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Capítulo 20

— Olá...— digo olhando para o menino...levanto o olhar e os nossos olhares conectam.

E ali eu percebo que sim, ele reconheceu-me. O brilho no seu olhar faz-me acreditar que talvez ele ainda me ame. O sorriso faz-me acreditar que talvez ele me perdoe.

— Madalena... 

Pov Madalena

— Oi.

— Oi!? Não nos vemos à 5 anos e é so isso que me tens a dizer?

— Desculpa. Eu...eu...

— Quem é Diogo?— ouço a Mara perguntar, e logo vejo-a ir ter com a Madalena...— Vieste!? Juro que pensei que não ias aparecer.

— Tu?! Tu sabias que ela estava aqui em Espanha? E não me disseste? Não sei com quem estou mais furioso neste momento.

— A Mara não tem culpa nenhuma. Se alguém aqui tem culpa, sou eu. Mas a única coisa que te peço, é que me ouças. Existe muito mais por trás do meu "sumiço"

— Diogo, lembra-te do que te disse "Se ela voltar o que vais fazer"?— Mara pega no Lucas ao colo, vira-se para nós dois...— O escritório é ali...— e aponta para uma porta à esquerda um pouco mais à frente...— Espero que ambos estejam dispostos a se ouvir, com ouvidos bem abertos...

Mara sai, e ficamos ali os dois parados à porta, sem saber muito bem o que fazer ou o que dizer. Olho para o homem que está à minha frente e posso dizer que ele está lindo, ainda mais lindo se isso fosse possível algum dia.

— Podemos falar, por favor?

— Entra.— entro e espero que ele me indique o caminho, mesmo que eu conheça já os cantos à casa.— Vamos para o escritório.

— Sim, claro.— Ele faz sinal para eu caminhar à frente. Chegando lá entro e espero que ele entre. 

— Podes falar. Eu prometi à Mara que ia ouvir se um dia tu...voltasses, aparecesses, sei lá.

— Eu...não sei por onde começar, mas vou tentar ser coerente no que vou dizer. Naquele dia...— lembrar-me daquele dia ainda doi...mas tenho que ultrapassar essa dor. Tenho que fechar a ferida de vez se quero que o Diogo me dê uma chance...— Eu...

— Sabes o que me custa, é que não foi por falta de tentivas. Tentei falar contigo, tentei explicar-te o que se passou. Mas tu simplesmente viraste me as costas, e no fim fugiste. Ninguém sabia para onde tinhas ido...

— Eu estava magoada contigo. Eu...eu não podia pensar só em mim naquele dia.

— Mas tu pensaste só em ti Madalena. Tu nunca por um minuto pensaste em mais ninguém.

— Eu pensei...eu pensei na...— eu não posso falar da nossa menina desta forma, não posso.— Naquele dia eu descobri algo maravilhoso, fui a tua casa para te contar. Mas o que encontrei quebrou-me. Eu errei, eu sei que sim, eu devia ter-te deixado explicar. E por isso eu peço desculpa.

— Tinha sido tudo tão mais fácil, se me tivesses ouvido naquela altura. O Lucas...ele...não...— lágrimas caem dos olhos de Diogo.

— Eu sei o que estás a pensar. Sei que podíamos ter resolvido tudo naquela altura, mas saber que o Lucas te tem como pai, faz-me sentir um pouco melhor.

— O Lucas não é meu...

— Eu sei, a Mara contou-me. Sei que pode parecer um pouco cliché, mas pai não é quem gera. Pai é o que ama, o que cuida.— ele levanta-se da cadeira onde estava e caminha até mim, ajoelha-se à minha frente, coloca as duas mãos na minha face. Sinto um calor, uma energia que não sentia há muito tempo.

— Como me fizeste falta.— ele aproxima-se, estamos olhar-nos verde com azul, azul com verde.— Eu vou beijar-te, eu não...

— Estás à espera de quê?— E beijámo-nos, e foi como regressar ao passado. Não, era melhor. Era um beijo com saudade, com amor, com paixão, com tesão. Mas nós não podíamos continuar, não eu ainda tinha que lhe falar da Luz.— Diogo...Diogo para, por favor.

— O que se passa? Tu...tu casaste? Estás noiva? É isso?!

— Não. Claro que não, eu nunca poderia. Tu és o amor da minha vida, eu nunca...mas, há ainda algumas coisas que temos que falar.

— A razão que te levou a fugir de mim?

— Eu não fugi de ti Diogo. Eu fugi do meu pai e do meu avô. Eu não podia continuar em Coimbra. No dia que me encontraste na estação, eu quase te contei o que se passava comigo, mas a mágoa ainda era grande, mesmo que o meu amor também o fosse.

— Contar o quê? Madalena, por favor.

— Naquele dia que fui à tua casa eu descobri, a razão da minha vida desde que fugi.

— Não estou a perceber nada.

— Eu...fui te contar que...que estava grávida. Nós iriamos ser pais.

— Tu...tu estavas grávida? Mas porque é que tu nunca contaste? Eu tinha o direito de saber. Tu escondeste-me um filho...

— Uma filha, Maria da Luz.

— A Luz que o Manuel falou, claro. Meu Deus, eu sou pai de uma princesa.

— Desculpa, desculpa por nunca te ter contado. Desculpa por ter fugido, por te ter privado dela durante tantos anos perdoa-me. Por favor perdoa-me.

— Onde é que ela está? Posso vê-la? Por favor, deixa-me vê-la? Eu...

— Ela está em casa. Hoje pela primeira vez, eu vi a Luz chorar por não te ter perto. E isso matou-me por dentro.— e agora sou eu que estou em lágrimas

— Ei! Não, não te sintas assim. Nós erramos os dois, mas podemos consertar tudo. Como diz a minha mãe: "Onde há amor, tudo se resolve."

— Perdoa-me. Eu nunca te esqueci, até porque a nossa filha é a tua cara com os meus olhos e o meu cabelo. Tudo o resto é uma cópia fiel tua.

— Tens uma fotografia?— pego no telemóvel e procuro as fotos de Luz.

— Ela é linda. Nós temos uma filha linda.

— Diogo. O que vais fazer agora? Quer dizer eu sei que tu tens direitos como pai, mas, a Luz é a minha vida. Eu não consigo viver sem ela.

— E porque haverias de viver? Eu pretendo viver com as duas bem juntinhas comigo. Nós os quatro vamos formar uma família linda. Tu, eu e os nossos filhos.

— Estás a falar a sério? Não me vais tirar a Luz?

— Tirar-te a Luz!? Madalena, eu nunca te faria isso. Ainda por cima neste momento.

— Como assim?— Ele afasta-se de mim, e vai até à janela, onde podemos ver o Martim a brincar com os três rapazes.

— A Filipa quer tirar-me o Lucas. O pior é que por muito que eu me queira convencer que ela não o vai conseguir, ela tem a lei do lado dela. Ela é mãe, eu não sou nada do Lucas.

— Não digas isso. Tu és o pai do Lucas, ele pode não ter o teu sangue. E depois? O que é que isso interessa? Tu és o pai que o Lucas sempre conheceu, ele ama-te como um filho ama um pai.

— Tudo isso é verdade Madalena.— vira-se para mim e olha-me nos olhos...— Mas será que isso será suficiente para eu ficar com o Lucas? 

— Mas foi aquele mulherzinha que abandonou o filho bebé, e ainda para mais doente.

— Mas ela é a mãe. E se realmente ela estiver com o pai biológico do Lucas, eu não tenho hipotese.

— Sabes quem é?— o Diogo olha para mim com as sobrancelhas arqueadas...— O Pai biológico do Lucas, sabes quem é?

— Não. Tenho as minhas suspeitas, mas ela nunca me disse quem era.

— Amor, eu não te quero assim. Por favor, vamos ser positivos.

— De que é que me chamastes?

— Desculpa, simplesmente saiu

— Repete, por favor?!

— Amor.

— Não sabes como tive saudades de te ouvir chamar assim.

— Amor. Meu Amor.— nenhum se aguentou e entregámo-nos ao sentimento que corroía o nosso coração.

Já não sabíamos onde aquele beijo iria acabar, estávamos no nosso mundo. Nada nem ninguém mais importava. Eram cinco anos de distância, cinco anos de um amor que foi guardado a sete chaves e que agora se libertava finalmente. O Diogo deitou-me no sofá, o toque dele era como brasa na minha pele. A saudade de tudo o que vivemos era grande, mas alguém tinha que parar, alguém tinha que pensar com a razão e não com o coração. Não era nem o momento, nem o local para algo a mais.

— Diogo. Não podemos, estamos em casa da tua irmã.— mas o Diogo não parava, ele continuava a beijar-me, a tocar-me...— Diogo...temos que parar...o Lucas...e a Luz. Temos...

— Meu Deus! O Lucas tem uma irmã!? Ele vai amar...e...uma...

— Mãe.— ele fica a olhar para mim...— Ei! Eu vou adorar ter um filho lindo como o Lucas. Vou tentar ser tudo aquilo que ele sempre sonhou. Eu prometo.

— Eu sei que vais ser maravilhosa. Porque tu já és a melhor mãe do mundo.

— E como é que sabes? Até há...— olhei para o relógio...— uma hora atrás tu nem sabias que eu era mãe. Mãe da tua filha.

— Madalena, tu protegeste a nossa filha. Protegeste-a até de mim, porque tinhas medo que ela sofresse, então eu sei que tu és a melhor mãe do mundo.

— Não. Eu errei, nunca devia ter escondido a existência da Luz.— ele beija-me, um beijo cheio de amor, esperança, mas também de perdão...— A Luz conhece-te. Eu nunca te escondi da tua filha. Eu mostrava-lhe fotografias, contava-lhe a nossa história e...

— E...

— Eu guardei algumas das tuas mensagens de voz, e quando ela me pedia para falar contigo, eu fingia que tu não podias atender e depois fazia-a ouvir as mensagens.

— Sempre as mesmas? Ela nunca desconfiou?

— Acho que hoje ela finalmente percebeu, que as mensagens eram sempre as mesmas, ou pelo menos que tu dizias sempre a mesma coisa.

— Mas, onde é que ela pensa que eu estou?

— Eu disse-lhe que tu eras um médico. Que estavas num país onde as pessoas precisavam muito de médicos...

— Tipo médico sem fronteiras...— acenei com a cabeça...— Bem pelo menos sou um herói certo?

— Mais ou menos.— ele olhou para mim...— A Luz, hoje pela primeira vez, desatou a chorar por nao atenderes.

— Madalena, acho que até o Lucas faria essa birra se eu fosse trabalhar para longe.

— Ela acha que tu não gostas dela, porque nunca a vieste ver. Porque nunca atendes o telefone...— as lágrimas já me caem...—...ela hoje disse-me que não queria mais um pai. Eu morri um bocadinho quando ela me disse aquilo...

— Calma. Ela é uma criança...quantas vezes tive que conviver com essas "birras" do Lucas.

— É diferente, aquela mulher não sabe ser mãe, mas tu...tu és um óptimo pai para o Lucas, e sei que serás para a Luz.

— O que achas de eu lhe ligar agora? 

— O QUÊ?

— Fingimos que eu te liguei e tu deste-me o número da tua amiga.

— Diogo a Marisol fala espanhol, como é que tu...

— Amor, és tu que vais ligar à Marisol e vais explicar-lhe o que se passa.

— Diogo, a Luz é teimosa. Eu conheço a filha que tenho, ela não vai querer falar contigo.

— Já entendi, o feitio genioso igual ao da mãe. Vamos tentar pelo menos, por favor?!

— Tudo bem. Mas não digas que não te avisei.— pego no telemóvel e ligo para a Marisol...

"— Magdalena!?"(Madalena!?)

— Sí. ¿Dónde está Luz? (Sim, onde está a Luz?)

"— En la sala, vi que eras tú y pensé que lo mejor sería no contestar cerca de ella." (Na sala, eu vi que eras tu e achei melhor não atender perto dela.)

— Sí, lo hiciste bien. ¿Cómo está ella? (Sim, fizeste bem. Como ela está?)

"— Quieres saber si se olvidó de lo de papá? No lo sé, pero al menos no volvió a mencionarlo" (Queres saber se ela esqueceu aquela cena do pai? Naõ sei, mas pelo menos não tocou mais no assunto.)

— Necesitaré tu ayuda.- y te cuento la idea de Diogo...(Vou precisar da tua ajuda.- e conto-lhe a ideia do Diogo...)

"— Podemos intentarlo, pero sabes que hija tan terca que tienes."(Podemos tentar, mas sabes a filha teimosa que tens.)

— Yo se.(Eu sei.)

"— Bueno, vamos a ello..."(Bem vamos lá a isso...)- Ouço Marisol chamar Luz e passo o telemóvel ao Diogo, que pega no mesmo e coloca-o em alta voz.

— Diogo...

— Eu quero que ouças a nossa conversa, por favor.— Com um olhar de cachorro abandonado, não consigo não acenar afirmativamente.

"— Papá!? Es mismo tu?" (Papá!? Es mesmo tu?) 

"— Luz, tienes que hablar portugués, papi no sabe hablar español..." (Luz, tens que falar em portugues, o papá não sabe falar espanhol...)

"— Me olvidé...(Esqueci-me)— e ouvimos uma pequena gargalhada de Luz...— Desculpa papá.

— Não faz mal, princesa.

"— Pensei que não gostasses de mim. Hoje até fiz uma birra com a mamã. Ela foi trabalhar triste comigo. Eu não gosto de deixar a mamã triste."

— Eu tenho a certeza que a mamã não está triste.

"— Papá? Tu vens me ver? Vens?"

— Vou princesa, sabes porque não atendi?— Luz não responde ela apenas fica à espera que o Diogo lhe diga...— Porque o papá estava no avião. Estou a caminho princesa. Prometo que nunca mais nos vamos afastar.

"— Papá vens morar comigo e com a mamã? Vais deixar de tratar dos doi-doi dos senhores?"

— É tudo o que mais quero.— O Diogo olha para mim com um sorriso enorme, que eu não consigo evitar de imitar, vamos ser uma família finalmente...— O papá ainda está a caminho, mas vais ver que logo, logo eu vou estar aí, a dar-te um abraço bem apertado.

"— Prometes papá?"

— Prometo princesa. E agora obedece à Tia Marisol. Logo, logo vou estar aí para te colocar na cama e dar-te um beijo de Boa Noite.

"— Vais contar-me a historia tua e da mamã? Eu gosto de a ouvir...a mamã conta sempre..."

— Conto meu amor, eu conto. Agora escovar os dentinhos e vais dormir, sim?

"— Sim. Eu amo-te papá...muito."

— Também te amo minha princesa.

Quando o telemóvel desligou, foi inevitável as lágrimas não caírem. Ouvir a conversa de Luz com o pai, fez-me sentir mais culpada ainda. Eu privei-a disto durante cinco anos. O Diogo tinha todo o direito de ficar furioso comigo, porém ele fez o oposto. Ele pensou apenas na nossa filha, e no amor que ainda sentimos.

Neste momento, eu posso dizer que estou finalmente completa. Tenho a minha filha, o meu amor, e ainda ganhei um filho. Agora, faltava a conversa com o Lucas e talvez o mais difícil: como é que nós íamos fazer se eu ainda tenho no mínimo três anos de internato e especialização em Espanha e o Diogo tem o trabalho dele em Coimbra?

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