos precisar nos cuidar – ele continuou – Não vai ser uma briga fácil.

– Sim, e por isso eu estive pensando... Antes de falarmos com todos, que tal se formos até o porão de novo para fazermos uma busca rápida? – John deu a ideia.

– John, e se estiverem esperando que façamos isso? E se alguma coisa de ruim acontecer a vocês? – eu falei essa última frase com o coração apertado.

– Mas ele tem razão Eva, precisamos verificar de novo – Liam disse um pouco contrariado por ter concordado com John novamente – Eu e ele iremos.

– De jeito nenhum, eu vou junto! – disse com um tom irritado – Vamos agora?

– Parece que não temos tempo suficiente agora. Terá outra reunião daqui a pouco – Liam respondeu.

– Melhor voltarmos para o salão – John disse se apressando em sair – Iremos ao porão amanhã depois das nossas buscas, está bem?

– Está ótimo – Liam disse com um breve sorriso.

John, antes de sair cochichou alguma coisa perto do Liam, algo que eu não pude escutar, e Liam por sua vez respondeu brevemente.

– Vou indo nessa – John falou com um breve aceno.

– Que? Espera... – eu falei pronta para segui-lo.

– Espera, Eva – Liam me chamou a um canto – Tem um minuto?

– Am, tudo bem – respondi sentindo um pequeno frio na barriga – Aconteceu mais alguma coisa?

– Não aconteceu nada, só preciso resolver algumas coisas pendentes com você.

Olhei em volta em busca de John, mas ele já havia desaparecido da minha vista.

– Ei, olha para cá. Se concentra e me escuta – Liam me chamou a atenção – Então, quer dizer que você foi a um lugar proibido por conta própria?

– Eu só estava... – sentia o frio na barriga aumentar a cada palavra. Por que eu ainda sentia isso quando estava com ele? Eu não conseguia entender.

– Você ficou louca? – no seu rosto eu podia ver traços de irritação, mas a preocupação era tão aparente que eu não conseguia gritar de volta – Nem mesmo Ethan sai caminhando por aí sozinho, e isso porque ele é de longe o mais forte daqui.

– Eu não queria te preocupar. Me desculpa.

– E quem te falou que eu estou preocupado? – ele falou isso, mas sua expressão me indicava outra coisa – Eu falei para você ficar longe de problemas.

– Tudo bem, eu entendi. Já pode deixar de me dar broncas – eu disse um pouco decepcionada por ele não admitir algo tão óbvio, ele estava preocupado – Eu já vou.

Dei um passo antes dele continuar.

– Ei, eu não terminei ainda.

– Me fala o que você quer de uma vez – eu disse com um peso no coração. Essa novela já tinha me cansado.

Eu já não estava mais para brincar de colegial. Ele tinha a Sarah, eu as vezes passava a noite com o John. Estava bastante claro que aquela nossa pequena rixa não nos levaria a nada.

Ele baixou a cabeça pensativo, talvez sentindo minha frustração.

– Amanhã, quando formos ao porão – ele disse com a voz mais baixa – Se você sentir que alguma coisa vai acontecer, se joga para o lado direito. Não sairei da sua direita o tempo todo. Entendeu?

– Você quer que eu simplesmente me jogue? Como um cachorrinho adestrado?

– Só faz o que eu estou te pedindo, está bem? – a irritação havia voltado.

– Por que você está tão preocupado assim comigo? Para você é tudo muito fácil, né? Grita, briga e acha que sempre vai estar tudo bem... – eu não gritei, eu falei baixo, mas estava realmente frustrada.

– Já disse que... – ele começou

– Já sei... você não está preocupado comigo – eu disse dando o primeiro passo dolorido com o pé que eu havia torcido – Vamos logo ou vamos chegar tarde na reunião.

E então ele me puxou de volta, não com violência, mas de uma maneira que realmente me fez voltar. Sem que eu me desse conta do que estava acontecendo, senti seus lábios quentes juntos aos meus, o sabor doce de um beijo que eu havia sonhado por tanto tempo. Não era um beijo desesperado como da última vez, também não foi um beijo para me espantar como no dia da foto. Era um beijo carinhoso, calmo... um beijo que aqueceu meu corpo... sim, o beijo que eu havia sonhado. Meu coração estava disparado e meu corpo completamente paralisado. Não fechei os olhos e pude ver toda a simetria perfeita de seu rosto. Ele parecia querer recuperar algo há muito perdido. Suas mãos firmes ainda seguravam meu braço quando o beijo acabou. Nossos olhos se cruzaram, eu queria mais, eu ansiava por mais.

Sem ter a menor possibilidade de falar qualquer coisa, ele me soltou e começou a caminhar em direção as escadas. Fiquei ali parada, sozinha, tentando entender o que havia acabado de acontecer, sentindo o corpo tremer com uma emoção até então desconhecida. Olhei-o se afastar como se meu pequeno mundo estivesse se distanciando junto com ele.

Cheguei tarde na reunião, ainda tinha a emoção abalada. Havia ocorrido muitas coisas nesse dia e eu me sentia culpada por estar feliz após presenciar a morte do Jay.

Liam não olhou nem um minuto para mim durante a reunião, o que fazia com que ficasse ainda mais difícil adivinhar o que ele estava de fato sentindo.

Fizemos uma pequena oração pela alma do Jay, eu não era religiosa e não sabia bem em que eu deveria acreditar, mas achei o gesto bonito e fiz minha pequena homenagem à pessoa que salvou a minha vida. Ninguém comeu durante a reunião, ninguém conversou. O clima estava pesado e triste no ambiente e o silêncio era esmagador.

– Peço desculpas, mas acho que pularei o lanche comunitário hoje – Zayn falou pesadamente.

– Leva alguma coisa para comer, por favor Zayn – Jéssica falou preocupada.

– Não é uma regra estarmos juntos durante as comidas? – Lúcio lembrou antes que Zayn saísse.

– Lúcio, acho que a situação aqui permite que façamos uma exceção – John respondeu com a voz triste, mas serena.

Zayn acenou com a cabeça agradecido pela compreensão de John e saiu. Acredito que ninguém se sentia realmente bem e eu entendia o fato dele querer estar sozinho. Ele se dava bem com todos ali e talvez fosse mais difícil perder alguém quando não se tem inimigos.

Assim que Zayn saiu pela porta, Sarah levantou e saiu batendo os pés largando toda a sua comida para trás.

– Sarah volta logo aqui – Liam era bruto com qualquer um e em qualquer momento, mesmo nessas situações.

Lembrei do beijo que ele havia me dado e novamente meus sentimentos foram egoístas com todos. O ciúme de vê-lo chamando-a devorava meu corpo, mas o mantive oculto, não era hora para essas coisas. Jay havia morrido e tudo o que eu tinha que fazer naquele momento era passar pelo luto dele e não deixar me levar por sentimentos triviais.

– Deixa ela – John falou, compreensivo como sempre – Ela é a que mais está sofrendo aqui, não podemos esquecer que eles eram como uma família.

Liam estalou a língua e ficou quieto.

– Só precisamos ir vê-la de tempos em tempos para saber se está bem – Vi disse, provavelmente preocupado com o bilhete que ela havia recebido.

O pensamento de ela ser a próxima me fez levantar de repente com o coração disparado. Não nos dávamos bem, mas isso não significava que eu queria o mal para ela. John, que estava ao meu lado, segurou meu braço para que eu não saísse e me fez sentar novamente, dizendo "não" com a cabeça.

Todos voltamos ao mesmo silêncio esmagador de antes e nesse momento tive vontade de fazer o mesmo que os dois. Tive vontade de ficar sozinha.

Eu sabia que precisava ser forte, sabia que não estava sozinha naquilo e não podia simplesmente desistir. Eu devia cuidar da saúde da minha irmã, que estava cada vez mais sociável, apesar de não falar nada ainda. Devia essa força a Jay, que havia salvado a minha vida. Devia isso a Helena que poderia estar sofrendo em algum canto com o que eles chamavam de seletores.

Saí da sala de reuniões logo que nos foi permitido. Dispensei a Judy, disse que ela poderia ficar com o Harry aquela noite.

– Mas Eva... Sei que você está precisando de alguém e... – ela falou com um tom preocupado que me cortou o coração.

– Tudo bem Judy – eu disse com um leve sorriso, tentando acalmá-la – Quero ficar um tempo com a minha irmã essa noite e tenho certeza de que Harry está precisando de algum consolo também.

– Ah... tudo bem – ela não pareceu convencida, mas mesmo assim seguiu Harry.

Levei minha irmã devagar até o nosso quarto. A acomodei na cama com o corpo levemente inclinado e me sentei ao seu lado. Peguei o livro que eu estava lendo para ela e comecei a primeira frase, mas não pude seguir.

– Alana... – eu disse baixinho, ela me olhou, seus olhos estavam mais vivos do que da última vez em que nos falamos – Alana, o que eu faço? – sentia as lágrimas escorrerem pelo meu rosto – Eu não aguento isso tudo sozinha. Por que eu tive que sobreviver? Por que isso tudo está acontecendo? Não era para estarmos bem? Tentando estar a salvo somente dos lobos e animais selvagens? Por que o Jay me salvou? Alana, estou confusa, não sei o que sentir. Estou triste pelo Jay, preocupada com a Helena e ainda assim não deixo de pensar no beijo que Liam me deu hoje. Eu estou com medo, com muito medo.

Quando disse a última frase, meu choro se rompeu em soluços desesperados. Abaixei a cabeça na cama da Alana tentando controlar o choro convulsivo, mas sem conseguir.

Então, Alana fez algo que me parou o coração por segundos. Senti sua mão quente sobre a minha cabeça. Meu choro foi interrompido pela surpresa, Alana estava ali, ela estava comigo. Ela seguia me ouvindo, seguia ao meu lado. A olhei, seu olhar estava sob mim ainda, ela tinha um sorriso triste no rosto, mas eu conseguia entender, entendia que ela estava me dizendo para ser forte, entendia que ela estava ali para me ajudar.

As lembranças da Alana sorridente invadiram minha mente, sentia um nó na garganta incapaz de descrever. Seu olhar silencioso me falava que não importava o quanto acreditavam ou não em mim, que eu deveria seguir acreditando.

Me sentei na cama ao lado dela e a abracei, as lágrimas voltaram a rolar pelo meu rosto e tudo o que eu podia fazer era agradecê-la.

Quando a soltei do abraço, notei que ela também chorava. Já fazia quanto tempo desde o último abraço que eu havia dado nela? Há quanto tempo ela havia estado ali e eu a ignorei?

Eu a deitei devagar, me deitei ao seu lado e a abracei.

– Obrigada por estar comigo – eu segui falando, queria recuperar o tempo que havia perdido – Me perdoa por não ter estado ao seu lado ultimamente.

Falei com ela durante muito tempo e via seus olhos o tempo todo me observando. Me sentia cômoda. Falei de tudo, tudo o que me preocupava, ria e via seu pequeno sorriso, chorava e via seu semblante triste. Conversamos, eu com palavras e ela com olhares e eu sentia toda a tensão que eu havia acumulado por tanto tempo, sair lentamente do meu corpo. Ela adormeceu um pouco antes que eu, e eu fiquei ali, abraçada com ela. Sentindo seu cheiro tão familiar e aconchegante junto a mim.

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