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Round 23

Chegou um dos dias mais importantes. Domingo. Semifinal do torneio de novatos. A equipe da academia via Yasmin se aquecer no vestiário do campeonato. Ela executava socos no ar e desviava dos imaginários. Como se dançasse esgrima, onde o punho fosse ponta do sabre.

Um barulho na porta nos despertou do transe e silêncio. Eu, e os rapazes, olhamos para a porta com cara de raiva.

— La fora está um enxame de gente. — Baiano demorou a fechar a porta. O ranger dela se estirou pelo tempo. Yasmin perdia o foco pelo som chato. — Desculpa... — Tímido, meu amigo se esgueirou com os livros para o canto da sala.

— Yasmin. — O bafo da cachaça invadiu minhas narinas e causou uma ardência severa. Pus me a sentar ao lado do baiano. — Vamos repassar o que sabemos sobre ele. — Um soluço concluiu a fala.

— Não precisa Zeca. — Ela deu uma sequência de jabs e finalizou no gancho. O encarou. — Essa luta está ganha já. — Sorriu.

A confiança que pedimos. Sabíamos que ela ficara bem. Zeca esboçou felicidade em resposta, e se levantou após um arroto. As pernas tontearam. Ele pegou as luvas de boxe e começou a colocar nela, e a fez ingerir um pouco de água.

— Tome cuidado com os cruzados dele. O braço mecânico deve doer. — Foi o único aviso, soluçado, do beberrão.

O juiz a chamou na porta para se apresentar ao ringue. Era dada a hora. Eu e os rapazes nos retiramos para ir à plateia. Compramos alguns doces com o rapaz que vendia na arquibancada, e esperamos o anúncio dela.

O juiz gritou como se fosse espetáculo de luta dos passados na tevê. Não havia alvoroço durante as etapas preliminares. O boxe dos novatos costumava encher nas finais. Yasmin se apresentou no corner vermelho, e ergueu a mão para saudar o público.

Mas ali estava.

A batalha que ela travou no silêncio chegou a mim. O silêncio. Sem aplausos. Algumas risadas. As arquibancadas estavam lotadas, mas Yasmin não era apoiada. A maioria masculina do público queria que ela perdesse. Estava nítido no rosto de cada um. Ela caçava a lona com os olhos. Como forma de consolo.

— Acaba com ele, Yasmin! — Bradei a plenos pulmões.

No silêncio do público. O grito ecoou e alcançou os ouvidos dela. Ela voltou a sorrir, e era isso que eu precisava ver. Zeca passou vaselina no rosto da lutadora, e logo ela subiu ao ringue. O adversário era de assustar. Tinha o braço direito mecânico. Como de um robô pronto para destruir. Parecia O Exterminador do Futuro contra a própria Sarah Connor. Ele possuía dois metros, e um cabelo calvo.

Eu, e os rapazes, começamos a gargalhar do boxeador. El Jubilado tão pouco se controlava. — Calvo! — Ele caia de rir — Como un chico tão jovem pode ser calvo!?

Brincadeiras a parte. — Percebi que ele ouviu nossa zombaria. Espero que Yasmin o desmaie para não termos problemas. — O semifinalista era bem maior que ela. O juiz trouxe ambos ao centro. Após as considerações finais se afastaram na espera do gongo.

Soou. As guardas estavam de pé. Lá iniciava a semifinal. Yasmin começou a saltar para aquecer a magia. Mas algo surpreendeu tanto a ela quanto a nós que torcíamos. O calvo foi veloz, e a distância que o braço alcançava levou o punho direito a soca-la com leveza. Não eram socos fortes, mas ele desferia o braço mecânico diversas vezes. Ao ponto de deixa-la na defensiva.

— El calvo estudou bem ela. — Jubilado nos alertou. — Yasmin precisa de alguns saltos para fortalecer os punhos, e isso demanda tempo de luta. Ela não consegue acumular energia sem saltar.

O pior dos cenários ocorria. O robô sabia como aprisionar a andorinha. A guarda dela não baixava. Ele alcançava socos no abdômen dela. Fiquei aflito. Temi que ela pudesse ficar sem oportunidade de vitória.

Um telefone tocou, e nos tirou o foco. Era do Jubilado. Ele viu o número e se levantou para sair da arquibancada. O cenário era desagradável, mas sou o sparring de Yasmin. O que El calvo fazia era pouco para cortar as asas da garota.

Ela saiu do corner. Fugiu dos socos. Ao chegar ao lado dele saltou. Furiosa, desferiu um direto no rosto cheio de cravos do adversário. Desnorteado ele cambaleou para trás, mas se recompôs. A sensação do soco de Yasmin não era agradável, e eu sabia bem disso.

Com a oportunidade tentou saltitar, mas os socos fracos do braço robótico a interromperam outra vez. Mais fortes, faziam-na se afunilar nas cordas. Era impedida de escapar. As costas ricocheteavam contra o elástico. El calvo largava a mão com violência na defesa da andorinha.

Comecei a rir de maneira pouco controlável. Como vilão de história em quadrinhos ao ver o super-herói achar que ganhou.

— V-v-você está b-bem? — Pinóquio ficou um pouco assustado.

Eu estava bem. Apenas focava olhar o ringue. Confuso, Pinóquio prestou atenção também. Yasmin parecia jogar o corpo nas cordas, não ser empurrada. Ela usava do tronco para desviar dos socos. Como uma dança. O braço mecânico não acertava mais o corpo dela.

O passarinho se desprendeu da gaiola. O calvo a estudou, mas não sabia o suficiente. Yasmin não precisava pular para ativar a magia. Ela só tinha que se movimentar. Dançar. Ser livre.

El calvo ficou espantado, e gastava os esforços para tentar acertá-la. Quanto mais errava, maior ficava a magia dela. Ele fadigou e cedeu uma abertura. Yasmin bradou, e deu um gancho curto no queixo dele. Sem oportunidades para manter-se de pé. O adversário se ajoelhou inconsciente. A plateia ficou surpresa e descrente. A andorinha, sem dificuldades, demonstrou a liberdade de punho erguido.

A luta acabou com apenas um minuto, no primeiro round. Yasmin conquistou a vitória e os aplausos dos rapazes que antes tinham a cara virada. Nosso olhar se entrelaçou no momento. Só minhas palmas importavam. Assim como apenas queria ver o sorriso estampado no rosto dela.

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