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{Cap. 34}

A vida é como uma estrada em que você viaja,
quando há um dia aqui e no dia seguinte se foi

Life Is a Highway
 ╰─────────────➤✎Tom Cochrane)

Acordei cedo, com uma grande dor de cabeça. Não me sentia descansada de jeito nenhum, mas também não via sentido em continuar deitada. Dormi mal a noite toda, tive pesadelos, sonhei com a Helena.

Eu e John fomos logo cedo para a sala de reuniões e esperamos que os demais chegassem. Estava tudo terrivelmente silencioso, eu mal podia ouvir os pássaros cantando. Fiquei olhando pela janela até ouvir alguém entrando pela porta, olhei para ver quem entrava e assim que Sarah me viu deu meia volta enquanto Liam a chamava de novo.

– Ei, aonde você vai? – ele se virou na direção dela e a seguiu – Ei, Sarah.

– Que maneira mais barulhenta de começar um dia – Yan entrou esfregando os olhos.

– Conseguiram dormir? – Su perguntou a mim e a John.

– O que você acha? – Judy parecia de mau humor e acabou respondendo por mim.

– É, acho que não... acho que ninguém pôde dormir muito bem essa noite – Su suspirou e ficamos em silêncio.

– Que inferno, que raios passa com essa menina? – Liam entrou furioso – Ela não virá, disse que não pode ficar aqui enquanto ela estiver.

Me senti ofendida, mas antes que eu pudesse responder qualquer coisa, escutei Vi falando de fundo, já entrando na sala também.

– Então, ela estará ausente da reunião?

– Suponho que sim – Liam disse parecendo frustrado.

Cumprimentei a todos conforme iam chegando e Lúcio me desejou bom dia com um sorriso brilhante no rosto, sorriso que me deu um calafrio na espinha que nunca mais pude esquecer.

– Mas a reunião não é obrigatória? – Lúcio fez questão de lembrar a Vi.

– Acho que todos estamos um pouco pra baixo essa manhã. Vamos deixá-la dessa vez – Vi respondeu sem alterar a voz.

– Quer que eu vá de novo? – Liam se ofereceu e mesmo nessa situação, eu conseguia ser egoísta o suficiente para ter ciúmes da atenção que ele dispensava a ela.

– Deixem-na sozinha – Jay disse um pouco mais impaciente que o normal – Ela virá se ela quiser.

– Onde está o Ethan? – Henry perguntou olhando ao redor.

– Será que ficou dormindo? Isso seria bem a cara dele – Liam disse também procurando com os olhos.

– Podem deixar que eu irei acordá-lo – Jéssica, que havia passado naquele instante pela porta, deu meia volta e foi até o quarto do Ethan.

Todos sentaram como se seus corpos estivessem pesados e poucos minutos mais tarde Jéssica voltou com o Ethan que seguia meio sonolento.

– Bom dia a todos – Luciel começou sem muito ânimo. Ninguém entendeu o porquê era ele e não Vi ou John que iniciariam a reunião, mas ninguém perguntou – Hoje voltaremos as buscas, mas fora da escola, temos que aproveitar enquanto está de dia e necessitamos de voluntários. Normalmente nossas tarefas normais inclui buscar locais que possam precisar de reparos ou lugares potencialmente perigosos com risco de animais entrarem, além de juntar comida, mas de acordo com a situação, também iremos buscar a Helena enquanto estamos fora. Inclusive se ela foi por vontade própria, temos que confirmar seu paradeiro e como ela não comentou nada com ninguém antes de desaparecer... – sua voz sumiu nessa hora e aparentemente ele havia desistido de seguir essa frase – Não iremos forçar ninguém a fazer o trabalho, entendo que outros de vocês têm outras prioridades e acredito que todos entenderão a posição um do outro aqui.

Os olhos de Luciel pararam em mim, e esperou para saber se eu havia entendido. Acho que eu era a que mais dava problemas no fim das contas. Assenti ligeiramente e não disse nada. Já era o suficiente que eu pudesse ajudar na busca.

– E então? Quem virá? – Luciel perguntou ainda olhando diretamente a mim.

– Sim, eu quero ir – respondi, pois sabia que era o que ele queria saber desde o início. Eu era a única além dele, do John e do Vi que sabia o que realmente estava ocorrendo.

Por mais que os "seletores" fossem mencionados entre os membros do grupo, ninguém sabia ao certo qual o verdadeiro risco que eles ofereciam. Bom, talvez Liam fizesse alguma ideia após ler os bilhetes que eu havia guardado.

– Muito bem, já temos uma – Luciel disse recorrendo com os olhos todos no salão.

– Você sabe que é perigoso aí fora, certo? – Harry falou próximo a mim e eu assenti – Tenha cuidado, por favor.

– Vou ter – respondi tranquilamente.

Eu conhecia os riscos, sabia que era perigoso mesmo que não houvesse lobos. Conhecia a ferocidade de alguns outros animais que haviam aparecido na cidade e sabia que sempre corríamos o risco de terem lobos mesmo durante o dia, como já havia passado mais de uma vez.

Harry sorriu aliviado pela minha afirmativa. Talvez estivesse realmente preocupado por mim, talvez estivesse preocupado com o que Judy sentiria se algo acontecesse comigo. Era difícil de dizer.

No fim, fomos eu, Vi, Jay, Lúcio e Henry. Eu gostava do fato de como Vi sempre se adiantava para tentar resolver as coisas. Sabia que o segredo estava saindo do controle, mas admirava que ele se arriscasse de qualquer jeito para cuidar de todos.

Fomos até o armazém para nos equipar antes de sair. Pensei em levar a arma e desisti, afinal eu ainda não sabia como usar uma arma de fogo sem me machucar apesar de ter tido algumas aulas com o Liam. Colocamos protetores nas mãos. Cada um pegou uma mochila e eu peguei a minha espada. Desde o dia em que cheguei que não a tinha pegado mais. Antes de mais nada, manejei ela de um lado para o outro. Eu a sentia muito mais leve do que da última vez em que eu a tinha usado, provavelmente os treinos de Ethan estavam dando bons resultados.

Nos agrupamos em frente a escada e fomos em busca da Helena e de comida na cidade.

Apesar de tudo estar indicando contra, no fundo eu queria acreditar que a Helena ainda estava em algum lugar por ali, viva e passando bem...

Desde que eu havia chegado, eu dificilmente saía dos limites da escola e estava realmente muito nervosa, mas eu tinha uma missão, eu precisava encontrar qualquer indício dela. Qualquer um que fosse já me deixaria feliz.

O dia estava nublado e as ruas completamente vazias, revisamos cada lugar onde fosse possível Helena estar, qualquer possível esconderijo. Não era fácil, era um trabalho cansativo e decepcionante. Além de termos que buscar pistas, ainda tínhamos que nos assegurar de que não seríamos surpreendidos por lobos ou outros animais.

– Pelo menos encontramos comida – Henry disse aborrecido.

– Sim, pena que a maioria já não serve para comer. Talvez possamos usá-las como armas – respondi com o semblante sério.

– Por favor, me diz que você está brincando. Ficamos fora muito mais tempo que o normal e o único que encontramos foi isso. Não sobrou mais nada aqui para nós.

– Henry, calma – eu tentei acalmá-lo.

– Ei, vocês, abaixem a voz – Vi chamou a nossa atenção – Vamos fazer mais uma parada e vamos voltar.

– Que tal ali? – Lúcio apontou um edifício do outro lado da rua. Havia um minimercado e uma papelaria ao lado.

Senti meus olhos brilharem, fazia muito tempo que eu não entrava em uma papelaria e mesmo nessas condições, não pude evitar sentir uma certa emoção.

– Não me importa – Jay reclamou ao meu lado – Só vamos fazer isso rápido. Já estou cansado dessa zona. Já estivemos aqui um milhão de vezes só hoje.

– Nunca achei que estaria de acordo com você – Henry disse baixinho para Jay.

– Não parece muito grande, acho que não vai levar muito tempo – falei tentando animá-los.

– Não esperava encontrar muita coisa, mas isso é um pouco decepcionante. Está bem vazio – Lúcio murmurou.

– Sim, parece que chegamos tarde. Deve ter sido um bom dia para quem chegou antes de nós – resmunguei baixo.

– Então vamos sair daqui de uma vez – Jay reclamou mais uma vez.

– Se você prefere Jay, pode ficar de vigilância na entrada. Assim nós faremos uma pequena busca – Vi disse com sua voz passiva de sempre.

– Tanto faz – Jay disse e encostou no batente da porta da frente.

Continuei buscando alguma coisa que valesse a pena levar e, também busquei lugares em que fosse possível se esconder, apesar de não ter muitas opções. Olhei cuidadosamente os corredores de prateleiras e embaixo das estantes, mas nenhum sinal da Helena.

Abri a mochila e revisei cada estante mais atentamente, vendo se havia passado alguma coisa e encontrei alguns caramelos próximo ao caixa, também encontrei um kit de costura e o meti dentro da mochila, talvez eu pudesse remendar algumas roupas dos membros do nosso pequeno refúgio apesar de que tínhamos roupas de sobra de diversas lojas espalhadas por aí. De resto, nada parecia realmente valer de alguma coisa. Fechei minha mochila e caminhei até Henry que estava vendo fixamente alguma coisa fora da minha visão.

– O que você está vendo? – perguntei me aproximando a ele.

– Ah, nada demais – ele respondeu como se estivesse saindo de um transe – é só uma máquina de prêmios. Só estava vendo o que tinha aí dentro.

Olhei para a máquina que havia chamado a atenção dele.

– Henry, mas essa máquina não é para olhar – eu lhe disse abrindo um grande sorriso – é para jogar.

Quando éramos mais novas, eu e minha irmã juntávamos uma boa parte da nossa mesada para jogar nessas maquininhas, havia inúmeras delas no fliperama que íamos. Gostávamos de fazer coleções das miniaturas e sempre reclamávamos quando saía alguma repetida. Olhei para Henry animada.

– Só um minuto – fui até o caixa e peguei alguns trocados que ainda tinham por ali.

– Que? Está buscando moedas? – ele perguntou surpreso – Olha, se eu quisesse os prêmios, eu só teria quebrado a máquina e pegado eles. Esquece isso.

– Não, não... já peguei. Vou te dar o prêmio que eu ganhar – disse sorrindo e colocando a moeda quase no rosto dele e antes que ele pudesse reclamar de novo, eu meti a moeda na máquina.

O som da moeda caindo foi nostálgico e quis que Alana estivesse ali comigo, era sempre tudo tão tranquilo.

Quando uma cápsula redonda caiu, Henry o pegou e ficou olhando.

– Eu disse que estava bem... – ele falou novamente, mas o sorriso dele me indicava o quanto ele havia gostado daquilo.

– Você parece a minha irmã – eu ri – escutar um "obrigado" seria agradável.

– Alana gostava? – ele perguntou curioso.

– Sim, eu e ela jogávamos sempre, ela tinha uma coleção maior que a minha – eu ri um pouco mais alto – E então? Vai me agradecer?

– Acho que antes vou ver se eu gosto do prêmio – ele parecia feliz, realmente feliz – Abre você.

Peguei a cápsula revirando os olhos e a abri.

– Ah, é tão lindo! Parece você!

– Como eu? Acha que essa coisa é tão linda como eu? – ele riu maliciosamente e por um breve momento isso me lembrou o Liam, o que me fez sentir frio na barriga.

Eu ri e dei a pelúcia que havia dentro para ele, era um passarinho com um boné e uma cara mal-humorada. Me lembrava bastante o Henry.

– De nenhuma maneira isso se parece a mim! – ele disse abrindo a boca.

– Ei, vocês dois? Vamos – Vi nos chamou perto da entrada.

– Está bem – eu disse ainda com um sorriso imenso no rosto. Claro que ainda estava triste com tudo, mas era bom poder aliviar o que estávamos sentindo. Fui caminhando até a entrada e Henry me seguiu, ele parecia inconformado.

– Vamos, de verdade. Seja honesta, eu realmente sou assim?

– Vocês são idênticos – eu ri ainda mais com essa insistência dele, logo ele também riu, até que Lúcio nos silenciou.

– Por que demoraram tanto? – Jay falou com a sua irritação de sempre.

– Está tudo bem aqui? – Vi perguntou ignorando sua pergunta.

– Sim, com exceção de que já passou bastante da hora de voltarmos, já está entardecendo.

– Ok, ok. Já estamos aqui agora. Vamos – Henry resmungou.

– Sim, melhor nos apressarmos, está bastante tarde já e estamos um pouco longe da escola. Já não podemos fazer nada – Vi disse me olhando, como me pedindo ocultamente desculpas por tudo.

– Vamos logo que vai demorar um montão até chegarmos – Henry falou já começando a caminhar enquanto segurava seu machado com ainda mais força.

– Vamos com cuidado, porque nossas sombras são maiores durante a tarde, o que significa que somos alvos fáceis dos lobos – Lúcio disse baixinho.

– Bem lembrado Lúcio – Vi complementou levando seus olhos até onde eu estava com o Henry – Mantenham isso em mente e sejam extras cuidadosos. E por favor, mantenham-se em silêncio.

Vi parecia manejar bem a situação, mesmo sabendo que corríamos mais riscos do que durante a manhã, parecia ter bastante experiência com esse tipo de coisa e se mostrava confiante. Ele mantinha todos calmos e era um ótimo líder.

Fomos avançando cuidadosamente e me senti um pouco aliviada pelo fato de não ter pegado muita coisa.

Usávamos gestos e expressões faciais para nos comunicar, mas até isso evitávamos, já que poderia nos fazer perder a concentração no caminho. Já havíamos caminhado muito e parecia que aquilo nunca terminaria, principalmente porque tínhamos que ver em cada esquina que íamos atravessar ou virar.

O suor escorria pelo meu rosto por conta da tensão. Paramos ao mando de Vi, ele nos apontou 5 lobos que estavam ocupados acabando com animal que parecia um cavalo, mas eu não conseguia ter certeza. Eles pareciam ainda maiores do que da última vez que eu os havia visto, mas era um alívio eles estarem tão concentrados na comida.

O rosto de Helena me passou pela cabeça e eu senti um calafrio, tanto se ela tivesse sido sequestrada, como se tivesse ficado aqui fora sozinha, as duas opções eram iguais de terríveis na minha mente, mas torcia para que se ela estivesse aqui fora, ela estivesse protegida.

Eu sabia que não teria essa resposta, sabia que não podia voltar a procurá-la e me sentia terrivelmente mal por isso.

Senti o braço de Vi me puxando e me dei conta de que eu havia parado e ficado para trás. Vi não falou nada, apenas me pediu silêncio. Andamos um pouco mais depressa para podermos alcançar Henry, Lúcio e Jay. Por conta da quantidade de lobos, entramos por outra rua, tínhamos que ser cuidadosos, a escola ainda estava longe e seria impossível correr em uma possível fuga.

Passamos perto de uma loja com um subterrâneo, a porta da escada estava aberta e pensei se talvez aquele não seria um bom esconderijo.

– Quanto tempo ainda vamos andar? – Jay sussurrou irritado interrompendo meus pensamentos – Tem certeza de que estamos no caminho certo?

– Fica quieto Jay – Lúcio reclamou bem baixinho. Jay retorceu o rosto de raiva, mas ficou quieto.

Foi nesse momento que eu senti uma respiração quente atrás de mim. Algo muito maior do que eu esperava. Eu me mantive parada e todos olharam com uma expressão de terror. O rosnado logo atrás aumentou, eu queria poder me virar e ver, esse tipo de curiosidade humana não tem explicação. Tinha vontade de me virar e depois correr e sabia que não resolveria fazer nenhum dos dois.

E então eu fechei os olhos no primeiro CRACK que eu escutei de suas patas.

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