capítulo 17
O vento gélido em algumas horas tinha formado um sol escaldante, fazendo todos os adolescentes saírem de suas respectivas barracas e irem para casa. Para Annelise não foi diferente. Ao acordar, percebeu que não fazia ideia de como tinha conseguido dormir na noite anterior e se perguntou onde estava Rodrick. Saiu do abrigo rapidamente e tentou desarmar o mesmo com um pouco de dificuldade mas com calma conseguiu fazer aquilo. Prestes a sair daquele local caloroso, sentiu o celular vibrar em seu bolso com o sinal de que uma mensagem foi entregue:
Rodrick, baterista
"Eu acho totalmente injusto julgarem os homens serem julgados por roncar, sendo que as mulheres são piores ainda! Tenha consciência que você não me deixou dormir esta noite" [emoji de sono].
Foi aí então que Annelise lembrou de cada acontecimento do dia de ontem e como seu coração palpitava diferente, como acontecia naquele exato momento. Sua mente parecia uma montanha russa; girando e girando, tentando processar tudo da maneira mais absoleta possível. Mas não daria certo. Ela precisava falar com alguém. Ela precisava urgentemente de alguma ajuda, seja pessoal ou médica. Annelise esperava realmente que Tommy não estivesse ocupado, porque ela necessitava conversar com o garoto.
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Rodrick chegou tão pleno em casa às 8:23 da manhã que fez os seus familiares se assustarem. Aproveitando a bondade do irmão mais novo, Greg pediu educadamente que ele deixasse o mesmo e Rowley brincassem com sua bateria. E da forma mais resplandecente possível, Rod respondeu.
— Claro, mas cuidado com as baguetas. — ele disse comendo sua torrada.
Greg arregalou os olhos. — Eu não sei que tipo de fantasma te incorporou nessa festa, Rodrick. Mas eu estou AMANDO isso!
E saiu pelos corredores alegremente. Ao invés de voltar atrás, Rod apenas balançou a cabeça e tomou um gole de suco de laranja, sendo expecionado atentamente por Susan, que lavava alguns talheres na pia, mas então, decidiu se intrometer com um grande sorriso no rosto.
— Ah, querido... Estou tão feliz por você não estar brigando com o seu irmão.
— Não tenho motivos para bater nele hoje. — ele disse dando outra mordida no pão.
— É... Isso é bom, mas... — Susan se sentou na cadeira rapidamente com as mãos na mesa e expressão extremamente curiosa. — Quem é a garota?
Rodrick sentiu o pedaço de pão descer rasgando a sua garganta, o fazendo tossir e tomar todo o líquido no copo rapidamente. — Como é que é?
— AHH! Querido! Eu sempre imaginei que esse dia chegaria. O primeiro amor do meu filho Rodrick. Você deve amá-la ao ponto d-
— Espera, espera. Quem disse que eu estou apaixonado?
— Não seja tão tímido de revelar seus sentimentos. Você chegou com uma felicidade tão imensa, como se acabasse de andar sobre as nuvens e com sua mente em um outro lugar totalmente diferente. Isso são sinais claros de...
— Sinais claros que eu estou bastante feliz hoje! — Levantou. — Eu vou para o meu quarto, estou bastante cansado.
Indo até as escadas, Susan tentou ser mais rápida e colocou as mãos nos ombros do filho tentando não mostrar sua felicidade.
— Ok, ok, querido. Eu não vou te pressionar para contar quem ela é, mas... Posso só tentar adivinhar?
Ele revirou os olhos. — Mãe...
— Por acaso é a Anna Burfield?
— O nome dela é Annelise Burfield. — repetiu.
Susan colocou uma das suas mãos na boca como se não quisesse mostrar o sorriso nos seus lábios.
— Então realmente é ela?
— O quê? Não, claro que não! Eu só corrigi o nome dela que você errou. Não quero saber mais dessa história por aqui, ouviu?
Susan concorda com a cabeça, pensando em várias paranóias diferentes em sua cabeça. Rodrick, que não gostou do último assunto, se deitou em sua cama e realmente se deixou levar pelos pensamentos da mãe. Seria Annelise Burfield a causadora do seu humor um tanto tóxico desaparecer em poucos segundos?
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Tommy avisou antecipadamente para Annelise que apareceria na sua casa às 9:30 porque estava ocupado ajudando na limpeza. Mas adiantada, a garota apareceu pelo outro bairro às 9:00, usando uma calça larga, blusa abotoada rosa com algumas estampas de cachorrinhos e uma bolsa de alça, onde carregava alguns doces que comprou no caminho.
A porta logo foi aberta por uma mulher alta, com traços marcantes em seu rosto e marcas de expressões. Não se poderia dizer que ela estava feliz ou com raiva pela presença da adolescente.
— Você é a Anne, certo?
— Annelise Burfield, prazer. — ela estendeu a mão rapidamente.
A mulher parecia perceber que Annelise estava apreensiva e apertou a sua mão, a deixando entrar.
— Tommy está no quarto. Você já deve saber onde é.
Annelise concordou e passou pelo pai de Tom sem ao mesmo dar um "oi" — ela tinha certeza que ele não gostava muito dela — e subiu as escadas, onde logo se locomover até um dos quartos.
— Ah!! Oi, Anne. Então o que você qu-
— Eu estou desesperada e preciso da sua ajuda.
Annelise tentou resumir, em partes, tudo o que havia acontecido ontem e deu algumas pausas para acabar de comer alguns doces que trouxera. Ela falava com tanta rapidez que a mesma tinha certeza de que o melhor amigo não teria entendido nada, mas ele parecia estar por dentro de todo o assunto.
— Então... Você gosta do Rodrick Heffley?
— Eu-não-sei! — ela deitou a sua cabeça no travesseiro. — Ontem, quando ele iria me beijar, parecia que eu ia ter uma ataque cardíaco, sabe? Minhas pernas pareciam que não sabiam mais andar, minhas mãos suavam e eu não tinha ideia do que fazer, a não ser ficar vermelha igual a uma idiota que nunca viu um garoto na vida!
— AI MEU DEUS! Você imagina como você está fofinha descrevendo suas emoções? — Tommy deu um sorriso. — Sinto até inveja de você.
— Inveja de mim? Como você pode ter inveja de uma pessoa que nem compreende os seus próprios pensamentos?
— Como você não está entendendo? Você está, ABSOLUTAMENTE, apaixonada por aquele baterista rancoroso!
— Mas... E o Josh?
— Eu não acredito que você ainda gosta daquele garoto!! Ele te humilhou, Annelise. Continua te humilhando!!
— Mas eu não posso controlar os meus sentimentos, tá legal? — ela sentou de pernas cruzadas. — Não é fácil esquecer uma pessoa. Até porque eu gostei dele por quase 1 ano, Tom.
— Mas como você fala do Rodrick, é algo totalmente diferente do que você sentia pelo Josh. — ele sorriu e acariciou o cabelo da amiga. — Se você gosta daquele baterista, deve falar para ele.
— Mesmo se eu quisesse, não daria certo. Ele gosta da Heather, você sabe.
— Se ele gosta dela tanto assim porque insistiu em te beijar naquele jogo?
Parece que a cada palavra dita por Tommy, um nó era feito na mente de Annelise. Ela realmente queria ter o poder de compreender o que se passava na sua mente frenética e o que Rodrick estaria pensando sobre ela naquela exato momento. Ela não queria que fosse pensamentos negativos, mas não tinha como prever. Como o próprio Tommy diz, ele é um baterista rancoroso ao ponto de não se importar com ela. Um lado de Annelise quer ele não a ache uma imbecil. Mas o outro lado tem uma expressão de que ela não é nada mais nada menos do que a vocalista de sua banda de rock, a qual iria se apresentar daqui a uma semana no Concurso dos Jovens Talentos. Depois desse tempo, tudo poderia voltar a ser como era antes, mesmo que o seu desejo não fosse aquele.
Rodrick Heffley
Annelise Burfield
Josh Culleman
Tommy Cavinskey
Heather Hills
Louis
Ben Richard
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