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Capítulo 12

Pov Madalena

Uma mês se passou após a minha conversa com a Mara. Uma mês que estou em pânico absoluto. Uma mês que não durmo a pensar no que fazer: se volto a fugir ou se fico e assumo o risco de voltar a ver o Diogo. Será que ele ainda me ama? Será que ele me vai perdoar? E a Luz? Como é que ela vai reagir a tudo isto? Eu nunca lhe escondi o pai, ela conhece-o por fotos, mas ela acha que o pai está longe, a trabalhar.

Hoje, não irei trabalhar uma vez que estive de plantão a noite toda. Luz está em casa de Consuelo, vou apenas buscá-la à hora de almoço. Marisol acabou por vir dormir cá em casa, para além de ser uma oferecida, eu precisava de alguém para desabafar sobre o que fazer.

Como não consigo dormir, aproveito para fazer o nosso pequeno almoço e arrumar uma pouco a casa. A minha filha não tem muitos brinquedos, mas os poucos que tem, passam a vida espalhados pela casa.

— Buenos Días Portuga...

— Buenos Días. Wue tal falar um pouco português?

— Ni siquiera lo pienses. Mi cuerpo se despertó, pero mi mente todavía está allí en la cama en el séptimo sueño. (Nem penses. O meu corpo acordou, mas a minha mente ainda está lá na cama no sétimo sono.)

— Voy a tener que llamar a los cazafantasma. Creo que tengo un zombi en mi casa. (Vou ter que chamar os caça fantasmas. Acho que tenho um zumbi em minha casa).

— Qué gracioso eres hoy. Y entonces, de qué querías hablarme? (Que engraçada que tu estás hoje. E então o que tanto querias falar comigo?)

— Y aquí está la Marisol que conozco: directamente al grano. (E aqui está a Marisol que eu conheço: directa ao ponto.)

—Siempre mi amor. Puedes empezar a abrir ese corazón tuyo. (Sempre meu amor. Podes começar a abrir esse teu coração.)

 No sé qué hacer. (Não sei o Que Fazer.)— Marisol fica a olha para mim, à espera que eu continue...— Sobre lo que me dijo Mara (Sobre o que a Mara me disse.)

— Sobre llamar a Diogo para conocer a Luz? (Sobre chamar o Diogo para conhecer a Luz?)

— Si. Tengo miedo, y si me quita a Luz? Y si nunca me deja estar con ella de nuevo? (Sim. Estou com medo, e se ele me tirar a Luz? E se ele nunca mais me deixar estar com ela?)

— Magdalena, incluso podría estar un poco molesto contigo. Después de todo, le escondiste una hija durante casi cinco años, pero por lo que me dijiste sobre él...(Madalena, ele pode até ficar meio chateado contigo. Afinal escondeste uma filha dele durante quase cinco anos, mas pelo que me contaste sobre ele...)

— El que les hablé fue el Diogo del que me enamoré, no sé si...(Esse sobre quem te falei foi o Diogo pelo qual me apaixonei, eu não sei se...)

— Nadie cambia así, por lo que he oído que Diogo tiene buen corazón y buen carácter. (Ninguém muda assim, pelo que já ouvi esse Diogo tem um bom coração e tem bom caracter.)

— Yo no sé. Pensé en huir de nuevo...( Eu não sei. Já pensei em fugir de novo...)

— Estás loco? Y el curso? Estamos en la última etapa, vas a dejarlo todo así? (Estás doida? E o curso? Estamos na ultima fase, vais desistir de tudo assim?)

— El curso es lo último que me preocupa en este momento. (O curso é a última coisa com a qual me preocupo neste momento.)

— Y luz? Has pensado en lo que le vas a hacer con su cabecita? Todos los que ama están aquí: doña Consuelo, Pilar, los "primos", yo y los amigos del colegio. Te lo vas a llevar todo así? (E a Luz? Já pensaste no que vais fazer a cabecinha dela? Toda a gente que ela ama está aqui: A dona Consuelo, a Pilar, os "primos", eu e os amigos da escolinha. Vais lhe tirar isso tudo assim?)

— Lo sé, sé que estará confundida, pero si Diogo lo sabe. Quién puede garantizar que mi familia tampoco me encontrará? (Eu sei, eu sei que ela vai ficar confusa, mas se o Diogo souber. Quem me garante que a minha família também não me venha a encontrar?)

— Si el problema es tu familia, es fácil. (Se o problema é a tua família, isso é fácil.)

— No es así de fácil. (Não é assim tão fácil.)

— Claro que es. Solo convence a Diogo de que venga a vivir aquí. (Claro que é. Basta convenceres o Diogo a vir morar para cá.)

— El Tiene su trabajo, además de Lucas. (Ele tem o trabalho dele, para além do Lucas.)

— Espera, quién es Lucas? (Espera? Quem é o Lucas?)

— Su hijo, con el otra. Con Philippa. (O filho dele com a outra. Com a Filipa.)

— Espera, tuvo un hijo con ella...(Espera ele teve um filho com a...)

— Sí. Pero por lo que me dijo Mara, la cosita desapareció, ni siquiera el hijo quiso.(Sim. Mas pelo que a Mara me contou, a coisinha sumiu, nem o filho quis.)

— Y tú? Cómo te sientes con esta historia? En relación con el niño? (E tu? Como te sentes em relação a essa história? Em relação ao miudo?)

— Marisol, es un niño. Él no tiene la culpa de lo que hacemos los adultos. (Marisol, é uma criança. Ele não tem culpa nenhuma do que nós adultos fazemos.)

— Qué hay de que Diogo se quede con esta mujer? Cómo te sentís? (E em relação ao Diogo ter ficado com essa mulher? Como te sentes?)

— No te voy a negar que me molesta, que duele. Pero me escapé, ni siquiera le di la oportunidad de explicarme las cosas. (Não te vou negar que me incomoda, que me doi. Mas eu fugi, eu não lhe dei nem uma hipotese de me explicar as coisas.)

— Es cierto, fuiste impulsivo. (Isso é verdade, tu foste impulsiva.)

— Por eso mismo, no podría exigirle que no vuelva a buscar el amor. (Por isso mesmo, não poderia exigir que ele não buscasse de novo o amor.)

— Te daré mi opinión y mi consejo, y solo lo seguirás si crees que deberías. (Vou te dar a minha opinião e o meu conselho, e tu apenas o segues se achares que deves.)

— Incluso tengo miedo de lo que saldrá de ahí. No estoy acostumbrado a la seria Marisol frente a mí. (Até estou com medo do que vai sair daí. Não estou acostumada à Marisol séria que está à minha frente.)

— Que chiste. Bueno, ahí lo tienes: en el fondo sabes lo que quieres. Porque en el fondo, Mada, nunca olvidaste a Diogo, el gran amor de tu vida. (Que piada. Bem, então lá vai: no fundo tu sabes o que queres. Porque no fundo Mada, tu nunca esqueceste o Diogo, o grande amor da tua vida.)

— Por eso te amo, mi loca. Y ahora preparémonos porque estoy loco por extrañar a mi muñequita. (Por isso eu te amo, minha maluquinha. E agora vamos arranjar-nos porque estou louca de saudades da minha bonequinha).

Assim que nos despachamos de arranjar, saímos a caminho de casa da minha segunda mãe. Normalmente quando estou de folga passo sempre a tarde em casa deles. A Marisol e a Pilar algumas vezes têm os mesmos dias de folga, e quando assim é fazemos a festa.

Quando chegamos, Luz abraca-me que nem um coala, sei que ela sente a minha falta, ser médica é uma profissão ingrata para os filhos. Felizmente eu e os meus irmãos sempre tivemos a minha mãe em casa, ela conseguiu abrir a clínica um anos depois de eu nascer, e assim estar muito mais presente nas nossas vidas. Eu gostava de fazer o mesmo com Luz, mas antes tenho que acabar o curso, e ainda faltam pelo menos dois longos anos.

Depois do almoço, as crianças apagaram de cansaço. O que eles pulam e correm nesta casa com o avô babão, nem eu que sou jovem tenho essa energia. Estou na cozinha com a mama Consuelo, Pilar e Marisol. Conto tudo o que tenho pensado após a conversa com a Mara, claro que tal como a minha amiga, elas dizem-ne que sou louca por pensar que fugir é a solução.

E talvez elas tenham razão. Quando resolvi fugir não pensei que fosse tão dificil. Na verdade foi tudo muito complicado. Vim para um país desconhecido, que mal falava uma frase inteira, e ainda por cima grávida.

A princípio as lembranças e memórias ainda me atormentavam, e faziam-me por vezes repensar se teria feito o certo.  Era como se o meu subconsciente  tivesse uma consciência de um antes, de um durante e de um depois. De um real e de um irreal, de um tangível e um de intangível. Eu queria que não fosse assim, que não tivesse sido assim. Mas não consegui evitar.

Muitas vezes esbarramos com o nosso destino pelos mesmos caminhos que escolhemos para fugir dele. E a verdade é que ninguém consegue fugir do seu coração. Por isso, o melhor é escutar o que ele fala. E o meu, se eu o ouvir quer encontrar-se de novo com o Diogo. Ele quer viver o que não conseguiu viver em pleno.

Cheguei numa fase da minha vida que vejo que a única coisa que fiz até agora foi fugir, fugir de mim mesmo, da minha história. E a verdade é que agora não tenho mais para onde ir, nem sei o que vou fazer. Sim, o passado pode machucar. Mas também nos pode surpreender.

No dia seguinte, passei a manhã a brincar com a minha bonequinha. Hoje era o dia do jantar com a Mara. Se eu estava com medo deste jantar? Um pouco. Sei que a Mara vai querer falar do Diogo, sei que é possivel que existam fotos do Diogo em casa dela, e isso significa que antes de sair tenho que ter uma conversa com a Luz, e sinceramente não sei se estou preparada para isso.

Fico a pensar em como vou começar esta conversa com a minha filha e acho que acabo por adormecer, já que abro os olhos ao sentir as sua mãozinhas a dar-me festas na cara. Abro os olhos devagar e sorrio. O seu sorriso faz-me perceber que tudo vai valer a pena, afinal a minha filha tem o direito de conhecer o pai.

— Já acordaste boneca?- Ela acena e aninha-se ao meu colo. Luz não é uma criança de muitas birras, mas quando acorda gosta do seus cinco minutos de mimos.— Luz, a mamã precisa de falar contigo.

— Pero mama...Luz tiene sueño ...

— Eu sei, e que tal se a mamã te preparar um lanche bem gostoso e depois conversarmos as duas.

— Luz puede comerse Papa Cerelac?

— Sim, pode ser Papa Cerelac. Vamos?— Levanto-me com ela no colo, caminhando até à cozinha. Sento a Luz na sua cadeira e começo a prepara a sua papa, enquanto coloco também um café a fazer.

Depois de lhe dar a papa, que ela come sem pestanejar, eu tomo o meu café enquanto olho para ela. A minha filha é a cara do pai, com a minha cor dos olhos e do cabelo também. O seu jeito dengoso mas ao mesmo tempo decidido é totalmente do Diogo. Já a teimosia, é minha. Maria da Luz é a mistura perfeita de nós os dois.

Começo a pensar como ela irá reagir ao saber que tem um irmão. Lucas pelo que percebi é um ano mais novo que ela. Será que eles se vão dar bem? Afinal cresceram os dois sendo filhos únicos, com a mãe ou o pai só para eles. Conheço a filha que tenho, e no inicio sei que vai ser dificil para ela ter que partilhar a mãe e o pai.

— Mama, Luz cabou. Convesa agola?

— Vamos para a sala?- Pego na minha princesa ao colo, e vou para a sala. Sento a luz no sofá e vou buscar algo que tenho escondido desde que cheguei a Espanha.

— O que é ixo?

— Fotografias. Luz, lembras-te que perguntaste à mamã porque não tinhas o nome da avó Consuelo, como os primos?

Xim. O nome da Luz é : Malia da Luz de Xouxa Fenandes. A Luz não tem o Henandes.

— A mamã já te explicou o porquê, certo?

— Poque a Vó Conxuelo e o Vô Julio xão xó avôs do colação.

— Isso mesmo, mas tu sabes que eles te amam muito. Tal e qual amam os teus primos.- Luz assente...— A mamã hoje vai-te apresentar os teus avós e os teus tios de sangue, mas como eles moram longe vai ser por fotos.

Luz abre aqueles olhos lindos azuis como os meus feliz. E naquele momento sei que fiz o certo. Ela merece ter a sua família, não uma postiça, que mesmo a amando muito nunca será a dela.

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