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Round 40

Restaurante Na Chapa, dois meses depois.

Baiano e eu estamos sentados nos banquinhos. Inclinando nossas colunas ao balcão. O cheiro vindo da cozinha era único.

O X-tudo Oriental Kung-fu.

Na tarde o movimento estava fraco. Parecia que só existia nós dois no momento. E o China, na parte interna.

— Negão depois de tu pegar o mocó jogou a bufunfa para o alto e a gente ficou liso de novo?

Eu ri. Senti falta das gírias do baiano. — A favela toda que pegou o dinheiro fez festa no dia, baiano. Valeu à pena. — Dei uma cotovelada nele, vendo-o triste por não conseguir pegar uma merreca para si. — Diz-me, qual a notícia que ia me falar?

Ele me deu um papel. Nele, apenas a palavra, "aprovado", me fazia ficar esperançoso. — Passei, negão agora o preto aqui vai cursar Economia!

Mal controlei minha felicidade. Abraçamo-nos forte deixando algumas lágrimas rolarem sobre os ombros um do outro. — Eu sabia, desgraçado. Sempre disse que você era capaz!

— Inclusive a tia Marielle como está? Ela postou na rede social que havia terminado a faculdade.

— Conseguiu um emprego num escritório. Não trabalha mais de diarista.

— Ela merecia isso — Ele suspirou, como se estivesse esquecido de algo. — O Zeca, negão... como está?

— Não colocou nenhuma gota de álcool na boca. Temos treinado com mais firmeza agora, já que vamos iniciar minha carreira profissional. — Busquei em meus bolsos meu celular. O aparelho estava travestido com uma capa. Removi-a, e peguei dela uma pequena foto amassada. — Desde minha vitória no campeonato, a academia dele foi revitalizada, e está cheia de novos alunos. Essa é a turma atual.

— Dez?

— Treze. — Corrigi — Dois não tiraram foto, por vergonha.

— Teve notícias... da Darlene?

Desbloqueei a tela do celular, e busquei numa rede social a conversa que tive com Darlene. Nela, havia uma foto que tinha me mandado não muito tempo atrás.

— Ela foi morar com o Pinóquio na Coréia. Ele conseguiu uma vaga como dançarino num grupo de cantores.

— Eles amam mesmo esse bagulho de Coréia.

— K-pop! — corrigi, mas fiquei constrangido. — Ela me falou tanto que era xenofóbico, que aprendi algumas coisas. — Rimos.

— Sabe o que aconteceu com o resto?

— Jubilado agora é pai, em tempo integral. O filho dele quer ser pugilista. Nome é El Diablito. — Busquei outras fotos no celular, para explicar mais. — Yasmin e Mirela Quebra-nozes fundaram uma academia nos Estados Unidos. Elas iniciaram o treino de magas-boxeadores, voltadas para abrir o cenário feminino na competição.

— Incrível...

— O Henrique foi para Bahia. Ele vai tentar iniciar a carreira de boxe por lá. — Mostrei a foto dele no Pelourinho. — Falou que assim que ficar apto, me desafiará para uma revanche.

— E o cara lá, Diego?

— Diogo. — Ri do erro do baiano. — Ele foi para os Estados Unidos também. Após a derrota lá na favela, disse que estaria me esperando no Mundial de Boxe-Mago. Para lá tirarmos a conclusão de quem é o melhor.

Não conseguia me controlar, só de falar nele meus punhos ficavam quentes.

— Você vai?

— Vou sim! A primeira luta será em Las Vegas.

— É só por ele ou para encontrar outra pessoa? — Baiano jogou sujo, e sabia disso. A pergunta fez meu rosto ficar quente, estaria vermelho, se eu fosse branco.

— Ela disse que estaria me esperando. — A voz embargou na garganta. — E que estava sentindo minha falta.

— Pega ela... Negão.

— Enfim! Não era isso que viemos fazer aqui! — O China saiu da cozinha com o prato monstruoso.

O pão australiano, macio e molhado. Com a cebola caramelizada que pingava as gostas sobre a porcelana. O cheddar descia sobre a carne de duzentos gramas e sujava os pedaços de alface. Tão pouco se via o bacon na obra de arte. Além do molho especial, que transbordava no pão de base.

Magnífico, perfeito. O único lobo guará que eu consegui pegar na sacola levada pelo Diogo foi gasta para o nosso maior objetivo. Comer o monstro. Peguei uma faca e garfo, para repartir a peça igualmente.

— Tio. — Olhei para trás. A voz que me nomeou era infantil, carregada por uma criança suja de trapos fedidos. Ela carregava balas, quais vendiam na rua — O mesmo garoto que vi quando falei com Yasmin. — Tem algum trocado para eu comer?

Olhei para o baiano, e nos entendemos na hora.

— Garoto, já comeu um X-tudo Oriental Kung-fu? — apontei para o sanduíche. Babando, ele negou movimentos da cabeça. — Ele é seu, pode comer. — Cedi meu espaço para que ele pudesse se sentar.

— Obrigado Tio. — A criança me abraçou, e logo sentou para devorar o prato.

Eu e o Baiano fomos para fora. Seguindo algum rumo pela rua.

— Está tudo bem não comer, né? — me pronunciei. — Há coisas mais preciosas que isso. — Olhei uma última vez, a felicidade da criança que matava a fome.

— Negão eu comi.

— Você o que!?

— No dia seguinte que te inscrevi no torneio uns amigos me trouxeram e eu comi.

Num primeiro momento, caminhando pelo dia caloroso de Copacabana, dei uma pancada na cabeça do Baiano. A brisa do mar aliviou meu espírito.

— É bom?

— Negão sabe o podrão do Toninho? Que é cinco reais? A mesma coisa.

— Vamos comer lá então.

Da favela, partimos.A favela, retornamos. 

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