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Capítulo 29

Pov Diogo

A última semana tem sido: emotivamente cansativa. Entre a chegada dos meus pais, as duas tentativas de agressão à Madalena e o facto de Luz se assustar com tudo, chegou ao ponto em que tive que a deixar ir para casa da Dona Consuelo.

Mas deixem-me explicar melhor:

Naquele dia em que os meus pais chegaram, que coincidiu com Mara ter ido para o hospital para ter a pequena Miriam, eu fiquei encarregue de quatro pestinhas. Sim, eu. A minha sorte, ou talvez o meu azar, foi que no final do dia tinha a madrinha da minha filha a tentar ajudar-me. Digo a tentar, porque a única pessoa que a percebia era a Luz.

Foi complicado fazer-nos entender, e percebi que a minha menina fazia gato sapato da madrinha, e a mesma deixava. Decididamente Marisol Gutierrez não era uma boa influência para a minha filha.

A noite finalmente chegou, e tinha os quatro na cama. Porém, de repente algo me fez tremer dos pés à cabeça, e quase caí nos últimos degraus. Marisol que estava na sala a beber o resto do vinho do jantar, riu-se.

- Oye! Yo soy el que bebe, pero tú eres el que está borracho? (Ei! Eu é que estou a beber, mas és tu que estás bêbado?)- se percebi o que ela me disse? Mais ou menos. Apesar da barreira linguística, no final do dia já nos conseguíamos a entender-nos. Falávamos calmamente um com o outro e frases simples.

- Eu...eu senti algo. Não sei um aperto no peito...

- Donde? Diogo, te estás poniendo blanco. (Onde? Diogo, estás a ficar branco.)

- Não sei. Como se algo tivesse acontecido com alguém...- de repente penso na Madalena, será que lhe aconteceu alguma coisa? - Será que a Madalena está bem? Será que lhe aconteceu alguma coisa?

- Madalena está trabajando, en un hospital. A menos que el edificio se haya incendiado, ella está bien. (A Madalena está a trabalhar, num hospital. A não ser que o edifício tenha pegado fogo, ela está optima.)

- Fogo?!

- Diogo, solo estaba...olvídalo, el hospital es seguro, no te preocupes. Ven aquí, bebe un poco, a ver si sube un poco la adrenalina y la presión. Sigues siendo muy blanco. (Diogo, eu estava só a...esquece, o hospital é seguro não te preocupes. Anda, bebe um pouco, para ver se a adrenalina e a pressão sobe um pouco. Continuas muito branco.)

Depois de beber um copo, a cor voltou um pouco, mas a sensação de aperto continuava. Decidi ir deitar-me, mas fui para o quarto dos meus filhos. Eu precisava de algo para me manter calmo, e eles eram o meu melhor calmante.

Na manhã seguinte, acordei tarde, já deviam ser perto das 11h da manhã. Não que eu me preocupasse, porque se os meninos não me acordaram é porque a Madalena já estava em casa. E apesar de provavelmente estar cansada, deve estar a brincar com as quatro pestes. Decido levantar-me, tomar um duche bem rápido e vesto-me. Quando estou a acabar de me arranjar aquela mesma sensação de peso no peito volta. Decido ignorar, provavelmente não é nada.

Quando chego à cozinha apenas vejo Marisol, com lágrimas nos olhos e observar os miúdos que estavam a brincar no jardim. Chego-me perto dela e abraço-a. Não sei o que se passou, e mesmo achando que ela mima demais a Luz, não gosto de ver ninguém a chorar.

- Diogo! Me asustaste. (Diogo! assustaste-me.)

- Desculpa, não te queria assustar. Só que vi-te a chorar, e pensei que...

- Diogo... yo... necesito hablar contigo. (Diogo...eu...eu preciso de falar contigo.)

- Se precisas de ir embora, não te preocupes, eu arranjo-me. Aliás onde está a Madalena?

- Entonces, se trata de Magdalena...(Então, é sobre a Madalena...)

- Ela ainda está a dormir!? Tudo bem eu consigo ficar com os meninos até ela acordar...

- Diogo! Madalena no está en casa... está en el hospital. (Diogo! A Madalena não está em casa...ela está no hospital.)

- Ainda!? Mas o turno dela já acabou há mais de 3 horas...

- Ella... hubo un... accidente. (Ela...houve...um acidente.)

- Ela teve que ficar por causa...

- No. Cállate y escúchame. Magdalena fue atacada. Ella está...(Não. Vê se te calas e me ouves. A Madalena foi atacada. Ela está...)

- Não. Não. Diz-me que ela está bem...Marisol, por favor...diz-me que ela está bem!?

- No sé, fue tu padre quien llamó... en portugués...(Eu não sei, quem ligou foi o teu pai...em português...)

- O meu pai?! Ok. Os meninos, eles perceberam alguma coisa?

- No. Ya estaban afuera jugando. (Não. Eles já estavam lá fora a brincar.)

- Primeiro passo: saber o que aconteceu. Vou falar ao meu pai...- disse e assim fiz.

Assim que lhe liguei, o meu pai atendeu-me. Ele explicou-me tudo o que aconteceu: o encontro deles, a Madalena ter fugido deles, a agressão que ele viu e o estado da Madalena depois da mesma. Mas foi quando me falou da nova tentativa de "agressão" que eu me assustei. Alguém estava a tentar matar a minha mulher. Ainda nessa manhã eu estava junto da Madalena, fiquei com ela nessa noite, mas infelizmente não pude ficar a manhã seguinte com ela, a razão: Maria da Luz.

Quando a minha menina percebeu que eu e a mãe não estávamos em casa assustou-se. Começou a perguntar por nós, e Marisol até conseguiu mais ou menos disfarçar. Contudo, quando os meus pais chegaram a casa da Mara, Luz entrou num histerismo que apenas passou quando Marisol pegou nela e a levou para casa da Abuela Consuelo.

Na manhã seguinte despedi-me de Madalena, deixando-a com Marisol. E fui buscar o Lucas e a Luz. Decidi falar com os dois, e contar-lhes de uma forma simples o que aconteceu com a mãe. Se foi complicado? Foi. Luz começou a chorar e a gritar que queria ir para perto da mãe, e Lucas apenas se abraçou a mim.

A Luz passou uma semana com febre emocional, e chegou a um ponto que tive mesmo que a levar ao hospital. Ela tinha que ver a mãe, que sentir o toque. Madalena, nessa altura estava ainda medicada, e passava muito tempo a dormir. Mas, para a minha filha aquela ida ao hospital sossegou lhe o coração.

Como disse as semanas de internamento da Madalena foram complicadas. Ela recuperou bem da parte física, porém a parte emocional ficou bem afectada. Teve alta médica ao fim de algumas semanas, porém não é mais a minha Madalena. Passa o dia no quarto e recusa-se a voltar para o hospital. Os meninos não a deixam por um segundo, são como duas lapas bem agarradas à mãe.

Maria da Luz, após a Madalena falar com ela sobre os avós, e em como eles a amavam e nunca lhe iriam fazer mal, aproximou-se dos dois. Se bem que o avô Rui é o seu amor maior. E o meu pai não fica atrás, adora a neta. Criaram uma rotina em que brincam às escolas, onde Luz ensina espanhol ao avô, o que leva a várias gargalhadas, porque o meu pai de quando em vez erra a pronuncia, apenas para que a Luz fique feliz e o faça repetir quinhentas vezes a mesma palavra.

Entro no quarto, e vejo Luz de um lado e Lucas do outro lado da cama. A Madalena está no meio dos dois, apenas olhando o nada...

- Ei! O que tanto pensa esta cabeça?

- Nada...

- Madalena.

- Papá, nós estávamos a tentar adormecer a mamã.- diz o Lucas zangado.

- Eu acho que não estava a resultar, acho que a mamã é que vos estava a adormecer a vocês.- e sorrio.- Luz, o avô chegou, e a avó está à tua espera na cozinha Lucas, alguém lhe pediu para fazer biscoitos hoje.

- Iuppi...biscoitos da vovó...- Lucas saiu a correr do quarto, nem parecia o mesmo menino de há uns minutos antes quase a dormir.

- O Lucas só pensa em comer...- diz Luz sorrindo...- Mamã ficas bem?- Madalena assente...- Papá não deixes a mamã sozinha, ela tem medo...prometes?

- Eu prometo. Vai lá agora ensinar o teu avô a falar espanhol.- Luz dá um beijo na mãe e sai...- E agora nós.- Deito-me ao lado do meu amor, sem lhe tocar. Ela ainda se retrai de vez em quando ao toque.

- Eu...eu quero sair daqui.

- Queres ir para a tua casa é isso? Claro que sim...eu só...

- Não. Eu quero sair de Espanha...eu quero me ir embora.- fico a olhar para ela.

Sei que ela tem medo que aquele animal volte. Sim, nós soubemos quem foi. Mas o "animal" era filho de um dos accionistas do hospital, resumindo estava com as costas largas. Apresentámos queixa, mas avisaram-nos que provavelmente o caso seria arquivado. E não era por falta de provas, mas simplesmente porque havendo dinheiro da outra parte...

- E queres ir para onde? Lisboa? Coimbra? Porto?

- Não sei, talvez Lisboa. Eu acho que ainda não consigo voltar a Coimbra, dar de frente com o meu pai, com o meu avô...

- Tudo bem. Mas e o curso? A especialização? Vais deixar anos de estudo para trás?

- Eu não consigo voltar para lá...não consigo...

- Eu percebo-te, mas então vamos tentar pelo menos que não fiques prejudicada. Vamos tentar que eles te deem um certificado de habilitações que possas apresentar em Portugal. Assim pelo menos o curso de medicina não perdes, ficando apenas por fazer o internato e a especialização.

- Diogo, eu não sei se consigo...eu...e se voltarem a...

- Ei! Não podes pensar assim. Vamos dar um passo de cada vez, sim. Passo 1: ver se conseguimos o teu certificado.

- Eu amo-te. Perdoa-me por não conseguir...

- Está tudo bem. Eu espero o tempo que for, só te quero bem.

E assim ficou combinado. Pedi ajuda ao meu pai, para falar com o hospital e com os advogados, eu não percebia nada de leis e direito. O meu pai apesar de não ser advogado especializado na lei do trabalho conseguiu, através da Dra. Diaz, que se juntou também a nossa luta como testemunha, um advogado para tratarem de todo este processo.

Não foram reuniões fáceis. A direcção e os accionistas não queriam facilitar a vida à Madalena. Chegaram até a acusá-la de ter sido ela a dar em cima do tal médico. Contudo, nós tínhamos uma testemunha mais que perfeita para negar todas aquelas acusações: Marisol.

A surpresa maior foi saber que ela era prima do tal Rocco. Ficamos todos um pouco de pé atrás com ela, mas a Madalena confiava na amiga. E decidimos confiar também.

Com todo este processo acabámos por ter que ficar mais tempo em Espanha do que queríamos. Isto porque como não houve acordo, tivemos que recorrer ao tribunal. Sendo assim só podíamos sair do país após o final do processo.

No meio de tudo isto, a Madalena afundava-se cada vez mais na depressão. E já estava a ser doloroso ver a Luz e o Lucas tristes porque a mãe nem um beijo lhes dava.

- Papá...papá...- ouço Luz chamar-me desesperada.

- No escritório com o avô, princesa.- Luz entra a correr...

- Vem, por favor...a mamã...vem...

Olho para o meu pai, e saltamos os dois quase ao mesmo tempo da cadeira. Grito ao meu pai para ficar com a Luz na sala, subo as escadas o mais depressa que consigo. Assim que chego ao piso de cima, consigo ouvir o choro da Madalena e o choro do Lucas. Entro no quarto, e o que vejo assusta-me.

- Mãe, tira o Lucas daqui...vai mãe.

- A Mamã...quelo a minha mamã...- Lucas tenta soltar-se da avó.

- MÃE. LEVA O LUCAS DAQUI AGORA.

- NÃO. NÃO. NÃO. ELE NÃO PODE FAZER ISTO...ELE NÃO PODE...

- Madalena, amor...olha para mim...eu estou aqui...- ela continua a gritar e a chorar, tudo ao mesmo tempo.

Sei que posso fazer tudo pior, mas não vejo outra alternativa. Aproximo-me, e abraço-a. Ela assusta-se, e tenta debater-se, grita e chora cada vez mais. Mas eu não a largo, mantenho-me firme no abraço. Tento acalma-la como posso...

- Eu estou aqui. Calma amor. Eu não te vou fazer mal.- começo a cantar. É uma música que ouvi num filme, mas que é tudo aquilo que eu quero que ela ouça e sinta.

"I will fight (Vou lutar.)
I will fight for you (Vou lutar por ti.)
I always do, until my heart, (Eu sempre o faço, até o meu coração,)
Is black and blue (É preto e azul)

And I will stay (E vou ficar.)
I will stay with you (Vou ficar contigo.)
We'll make it to the other side (Nós vamos chegar ao outro lado,)
Like lovers do (Como os amantes fazem.)

I'll reach my hands out in the dark (Estico as minhas mãos, para o escuro,)
And wait for yours to interlock (E espero pelas tuas para nos entrelaçarmos.)

I'll wait for you (Eu espero por ti.)
I'll wait for you (Eu espero por ti.)
'Cause I'm not givin' up (Porque eu, não vou desistir,)
I'm not givin' up, givin' up (Eu não vou desistir, desistir,)
No not yet (Não, ainda não.)
Even when I'm down to my last breath (Mesmo quando eu estiver no meu ultimo suspiro)
Even when they say there's nothin' left (Mesmo quando eles dizem que não há mais nada.)
So don't give up on... (Por isso não desistas...)

On Me (De mim...)."

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