Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

III

Os barulhos em volta da casa ficaram mais intensos e rápidos. Era como se várias pessoas estivessem correndo ao redor da construção, inclusive no telhado, batendo nas paredes e dando socos. 

O vento lá fora aumentou. A natureza parecia estar enraivecida.

Risos ecoaram ao redor. Noah respirou fundo ao perceber que o rosto estava encharcado de suor. Precisava agir. Havia algo à espreita. Mas para onde Mary tinha ido? Estaria ela no meio daquela nevasca, perdida?

Abriu o armário acima da porta principal. As dobradiças rangeram alto, pois há muito não pegava a espingarda que guardava ali. Quando tateou em busca da arma, no entanto, encontrou outra coisa: uma casa em miniatura de madeira.

Pegou-a entre os dedos e aproximou-a da vela com choque, aterrorizado por saber que estava sem defesas. O que deveria fazer? Alguém estava rondando a casa!

O suor começou a escorrer pelo rosto cada vez mais, encharcando a gola da sua camiseta. Passou a manga da blusa no rosto. Aos pés, parecia que a poça estava aumentando e espalhando-se para toda a casa. Havia algo errado com a calefação.

Um cheiro estranho espalhou-se pelo corredor abafado. De queimado.

Se não tinha espingarda, precisava pegar outra coisa.

Foi em direção à cozinha e, nesse momento, houve um silêncio bizarro, como se o tempo tivesse parado. Um estrondo foi ouvido e um tiro estridente ecoou como uma explosão no exterior.

Noah deu um pulo e um grito. Tamanho foi seu susto que acabou escorregando no assoalho. Quando bateu com o cóccix no piso de madeira, este afundou e as tábuas rangeram embaixo do corpo gordo.

Nenhum pio de pássaros foi ouvido. O silêncio da cidade era sinistro. 

Gritou de dor e tateou o piso, tentando mover-se. Havia aberto um buraco no chão e, por sorte não havia caído. Mas caído onde? A casa não possuía subsolo!

O buraco parecia dar em outro vão escuro. Não havia iluminação lá embaixo.

Encostou a orelha no chão e ouviu uma melodia baixinha, parecida com a de uma caixinha de música.

Não conseguiu prestar atenção por muito tempo, pois a casa estremeceu e trovões reverberaram pelas paredes de madeira. Uma chuva forte e violenta começou. Através da janela não conseguiu ver nada, pois o vidro estava embaçado e tudo estava branco.

Apoiou-se no piso molhado e ajeitou-se no chão. A vela estava apagada, caída no chão. 

Noah pegou o celular e, após apertar muitos botões, ligou a lanterna fraca do mesmo, que iluminou parcialmente ao redor.

Enfiou-o no buraco que tinha aberto e distinguiu algo muito peculiar naquele aposento que nem sabia que existia: uma escultura de madeira em tamanho real. Parecia com uma mulher, carregava um saco e, estranhamente, vestia um vestido vermelho igual a um que Mary possuía. Os olhos fundos e sem orbes tornavam aquela uma visão assustadora na escuridão.

Na cabeça da escultura, havia um gorro vermelho e branco. Mary havia feito aquilo? Pensava que ela só sabia fazer brinquedos pequenos. Mas por que ela faria uma homenagem para si mesma?

Apontou a lanterna para o lado e viu caixotes cobertos com panos. Outras esculturas cobertas com lençóis.

Afastou-se do piso, sentindo as costas doerem. A casinha que tinha encontrado no lugar da espingarda estava no chão, também molhada com aquele líquido misterioso que parecia óleo.

Sentiu um pingo no ombro. Ao olhar para cima, viu buracos no telhado, de onde aquela substância estava entrando e encharcando o chão. 

As portas do andar superior bateram novamente e um barulho vindo do subsolo lhe deixou mais alarmado.

Com muito custo, Noah ficou de quatro e levantou-se, sentindo frio com as calças molhadas. Qualquer tombo, na idade que tinha, era perigoso e aquele havia sido muito feio. Já sentia dores no quadril, que latejava.

Olhou para o fogão e para a pia. Onde estava a chaleira?

A janela, outrora fechada e embaçada, estava aberta para trás. Um vento frio bateu em seu rosto. Aproximou-se para fechá-la, sentindo a força da tempestade agindo contra seu corpo.

Tentou fechar a janela, mas não conseguiu. Ela bateu contra sua mão, apertando seus dedos e, em seguida, abriu novamente, voltando a fechar com uma força esmagadora sobre seus dedos. Era como se tivesse sido empurrada para machucá-lo. 

A dor veio um segundo depois e gritou com o choque.

A risada que ouviu, próxima e abafada, pegou-o de surpresa. Era feminina, mas não a conhecia. Mary ria daquele jeito? Nunca a vira rindo!

Atentou a audição. Ecos de um coral foram ouvidos.

"Amazing Grace, how sweet the sound..."

Não aguentava mais criar hipóteses que alimentavam seu medo. Iria olhar pela porta e verificaria aquele subsolo secreto. 

Precisava esfregar os olhos com força e encarar a casa dos vizinhos. 

Precisava encontrar as crianças e antecipar o Natal, se assim fosse necessário.

Caminhou com confiança até a porta, mesmo que arrepios de medo tomassem seus lábios, quase congelados de frio.

Quando chegou à entrada, com as calças encharcadas, suado e amedrontado, girou a maçaneta e empurrou a porta. 

A tempestade parou e o vento arredou. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro