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Capítulo 30

Pov Madalena

"Porquê?

Porquê eu? Porquê de novo? Será Castigo? Castigo porque ela se foi?

Mãe! Eu não queria, juro que nunca quis que nada daquilo tivesse acontecido. Era para ser apenas uma noite romântica com quem achei me amava. Sinto tanto a tua falta, preciso tanto de ti...mas tu não estás aqui.

Preciso tanto do teu abraço, do teu carinho, de ouvir a tua voz a dizer "Não te preocupes minha princesa, vai ficar tudo bem. Eu estou ao teu lado, eu vou estar sempre aqui para ti.". Mas tu não estás, tu deixaste-me sozinha naquele hospital. Nada vai ficar bem, nada vai ser como era.

Por muito que eu recomece um novo episodio na minha vida, algo sempre me faz cair, nada é igual porque tu não estás aqui.

O pai? Abandonou-me. Tenho saudades do meu pai, daquele que me aconchegava no seu colo, mesmo eu já sendo pesada, apenas porque sim. Tenho saudades das nossas conversas, sobre os seus casos no tribunal. Ele sempre achou que seria eu a seguir os seus passos. Mas quando eu lhe disse ainda pequena que queria ser igual à minha mãe, ele apenas sorriu e disse-me "Vais ser ainda melhor que a tua mãe, minha princesa.".

O Pê virou me as costas, o olhar dele no tribunal era de ódio, desprezo. As minhas irmãs, não sei quando as poderei ver. Será que sentem falta a minha falta? Já devem estar enormes, na fase da adolescência, uma fase que tem tanto de linda como de difícil.

Tenho tantas perguntas sem resposta. Espero que a Mila as possa ajudar. Será que tenho mais irmãos? Será que algum dia irei conhecê-los? Será que algum dia os irei voltar a ver todos? A ver a minha família."

Já se passou um mês desde que tudo aconteceu. Estamos em casa da Mara,não consigo voltar para casa. Não depois do Rocco ter ido até lá ameacar-me.

Todos me tentam ajudar, mas eu só te quero a minha mãe. Só o seu abraço seria capaz de me salvar do fundo deste precipício em que me encontro. O Diogo, tem sido incansável. Nem sei como ele consegue continuar comigo. Estou danificada, estragada, quebrada.

No início não aguentava o toque de ninguém, nem dos meus dois tesouros, o que me quebrava mais ainda. Aos poucos fui tentando aguentar os beijos e os abraços do Lucas e da Luz. Não o fazer matava-me um pouco mais por dentro.

A minha sogra, que continuava em Espanha para ajudar o Diogo com os meninos, aos poucos conseguiu quebrar a minha barreira, e abraçá-la era como abraçar a minha mãe.

O meu amor, continua sem conseguir abraçar-me, sem me tocar. Sei que lhe custa horrores não o fazer, e confesso que tenho saudades do seu toque, mas é um sentimento ambíguo que sinto. Porque ao mesmo tempo que o quero, eu não o quero.

A Dona Dulce, o Sr. Rui, a Mara, o Martim, todos eles me tentam ajudar. Até a mama Consuelo e a Pilar me visitam, mas eu só quero estar sozinha. Sozinha com a minha dor, com a minha solidão.

Os meus filhos, têm sido a minha única alegria neste momento, contudo, olhar para os seus olhinhos tristes, por me verem neste estado, tem me afundado ainda mais.

Hoje consegui sair da cama. A minha pipoca convenceu-me a tomar um banho, segundo ela estava "...a cheirar que nem um sapato sem sola". Claro, que o banho foi a três: eu, a Luz e o meu bebé Lucas. Foram, talvez os melhores minutos deste que tudo aconteceu, até consegui sorrir. Rimos, conversamos e brincamos.

No final do banho, eles saíram primeiro para se vestirem, enquanto me fiquei a vestir. Quando saí encontrei o meu "namorido". Ele apenas sorria, olhando para mim.

- Estás aí à muito tempo? -perguntei-lhe.

- Há pouco. Os meninos vestirem-se no quarto. Como me disseram que te estavas a vestir acabei por ficar á espera.- ele aproxima-se e eu encolho-me quase que instintivamente.

- Não consigo...desculpa.

- Ei!- ele aproxima-se mas sem me tocar...-Não precisas de ficar assim.

- Eu queria conseguir Diogo, eu...eu quero, mas...

- Madalena. Não fiques assim por favor...

- Eu...eu...percebo se quiseres acabar com tudo...

- Nunca. Estás a ouvir. Amor, olha para mim...- eu continuo a olhar para o chão, não consigo encara-lo...- Madalena, por favor, eu preciso que olhes para mim...- devagar levanto os olhos, o Diogo tem lágrimas nos olhos, está a chorar...- Nunca mais quero ouvir essa ideia sair da tua boca. Eu nunca te vou deixar sozinha. Eu amo-te, a minha vida sem ti não tem sentido. Nós somos como um puzzle, sem um de nós, o puzzle está inacabado.

- Só queria não sentir este tremor que sinto...eu...

- Por isso é importante as sessões que tens com a Dra Valverde

- Eu sei, mas, fico tão nervosa quando penso em tudo aquilo, que acabo sempre sedada.

- Não queres fazer terapia? Se achas que não te faz bem, acabamos com ela.

- Não sei. Sei que preciso, só não sei se estou preparada para pensar e viver aquilo tudo de novo. Da primeira vez eu não me lembrava, tinha te a ti quando me lembrei...

- Sabes que continuas a ter-me. Eu estou aqui. Vou estar sempre aqui.

- Eu sei, mas sinto que tudo é diferente. Eu não sei explicar-te. O Ricardo foi violento, abusou e bateu-me. Fiquei abalada quando me lembrei...

- Tu tentaste matar-te...

- Eu quis esquecer tudo de novo. Porém, o Rocco fez tudo por vingança, foi violento e preverso.

- Madalena...

- Nunca lhe dei um olhar, ou lhe fiz algum gesto que pudesse...

- Amor eu sei disso, nunca me passou pela cabeça, que tu...

- Que culpa tive se a Dra. Diaz me escolheu a mim para fazer o parto da Mara? Ele nunca aguentou o facto de uma mulher ser melhor que ele.

- Acho que até a doida da madrinha da nossa filha será melhor médica que aquele "animal".

- Diogo!!!

- Que foi?! - sem nem me aperceber abracei-o.- Se eu soubesse que bastava fazer uma piada com aquela doida, para sorrires...

- Para Diogo...- de repente dou-me conta que o que estou a fazer, afasto-me...- Eu...eu...

- Estás bem?- afasto-me e vou para a janela que tenho no quarto, daqui consigo ver os meus meninos a brincar...- Madalena...- volto a ignorar...- Eu vou pedir à minha mãe que te traga alguma coisa para comeres. Nunca te esqueças: eu amo-te, e nunca te vou deixar.

- Diogo.- respiro fundo...- O meu pai? Sabes como ele está? Como estão as minhas irmãs?

- O teu pai só o vi no dia a seguir a tu fugires, ele achou que estavas comigo. Quase que fui preso.

- Desculpa...não pensei que...

- Ir preso naquela altura não era o pior dos meus problemas, o que me assustava mesmo era não saber para onde tinhas ido.- Ele senta-se na ponta da cama a olhar para mim...- Depois de perceberem que eu não sabia de ti, eu e o meu pai começámos a procurar por ti. Eu sabia que tinhas apanhado o comboio, então fomos à estação, e conseguimos, vamos dizer uma luva recheada, que um dos funcionários nos dizesse que tinhas ido para o Porto.

- Vocês pagaram para...

- Nós?! Claro que não. Apenas demos um par de luvas ao funcionário, e podemos ter-nos esquecido de algum dinheiro lá dentro...- sorri...- Gosto quando sorris.

- Eu gosto quando tu me fazes sorrir.

- Bom saber. Mas, continuando, depois de saber que foste para o Porto, nós procuramos-te, mas não havia sinal de ti. Colocámos a hipótese de teres apanhado um avião para fora do país, mas dar luvas num aeroporto, não era a melhor solução. Tentámos por vias legais, ter acesso a lista de todos os passageiros de todos os voos daquele dia, mas como não éramos familia directa, não conseguimos.

- E o meu pai? Ele não fez nada? Ele não tentou?!

- Não sei. De verdade eu não sei, nós nunca mais falámos. Via o teu irmão no hospital, que simplesmente me ignorava, falava comigo se necessário e por motivos de trabalho. As tuas irmãs nunca mais as vi.

- A Luísa deve estar furiosa comigo. Eu disse-lhe que lhe escrevia assim que pudesse, mas...

- A Luísa sabia que ias fugir?

- Foi a única que soube da minha fuga e da Luz. Bem, ela sabia da gravidez. Nós fizemos o teste juntas. Nesse dia ela contou-me que achava que podia estar grávida do Tiago.

- Espera do irmão do André!?- aceno com a cabeça...- Aquele lá sempre foi uma dor de cabeça para os meus tios. Ele está preso, sabias?

- Preso? Como assim?

- Começou a dar-se com pessoal da pesada, drogas entre outras coisas. Foi preso por drogar e agredir um casal. Tentou roubar-lhes dinheiro para a droga.

- Meu Deus. Ainda bem que a Luísa percebeu a tempo quem era o Tiago. Ela ficou arrasada na altura, porque depois de estarem juntos, ele começou a ignora-la e a humilhá-la.

- O Tiago sempre foi complicado, mas nunca pensámos que ele chegasse a este ponto. A minha tia depois do que aconteceu nunca foi mais a mesma. E o pior foi o que ele tentou fazer à Mia...

- À Mia?!

- Depois do que aconteceu, a Mia confessou aos meus Tios que o Tiago lhe tirava sempre todo o dinheiro que ela guardava, e quando lhe davam presentes ele tirava-os para vender, como ela era pequena ele ameaçava-a. Ele dizia que se ela não lhe desse o que ele queria, ele matava os pais e ela ficava sozinha.

- Meu Deus! Como é que ele pôde fazer isso com a própria irmã.

- Não sei. Sabes eu acho que as pessoas hoje em dia estão tão preocupadas com o sucesso, com o dinheiro fácil, que se perdem no caminho.

Olho de novo para o jardim onde Luz e Lucas brincam, e fico a pensar: será que estou a ser uma boa mãe? Será que vou conseguir sê-lo? Os meus filhos estão ali, a brincar, a sorrir, enquanto a mãe deles está enfiada num quarto com demasiado medo de sair dele. Com medo de voltar a ser magoada. Com medo de viver.

Continuo a olhar para o jardim, sinto o Diogo a levantar-se e a sair do quarto. Será que um dia vou conseguir ultrapassar tudo isto. O facto, é que eu abracei o Diogo, e o pânico não veio. Pelo contrário senti-me segura, senti-me em casa. Contudo, assim que percebi o que estava a fazer, afastei-me. Não sei explicar, o meu corpo apenas se afastou.

Não consegui nem olhar nos seus olhos. Não queria que ele visse a minha dor, nem queria ver a desilusão nos seus. Porque é que tem que ser tudo tão difícil? Porque é que eu me sinto tão só, mesmo tendo pessoas que me amam ao meu lado?

- Bom Dia querida. Trouxe-te o pequeno almoço.- Dona Rute. Tem tentado ajudar-me, ser o que eu preciso uma mãe, uma amiga.

- Obrigada. Estou sem fome...

- Madalena, sei que está tudo difícil, mas ficar sem comer de nada vai adiantar. Por favor, bebe pelo menos o sumo...- fico na mesma posição, a olhar para o jardim.

Consigo ver a Luz e o Lucas a brincar. Com toda esta confusão a Luz tem faltado à escola. Sei que este ano ainda não é problemático, uma vez que está na pré-escola. Até como mãe estou a falhar. As lágrimas escorrem-me.

- Madalena!?

- Estou a ser uma péssima mãe. A Luz tem faltado à escola, e o que é que eu tenho feito? Nada. Eu não sirvo para nada...- de repente o telemóvel toca com uma nova mensagem.

Pego no mesmo, tenho uma mensagem. É de um telemóvel que não conheço. Desbloqueio o telemóvel e abro a mensagem. Ao ler, o ar começa-me a faltar. Sinto que vou sufocar a qualquer momento. A Dona Rute vem até mim. Tenta acalmar-me.l, porém continuo com a sensação de que vou sufocar. Grito. Só grito. Até que ouço a voz dos meus filhos, mas eu só consigo gritar e chorar.

- Mama...mama qué passa?

- Mamã. Vó o que tem a mamã?

- Luz, vai chamar o teu pai. Lucas vem aqui à avó.

- O que tem a mamã? Mamã...mamã. Vó deixa eu ir à mamã po favô...

- Lucas, a mamã agora não pode, ela...ela...

Ouço alguém entrar no quarto, estou de costas para a porta, mas consigo ouvir vozes, embora, no estado em que estou não condigo extinguir quem é. Estou encolhida num canto, o ar continua a não entrar...

- Mãe, tira o Lucas daqui...vai mãe.- O Diogo, é o meu Diogo.

- A Mamã...quelo a minha mamã...- Lucas grita, o que eu estou a fazer aos meus filhos...

- MÃE. LEVA O LUCAS DAQUI AGORA.- O Diogo grita, e de repente é como, se por um segundo eu percebesse onde estava...a mensagem...aquela mensagem

- NÃO. NÃO. NÃO. ELE NÃO PODE FAZER ISTO...ELE NÃO PODE...

- Madalena, amor olha para mim. Estou aqui...

De repente sinto o seu abraço. Estremeço, tento sair daquele abraço, apesar de saber que provavelmente o vou magoar de novo. Porém, desta vez não me deixa afastar. Tenta acalmar-me, abraça-me e fala comigo...

- Eu estou aqui. Calma amor. Eu não te vou fazer mal.- Começa a cantar. É uma música linda sobre lutar por quem se ama.

"I will fight (Vou lutar.)
I will fight for you (Vou lutar por ti.)
I always do, until my heart, (Eu sempre o faço, até o meu coração,)
Is black and blue (É preto e azul)

And I will stay (E vou ficar.)
I will stay with you (Vou ficar contigo.)
We'll make it to the other side (Nós vamos chegar ao outro lado,)
Like lovers do (Como os amantes fazem.)

I'll reach my hands out in the dark (Estico as minhas mãos, para o escuro,)
And wait for yours to interlock (E espero pelas tuas para nos entrelaçarmos.)

A verdade é que ele sempre esteve comigo...mesmo quando estivemos tão longe um do outro...a nossa princesa sempre foi um elo que nos permanecia unidos. E hoje ele está aqui, mesmo eu me afastando dele.

I'll wait for you (Eu espero por ti.)
I'll wait for you (Eu espero por ti.)
'Cause I'm not givin' up (Porque eu, não vou desistir,)
I'm not givin' up, givin' up (Eu não vou desistir, desistir,)
No not yet (Não, ainda não.)
Even when I'm down to my last breath (Mesmo quando eu estiver no meu ultimo suspiro)
Even when they say there's nothin' left (Mesmo quando eles dizem que não há mais nada.)
So don't give up on... (Por isso não desistas...)

On Me (De mim...)."

Sinto aos poucos que o meu coração se acalma, o ar volta, sinto-me bem, segura. Apesar do meu receio, vou aceitando o abraço do Diogo. Sinto algo picar-me, o Martim está ao lado do Diogo. De novo o meu coração começa a bater forte.

- Calma...o Martim apenas te deu algo para descansares. Eu estou aqui, não te vou deixar. Nunca te vou deixar amor.- os meus olhos começam a pesar. Tenho que o avisar da mensagem...tenho que...os olhos pesam mais e mais...

- Diogo...telemóvel....mensagem....lê....- e adormeço.

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