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Round 22

— É aqui embaixo. — Henrique viu o alvoroço, e me acalmou com uma pista.

Eu mal sabia que existia o inverso das escadas do Olimpo. Pois bem! ali estava. A escada rolante que nos descia um andar no prédio. Ela era escura e carregava uma energia pesada. Assim que pus os pés no degrau senti um arrepio pela espinha. Meus braços buscaram um ao outro.

No andar de baixo, apenas alguns carros. Nada de específico além do vazio e solidão das máquinas. Mas ali a frente, como uma miragem, estava a academia. Esquecida — ou invisível — como se não quisesse ser encontrada. — Tão pouco anunciada pelo estabelecimento. As janelas de vidro mostravam que não tinha gente lá. Mesmo assim, parecia estar preenchida.

Henrique e Yasmin seguiram a frente. Pareciam guardiões. Um, me alertava do perigo, o outro sabia que devia encará-lo. A porta se abriu por engenharia, e os barulhos que ouvia do lado de fora ficaram altos. Som de socos que surravam a seco algo que mesmo inanimado, sofria de dor. Uma garota mascava chiclete estava na recepção, com a roupa preta e tédio no rosto.

— Estamos fechados.

— Bia — Yasmin cedeu um sorriso. Assim, a atendente lhe deu atenção.

— Yasmin! Há quanto tempo!

— Verdade... — Riu de mau jeito, sem querer estender a conversa. — Ele está lá?

— Esse barulho todo. O que você acha? — Bia acionou um botão no balcão, e isso liberou a catraca a nossa frente. — Vai lá, mas você sabe que ele não gosta de ser interrompido.

Os equipamentos de musculação eram de primeira linha. Coisas vistas apenas em outro país. Havia até robôs de luta. — Ciborgues para sparing. — Seguimos reto. Eles não estavam ali para me mostrar a beleza do luxo da academia.

O portão preto era o destino. — Isso é... Uma sala acústica. — Falei, com o timbre assustado nos lábios. Não era possível o som dos socos saírem de uma sala que estava com redução de ruído. Minhas pernas tremeram um pouco.

Henrique abriu a porta, e o barulho abafado se ampliou como num baile funk. Um rock soado dentro do lugar deixava tudo ficar mais severo. Cada soco parecia bater na minha carne, ou mudar o curso do vento.

Quando ultrapassei o limiar da porta observei o cenário de caos. Havia máquinas e equipamentos de peso jogados por todos os cantos. — Alguns quebrados, outros irreconhecíveis. — E apenas um homem, de costas largas com tatuagens que a cobriam por inteiro. O cabelo loiro pingava e espirrava o suor a cada soco. O ar de cada movimento era tão limpo que parecia impecável.

Acima da cabeça, onde esmurrava um ciborgue de sparring, havia títulos e mais títulos dourados. Era inconcebível um rapaz que houvesse ganhado tanto ser apenas um ano mais velho que eu. Mas lá estava. Assim que sentiu nossa presença esticou a coluna e tirou os fones de ouvido. — Ocultos pelas orelhas de abano. Ele tinha o meu tamanho, mas parecia maior em diversos aspectos.

Quando se virou, nos encaramos. Admito que fiquei acuado. Minhas pernas queriam parar de tremer e correr de lá como se estivesse na frente de um animal perigoso. Um Pitbull de briga. E eu, apenas um vira-lata que mordia para viver.

Ele, de pelugem curta e tosada. Treinado para atacar quando necessário. Os braços eram como as patas musculosas e cheias de fibra, ainda que belas e sucintas. — Sem necessitar expor a brutalidade. — Os punhos mostravam os caninos ensanguentados. Cobertos pelas ataduras. As manchas vermelhas sujavam e pingavam, mas ele não se importava.

Quanto a mim, sujo e acabado. Como um cão sarnento cheio de machucados pelo corpo. De pelugem larga e cheia de lama. Apenas preparado para me defender se fosse necessário.

— Vocês me visitando. Que surpresa. — Diogo esboçou um sorriso atípico no rosto sério. — Querem tomar um suco?

Ele foi até o canto da sala, onde havia um frigobar. Assim que pegou mais de uma caixinha ofertou a nós, mas recusamos. — Ele pareceu um pouco chateado, mas não dava para distinguir. — Desculpe pelo jeito que estou. Pegaram-me no último circuito de treino.

— Fiz isso de propósito — Henrique pontuou. Deu alguns passos para o lado, e deixou meu rosto mais visível. — Precisava que ele o visse.

Encaramo-nos.

— Oh... o namorado da Yasmin.

— Diogo! — Yasmin ficou vermelha — Não somos namorados!

— Como não? Mudou o nome dele para "bandido" no teu celular, porque segundo você ele roubou seu coração.

— Diogo! — Yasmin ficou mais envergonhada.

— Todosx esses títulos são... — fui cortado.

— Meus. Na época meu pai fez uma proposta de disputar os campeonatos de boxeadores novatos do país, um por capital. — Ele olhou os troféus de relance — Como pode ver, há vinte e seis títulos ali.

Isso era loucura. Saber me estampou um sorriso estonteante. Animado. Diogo sorria em conjunto, como se nos provocássemos para subir num ringue.

— Tua magia deve ser poderosa, para taisx socos.

— Não estou usando-a.

Os socos. A pureza. Era tudo corpo e talento. Nada em relação a magia. Era isso que Henrique queria me mostrar. O motivo que fez meu queixo cair. Diogo respirava o boxe assim como eu.

Logo recordei da conversa com Yasmin a beira da praia.

Encarar alguém igual a você é realmente assustador.

Dei de costas, e fui para a porta do salão. — Onde você vai? — Yasmin, espantada, chamou antes de meu corpo sumir nos vidros escuros.

— Treinar para a final.

Um último olhar.

Os dois cachorros se encararam. O de raça, e o vira-lata.

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