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O Sumiço de Tonton (parte 3)

III

Caminharam então rumo a casa do mago, na intenção de perguntar se o garoto ou o pai, sabiam do paradeiro de Tonton, ou mesmo como encontrá-lo.

- Ei, coelho malvado - Lana chamou um dos acompanhantes -, todos vocês são irmãos do Tonton?

- Claro que não, garotinha, os deuses me livram de ser irmão de um traidor...

- O Tonton não é traidor! - reclamou Ivana

- Vocês humanos, gostam de fechar os olhos para os defeitos daqueles que lhe são próximos - disse o outro coelho -, mas isso não muda o fato, de que ele quebrou a confiança do próprio irmão.

- Mas não é comum que a gente "ele" às vezes? - o coelho ficou confuso, mas Luther traduziu "ele" para "erre" - Às vezes, quando eu faço alguma coisa "elada", meu pai e minha mãe, me colocam de castigo, mas eles dizem que é "nolmal elar", e que temos que "dá" a chance dos "outlos aplendelem", com os "elos".

- Garota, que língua é essa? Não entendo quase nada! - os coelhos reclamaram.

Novamente, Luther ajudou coma tradução simultânea, disse que sabia que Tonton estava errado em toda a situação, independente dos porquês, mas disse também, que não se deve julgar toda a vida de uma pessoa - no caso, de um coelho - por apenas um erro cometido, e de certa forma, não fora um erro tão grave, do tipo que custaria a vida de alguém - pelo menos não naquele caso.

- Além do mais, é pra isso que servem os julgamentos - Luther continuou - para que todos tenham direito de se explicar, e se, no fim das contas, Tonton tenha uma explicação para o que aconteceu?

- A explicação, é que ele é um safado! - grasnou um dos coelhos.

- A explicação deve vir dele, e não de sua suposição como observador - rebateu Luther.

- Vocês falam esquisito, beijoqueiro!

Luther já ia reclamar novamente, mas deixou para lá, ao ver que estavam chegando à casa do mago. Se aproximaram, e como da última vez, Ivana e Lana bateram na porta, e logo Yasuke Jones, sobre a criatura de rosto desenhado, trajada com seu manto cinza, a surgiram ao abria porta.

- Ah, são vocês - disse o sapo samurai -, são sempre bem-vindos... Espera, vocês aí não! - encarou os coelhos de pelos negros com manchas douradas, e levou as mãos ao cabo de sua pequena Katana.

Os coelhos deram um passo para trás e sacaram suas adagas que estavam presas a cintura.

- Você é quem sabe, seu sapo asqueroso e xexelento! - disse um dos coelhos.

- Nós não podemos tirar os olhos desses humanos, ordens do Chefe - disse o outro.

- Seu Chefe não é meu Chefe, então logo não manda em mim - respondeu Yasuke -, se quiser, esperem aqui fora, ou vão pôr ovos da páscoa, seus imbecis.

Dito isso, Luther e as garotas já estavam dentro da casa, e a porta foi fechada, deixando de fato os coelhos de pelos negros do lado de fora.

- Por que não gosta dos coelhos? - perguntou Luther.

- Nossos povos são inimigos desde muito tempo - respondeu o sapo -, e isso advém de muitos motivos, alguns onde nós estávamos com a razão, outros onde eles estavam certos, no fim das contas, nunca nos acertamos, pois nossos ancestrais nunca pediram desculpas pelos seus erros.

Ao ouvir aquilo, Luther passou a levar mais a sério o que Chefe dos coelhos havia dito sobre o quanto vale um pedido de desculpas naquele mundo. Luther e as garotas foram conduzidos até a varanda, mas dessa vez, o mago filho estava acompanhado do mago pai. Ele disse, até, que estava passando mais tempo em casa com o filho depois das reclamações do garoto, passando assim, a atender alguns clientes em casa mesmo.

- Entendo, o Tonton, conhecido por aqui como Duran Cell, está foragido das garras do irmão, por ter se envolvido com uma das garotas dele - repetiu o mago pai -, se Tonton agiu de má-fé, fazendo o que fez somente por vaidade, prazer e imprudência, não conseguiriam encontrá-lo mais, pois é certo que nunca mais voltará - o mago pai fez uma pausa para dar um gole em seu chá. - Mas, se por um acaso, ele tem sentimentos pela garota, é certo que estará com ela, ou chorando por ela, e não é difícil encontrar um sofredor apaixonado, basta seguir as borboletas rosadas depois da meia-noite, elas sempre os encontram.

Apenas Luther e Melissa conversavam com o mago pai, Ivana e Lana, se divertiam com o mago filho, Yasuke Jones e a criatura de manto cinza e rosto desenhado. Luther pediu para ficarem ali até que anoitecesse, para seguirem as borboletas rosadas, e claro, o mago pai disse que seria uma honra. Com isso, o garoto foi até os coelhos de pelos negros que estavam a sua espera, e avisou-os que saíram para procurar Tonton após a meia-noite, ouve reclamação, mas eles não puderam fazer nada a respeito.

A tarde fora agradável, para todos. Para as garotas o motivo era a diversão que há muito não tinham, nem na escola. Para Luther e Melissa, era fora as horas de conversa com o mago pai, que ensinou muito sobre aquele mundo, falou até um pouco sobre a rincha dos coelhos com os sapos, e também dos sete deuses, além de explicar e tentar ensinar sobre magia, mas fora inútil, pois nem todos os humanos eram capazes de aprender magia, sem a ajuda de algum canalizador.

- Inclusive, notei que não engoliu nenhum inseto desse mundo, dessa vez - brincou o mago pai, indicando que a prótese de Luther ainda estava ali. - se quiser, tenho muitos insetos mágicos no jardim...

- Algum deles pode deixar minha prótese mais forte e resistente? Não quero ter minha perna de volta por algumas horas apenas, não sei se isso me fará bem a longo prazo.

- Acho que sei do que precisa então - disse o mago pai, se levantando e indo até o jardim.

Voltou com uma espécie de besouro, mas era colorido como uma joaninha, até seria confundido, se não fosse o tamanho e os chifres no topo da cabeça. O mago pai passou direto e foi para a cozinha, e Luther, imbuído de curiosidade, o acompanhou. Ficou em silêncio, apenas observando o mago trabalhar, colocou algumas ervas numa espécie de coqueteleira, depois um líquido arroxeado, e misturou-os. Por fim, colocou o besouro dentro da solução, e misturou mais um pouco, em seguida, com ajuda de uma peneira, coou tudo aquilo, e serviu um copo cheio a Luther - quanto ao besouro, o mago o pegou, e após recitar algumas palavras, o bicho saiu voando como se nada tivesse lhe ocorrido.

- Caramba, que cheiro ruim - reclamou o rapaz, fazendo careta, observando o líquido, sentindo o cheiro que para ele se aproximava do mesmo aroma de leite azedo ou algo semelhante.

- Bebe logo, e para de frescura, rapaz!

Luther respirou fundo, tapou o nariz, e bebeu tudo de uma vez só. Ao terminar, repousou o copo sobre a mesa de madeira, e fez careta, com toda certeza aquilo fora uma das piores coisas que já ingeriu a vida - mesmo já tendo bebido cachaças de garrafas plásticas, conhecidas como "barrigudinhas". Contudo, após o gosto ruim, lhe veio uma sensação maravilhosa, era como se estivesse mais forte e mais cheio de energia. Sentia-se tão especial quando no dia do primeiro beijo, tão forte quando carregava sua irmã com uma mão só, para fazê-la "voar", e tão vivo, quando viu o sorriso de sua família, quando abriu os olhos pela primeira vez, após o acidente.

- Caramba, que sensação boa!

- Isso porque ainda nem olhou sua prótese! - comentou o mago pai.

Ao olhar para baixo, Luther percebeu que havia surgido alguns circuitos eletrônicos - ou hidráulicos, não tinha certeza - em sua prótese, alguns cabos finíssimos iam de um extremo a outro, ligando a prótese ao sua carne. O peso do equipamento também havia mudado, estava bem mais leve, era como não sentisse mais que ela estava ali - era com se a prótese se tornasse realmente parte de seu corpo. O jovem bateu o "pé' no chão inúmeras vezes, ele não percebeu, mas a cada pisão, estremecia todo o ambiente, de modo que Melissa correu para dentro da casa, levando todos com ela, desde o mago filho, as garotas, Yasuke e o ser de rosto desenhado.

- Está começando um terremoto, tem algum abrigo pra nos escondermos? - ela perguntou ao chegar na cozinha.

- Se acalme, minha querida - respondeu o mago pai, com tranquilidade e sorriso no rosto -, não há terremoto nenhum, é apenas seu namorado testando sua nova prótese.

Melissa olhou para Luther esperando uma confirmação, mas o rapaz não disse nada, apenas sorriu, e bateu o pé "mecânico" no chão mais algumas vezes, causando de novo os temores. Melissa não entendia como aquilo aconteceu, mas ficou feliz com toda a alegria vinda de Luther.

- E quanto a você, senhorita, gostaria de algo que a fizesse se sentir ainda mais parte desse mundo? - perguntou o mago pai, a Melissa.

- Eu "quelo"! - gritou Lana.

- Eu também! - Ivana também pediu, eufórica.

- Vocês não precisam disso, crianças, a magia desse mundo já fluí dentro de vocês - explicou o mago pai - Assim como meu filho, basta que treinem, para não esquecerem como funciona.

As crianças se alegraram ao saber daquilo, e ao ouvir que o mago pai se propôs a ensiná-las da mesma forma que ensina o próprio filho. Disse ele que, a sabedoria não vale de nada se não for compartilhada, e que a satisfação maior é ensinar de graça, se não for um necessitado, é claro.

- Isso! Eu vou usar a magia "pala" salvar todas aquelas "cliancinhas" doentes que eu via no hospital quando ia te visitar, maninho! - comentou Lana, com um belo sorriso banguelo a mostra.

- Eu vou usar para ser uma super-heroína - Ivana foi além -, vou ajudar a polícia a prender todos os bandidos que fazem mal às matas e os animais, e vou salvar todos os gatos e cachorros de rua... - ela pausou, e levou a mão ao queixo, pensativa - Acho que com magia eu posso fazer um lar para todos os bichinhos de rua, né?

Todos gargalharam, não das garotas, longe disso, fora uma risada de alegria por verem que a inocência das duas estava preservada e que, se crescessem daquele jeito - pensando em fazer o bem - o mundo ainda tinha uma boa chance de conviver com os humanos por muito tempo - sem os extinguir.

- Dá sim, minha pequena, você conseguirá fazer vários lebres, para vários bichinhos que não tem onde morar! - o mago pai respondeu.

Ao findar daquela assunto, o mago filho se disponibilizou para começar as aulas de magia, e depois do jantar, pôs-se a ensinar as garotas, quanto a Luther e Melissa, continuaram as conversar com o mago pai. Contudo, o assunto não fora magia, nem as coisas mágicas daquele mundo, e sim um pouco de seu passado.

Contou que era sim um humano como os jovens, mas que aprendeu magia quando chegou naquele mundo. Disse que havia chegado ali por uma outra entrada - já que havia várias espalhadas pelo mundo. Mencionou que no início ficou desesperado em busca de um jeito de voltar para a superfície, e uma mulher não humana, o ajudou a encontrar a saída que o levasse direto para casa.

- O que ela era? Bem, era uma híbrida, meio humana, meio fada - respondeu o mago -, ela me disse que o pai havia caído naquele mundo sem querer, assim como eu, e decidiu ficar por causa da mãe dela, uma fada linda e inteligente, além de muito poderosa, ou seja, assim como eu também...

O mago continuou, dizendo que foram quase uma semana juntos a procura da saída que levasse de volta a casa de mago - que na época, era um humano comum. Porém, nessa uma semana de companhia, acabou se apaixonando pela híbrida - e ela por ele - e não teve coragem de deixá-la, então resolveu ficar naquele mundo, e com ela aprendeu tudo sobre aquele lugar, e tudo sobre magia.

- Sem querer ser entrometido e indelicado, mas ela morreu? - Luther estava curioso por ela não estar ali.

- Vira essa boca pra lá, garoto! - o mago bateu três vezes na mesa de madeira - Espero que não, ela só está numa viagem em busca de algumas ervas que não são encontradas nessa região.

O mago explicou que a esposa trabalhava com seres enfermos, e usava magia para tratar doenças complicadas, em sua maioria, doenças mágicas, seja por tocar ou ingerir plantas e insetos magicamente tóxicos, ou por praga, ou maldição. E a viagem se dava em busca de uma erva muito rara e muito poderosa, que servia no controle de uma maldição que estava se alastrando por uma vila não tão longe dali.

- Caramba, sua esposa é muito especial - comentou Melissa.

- Sim, ela é - concordou o mago -, isso explica o porquê me apaixonei por ela, não é mesmo? - ele gargalhou.

O assunto se estenderia por mais longas horas, se não fosse o relógio na parede avisar que a meia-noite havia chegado. O mago avisou que estava na hora de irem, pois se demorassem muito, perderiam as borboletas rosadas de vista. Todos se despediram e foram acompanhados até a porta, sendo recepcionados do lado de fora, pelos coelhos mal-humorados, devido à espera toda.

- Oh, até que em fim - esbravejou um dos coelhos -, depois de 50 xícaras de chá.

- Um pouco mais! - brincou Luther.

- Não me venha com piadinhas, meu chapa, vamos logo - grasnou o outro coelho. - E essa perna diferente aí? Não estava assim quando você entrou.

Luther não disse nada a respeito, apenas sorriu, se despediu novamente dos anfitriões, e rumou ao local indicado, ao bosque daquela vila - conhecido exatamente como o Bosque das Borboletas. O mago havia dito, que era de lá que as borboletas saiam e se dividiram pela cidade, a procura dos apaixonados, que liberavam uma aura apetitosa para elas.

Caminharam por alguns minutos e logo estavam na entrada do bosque, os coelhos tomaram a frente, assumindo a posição de protetores do grupo, Luther, por sua vez, sabia que com a nova prótese, poderia entrar em uma ou outra briga, se fosse necessário, é claro, mas como os coelhos de pelos negros, já estavam à frente, decidiu então ficar atrás, junto a Melissa, deixando Lana e Ivana no meio, caso algo acontecesse, as garotas estaria, relativamente protegidas.

- Não estou vendo droga de borboleta rosada nenhuma - reclamou um dos coelhos -, na verdade, eu nunca vi uma borboleta rosada, na minha vida inteira.

- Deve ser "polque" você nunca se apaixonou "pol" ninguém! - comentou Lana.

- O amor é para bobocas e fracotes! - rebateu o coelho.

- Sou mais forte que vocês - brincou Luther.

- Então é apenas um boboca, está no lucro!! - disse o outro coelho, caindo em gargalhada.

- Ora, ora, vocês têm senso de humor! Mas quem diria! - Luther também se entregou a gargalhada.

O que fora um grande descuido, na situação em que estavam, naquele horário, num bosque magico, repleto de criaturas diferentes, não se pode baixar a guarda. Uma criatura alada gritou enquanto executava seu rasante e, direção aos coelhos, um conseguiu desviar com um rolamento, mas o outro foi pego pelas garras do ser que mais parecia um panda magrelo com grandes asas compostas por penas pretas e brancas.

- Ei, devolve já meu irmão - bradou o coelho que conseguiu se esquivar -, não sabe com quem você está mexendo, se o Chefe souber que você devorou um dos guerreiros dele, ele vai botar fogo nesse bosque.

- Devorar? Não, longe de mim fazer isso, só o quero na minha coleção, será minha companhia em minha fazenda - explicou a criatura.

- Já observou que ninguém liga quando vocês mencionam o Chefe de vocês? - comentou Luther. - Deveria parar de terceirizar sus problemas.

- Você não pode fazer uma coleção de seres vivos - argumentou Ivana.

- Não me faça rir, garotinha, vocês humanos são os que mais fazem isso - argumentou o panda alado -, gatos, cachorros, pássaros, repteis e até insetos, por que eu não posso?

Luther e Melissa não tinham argumento para aquilo, a criatura estava certa sobre os humanos, Ivana mesmo tinha Tonton como bicho de estimação, até descobrir que ele era um ser falante, e claro, a criança usou isso como argumento.

- Sendo assim, criança, um humano que não pode falar, pode ser um bichinho de estimação em minha coleção? - questionou o panda, com certo sorriso de canto.

- Claro que não, isso é errado...

- Calma, Ivana - Melissa abraçou a irmã -, deixa que a gente conversa com ele - ao acalmar a garota, se levantou e virou-se para o panda alado. - Que coisa feia, questionar a moral de uma criança, que nem sabe o que é a moralidade. Sabemos, sim, que os humanos muitas vezes domesticam seres com os quais não desvínculos afetivos, mas quando isso é feito por meio do roubo ou da violência, ainda, sim, é repudiado.

- Está dizendo que, eu roubei um bichinho de estimação seu?

- Não, ele é nosso amigo - respondeu Melissa -, e estava nos guiando para encontrarmos outro amigo que se perdeu, estamos procurando as borboletas rosadas, nos vamos seguir elas até encontrar nosso amigo...

O panda alado gargalhou, voou alto, deu duas volta no ar, e baixou voo novamente, por fim, soltou o coelho de pelos negros.

- Então, estão a procura de um amigo apaixonado? Por que não disseram antes? - o panda pousou em frente a eles, era um pouco maior que Ivana.

- Porque você chegou colocando essas patas sujas em mim - grasnou o coelho.

- Perdoe-me por isso, é que precisava de um coelho macho para minha coleção, já tenho um monte de fêmeas lá...

- O que disse, meu chapa? - os coelhos perguntaram em coro.

- Vai falando que eu estou ouvindo - murmurou o recém-liberto, batendo nos pelos, retirando as folhas secas, que de uma forma cômica, agarravam em sua pata felpuda.

O panda explicou que não era um ser mal, apenas solitário e gostava da companhia de outras espécies pequenas e falantes, mas que em sua fazenda todo morador era livre para ir e vir, disse não manter ninguém em cativeiro. Os após uma distração com tal assunto, Luther agradeceu ao panda alado por não levar o coelho, mas disse que tinham que continuar procurando as borboletas rosadas.

- Posso mostrar a vocês o caminho até o lugar de onde elas saem, mas faço isso se os coelhos me prometerem uma visita? - propôs o panda.

- Nem precisava mostrar o caminho pra gente te fazer uma vista...

- Precisava, sim! - Luther interrompeu.

O panda sorriu, e alçou voo, e todos se puseram a caminhar, seguindo o ser por alguns minutos, até chegaram no local indicado pelo mago pai.

- Deram muita sorte, parece que elas estão começando a sair agora - disse o panda -, espero que encontrem o amigo apaixonado de vocês, e espero ansioso a visitas de vocês, coelhos! - ele abriu as asas, pronto para voar.

- Espere! - Luther pediu - Viu só como uma conversa pode ser mais eficaz do que sair pegando os bichinhos a força, se você explicar suas intenções e o que tem a oferecer, não será visto como um bicho-papão.

- Vi, sim, vou tentar não ser tão intimidador e inconsequente, boa sorte! - o panda voou, sumindo entre as árvores.

- Nós demos bem, meu chapa - disse um dos coelhos.

- Vê se não abri a boca pra rapaziada quando voltarmos, fica esperto. - eles concordaram e pularam, batendo peitoral com peitoral.

- Egoístas! - brincou Luther.

- Olha, as "bolboletas losadas"! - gritou a pequena Lana, maravilhada ao ver as borboletas saindo de muitos buracos, algumas árvores.

Árvores essas, que estavam secas quando a turma havia chegado ali, agora, sem que eles percebessem, estavam floridas com lindas flores cor-de-rosa. As borboletas saiam e voavam, umas alto, outras baixo, algumas até, não foram a lugar algum, ficaram ali, rodeando e pousando em Luther e Melissa. Eles se entreolhavam, sorrindo um para o outro, queriam se abraçar e sentir os lábios se tocaram, mas não o faria com as garotas perto.

- Ei, meninas, me ajudem aqui, vamos ver se as borboletas falam, vamos perguntar de onde elas vêm, e para onde vão os buracos nas árvores - disse um dos coelhos.

- Manda brasa, parceiro! - disse o outro coelho, sorrindo e piscando um olho para Luther.

Que entendeu o recado, e não perdeu tempo, se aproximou de Melissa, puxou-a pela cintura, e ela por ser um pouco mais baixa, sentiu seu corpo curva-se para trás quando Luther se aproximou e beijou-a. E como se tivessem juntas com os coelhos na intenção de poupar as crianças de ver o casal se beijando, as borboletas se juntaram em volta dos jovens, voando sem parar. Eram tantas, que não era mais possível ver o casal.

- Você combinou isso com elas? - sussurrou Melissa, ainda com os lábios colados nos do namorado.

- Não, mas elas gostam de flores, certo? Então estão aqui por você - Luther respondeu, mas logo caiu na gargalhada - Ponte de partiu, isso foi muito, brega!

- Achei fofo - disse a garota, e após o fim dos beijos, as borboletas dispersaram.

Após o termino do romance, algumas borboletas ainda permaneceram rodeando o casal, mas a maioria se embrenharam bosque adentro, e a turma foi atrás. No caminho, os coelhos questionaram sobre o fato das borboletas estarem se dividindo, mas Luther disse que seguiriam a panapaná maior, desconsiderando os grupos menores.

- Se Tonton fez o que fez por amor, esse sentimento não é nada pequeno, então não atrairá poucas borboletas rosadas, e sim, um monte delas. - Luther explicou sua tese aos coelhos, e todos concordaram ao ouvir.

Caminharam por horas, em meio ao bosque, até perceberem que as borboletas estavam diminuindo a velocidade, em instantes, ouviram-se uma cantoria ao som de alguns instrumentos de corda, e alguns batuques de percussão. Contudo, havia uma voz que se destacava mais que todas, uma voz um tanto familiar.

- Tonton! - gritou Ivana, correndo desesperada, indo de encontro a voz.

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