Sobre Marturinhas
Marturinhas escolheu ser matemática, quando as histórias daqueles matemáticos e suas descobertas encantaram-na suficientemente, tentando ela, assim, a viver aquele mundo encantado. Mas ela não escolheu ter o dom da criação ou imaginação. O dom que a escolheu.
Ela se lembra em cenas borradas das primeiras "invenções noveleiras", um tanto sem sentido; das primeiras músicas aos oito ou nove anos; do seu grande amor, responsável por lhe dar tantas ideias e romances, criados para suprir aquele sentimento condena do a ser eternamente platônico.
Ela se lembra de quando esse seu dom a enlouqueceu: foram três, quase quatro vezes. Ela não conseguiu ser a personagem que tanto sonhou. Ela precisava colocar seus personagens para fora, mas não ser necessariamente eles...
Ela se recorda também, quando, fugindo da razão começou a escrever a mais difícil de todas as ideias que tivera (vide Sol em Virgem). E essa ideia ressuscitou-a como escritora e lhe deu o dom da composição de volta.
Ser escritora para Marturinhas não é uma escolha e sim uma missão.
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