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Capítulo 7

POV MARA

Era ela, eu tenho a certeza que era ela.

Mas, não podia ser. A menina devia ter uns 4 ou 5 anos. Não. A Madalena pelas minhas contas teria 23, talvez já quase nos 24. E se fosse ela então, então aquela menina era sua...sobrinha. Não. Mais uma vez não, a Madalena não iria esconder uma gravidez do Diogo. Não. Eles amavam-se e o Diogo contava-lhe se...não era impossível ser a Madalena.

Enquanto trato do almoço, não consigo deixar de pensar naquele encontro. Aquela rapariga era tão parecida com a Madalena, tinha a certeza que era ela. Mas, ao mesmo tempo...

— MARTIM...- ele estava na sala com os meninos, vejo-o a correr até  à cozinha, acho que pensou que o meu grito fosse algo mais...afinal estou no final da gravidez.

- Mara, está na hora? É a Miriam?- sim depois de dois rapazes, o Matias já com os seus 6 Anos e o nosso pequeno Manuel de 3 anos, chegaria finalmente a nossa princesa.

- Era ela, era a Madalena. Tenho a certeza.- e antes que o ele começasse a falar...- Eu sei o que estás a pensar, mas e se a Madalena estivesse grávida quando desapareceu? Sei lá, ela estava magoada com o Diogo, ela...

- Para isso era preciso que ela e o Diogo, tu sabes. E tendo em conta o que aconteceu com a Madalena no passado, não sei se eles deram esse passo.

- Eles deram.- Martim olha para mim...- O Diogo contou-me, foi no Baile de formatura do secundário da Madalena, eles foram para um "lugar especial", e foi nesse dia que o Diogo a pediu em namoro...eles...- Mara faz um sinal, e interrompe o que ia dizer. Os filhos tinham acabado de entrar na cozinha...- Isso foi há uns cinco anos. E aquela menina parecia ter uns cinco anos.

- Tudo bem, ela até podia estar grávida. Mas achas que ela ia esconder isso dele?

- Depois do que aconteceu, talvez...

- Mamã, temos fome. Quando é que vamos comer?- pergunta um Matias com um bico enorme...

- Vamos lá jantar seu esfomeado...- dou-lhe um mimo nos seus cabelos, que ficam meio que despenteados.- Continuamos a conversa depois, podes colocar o Manuel na cadeira, por favor.

E assim todos nos sentamos à mesa. Começámos a falar da nossa nova vida em Espanha. Os meninos perguntam como vai ser a escola nova. Embora com algum receio, pois estão num país diferente, com uma língua diferente, o Matias e o Manuel veem tudo como nova aventura.

Eu e o Martim decidimos arriscar e aceitar a oferta do Hospital Sagrado Corazon de Jesus. Iríamos ganhar mais e ter uma grande possibilidade de crescer a nível de carreira. O Martim iria ser chefe de serviço de Traumatologia, e eu conseguira a oferta para Chefe de Serviço de Pediatria, bem apenas iria começar a exercer após a licença de maternidade. Porém, até a Miriam nascer ia conhecendo os cantos do hospital e ver como tudo funcionava.

Depois de comermos, fui com os meninos ver um pouco de televisão, enquanto o Martim arrumava a cozinha. Aproveitei para falar com os meus pais, que adoraram ver os netos que falavam sem parar da nova casa, do bairro, da escola. Martim juntou-se à conversa e foi como se todos estivessem juntos de novo. Esta era talvez a parte mais díficil desta mudança, o afastamento da família. Sempre fui muito ligada a eles, e sair de perto do "ninho" foi duro.

Quando finalmente os dois rapazes adormeceram por exaustão, Martim foi deitá-los. Eu senti a sua presença muito antes de ele me abraçar por trás. Estava na varanda do quarto...

- Será que agora podemos falar sobre o que aconteceu no passado?

- Vou-te contar o pouco que sei...


FlashBack Mara

"Decidi ir a casa dos meus pais, estou cansada de olhar para as quatro paredes da minha casa. E o Matias precisa de sair, apanhar ar puro. Assim pego no meu príncipe coloco-o no seu carrinho, e lá vamos nós para um passeio. Não moramos longe dos meus pais, foi uma das minhas exigências ao Martim quando nos casámos, não iria conseguir ficar longe deles. Assim que chego a casa deles, consigo ouvir os gritos, muitos gritos. Olho para a vizinhança e todos estão a olhar.

Não são as vozes dos meus pai, e eu reconheço uma delas: o Diogo. Matias que estava no carrinho sorrindo, começa a fazer beicinho, coloco-lhe a chucha antes que comece a gritar em plenos pulmões. Sim. porque este bebé é muito calmo na maioria das vezes, contudo quando decide abrir no berreiro, é de enlouquecer a pessoa com mais paciência do mundo. Entrei pela porta da cozinha, não queria interromper a discussão, para além de querer perceber o que se passava.

- Diogo, posso saber onde vais? Estávamos tão bem...vamos continuar aqui bem juntinhos, fazer o que fizemos à pouco...

- O que raio é que tu fizeste Filipa?— percebi pela sua voz trémula que o Diogo estava nervoso, ou algo parecido, a sua voz estava...estranha...arrastada...

- Não fiz nada...nós fizemos.- diz a rapariga, eu mantive-me escondida...-Se tu não te lembras eu posso avivar-te a memória.- nessa altura já eu estava à porta da cozinha a espreitar que nem quando era mais nova. Vejo a rapariga aproximar-se do Diogo, que está visivelmente incomodado, irritado e estranho.

- Não fizeste nada?! Por isso é que a Madalena saiu daqui a correr e a chorar. Porra!— A Madalena viu-os juntos, agora é que vou matar o Diogo.

- Vá lá Diogo, esquece aquela menina. Ela mal saiu das fraldas, ela é...

- Para. Tu estás com a minha camisa vestida, eu sinto como se tivesse sido dopado, a Madalena veio cá a casa e saiu daqui a correr, a chorar. E dizes que não fizeste nada!

— Queres saber estou farta.

— Tu estás farta, eu estou...

— Eu amo-te. Sim, estou completamente apaixonada por ti. Mas tu só tens olhos para aquela adolescente, para aquela coisa. Quando é que vais abrir os olhos? Quando é que vais perceber que tu e ela não têm futuro?

— Eu não te admito que fales assim da Madalena. Ela pode até ser uma adolescente como disseste, mas é muito mais mulher que tu.

— És um otário Diogo, porque quando precisas de um ombro para chorar por causa daquela miúda eu sirvo. Mas quando ela volta, simplesmente volto a ser um nada...

— Filipa. Eu nunca te disse que eras mais que uma amiga. Eu desabafava contigo sobre a minha relação com a Madalena, porque te considerava minha amiga. Nunca te dei nem um sinal que poderíamos ser mais que isso.

— Eu amo-te Diogo. Sempre fui apaixonada por ti. Naquela noite no bar, não foi a Petra que me convidou, fui eu que me auto-convidei. Eu tinha alguma esperança que talvez tu percebesses que eu era mais  Mas tu só tens olhos para aquela adolescente, quando é que vais abrir os olhos? Quando é que vais perceber que tu e ela não têm futuro?

De repente vejo o Diogo mudar de feições, a cara de irritado muda para alguém capaz de tudo. Deixo o Matias no carrinho virado de costas, ele não precisa de assistir a estas cenas, e corro em direcção àqueles dois, antes que algum deles faça algo que se arrependa. Bem pelo menos o meu irmão, porque a rapariga já vi que não presta.

- DIOGO.- Grito...- Para, por favor, para.- ele olha para mim e para a tal Filipa...- Olha para mim. Não vale a pena, por favor pensa no que vais fazer. — Ele apenas se vira de costas...

- Sai Filipa. Sai e não voltes nunca mais.— virando-se de novo para a tal Filipa...— Se me vires na rua, finge que não me conheces.- a miúda olha para mim, mas eu não me vou meter mais, só quero tentar acalmar o meu irmão.- SAI.

A tal Filipa começa a vestir-se, mas sempre a chamar o Diogo de otário, e a Madalena de coisas que nem percebi. Assim que está vestida, sai batendo com a porta. Vou buscar o Matias, que até aí não sei como estava calado, mas que começa a gritar em plenos pulmões depois daquela coisa bater com a porta com toda a força do mundo. Aproximo-me do Diogo, com o carrinho do meu bebé. Pego nele e  sento-me ao seu lado com o bebé a mamar no meu peito. O Diogo, olha para o sobrinho e levanta-se de repente.

- Eu tenho que ir atrás da Madalena, ela saiu daqui sem me deixar explicar nada...

-  Senta esse teu rabo neste sofá agora Diogo.

- Mara...eu preciso...

- Tu agora precisas de lhe dar tempo. Neste momento ela não te vai ouvir. Não sei o que se passou, mas deixa-a acalmar-se. Amanhã vais ter com ela, se for preciso eu ajudo-te.

- Mas...

- Diogo, eu sou mulher. Te garanto que se fores atrás da Madalena neste momento, não vai dar em nada. Agora podes contar-me o que foi que aconteceu?

- Não sei, eu vim para casa estava a sentir-me mal disposto, com umas dores de cabeça horríveis. Assim que cheguei a casa apenas tive tempo de me deitar no sofá.

- Tu desmaiastes?- perguntei agora preocupada, não era normal o que ele me estava a dizer, não para o Diogo.

- Não sei, ou adormeci. Quando acordei senti alguém por cima de mim. Pensei que fosse a Madalena, mas quando abri os olhos vi a Filipa.

- E deixa-me adivinhar tu estavas sem camisa?

- Sim, era ela que tinha a minha camisa vestida.- o Diogo para por um segundo e olha para mim...- Tu achas que ela me dopou? Mas como? Eu comecei a sentir-me mal ainda no hospital. E, como é que ela sabia que a Madalena iria aparecer? Não faz sentido...

- Bem isso eu não sei, pode ter sido apenas uma coincidência muito grande. O que sei é que temos que ir ao hospital.

- Para o hospital? Para quê, eu já estou bem...meio zonzo ainda mas...

- Se ela te dopou, seja o que for que ela ou outro alguém te deu, ainda deve estar no teu organismo. Podemos provar à Madalena que foi tudo planeado por aquela coisa.

- Tudo bem, eu vou só tomar um banho, falar com o meu professor e explicar-lhe a situação, tenho a certeza que ele vai acelerar as coisas lá no hospital. Vens comigo?

- Eu até ia, mas não quero levar o Matias para o hospital...- e neste momento Rute chega a casa com o Tomás.- Diogo, eu vou contigo.- grito para o Diogo que ainda sobe as escadas..."

- Então, presumo que deixaste o Matias com a Rute e foste com o Diogo para o hospital.

- Depois dos exames ficámos a perceber que lhe deram Cetamina. Não numa dose muito grande, mas o suficiente para o Diogo sentir algum sono e cansaço.

 - Ou seja, a Madalena viu o Diogo com a Filipa e achou que...- o Martim olha para mim e respira fundo...- Por que é que vocês mulheres são sempre tão impulsivas?

- Martim. Te garanto que se fosse eu...- o Martim olha para mim...- Eu reagiria bem pior que a Madalena. Porque antes de te bater, eu partia a cara da vagabunda...

E começamos os dois a rir. De certa forma ambos sabíamos que qualquer mulher no lugar da Madalena, ou até um homem, iria reagir da mesma forma. No entanto, tirar conclusões precipitadas em quente nunca dava bom resultado. Tudo o que vemos tem uma explicação, e nem sempre o que vemos é exactamente o que achamos.

- Então e chegaram a perceber como e quem fez isso ao Diogo?

- Não. O Dr. Abrantes garantiu ao Diogo que iria tentar descobrir, mas até hoje não há uma pista.

- E o Diogo tentou falar com a Madalena?

- Várias vezes. Mas a Madalena nunca o atendia. Decidiu ir até à escola e com a ajuda da Rute, tentou que ela o ouvisse. Não sei o que se passou, só sei que o Diogo chegou a casa a chorar, a dizer que queria morrer, que a Madalena tinha acabado tudo com ele.

- E duas semanas depois o pai da Madalena apareceu em casa dos teus pais, à procura dela...

- Sim. Ela sumiu, eles assumiram que ela estivesse com o Diogo. Porque era suposto ela ter ido para Lisboa fazer a faculdade. Ela ia para casa da tia, mas nunca apareceu.

- Achas mesmo que aquela rapariga era a Madalena?

- Não sei. Parecia ela, mas aquela menina, ela chamou-a de mãe. Martim, se era a Madalena, aquela miúda é minha sobrinha, nossa sobrinha, filha do Diogo.

- Amor a Dona Dulce também não é tua mãe, e tu aos 5 anos já a chamavas de mãe.

- Não sei. A menina é igual à Madalena, e ela fez-me lembrar do Diogo. E se realmente ela for filha do Diogo? Não vou conseguir esconder do Diogo, não lhe posso omitir isto.

- Mara, primeiro temos que ter a certeza que se trata da mesma pessoa. Depois, caso seja a Madalena, temos que perceber o que se passou, o porquê de ela ter sumido, e de ter eventualmente escondido uma gravidez.

- Mas...

- Mara, nós não podemos interferir. Podemos tentar perceber toda esta história, podemos tentar ajudar, podemos até fazer bluff dizendo que se ela não diz ao Diogo da menina, dizemos nós.

- Achas que vai resultar essa coisa de Bluff?

- Não sei. Se ela não disse até hoje, talvez nunca diga. Porém, a decisão final é dela.

- Não é justo, o Diogo tem o direito de saber. Se realmente ela for "minha sobrinha", não vou esconder do meu irmão que ele tem uma filha, nem dos meus pais que eles têm uma neta.

- Sim minha defensora da pátria. Mas antes de fazer seja o que for, temos que ter a certeza que aquela moça é a Madalena, e agora vamos dormir porque amanhã cedo temos dois terroristas acordados bem cedo.

E assim adormecemos. Esperando resolver toda esta confusão e aumentar a família. Rezando para conseguir tirar o meu irmão daquele estado de letargia e desânimo em que ele está desde que a Madalena sumiu.

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