capítulo 30 (leia a descrição)
Os olhos se expandiam a novas passagens e ruas afim de se distrair com qualquer coisa que a fizesse parar de pensar um pouquinho em quão tola foi durante todo esse tempo.
Caso houvesse uma máquina do tempo em sua frente, Annelise não hesitaria em entrar dentro afim de esquecer tamanha falsidade que rondava a sua vida naquele momento.
Talvez isso tenha sido repassado como um rendimento por seja lá qual deus ela acreditava, mas as únicas palavras que a adolescente escutava era: "isso foi pra você parar de ser trouxa e não quebrar mais a cara. Se orienta, quem realmente gostaria de te ter como amiga ou até mesmo namorada?". Imaginar um ser superior falando aquelas coisas era bem difícil para Anne, mas naquela altura do campeonato, ela não podia duvidar de mais nada.
Aquela mesma frase fez semelhança a dita por Heather, e com toda certeza, mesmo a popular não valendo o prato que come, os últimos 30 minutos andando sem um destino em específico a mostraram que, de uma maneira ou de outra, ela tinha uma certa razão que causava indignação na pianista.
Os minutos vagos com sua mente agitada a leveram para um lugar óbvio: praia. Não que Annelise viesse todos os dias a praia ao ponto de decorar o caminho, mas era o ponto principal de garotas que querem se bronzear e de garotos que não tem nada para fazer, a não ser observar outras adolescentes e achar uma "perfeita" para alimentar o seu ego de pegador. Se bem que não eram todos os garotos em Bayview a frequentar a praia por esse motivo. Na verdade, alguns nem compareciam tanto e o Rodrick era um exemplo vivo disso e a explicação para sua pele ser tão branca se remete a isso. Porém, aquele lugar era ótimo para divulgar cds grátis da Fralda Cheia feitos por 2,99 dólares por Bill Walter, um cara meio largado da vida — um possível fumante, também — e que tem os mesmos desejos de crescer na linha do rock assim como o Rodrick. — que inclusive já o convidou para a banda, mas Frank não autorizou —, mas suas opções de moradia talvez não facilitem tanto isso.
E mais uma vez, os pensamentos aleatórios que Annelise desejava foram motivos ao baterista em uma maneira que a garota sorrisse algumas vezes, mas logo o seu semblante se fechou enquanto sentia alguns grãos de areia dentro dos seus all-star.
Ela não queria estar ali para mais flashbacks passarem, mas era involuntário olhar para o sol se pondo e não lembrar daquele lual. Apesar da Hills tentar estragar o pôr do sol atravessado pela lua, foi a noite em que ela mais se sentiu bem de estar — tirando contratempos envolvendo o "grande Josh".
Annelise conseguiu coragem para se divertir com os outros estudantes na água sem ter a receosidade de mostrar o seu corpo graças ao Rodrick, cantou envolta de uma fogueira em que se sentiu protegida e no final, a suposta incerteza sobre os seus sentimentos envolvendo o garoto de cabelos escuros começaram a surgir. Contratempos coagiram na tentativa de fazê-la crer que Rodrick era o garoto ideal, mas tudo isso só embaraçou mais a sua vida e a levando para ali.
"Chega", ela exclamou em um tom alto certificando que ninguém estava ali para chamá-la de esquizofrênica. Os seus próprios pensamentos a impediam de esfriar a cabeça e aquilo certamente garantia mais lágrimas ao final da noite e a pianista não queria aquilo. Estar naquele lugar era uma péssima ideia.
A meia volta de Annelise ocorreu quando percebeu a grande movimentação de carros após o meio-fio. Talvez aquela tenha sido apenas uma desculpa "esparrafada" para que seu poço de lembranças não enchesse cada vez mais. Nos primeiros dias, ela não se importava em derramar duas lágrimas ou mais, porque no final de tudo, isso era só um drama adolescente, certo? Não era possível que ela choraria por semanas pelo um baterista que nem sequer seguia hábitos higiênicos corretamente e que tinha havia erros ortográficos difíceis de serem levados a sério como "poda" — porta, bobão — em seu currículo acadêmico. Mas algo valioso que ela aprendeu foi: o seu gosto por garotos era sempre o mais banal e sim, ela derramaria mil lágrimas em mil semanas por suas frustrações mesmo sem querer.
Indo em direção a sua casa, um fato curioso fez com que os seus olhos castanhos escuro virassem automaticamente. E pela primeira vez depois de tantas descobertas, um sorriso desencadeado por uma pequena risada apareceu em seus lábios normalmente rosados.
Deixar uma moto aparentemente zerada e deixar a chave de ignição no apoio não era algo feito por alguém com mais de 1QI. Claro que a pessoa pode ter esquecido, mas a falta de atenção de alguns por algo tão caro a deixava raivosa e com vontade de rir ao mesmo tempo.
O fato é que aquilo seria algo bobo para rir e em seguida, voltar a fazer o que pretendia e fingir que não viu nada. Mas o seu espírito estava a traindo ao ponto de continuar olhando e aderindo a possibilidade de dar uma simples volta pelo bairro.
"Não", dizia Annelise que tentava, contra o seu próprio impulso, pegar a chave daquela moto tentadora. Ela não era fã daqueles automóveis, mas de tanto assistir a canais pagos envolvendo o mundo automotivo com o seu pai, sentiu que sabia todos os comandos.
A pianista permaneceu ali intacta roendo todas suas unhas indefesas enquanto procurava um motivo bom para não entrar em problemas. No entanto, algo como um "flashback" ocorreu novamente só para atrapalhar um pouco mais o seu dia.
"Não importa quantas roupas você use. Você sempre será a velha e esquisita Annelise de sempre"
Ela não queria dar razão para essa fala da Heather — mais do que já deu importância anteriormente — mas no súbito momento da raiva, a mesma queria mostrar para a outra vocalista ou a qualquer outro imbecil que agia igual a ela, que poderia ter tido alguma mudanças de ações nessas 5 semanas mais atrapalhadas de sua vida.
Suas mãos, antes hesitadas, agora seguravam a maldita chave com confiança enquanto se posionava no assento da moto.
Talvez confiança ainda não fosse a palavra certa para explicar como pôr aquele capacete e girar a chave de ignição a deixou daquele modo. O motor começou a fazer um barulho extremamente estressante, ainda assim, sentiu quase como borboletas em seu estômago. Porém, não eram as mesmas quando ela se encontrava com o Rodrick Heffley, quando ouvia chamar o seu nome ou quando apareciam ao baterista olhá-la como se fosse a única pessoa que importava no momento.
Tudo isso demonstravam sentimentos novos, coisas antes abomináveis, se transformaram em uma ansiedade positiva ao ponto de uma pré-liberdade e paixão consigo mesma surgir. Annelise só teria que focar nisso: em seu bem-estar.
O vento em seus fios de cabelo deixavam cada vez mais, a situação confortável. Ainda que ela não soubesse qual rumo gostaria de tomar agora, poderia se dizer estar livre. Livre de algum bloqueio espiritual ou para ter liberdade suficiente para enfrentar qualquer coisa no caminho que tentava seguir entre tantos obstáculos.
[...]
Aquela moto perambulando por toda a estrada deixou Annelise tonta, de certa forma. Resolveu dar uma parada básica para comprar uma garrafa d’água, mas nas redondezas não parecia haver nenhum supermercado. Apenas postos de gasolina no meio do nada e casas. Talvez esse devesse ser o seu karma por ter praticamente roubado a moto de uma pessoa. Mas ela tentava espairecer os seus pensamentos falando para si mesma que o automóvel seria devolvido sem danos e confusões.
Sem demora, os olhos castanhos da garota se moveram para um bar quase caindo aos pedaços logo a sua frente. Esse nunca seria um lugar que ela frequentaria, mas lá poderia se encontrar ao menos UMA água em meio a tantas garrafas de whisky. Assim, aproveitou uma pequena e estranha movimentação de pessoas entrando e saindo para adentrar.
“Ok, não é nada do que eu imaginava ser”
Normalmente, nos filmes mostram pessoas com suas determinadas bebidas falando alto de alguma forma alegre ou lendo algum livro, típico clichê. Mas aquele exalava um cheiro forte e irritante de cigarros espalhados pelas mesas de madeira. Não foi observado pela garota UM sequer jovem adulto, apenas velhos barbudos com uma expressão armagurada.
No instante que os seus pés se moveram ligeiramente para a banca, percebeu que o seu lugar não era ali. O ponto de vista das pessoas já estavam claros quando alguns cochichos rolaram. Era como um convite para se retirar do local e “voltar para o prézinho”.
Só que Annelise não queria dar uma interpretação de frágil ao meio de pessoas com mais da metade do tamanho ela. Sentando-se em uma cadeira vazia, esperou o atendente vim até ela sem desviar o olhar para os dos outros que só transpareciam julgamento atrás de julgamento.
— Quero uma vodka – Annelise disse mesmo sabendo que uma das piores experiências da sua adolescência até agora, foi com aquilo.
Pouco se pôde ouvir o que aquele atendente falava, mas seu rosto não negava. Ele segurava um sorriso que logo poderia vim uma daquelas risadas em que ficamos até sem ar. Mesmo assim, suas mãos foram rápidas para querer entregar a bebida a Annelise.
— Achei que você fosse mais inteligente sabendo que não se pode vender isso para menores de idade.
O eco que antes infestava o local, tinha uma voz calma mas decidida de uma das poucas mulheres ali.
— Ah, qual é, Brooke? E eu lá vou me importar com quantos anos tem essa garota?
A garota denominada assim, com toda certeza, trazia segurança em si – o que deixou Anne, até um certo ponto com inveja –. Seus cabelos pretos e curtos combinavam perfeitamente com o formato proporcional do seu rosto de cor clara e suave. Tomando o banco ao lado da vocalista, ela tirou o copo de bebida o qual estaria em sua frente.
— Você também deveria ter consciência que isso não é para pessoas da sua idade. — ela apoiou o seu braço na madeira.
— Não é para pessoas da minha idade ou não é para garotas "frágeis" como eu? — Dizia Annelise de forma rápida e ríspida.
— Parabéns, você está me fazendo sentir que eu tô no meio de um drama adolescente.
— Olha, eu não tô nos meus melhores dias. Então a melhor coisa que você poderia fazer por mim é ficar calada e se embreagar igual a esses velhos nojentos.
— Você acha que eu sou igual a eles?
A menina parecia ter poucos anos a mais que Annelise, mas o tom de voz superior e seu sorrisinho travesso nos lábios atiçava a outra de forma que gostaria de falar poucas palavras para a conversa não fluir.
— Se você está frequentando um lugar como esse, provavelmente sim
— Então você é uma velha nojenta?
O jeito como ela jogou o argumento da própria adolescente contra ela mesma, só fez Annelise resmungar coisas totalmente inaudíveis enquanto Brooke dava pequenas risadas.
— Eu sinto que você é o tipo de adolescente que encontra problemas onde não têm. Adolescentes não precisam bater a cabeça com nada, você não imagina como eu gostaria de ter a sua idade e ir para várias festas.
Ela só poderia estar testando a paciência da pianista. O início da sua frase até o fim, não prestou para absolutamente nada além de fazer Annelise levantar do banco e olhá-la com a mesma intensidade de ódio que sentia de Rodrick.
— Eu acho que você já está em um "filminho adolescente" há muito tempo. Você pensa que o colegial só remete a festas, namorados, times de basquete e aquelas patricinhas líderes de torcida. Mas o que realmente existe na adolescência são pessoas mentindo para você esse tempo todo, pagando para você ter amigos e preencher o seu vazio de garota solitária e assim ficar feliz. Mas eles sabem que uma hora ou outra a verdade vem a tona e as consequências são muito piores. A "boa ação" dessas pessoas só estragam relacionamentos, deixam a garota solitária mais surtada do que já e no fim, ela tenta beber para esquecer os que um dia chamou de namorado e melhor amigo.
Brooke estava sem palavras. Realmente, Annelise parece que tinha tirado do peito um amontoado de inseguranças as quais a deixavam, durante todo esse tempo, simplesmente estressada. A mais velha, então, depositou sua mão sob o ombro da adolescente.
— Isso foi realmente muito específico. Você quer conversar sobre?
"Ela sente pena de mim, eu consigo ver isso", Anne pensava. Em nenhuma das hipóteses, ela pensaria que um dia desabafar com um estranho seria a única escolha.
— Eu não acho que você vai entender muito o meu caso. — Falou se sentando novamente. — Algum dia você foi adolescente para falar tanta coisa errada como disse antes?
A menina de cabelos escuros sorriu. — Eu admito que posso ter zombado um pouco do seu "drama". Mas você não tá bem com nada disso, está?
— Eu me sinto traída.
As palavras saíram tão cheias de melancolia, que a outra poderia jurar ver alguns resquícios de lágrimas nos olhos da vocalista. Mas a percepção é que ela já tinha chorado mais que o necessário.
— Quem pagou pra... Você sabe.
— Meu namorado. Acabei perdendo ele e o meu suposto melhor amigo em uma caçada só, acredita? — ela riu olhando para os próprios pés. — Mas eu deveria saber que isso iria acontecer de uma maneira ou de outra.
— Opa! "Peraí"... Você está se culpando, é sério mesmo? Eles fazem a merda e você quem está chorando?
— Eu sei que os dois são os errados mas eu já deveria ter desconfiado de alguma coisa. Eu me sinto uma tola!!
— Veja pelo lado bom, ao menos eles te contaram.
— Se não fosse pela minha insistência, Tommy nunca abriria o jogo comigo e eu acharia que estava vivendo em um conto de fadas com aquele idiota do Rodrick.
O nome do baterista despertou curiosidade em Brooke que sinalizou isso mexendo as sobrancelhas de maneira confusa.
— Espera, você é a namorada do Rodrick? O Rodrick que tem aquela banda esquisita e se acha o rockstar?
Um sorriso bobo movimentou os lábios de Annelise. — É. Se tiver mais algum otário em Bayview que tenha uma banda chamada Fralda Cheia...
— Ai meu Deus!! Então você é aquela garota bêbada na festa?
"Era só o que faltava"
O patético vídeo daquela festa do Josh ainda não tinha saído da memória das pessoas. Foi algo tão desastroso que a garota de cabelos castanhos jurou, semanas depois do acontecido, que iria mudar de identidade. Porém, a poeira foi abaixando e sua mente se expandiu a novas coisas. E agora, a brilhante Brooke olhava para Annelise como se a mesma fosse uma celebridade.
— Você deve estar se confundindo... — Ela virou o rosto para o lado afim que a mulher não prestasse mais atenção em seu rosto.
— Eu nunca erro! — Ela gargalhou pondo suas unhas pintadas de azul escuro sob a mesa. — Aquela noite deve ter sido tensa.
— "Deve ter sido"? FOI um desastre. Se não fosse pelo Rodrick, eu...
Uma súbita memória pairou sobre os devaneios da Annelise.
Naquela noite, o seu corpo parecia se movimentar tão leve que a mesma sentia que poderia fazer qualquer coisa. Em poucos instantes, o efeito do álcool permitiu que ela extravazasse. Até demais. Annelise não teria visto problema algum em se atirar nos braços de Josh e beijando o seu rosto e pescoço. Ele estava gostando. As pessoas pareciam gostar também. Era o momento perfeito para demonstrar tudo que sentia e desejava.
Mas então, Rodrick chegou. Sua cabeça estava tão atordoada que nem sequer pôde ver o seu rosto direito, só que ainda bêbada percebeu o tumulto que ele causou.
"Ele estragou a festa"
"Quem ele pensa que é?"
O tumulto foi ficando maior. Pessoas em volta ainda com os seus celulares registravam tudo. Ela queria que ele sumisse dali e a deixasse com o Josh. Só que mesmo se ele não quisesse levar Anne para casa, o popular não teria nenhuma condição de estar ali com o seu rosto manchado de sangue.
— O Rodrick estava bastante corajoso no vídeo. Dizem que ele é um bundão.
— Ele é... Só que daquela vez ele não se importou com nada. Apenas queria me tirar dali. — a pianista balançou a cabeça rapidamente em forma de negatividade. — Ou pelo menos ele demonstrava ser.
Uma coisa ela não poderia negar: se não fosse pelo Rodrick, o tão clichê primeiro beijo seria com o imprestável do Josh. Mas olhando a situação atual, de qualquer maneira ela acabou beijando outro imprestável.
— Só porquê ele pagou esse tal garoto para ser seu amigo, não significa que ele não gosta de você. E também não significa que o outro garoto não goste da sua amizade.
— Eu não consigo mais confiar neles. Se a Heather não tivesse chantageado o Rodrick dizendo que iria contar tudo pra mim caso os dois não virassem o "melhor" casal, tudo estaria normal pra eles.
— Será que essa tal Heather não saiu ganhando de qualquer forma? — a adolescente olhou de forma confusa pra Brooke. — O objetivo dela era que o Rodrick te largasse. E bem, isso meio que aconteceu e aconteceria das duas formas. Se ele te contasse ou não.
O raciocínio de Brooke era lógico, Annelise não poderia negar. Mas ao mesmo tempo, pensava que ninguém teria o obrigado a fazer aquilo com ela.
— Foda-se. Os três são uns imbecis.
A mulher deu um pequeno sorriso enquanto seus olhos escuros tentavam tirar cada informação da vida de Annelise. Ela a via como uma criança de 6 anos recém saída da creche: descobrindo novos momentos, novas pessoas. Aquela sensação de saber sobre os seus pensamentos irritava a garota.
— Ele é o seu primeiro namorado, não é?
— Sim. E daí? Não vem dizer que os primeiros relacionamentos são assim porque eu não acredito nisso.
— Na verdade eu iria dizer mais que isso. — ela deu uma pausa. — Annelise, namoros por si só são complicados.
— E?
— E você não deve ficar procurando um romance igual o das princesas da Disney.
— Então você quer que eu aceite a palhaçada que fizeram comigo e volte correndo para o Rodrick?
— Dê uma chance a ele de se explicar. Apenas isso.
— Eu não quero vê-lo.
— Uma hora ou outra você vai vê-lo. Bayview não é tão grande assim. — ela riu baixo.
Se a garota de cabelos castanhos não tivesse mudado tanto essas últimas semanas, certamente estaria mesmo na porta do garoto sem se importar com o quê aconteceu. Ou, pelo menos, fingir que não se importava.
Aquela situação era péssima, não poderia negar. Mas mostrou uma certa evolução da adolescente diante de tantos conflitos. A ideia sobre falar com o Rodrick era incerta, pois se ele estivesse em sua frente naquele exato momento, ela quebraria de verdade o nariz dele — sem contar com a vez do estacionamento.
— É melhor eu ir pra casa. Não passo mais um minuto aqui.
— Como eu já disse, esse lugar não é pra você.
Aquela frase já estava irritando Annelise ao ponto de fazê-la revirar os olhos e sair caminhando no exato momento.
— Annelise... — Brooke falou em um tom receosa, se demonstrando entre chamar ou não. — Caso sirva de consolo, eu também já quebrei a cara de diversas formas mas com o mesmo cara. Talvez vocês se gostem, é claro, mas cada um tem a sua infantilidade e precisa lidar com isso. Ninguém está em um filme clichê americano em que tudo se resolve em um piscar de olhos.
A jovem ditava ciente de suas ideias que tanto quase se passavam para Anne. Ela martelaria isso na cabeça um momento ou outro, mas ela precisava MESMO voltar logo para casa.
As ruas estavam ficando cada vez mais escuras e só se poderia ver o sol se pondo a cada passo que a garota dava. Outro problema era aquela moto; ela precisava urgentemente deixar no mesmo canto que achou. Apesar de ser muito bonita e tentadora usá-la e sair por aí andando com ela, uma total "ladra" ela não seria.
[...]
Talvez a volta para casa tenha sido bem mais demorado. Rezava mentalmente para que o dono da moto não estivesse como um louco a procurando. E graças a Deus, conseguiu deixá-la no lugar em perfeito estado sem que ninguém perceba.
Ela estava com a cabeça mais fria. Aquela volta fez bem para Annelise, apesar de ela não saber exatamente o que fazer em relação ao Rodrick e afins. Por isso, decidiu deixar por assim mesmo e entrou em sua casa com uma expressão facial mil vezes melhor do que a anterior.
— Annelise, querida!! Por onde andou?
Sua mãe saiu dos fundos da sala de estar também mais humorada que antes. Porém, vindo logo dela e seus problemas com filhos que voltam tarde pra casa, aquilo estava mais que errado.
— Eu só andei por aí. — ela deixou o celular na bancada e tirou os seus sapatos deixando logo ao lado. — Essa dor de cabeça tá me matando. Vou pro meu quarto.
— Então eu posso te garantir que ela vai piorar.
— O quê?
Ellen dava uma risada nervosa enquanto falava e observadores poderiam jurar que ela massacrava Annelise pelos olhos, mesmo estando "simpática".
A adolescente não teve ao menos tempo de ficar confusa. Um cheiro de menta misturado com um forte perfume masculino penetrou no seu nariz, fazendo-a tossir, pelo menos 3 vezes.
— A gente pode bater um papinho, senhorita Burfield?
oii, gente! sei que tô bem sumidinha mas eu realmente tenho os meus motivos. o meu avô ainda tá super doente, tô longe de casa, desgastada e recentemente o meu cachorrinho morreu. não consigo ter disposição o bastante para escrever, isso tá me matando :(( eu não irei desistir da história, mas até as coisas melhorarem, demorará um pouco para sair os capítulos. não desistam de mim, do rodrick e da annelise. 💛 Amo vocês. confiram os novos aesthetics da anne e do rod!
Annelise Burfield
Rodrick Heffley
Heather Hills
Josh Culleman
Ben Richard
Louis Gateham
Tommy Cavinskey
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