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Capítulo 32

"- Podes ficar descansado, apesar de confiar na Tia Luísa, não lhe vou contar sobre a Nena. Amanhã ligo-te para te avisar do horário do voo."

- Ok. Vemo-nos amanhã.

"- E por favor manda me uma foto da princesa...quero conhecê-la nem que seja por foto."

- Vou te mandar por mensagem. Até amanhã. E obrigada nono, por tudo.

Pov Leonor (Prima da Madalena)

Assim que o Diogo desligou a chamada, foi a minha vez de chorar. Se me perguntarem porque estou a chorar? Não sei. Não consigo explicar. Acho que choro por tudo e por nada.

Choro por finalmente ter notícias da minha prima/irmã. Choro por saber que de novo alguém conseguiu feri-la. Choro porque não fui capaz de a ajudar. Choro por saber que se o meu pai não a tivesse obrigado a contar ao meu tio sobre o namoro, talvez as coisas tivessem tido outro rumo. Choro por ela ter passado uma gravidez sem ninguém por perto. Choro porque é a única forma de extravazar o que vai dentro de mim.

O telemóvel apita, e assim que o desbloqueio vejo que é uma mensagem do Diogo, sei imediatamente que é a fotografia que lhe pedi: a foto da Maria da Luz e do Lucas.

Não dá para ver a carinha deles, mas chega para me fazer chorar de novo, porém desta vez de alegria. Olho para aquela menina, loirinha, pele branquinha, e faz-me lembrar da Madalena. Tenho uma quantidade de fotos de nós as duas nesta idade. E se o Lucas, que conheço desde pequeno, não estivesse nesta foto, eu iria jurar que era a Madalena.

Limpo as lágrimas, e ajeito-me. Preciso de falar com a Tia Luísa. Sei que o Diogo tem medo que ela diga alguma coisa ao Tio Pedro, tenho a certeza que ela não contaria, porém, agora que parei para pensar um pouco, talvez ele tenha razão. Quanto menos pessoas souberem neste momento, melhor.

Contudo, isso faz com que tenha que inventar algo para justificar o meu pedido de ausência tão repentina, e terá que  ser uma boa mentira, para enganar a Sra. Dra. Luísa.

Lembro-me de repente que os anos do Simão estão próximos, posso sempre dizer que planeei uma viagem com o Simão?! Só tenho depois que pedir desculpa ao Simão por não podermos fazer nada no dia, porque "menti" agora à Tia Luísa. Mas eu sei que ele me vai perdoar, porque eu sei que ele também vai querer ir dar um apoio ao Diogo.

Bato á porta do seu consultório...

- Posso entrar?- pergunto.

- Entra querida. Já acabei as consultas por hoje, aliás ia agora ao teu consultório, queria perguntar se poderias ficar uns dias sozinha aqui na clinica...

- Ah!!! Eu vinha perguntar a mesma coisa. É que o Simão está a fazer anos e eu planeei uma viagem. Era para ser só daqui a uns dias, mas a agência ligou-me e houve umas confusões nas marcações. Bem resumindo o voo está marcado para amanhã. Eu sei que é em cima do acontecimento, e eu ainda nem sei se consigo ir, porque tenho que ver se os meus sogros me ficam com os miúdos...e...

- Leonor. Vê se te acalmas...em relação aos dias, tudo bem. Eu apenas queria ir até Coimbra ver a Luísa e as meninas. Já não vou lá há um tempo. Mas posso sempre ir para o próximo. E em relação aos miúdos, os teus pais...

- Eles também não vão cá estar este fim de semana...

- Bem se quiseres e já que eu não vou para nenhum lado, posso ficar com eles...

- Sério Tia. Então eu vou ver com os meus sogros, se eles me disserem que não eu ligo-lhe.- Viro-me para sair, mas volto atrás. Vou até ela...- Obrigada Tia. - e dou-lhe um abraço.

Apesar de não ser da minha família de sangue, a Tia Luísa transformou-se numa pessoa especial para mim. Ela era a melhor amiga da minha Tia Maria, e sempre considerou a minha mãe uma irmã mais nova.

Na altura em que a Madalena sumiu, ela foi o nosso apoio: o da minha mãe que caiu numa depressão na altura, e o meu que não podia chorar em casa, pois sabia que os meus pais já estavam mal o suficiente.

Quando comecei a trabalhar na clínica era ela o meu ombro, era com ela que eu chorava. Para me afastar de tudo isto, e para conseguir estar próxima das minhas primas mesmo que esses encontros fossem às escondidas do Tio Pedro, acabou por me oferecer a direcção da clínica em Coimbra, onde estive até há umas semanas. Decidi voltar para Lisboa, as saudades dos meus pais e o facto do Simão andar sempre de Lisboa-Coimbra, acabaram por nos fazer decidir voltar á nossa base

Despedi-me dela, fui até ao meu consultório, deixei a minha jaqueta e peguei no casaco e na minha mala. Passei pela recepção, e falei com a enfermeira chefe. Pedi-lhe que remarcasse todas as minhas consultas da próxima semana, uma vez que eu iria estar fora. As mais urgentes passasse para a Dra. Luísa.

Depois disso tratado, fui para o carro rumo ao colégio dos meus dois sapecas: Salvador e Santiago, os gêmeos verdadeiros mais diferentes do mundo. Estavam com quatro anos, eram meigos, inteligentes, cúmplices entre eles, porém muito artreiros.

Pela minha mãe, que adora mimar os netos, os gémeos nem iriam para escola. Porém, por muito que ela me implorasse, os gémeos precisam de alguma rotina nas suas vidas. Para além de que socialmente lhes faz bem. Neste momento, ela vai-se contentando com a minha bebé. Assim que chego à escola, saio do carro e entro na escola. Vou até á sala onde estão os meus dois príncipes, e logo ouço um alto, sonoro grito em duo...

- MAMÃ...

- Sabem que a mamã não é surda certo?- digo-lhes sorrindo...- Boa Tarde Rosa.- cumprimento a senhora que fica com o grupo da sala, depois da educadora Raquel sair.

- Boa Tarde mãe.- cumprimenta-me e de seguida vira-se para os dois diabinhos que andam já a correr para lá e para cá no corredor...- Adeus, meninos...até amanhã.

- Salvador, Santiago...a "Tia" Rosa está a falar com vocês...

- ADEUS TIA....vamos mamã....- e pronto, despedidas feitas...

- Rosa, os meninos a partir de amanhã vão ficar com os meus sogros, ou com a minha Tia Luísa. Vamos viajar, mas não levamos os meninos. Vou enviar uma mensagem para a Raquel, mas assim já ficas também avisada.

- Tudo bem. E Boa Viagem.

- Obrigada. Vamos meninos...- Pego nos casacos e nas mochilas dos dois, e vamos para o carro. Quando já estamos a caminha de casa, percebo os dois a falar, naquela linguagem própria que os dois têm desde que começaram a dizer as primeiras palavras. É como se estivesse a ouvir dois açorianos a falar.

- Mamã...- E é claro que quem começa é o Santiago que vai fazer a pergunta que há muito os dois queriam fazer.- Tu e o papá vão viajar?

- Vamos.- digo.

- E porque nós não vamos?

- Porque é uma viagem de adultos.

- E porque não ficamos com a avó Marta e o avô Luís?

- Bem primeiro porque os avós também não vão estar cá, e não menos importante a Avó Diana e o Avô Samuel também gostam muito de vos ter lá em casa.

- Mas é chato. O Avô Samu não deixa jogar no telemóvel e a avó não faz doces...- e agora é o Salvador a falar.

- Bem, sabem o que eu acho? Que vou ter que ralhar com o Avô Luís e com a Avó Marta. Estão a estraga-vos com mimos...

- Não mamã...por favor...- dizem os dois quase a implorar.

No meio de toda a conversa chegamos a casa dos meus pais. Quando para o carro, saio, e de seguida tiro os dois das cadeiras. Lógico que eles já correm para ir bater à porta. Quando veem o meu pai, é uma festa. Logo entram, para fazer a festa com a avó também.

- Oi filha. O Simão já cá está, diz que lhe enviaste uma mensagem para vir cá ter, para além de teres pedido para que os meninos ficassem em casa dos teus sogros?

- E!? Eles podem ficar com eles?

- Sim, acho que sim, mas nós também podemos...

- Não. Vocês, não podem. Vem temos que conversar os quatro.- Entro em casa e vou directo para a sala onde estão os meus três filhos e os meus três irmãos mais novos: Laura, Lucas e Maria.- Laurinha, podias levar os meninos para o quarto de brincar por favor.

- Claro. Vamos miúdos...- e assim que a Laura sai com todos, menos com a minha bebé, que se agarrou a mim como a bezerrinha que é, e já não quis outro colo.

- Bem vais dizer o que se passa, e porque é que eu pedi aos meus pais para ficarem com os meninos?

- Nós os quatro, bem os cinco, porque eu vou ter que levar a Mariana, vamos viajar.

- Viajar!? Viajar para onde? Leonor, tu estás doida! Eu e o teu marido trabalhamos, não podemos colocar férias assim do nada.- o meu pai esbraveja.

- Pai. Vocês são donos do escritório. Podem colocar férias quando quiserem.

- Amor o teu pai até pode ser um dos sócios do escritório, mas eu sou apenas mais um subordinado lá dentro.

- Mas, não vão ser férias para vocês...porque...porque há alguém a precisar da vossa ajuda de advogados.

- Leonor, as coisas não são assim. Eu não posso simplesmente chegar aos teus tios e dizer que vou não sei onde e...

- Pai...- coloco a foto de Lucas com a Maria da Luz no telefone e mostro-lhes.- Eles precisam de nós, os pais deles precisam de nós.

- Posso saber quem são estes miúdos!?- pergunta o meu pai.

- Bem este é o Lucas, o filho do Diogo, mas quem é esta?— diz o Simão.

- Sim, é o Lucas. E ele precisa de nós.

- Como assim? O que é que se passa com o meu primo?

- Esperem...Leonor. Estás a falar do Diogo da tua prima Madalena!?- a minha mãe pergunta e sei que já está a pensar, mil e uma coisas...e quando olha para a foto, percebe o mesmo que eu.- Diz-me que é o que eu estou pensar? Nono...é ela, não é?- e começa a chorar agarrada no meu telemóvel...

- Ela quem? Marta, porque é que estás assim? Leonor!?- e agora o meu pai para está confuso por ver a minha mãe a chorar e a olhar para uma fotografia.

- Esta menina, chama-se Maria da Luz. Ela é filha do Diogo e da...

- Da Madalena!? Diz-me que é ela Leonor...- pergunta a minha mãe já sem conseguir controlar o choro.

- Sim mãe. O Diogo está com a Madalena. Ele encontrou-a.

- Mas, desde quando é que a Madalena tem filhos? Não, não é a minha ursinha, não pode ser.

- Pai. A Madalena fugiu, porque descobriu que estava grávida do Diogo.

- Mas, o meu primo sabia? Eu não acredito que...

- O Diogo não sabia de nada. A Madalena assim que descobriu foi a correr contar-lhe. Mas...

- Foi no dia que ela o encontrou com a Filipa.- diz o Simão, eu apenas aceno.

- Sim. A Nena foi a casa do Diogo para lhe contar, mas quando chegou lá e a outra lá abriu a porta, viu o que viu: o Diogo seminu no sofá e a Filipa com a camisa dele vestida...

- Ele enganou-a? Aquele desgraçado enfiou-se na cama com outra?

- Não pai. A Filipa, estava obcecada pelo Diogo. Então decidiu enganar o Diogo.

- O objectivo dela era fazer com que o Diogo ficasse com ela depois. Provavelmente enganá-los com uma falsa gravidez.— diz o Simão

- A Madalena foi a casa do Diogo, para lhe contar. Pelo que eu soube pela mãe do Simão, O Diogo foi dopado, ele sentiu-se mal no hospital e pediu para ir para casa.

- Eu lembro-me da minha mãe falar com a minha Tia na altura. A Tia Dulce não gostava nada dela.— confirmo o que o Simão conta para os meus pais. Ouvi um serie de vezes a minha sogra falar com a mãe do Diogo ao telefone a falar mal da Filipa.

- Naquele dia ela deu-lhe uma droga qualquer, o Diogo acabou por adormecer. Foi quando a Madalena, apareceu. Ao ver a doida de camisa e o Diogo deitado no sofá só de cuecas, bem ela pensou...bem vocês sabem como ela é...impulsiva demais.

- Ela pensou que o Diogo a tinha traído.- diz a minha mãe.

- Sim. A Madalena nunca iria tirar o bebé, mas teve medo do que o Tio Pedro, e outro lá, fizessem, então decidiu fugir.

- E porque é que não veio para cá!? Nós protegíamos a tua prima.— grita o meu pai.

- Pai. Quando descobriste o namoro dos dois, o que foi que fizeste? Tu deste-lhes um prazo para contar ao Tio Pedro.

- E nunca mais me vou perdoar por isso. Nunca pensei que o Pedro...

- Então ela preferiu fugir de todos?— perguntou a minha mãe.

- Sim mãe. Ela quis proteger a filha. E vocês não a podem julgar por isso.

- Eu sei...eu sei. Se culpa matasse, eu já estava morto.— o meu pai está irritado, mas não com a Madalena, sim com ele.

- Cruz, credo Luís. Não digas isso nem a brincar. E porque é que agora ela decidiu falar conosco?

- Bem na verdade, ela nem sabe que nós sabemos onde ela está.

- Bem tecnicamente...- diz o Simão...- nós...- e aponta para ele e para os meus pais...- não sabemos.

- Eles estão em Espanha. A Nena conseguiu uma bolsa integral na faculdade de Medicina. Ela trabalhou, fez o curso e teve a Luz.

- Ok, mas filha, por que é que só hoje sabemos disto? Ou melhor, porque é que sabemos agora?— pergunta a minha mãe.

- A pergunta é: se ela não sabe que nós sabemos: Quem te contou? E o que é que aconteceu?— o meu pai sendo o advogado que é, já percebeu que algo aconteceu.

- Foi o Diogo. Ele ligou-me hoje, ele precisa...bem a Madalena precisa de nós.

- Como assim precisa de nós, Leonor? O que é que se passa com a tua prima? Ela está doente? Ela está no hospital? É grave?

- Calma mãe, ela não está no hospital. Vocês lembram-se do que o Ricardo lhe fez?

- Não. Diz me que aquele...

- Sogro, o meu primo pode ter muitos defeitos, mas nunca iria fazer nada contra uma mulher.

- Eu sei lá. O teu primo que eu saiba já teve preso quando era mais novo.

- Para ajudar um amigo. Ele sempre foi inocente.

- PAREM. OS DOIS. -grito, para os dois homens a fazerem-se de galos.- O Simão tem razão pai, o Diogo ama a Nena, ele nunca faria nada contra ela. Aliás aquele homem morreria por ela.

- Filha, diz-me que ela está bem, por favor...

- Sim, mãe. Fisicamente ela está bem. Mas...

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