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Os testes


— Vamos irmão! — chamava uma voz doce, era uma pequena criança, batina numa outra deitada numa cama em forma de nuvem. — Vamos irmão, já estamos atrasados!

O menino deitado na cama acordou com o rosto amassado e um pouco mal-humorado por ter sido acordado àquela hora.

— Não esquenta Sonho... — O menino limpava os olhos com os dedos. — Papai não liga se chegarmos alguns minutos atrasados...

— Mas mamãe sim... — Berrou Sonho apressada, enquanto pega uma mochila e ia colocando várias peças que achava pelo quarto. — Então levanta sua bunda e anda Pesadelo!

O quarto de Sonho e Pesadelo era bem estereotipado, o lado de sonho era bem colorido, tudo vermelho, rosa e branco, a cama em formato de nuvem branca e um travesseiro de sol; já o lado de Pesadelo era tudo muito escuro, preto cinza e magenta, a nuvem que era sua cama era cinza, como se estivesse carregada de água e o seu travesseiro era no formato de lua.

Pesadelo se descobriu, mas não levantou, se sentou na cama e ficou ali por um momento, estava pensando no porquê tinham de fazer aquilo!

— Vamos Pesadelo! — Sonho estava ficando nervosa. — Você ainda tem que se arrumar e posso lhe dizer que sem magia isso é quase impossível.

Pesadelo não respondeu, foi até o banheiro, fechou a porta e em cinco minutos já estava do lado de fora, com uma roupa limpa e com banho tomado.

— Isso é difícil? — perguntou Pesadelo mostrando todo os eu look. — Inclusive eu fiquei muito gato com essa calça, deveria usa-la mais vezes.

— Tá, tá, vamos logo... — Sonho abriu a porta do quarto e o brilho do corredor invadiu o lugar.

— Já sabe onde é o lugar? — perguntou Pesadelo a uma Sonho apressada, descia as escadas em tamanha velocidade que era quase provável que ela caísse a qualquer momento.

— Claro que sim, você deixou que eu decifrasse tudo sozinha! — reclamou Sonho pegando um papel do bolso da sua calça.

— Ei, eu ajudei, se não fosse por mim nem acharíamos a segunda pista! — Pesadelo se sentira ofendido com a crítica da irmã.

— Sim, sim... Tanto faz... — Sonho fez descaso do protesto do irmão. — O lugar que devemos encontra-los é o Morro dos desolados, é um lugar tenebroso, o que será que eles estão preparando para nós?

— Uma seção de tortura! — disse Pesadelo forçando estar chocado, mas Sonho o olhou amedrontada. — É só uma piada irmã, calma... — Pesadelo riu com o desespero da irmã.

— Idiota... — bufou Sonho.

Quando Sonho e Pesadelo viraram à esquerda e chegaram ao hall de entrada do castelo o irmão perguntou:

— Então, como vamos chegar lá?

— Andando? — perguntou Sonho para se mesma, sem ter certeza.

— O quê?! Jamais... — disse Pesadelo pegando o braço esquerdo da irmã e lhe puxando de volta para a porta de onde acabaram de sair. — Eu sei um meio de transporte melhor, mas rápido e menos cansativo! Não fui feito para andar irmãzinha... — Pesadelo forçou uma voz de rico mimado.

— Eu odeio quando você fala assim... — disse Sonho, mas não estava mal-humorada, ela sorria.

Os dois chegaram até uma garagem, o brilho do castelo não se aplicava ali, nem mesmo os tijolos haviam sido usados naquele lugar, embaixo da terra, por isso, fazia parecer que estavam dentro de uma enorme cova. Sonho e Pesadelo sabiam que era uma garagem pelo carro ali parado, e por todas as ferramentas em prateleiras presas a parede de terra, aquele carro não tinha roda, parecia uma Mercedes Benz Charuta, só que um pouco futurista.

— Não podemos... Esse é o carro que o vovô usa para...

— Passear?! — interrompeu Pesadelo. — Sim, é ele mesmo, por isso é perfeito para o que queremos.

— Não Pesadelo, vamos andando, não podemos pegar o carro do vovô sem a permissão dele!

— E quem disse que precisa? — uma voz rouca soou atrás dos dois.

Uma figura esquelética estava ali parada, usava uma bengala para se manter de pé e os óculos estava tão próximo aos olhos que os deixava enormes.

— Vovô, nós só estávamos admirando a sua Charuta! — Sonho se apressou a explicar. — Vamos Pesadelo, temos um teste... e já estávamos muito atrasados.

— Esperem aí... Se vocês forem andando irão se atrasar ainda mais... — disse o avô antes que Sonho saísse arrastando Pesadelo. — Levem a Charuta, ela ainda é bem rápida, só a tratem com cuidado.

— Sério?! — perguntou Sonho abobalhada.

— Vão... — O avô fez um sinal para o carro que ligou os faróis. — Antes de irem, vocês se lembram da conversa que tivemos sobre o ensinamento que eu passei aos seus pais?

Sonho e Pesadelo confirmaram com a cabeça.

— Ótimo então, espero que a promessa que me fizeram ainda esteja valendo! — O avô dera um sorriso sincero.

— Claro que sim! — exclamou Pesadelo confiante, mas Sonho só balançou a cabeça em concordância.

— Agora vão!

Os irmãos pularam dentro do carro e uma voz feminina falou:

— Destino?

— Morro dos desolados! — respondeu Sonho colocando o cinto.

Charuta ligou os motores e voou para fora da garagem, Sonho e Pesadelo deslumbravam todo o mundo dos desejos de cima, como nunca tiveram visto antes.

— Nós seremos os regentes deste lugar! — disse Sonho empolgada olhando todo aquele brilho lá embaixo.

— Você está muito empolgada com a ideia! — Pesadelo comia uns doces que a Charuta lhe oferecera.

— Mas é claro que estou... — Sonho se virou para o irmão. — É isso que mamãe e papai esperam!

— Então você só está tentando alcançar as expectativas dela, é isso? — Pesadelo continuava a comer seus doces.

Sonho se largou no banco.

— Seu nome não é Pesadelo à toa!

O irmão não respondeu aquela ofensa.

Não tardou até que a Charuta alertasse os irmãos de que já estavam próximos a seu destino:

— Morro dos desolados logo a frente!

Sonho deu uma última olhada na mochila, para se certificar de que trouxera tudo que achava que seria necessário e depois a fechou. Pesadelo comeu o maior número de doces que conseguiu antes da Charuta alertar mais uma vez:

— Morro dos desolados, obrigado pela viagem!

A porta do carro se abriu e lá estavam seus pais, eram a versão adulta de Sonho e Pesadelo, sem mudar nada, nem mesmo as roupas.

O Morro dos desolados ficava fora do Mundo dos desejos numa distância suficiente para não conseguirem avistar o brilho ofuscante do lugar.

O pai de Sonho e Pesadelo tinha um sorriso alegre no rosto, já a mãe estava aborrecida.

— Atrasados e com um objeto magico ainda! — disse a mãe fazendo surgir um papel e anotando algumas coisas nele.

— Mãe nós...

— Poupe suas desculpas Sonho, já esperava isso do seu irmão, mas de você, estou muito desapontada! — A mãe fez o papel desaparecer, Sonho se engasgou com as próprias palavras, só conseguia culpar Pesadelo por todo aquele atraso.

— Não seja tão dura queria... Eles são só criança... — sussurrou o pai.

— Crianças que iram reger este lugar e passam a maior parte do tempo dormindo, não poderia ser mais irônico! — bufou a mão se viando para olhar o seu marido.

Pesadelo riu e a mãe se virou para ele.

— Achando graça Pesadelo?

— Na verdade sim mãe, eu acho graça porque a senhora nunca parou para pensar que se passasse mais tempo sendo mãe do que uma treinadora iria nos entender, assim como o papai nos entende! — Sonho viu um sorriso surgir no rosto do pai, mas viu também a raiva tomar conta da sua mãe.

— Estou vendo o quão desastroso serão os testes de hoje!

A intenção dela era amedrontar os filhos, mas Pesadelo pouco se importava com aquilo, contudo, Sonho ficou receosa.

— Avisos: vocês reinaram juntos, diferente dos seus avós e dos seus pais; vocês, sendo uma dupla, devem responder pelo erro do outro e fazer o que é melhor para o Mundo dos desejos, mesmo se isso significar perder sua própria magia; terceiro, nenhum dos dois jamais devem viajar a Terra! — disse a mãe autoritária.

Pesadelo e Sonho já sabiam de todas essas regras, não sabiam porque a mãe estava repetindo, Pesadelo já perguntara duas vezes, uma aos pais e a outra ao avô, por que eles não podiam viajar a terra, mas nunca recebia uma resposta concreta como: Você morre! ou Você perde toda a sua magia! Só diziam que essas eram as regras.

— Vamos começar... — A mãe estalou os dedos e uma mesa e duas cadeiras surgiram, ela e o marido se sentaram e pousaram a mão sobre a mesa. — O primeiro desafio é na verdade um pré-desafio, vocês devem colocar na mesa os seguintes itens: — A mãe fez surgir uma lista. — Um telescópio lunar; uma varinha de recuperação; uma caneta inversa; algemas magicas e um sugador!

Quando a mãe terminou Sonho tirou a mochila das costas e começou a revira-la, tirou todos os objetos que a mãe pediu e os colocou sobre a mesa.

— Próximo! — disse a mãe marcando a lista. — Vocês devem transportar todos os objetos para um lugar marcado atrás de vocês... — Sonho e Pesadelo se viraram e viram cinco marcas no chão, cada uma com a figura do item que a mãe pedira. — Não errem nem um centímetro, e cada um deve transportar pelo menos dois objetos, quando estiverem prontos!

— Deixe que eu transporto três, transporte apenas os dois primeiros! — sussurrou Sonho para Pesadelo e o garoto só concordou.

Pesadelo deu o primeiro estalo e o primeiro objeto foi para o seu lugar, na terceira marca, depois ele deu o segundo estalo e o segundo objeto foi para a terceira marca; Sonho não demorou tanto, mal precisou olhar para colocar os três objetos restantes em seus devidos lugares.

Os pais se levantaram com papeis em mãos e olharam para os objetos, cada um individualmente, depois marcaram coisas nos papeis.

E assim se sucederam outros quatro testes, Pesadelo já estava farto daquilo quando a mãe anunciou:

— E para o último teste precisaremos do sugador! — Ela estalou os dedos e o sugador que sonho trouxera na mochila pousou sobre a mesa, era um objeto muito similar a um aspirador de pó. — Vocês devem sugar 15% da alegria destes dois moradores! — A mãe estalou mais uma vez os dedos e duas pessoas, presas em jaulas, como animais, surgiram ali, estavam malvestidas e também com um odor.

— Eu recuso! — disse Pesadelo objetivamente.

Todos se viraram para ele, a mãe ficara boquiaberta como que ouvira, mas o pai parecia estar com um pouco de orgulho do seu filho.

— Como?! — perguntou a mãe pondo-se de pé.

— Eu não farei esse desafio! — respondeu o garoto de forma mais clara.

— Pesadelo, esse desafio os dois devem fazer! — A mãe estava a ponto de fazer algo muito ruim com o garoto, dava para ver isso nos seus olhos cheio de raiva e no tom de voz lunático que ela alcançara.

— É um direito dele queria... — o pai pôs a mão no ombro da esposa, a obrigando sentar. — Se ele não quer fazer não podemos obriga-lo.

— Nós somos os regentes e eu digo que ele deve ser obrigado! — A mulher se virou para o marido com a mesma raiva com que falara com Pesadelo.

— Acontece mãe, que essa é uma daquelas regras que não podem ser alteradas! — Pesadelo tirava um pouco de sarro da mãe.

— Ora seu garoto mimado! — Ela berrou e estalou os dedos, Pesadelo sentiu o tapa magico que já levava todo dia.

— Queria, vamos continuar, Sonho pode fazer... — O pai impediu que a mãe desse mais alguns tapas em Pesadelo.

— Em casa eu converso, com os dois... — A mulher cuspia raiva pelos olhos, mas logo em seguida se recompôs e se voltou para Sonho, que estava amedrontada com tudo aquilo. — Sonho, fará o desafio? — A mãe tentava voltar a calma.

Sonho olhou para Pesadelo com uma marca vermelha na pele cinza, e por mais que não quisesse fazer aquilo ela também não queria apanhar duas vezes.

— Eu farei! — ela respondeu com certeza.

A mãe deu um sorriso cínico e apontou para o sugador.

— Sabe o que fazer... — incentivou a mãe.

A garota pegou o sugador, a mão tremia um pouco, mas ela o segurou forte, se virou para os dois moradores e sem nem olhar ativou o objeto magico, ouviu se o grito das duas pessoas, o sorriso no rosto da mãe e o desconforto de Pesadelo, depois de dois segundo Sonho olhou o marcador no punhal do sugador e parou quando este chegou a 15%.

A mãe se levantou, foi até a filha e pegou o sugador, olhou o marcador e lá estava 15%. A mulher estalou os dedos fazendo sumir os moradores e voltou para falar com o seu marido, os dois anotaram algumas coisas e depois de alguns minutos anunciaram:

— Vocês passaram!

Sonho exibiu um sorriso de gratificação e pulou de alegria, Pesadelo não estava tão satisfeito assim, não tinha motivo para ficar, ele não queria ser só o fantoche da mãe.

— Mas foi por muito pouco e por isso, por serem uma dupla, por responderem um pelo o erro do outro, nossa conversa será seria quando chegarmos em casa! Agora voltem na Charuta!

A mãe estalou os dedos e os dois irmãos foram parar dentro da Charuta que ainda estava ali parada.

— Destino: Sono! — disse Sonho apressada.

No início da viajem os irmãos não conversaram, deixaram um silencio mórbido tomar conta do lugar.

— Você tinha que nos meter em encrenca? — perguntou Sonho quando já avistavam Sono.

— Você quer dizer: você é o único que tem voz suficiente para se voltar contra nossa mãe e ir contra a vontade dela de nos fazer matar pessoas? — perguntou Pesadelo colocando uma travessa de gelo, dada pela Charuta, no rosto.

— Não estamos matando ninguém! — protestou Sonho. — Estamos usando a alegria deles a nosso favor.

Pesadelo soltou um riso.

— Então você chama assim ou foi ela que lhe disse que era isso? — perguntou Pesadelo olhando para uma Sonho inocente.

— Do que você está falando? — perguntou Sonho sem entender andou o irmão queria chegar com tudo aquilo.

— Você não sai do castelo Sonho, você não sabe quais pessoas moram naquelas casas, quanto casos de pessoas apaixonadas existem ali, deveriam ficar no Mundo dos desejos apenas pessoas que não tem amor na Terra e não quem nossos pais julgam serem os mais alegres! — explicou Pesadelo jogando a travessa de gelo no banco de trás da Charuta. — Prometemos a nosso avô que iriamos mudar isso, e você o fez hoje?

Sonho se sentia envergonhada.

— Desculpa irmão, não tive coragem, eu não podia apanhar duas vezes...

— Eu entendo, de verdade, mas eu tenho eu receio que você tenha gostado, você gostou de fazer aquilo...

Sonho não queria admitir, mas Pesadelo estava certo, ela gostou de sentir os 15% de alegria correrem pelo seu corpo, revigorando sua magia, afinal, quanto mais poder você tem, mas você quer.

— Sono!

Alertou Charuta enquanto descia para entrar na garagem.

Quando desembarcaram seu avô estava lá, Pesadelo passou direto, aborrecido, Sonho passou cabisbaixa e o avô soube o que aquilo queria dizer.

O hall de entrada estava silencioso, sua mãe estava do outro lado, os esperando.

— Vocês me envergonharam, vocês sabem o que as entidades poderiam ter feito?

— Não mãe, e não estou interessado em saber, você já tem a sua queria cachorrinha ao seu lado então porque não me expurga logo?! — Pesadelo estava com raiva, olhou para a mãe com a mesma raiva que ela olhava para ele.

— Eu deveria fazer isso mesmo, mas não se preocupe, farei algo bem pior... — a mãe estalou os dedos e um garoto apareceu ali.

— Pesadelo! — disse ele com uma voz doce.

Naquele momento Pesadelo sentiu o pânico tomar conta de si, ele se virou para Sonho.

— Me ajude, só nós dois juntos...

A irmã olhou para a mãe.

— Não faça nada e eu lhe isento do castigo, o ajude e você também pagará! — A mãe estalou outra vez e uma enorme mão surgiu ao lado da garota.

— Desculpa irmão, você caçou isso... — a mão sumiu ao lado da garota, no segundo seguinte a mãe pegou um sugador e o apontou para o garoto que começou a gritar.

Pesadelo viu a alegria dele indo embora, mas antes que terminasse 100% o pai entrou no hall.

— Pare querida!

— Não se envolva! — Devolveu a mulher, continuando a sugar a alegria do garoto a gritar.

O pai não esperou, arquejou a mão, mas antes de estalar os dedos, o sugador sumiu, junto com o garoto.

— Mas o que você... — Mas antes que a mãe falasse o avô de Pesadelo e Sonho entrou no lugar. — Foi você?

— Deixe os garotos em paz... — suplicou o avô caindo no chão, Pesadelo correu para ele, mediu sua pulsação, mas já não existia, o garoto puxou um pequeno pedaço de papel da mão do avô e o leu:

Casa do portal para acordado, visite-o!

A mãe estalou os dedos e sumiu, o pai fez a mesma coisa.

— Satisfeito! — gritou Sonho. — Isso é tudo culpa sua!, se eu encontrar esse garoto eu termino o que mamãe começou. — E sumiu.

Pesadelo sabia que um dia iria gerir o Mundo dos desejos ao lado da irmã, mas também sabia que a relação dos dois nunca mais seria a mesma.

— Então foi assim? — perguntou Rafael. — Foi assim que vocês começaram a se odiar.

— E pensar que eu ainda o continuei lhe chamando do irmão! — rosnou Sonho olhando com desprezo para Pesadelo. — Andem, tragam-nos, acabou a hora da história.

Eles ainda estavam perto da casa de Elisa, o que significava que a história levara um bom tempo para ser contada.

— Ainda bem que minha irmã não perde a chance de parar para contar uma história, espero que isso tenha sido suficiente para dar tempo a sua mãe... — sussurrou Pesadelo para Rafael.

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