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Capítulo 28

— Por favor, não me faças isto de novo não...por favor...— e depois de dizer isto, não consigo ouvir mais nada. Não sei se ele me apagou, ou se fui apenas eu que desmaiei.

Naquele momento não mais me importava. Pensei no Diogo, na Luz e no Lucas. Se eu partisse agora, pelo menos a Luz teria o pai e o irmão. Teria avós, tios e tias. Sei que ela ficaria bem, que ficaria segura. Então se fosse para partir, eu partiria com a certeza que a minha filha ficaria segura nas mãos do pai.


Pov Pai Diogo

A Madalena.

Então foi para aqui que ela fugiu. Naquele dia em que o pai dela nos bateu á porta e acusou o Diogo de ter alguma coisa a ver com o seu desaparecimento, decidi procurá-la. O Diogo, mesmo eu sendo contra quis envolver-se nessa busca.

Fomos a todos os lados possíveis e imaginários, mas nunca colocámos a hipótese dela ter saído do país. Na altura a única pista que tínhamos era a certeza de que ela tinha apanhado um comboio na estação do oriente. Com algum esforço, conseguimos saber que este tinha o destino para o Porto.

Fomos até ao Porto, decididos a encontrá-la. Andamos por todas as ruas, perguntamos em todos os hotéis, pensões, residenciais. Não deixamos pedra sobre pedra, procuramos em cada grão de areia. Mas não havia sinal dela.

Como no Porto não conseguimos encontrar nada, nem uma pista, decidimos focar as nossas buscas nos arredores, alargámos o procura por Braga, Bragança, Chaves e nada de a encontrar.

— Como!? Mara, quando é que a encontraste? Foi por isso que pediste ao teu irmão para vir, não foi?

— Nós encontrámo-la por acaso, num supermercado. Ela ia a sair e nós a entrar, ela tentou disfarçar, tentou enganar-me. Mas eu insisti, depois de a ver aqui no hospital.

— O mundo é bem pequeno, não é? Quais eram as chances de a encontrarmos logo aqui?— Pergunta o Martim.

— Uns dias depois coloquei-a meio que entre a espada e a parede. Consegui convencê-lo a conversar. Ela contou-me sobre a razão de se ter ido embora, que ficou magoada com o Diogo, perante o que viu e que na altura não conseguiu perdoar.

— Mas foi a Filipa que o enganou. O teu irmão tentou falar com a Madalena milhares de vezes, até a Rute tentou.— digo furioso.

— Pai. A Madalena tinha 19 para 20 anos, ela era nova. Até eu se visse o que ela viu...

— O teu irmão, ele já a viu? Já esteve com ela? — Pergunta a minha esposa.

— O Diogo já esteve com ela, já se acertaram e tudo. E mais, o Lucas amou a Madalena, ele chama-a de "mamã". Eles amam-se como se fossem mãe e filho.

— Ele...ele encontrou o que mais queria...uma Mãe.— disse a minha esposa. Uma "Mãe", o que o meu neto sempre quis e nunca teve.

Levanto-me do sofá onde me tinha sentado, após a minha pequena explosão, e caminho para a porta.

— Pai, onde é que vais? Por favor, deixa...— consigo perceber o medo na voz de Mara.

— Eu vou só falar com ela. Eu prometo-te que não a vou acusar de nada, apenas ouvir. Eles são dois adultos, se eles se perdoaram quem sou eu para me meter.— abro a porta depois de sorrir para minha primogénita.

A verdade é que quero perceber toda esta história. Sei que o Diogo não fez nada, foi a Filipa que o enganou, e nós tínhamos a prova que ele fora drogado. Contudo, talvez a imagem que ficou na cabeça da Madalena tenha sido outra. Se a Rute me chegasse a casa e me contasse que o Tomás lhe tinha feito uma igual, era capaz de o "capar".

Assim que chego à rua, depois de ter pedido por informações sobre o paradeiro da Dra. Fernandes, consigo vê-la bem perto de um individuo. Parece-me de longe que ela não está a gostar nem um pouco desta aproximação. Tento chamar a atenção de um segurança que passa ali perto e consigo. Conto o que me parece que está a acontecer e vamos devagar até aos dois.

Quando estamos quase a chegar perto, ouço a Madalena falar algo como. "Por favor não...de novo não..." e foi quando o rapaz lhe dá um soco no abdómen que a faz curvar para a frente, quase caindo. Ele continua a bater-lhe, e é nessa altura que ambos intervimos. O segurança grita, fazendo o rapaz fugir, mas naquele momento eu quero apenas ver como está a Madalena.

Quando chego perto, paralizo durante o que me parece horas, mas que foram apenas segundos. A Madalena estava cheia de sangue e hematomas. O jaleco rasgado assim como a camisa, e as calças estavam nos joelhos. Ele estava a ponto de...tirei o casaco e tapei-a como deu.

— Madalena. Ei, acorda...por favor acorda...— mas nada de ela dar sinal...— Ela não acorda, temos que a levar lá para dentro...— eu estava a falar em Português, e só depois de olhar para a cara do probre segurança percebi que provavelmente ele não percebia nada do que eu dizia.

— NO. No lo muevas. Puede que estés herido, llamaré a alguien...(NÃO. Não lhe mexa. Pode estar magoada, vou chamar alguém...)

Enquanto o homem corre para o hospital, fico com a Madalena. Vou tentando chamá-la, contudo ela não desperta de jeito nenhum. Passado nem dois minutos chegaram enfermeiros e médicos. O segurança pediu-me por gestos para me afastar, o que fiz. Eu precisava de avisar o Diogo, mas ele estava com os meninos.

Ouço o segurança chamar-me, e olho para a maca onde está a Madalena. Um médico vem falar comigo, entendo algumas coisas, porém estou tão focado naquela pequena deitada na maca, acho que só consegui ouvir um terço do que ele disse.

Seguimos para dentro do hospital. Os médicos e enfermeiros levam-na para dentro de umas portas. Alguém me explica que já trazem notícias. E eu fico ali parado, congelado. Sem saber o que fazer ou decidir. Alguém me pergunta o que sou da Dra. Fernandes, mas nem sei responder a essa pergunta.

Insistem que devo chamar alguém da família, pois só daram notícias de como ela está aos familiares.

Familiares.

A Madalena não tem cá ninguém, penso para comigo. Na verdade neste momento, nós somos o mais próximo de família que ela tem. Pego no telemóvel. Decido enviar uma mensagem ao Martim. Ele é "família" e é médico aqui no hospital. Talvez ele consiga falar com estas pessoas, fazê-las entender que nós somos a família da Madalena.

"— Martim. Preciso que venhas ter comigo á recepção das urgências."

"— Como assim urgências?"

"— Vem cá ter, eu explico-te quando chegares. E não digas que vens ter comigo. Nem á Mara nem á tua sogra."

"— Vou já. Tenho que inventar algo para sair daqui."

Agora só tenho que esperar pelo Martim. O segurança que estava comigo, continua ao meu lado. Ele explicou-me, num espanhol que eu entedesse, que por ter sido uma agressão a um médico do hospital, a polícia tinha sido accionada. Que iriam falar comigo, com ele e com a própria Madalena, assim que ela estivesse consciente. Mesmo meio confuso com o que se passava agradeço-lhe.

O Martim aparece e conto o que se passou. Ele diz que vai ver o que se passa e que já vem ter comigo. Acabo por me sentar numa cadeira, e espero. Não sei há quanto tempo estou aqui sentado, se minutos, se horas, mas "acordo"do meu transe com o Martim do meu lado.


— Como está a Madalena?

— Bem, dentro do possível.— fico a olhar para o meu genro, esperando mais notícias...— Ela está com alguns hematomas, uma costela partida...

— E tu dizes que isso é estar bem?

— As feridas físicas não são o maior problema neste momento.

— Como assim?!

— A Madalena acordou muito nervosa. Ninguém conseguia tocar lhe sem que ela começasse a gritar apavorada...

— Ele tentou...a roupa dela estava rasgada. Eu não vi nada. Estava escuro, mas eles estavam bem próximos. Ele estava a puxar a Madalena com força para junto dela. Dei-lhe um murro e ela caiu, foi quando eu e o segurança começamos a correr.

— Ele não chegou a fazer nada. Talvez se não tivesse chegado a tempo, isso acontecesse. O médico acabou por a colocar a dormir. Provavelmente só irá acordar amanhã...

— O Diogo. Ele precisa de saber, mas...

— Vamos deixar o Diogo hoje dormir, hoje não vem cá fazer nada. Ela vai dormir até amanhã no mínimo.

— Posso ficar com ela? O Diogo não me perdoaria se alguém não estivesse com ela.

— Pode. Venha, vou levá-lo até lá. Depois vou ver da Mara, e dizer á Dona Dulce onde está.

E assim, fui com o Martim até ao quarto onde a Madalena estava. Ele explicou-me que por ela ser interna no hospital estava numa área especial do hospital. Teria os melhores cuidados, todo o atendimento necessário e mais personalizado. Até porque ela era muito querida entre todos no hospital, e estavam todos muito chocados com o que acontecera.

Entrei no quarto, estava lá uma enfermeira. Pelos vistos o que o meu genro me contou não era mentira. Entrámos e fui até ao leito onde estava a minha futura nora.

— Rui, esta é a enfermeira Celeste. Ela foi a escolhida para tratar da Madalena. Ela é talvez uma das enfermeiras mais antigas aqui do hospital.

— Boa Noite Sr. Rui.

— É portuguesa?!

— Bem, na verdade sou as duas coisas. O meu pai é português e a minha mãe espanhola.

— Celeste, este é o meu sogro. E futuro sogro da Madalena. É ele e talvez a minha sogra que ficaram aqui hoje.

— Tudo bem. Eu estou de serviço até amanhã ao 12h00. Depois quem me vai substituir é a minha filha Cecília, ela também fala português, desta forma conseguimos comunicar-nos.

— Obrigada. Eu estava a ficar angustiado por não perceber nada do que me diziam.— baixei-me um pouco para dar um beijo na Madalena...— Vai ficar tudo bem. Eu prometo.

— Vou ver da Mara e da Dona Dulce.

— Eu vou contigo, se a senhora enfermeira não se importar de ficar mais um pouco com ela?

— Claro que não. A Dra. Madalena é muito querida por todos nós.

— Obrigada. Eu volto já com a minha esposa.

— Claro, eu vou arranjando o quarto para que durmam confortavelmente.

Saímos os dois, e seguimos até ao quarto da Mara. Assim que entrei, vi mãe e filha abraçadas e a chorar. Este dia estava ficar emotivo demais.

— Rute? Mara? O que se passou agora?

— Nada demais pai. Só contei á mãe, o que provavelmente a Madalena te contou.

— Bem, então podes contar-me porque eu nem falei com a Madalena.

— Como assim? O que é que fizeste? Tu prometeste...

— Calma amor, o teu pai salvou a Madalena.

— Salvou como?— Contei tudo o que vi e como estava a Madalena e a Mara ficou em silêncio. O que no caso de minha filha Mara era algo preocupante. Ela olhou para mim, com lágrimas nos olhos...— Pai, tu és avô...

— Mara, eu sei disso...— Mara olha para mim e bufa...

— Podes acabar de ouvir até ao fim...— ela diz emburrada...— Tu és avô de três rapazes, bem na verdade quatro porque o da Ratinha já conta.

— Sim. Quatro rapazes e duas meninas...o que já dá seis netos.

— Não. Tu e a mãe têm sete netos...— fico a olhar para ela. Como assim sete netos? Ela tem três, o Miguel tem uma menina, o Diogo tem o Lucas e a minha Rute está para ter o Rafael. São 6 netos...— Tens 4 netos e 3 netas...

— Não. Eu só tenho duas netas: a Miriam e a Kati.

— Temos mais uma neta Rui. A Madalena e o Diogo eles tiveram uma menina.

— Tiveram?! Como assim tiveram?

Mara começa a contar-me então toda a história desde o dia em que a Madalena viu toda aquela cena montada pela Filipa. Que ela descobrira nesse dia a gravidez, e na decisão de fugir, com medo do pai ou do avô fazerem algo com a bebé.

— Então...eu... nós temos mais uma neta?

— Sim. O nome dela é Maria da Luz...

— Eu ganhei duas netas hoje...

— Dr. Martim...— olho para trás e está uma enfermeira...— Pediram que o chamassem com urgência. A sala Esp2.

— Eu vi isso escrito na porta do quarto. É a Madalena não é? O que se passou? O que lhe fizeram?— pergunto assustado.

— Como assim pai? O que é que está a acontecer? Martim?!

— Calma amor, eu vou lá ver o que se passou, já volto está bem.

— Martim.— Mara chama-o, mas ele já saiu a correr.

— Por favor...— olho para o crachá...— Cecília, és a filha da enfermeira Celeste,certo? — ela assente...— Podes explicar-me o que aconteceu? Com calma, tudo bem.

— Eu...eu não sei bem. Eu estava a preparar-me para ir embora. O meu turno acabava agora e voltaria às 12h00 de amanhã. Fui despedir-me da minha mãe, como sempre faço antes de sair. Quando entrei no quarto, a Dra. Madalena estava a ter uma paragem cardio respiratória. Accionei o alarme e comecei os procedimentos. Quando a equipa chegou com o Dr. Juan, eu olhei para o quarto e foi quando percebi que a minha mãe não estava. Por fim conseguiram controlar a situação da Dra. E tudo ficou em silêncio, e foi quando ouvimos. Alguém amarrou a minha mãe e a prendeu na casa de banho.

— Meu Deus...

— A Madalena podia ter...podia ter morrido.

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