Meio...
"É meu, mas meus amigos usam mais que eu. " Isso é, deixa eu pensar...Caneta? Não, não é 100% assim. Pense, Pense...O que é meu?
Bom meus braços são meus e só eu uso, meus pés também são meus, mas...Meu nome! Meu nome é meu, mas quem usa não sou eu! É isso.
Certo a primeira pista é nome, a segunda é cavalo de Tróia.
Bom melhor eu trocar de livro e ir para Odisseia, de Homero. Gosto tanto de mitologia e coisas gregas, sei que lá fala sobre Tróia.
Levantei das almofadas fofinhas, indo em direção as prateleiras, ao encontrar, voltei a me sentar e comecei a folhear o livro, com cuidado, afim de achar algo sobre Tróia.
Depois de alguns capítulos achei algo meio vago, escrito assim:
"Algumas vezes, os feitos de Ulisses não são, sobretudo aos nossos olhos, muito límpidos e leais. O mais famoso dos seus ardis foi o famoso Cavalo de Troia que garantiu aos Gregos a vitória."
- Ulisses! Levanto num pulo. - O nome dele é Ulisses. Ok, eu não conheço nenhum Ulisses...- Comecei a andar de um lado para o outro quando noto batidas na porta, que eu nem sabia que estava fechada, levanto e vou até lá.
Abro e olho em volta e não tem ninguém, com certa experiência em séries, filmes e desenhos, olho pra baixo e lá está! Um bilhete azul colado no chão. Abaixei e com um pouco de dificuldade consegui arrancar o mesmo de lá.
O mesmo em questão dizia:
Descobrisse meu nome! Parabéns.
O próximo desafio está no capítulo seguinte.
- Mas como...? Olho em volta - Quem será que está por trás disso? E próximo capítulo de qual livro?!
Voltei para o cantinho da leitura folheando novamente o livro Deuses do Olimpo, mas não havia nada ali, então parti para o próximo capítulo de Odisseia. Encontrando logo de cara o novo bilhete:
Desafio 2
* 19, 32, 53. Dependendo do lugar mais rápido ou devagar você chegará, conte os passos e logo resolverá.
* Arod | Nap . Abrisse a Epimeteu....
Ok. Isso está ficando estranho...
19, 32, 53. Acho que são passos pra chegar no local.
Guardo o livro na estante e sigo para a porta principal. Seguindo pela corredor. 1,2,3,4,5...15...
- Pandora! Finalmente te achei minha irmã! São oito e cinquenta a troca de senhas já vai começar! Vamos. - Kira diz ansiosa.
- Espera eu 'tô' ocupada, agora. 17,18,19...- Tentei continuar minhas contagens.
- Ocupada com o quê? Vamos até a minha sala, encontrar com a Íris. - Ela me puxa desesperada.
- Mas ela não 'tá' aqui, Kira! Reclamei indo para a saída. Notei na porta o número 32 colado na janelinha. Estranho.
- Vamos para o pátio, então ela deve ter ido ao banheiro. - Ela me arrasta.
- Ei! Espera. Droga! Perdi as contas. Kira devagar!
Chegamos ao pátio e Kira me fez sentar e esperar sua amiga. Olhando ao redor. Percebi um bilhete colado na porta que dava pra cozinha, onde havia somente o número 53. Puxa! Daqui até o local pode ser que seja 53 passos.
Levantei num pulo aproveitando a distração de Kira com o painel de avisos, e fui contando baixinho, 1, 2, 3, 4, 5.......50,51,52,53!
- Ah vejamos...O laboratório de Ciências! Mas e a outra pista, será que dá pra ir pro próximo desafio? Forço a porta do laboratório, mas a mesma se encontrava totalmente trancada.
Não consegui pensar muito no que fazer, pois uma sirene começou a ecoar, olhei as horas no celular e marcava nove horas.
Hora do lance das senhas. Droga!
Voltei ao ginásio, onde acontecia um verdadeiro alvoroço juvenil atrás de descobrirem seus pares. Revirei os olhos e segui para a mesa de ponche, pegando mais um copo. Continuei passando tranquilamente ignorando completamente aquela algazarra. É acho que realmente sou entediante.
Sentei-me em um dos bancos laterais, ligeiramente afastada da multidão.
- Arod Nap...Arod Nap o quê pode ser? Tomei um gole do ponche balançando meus pés no ar - Abrisse a Epimeteu... Arod Nap ...O quê pode ser? Penso alto
- Pan...Dora - Ouvi a voz pausada, sequela de um acidente cerebral vascular, Da nossa querida - sem ironia -vice diretora.
- Olá dona Vivian, como vai? Sorrio
- Bem... Você...Não... Vai...Se...Diver...tir? Respirou fundo.
- Não, eu estou bem aqui - Sorrio balançando os pés.
- Aproveite...Pan...Dora. - Ela se vira indo para o salão.
- Pan...Dora...hmm - Balbucio- Arod Nap. Bingo! É o meu nome ao contrário! Agora eu vou voltar no laboratório e...- Fui me levantando mas uma voz me fez sentar novamente.
- Com licença - olhei pra cima e bem pra cima. O garoto de olhos castanhos escuros sorri sem jeito.
- Er...Oi? Digo num meio fio.
- Você por acaso seria o número 19? Ele mostra sua senha.
- ah... É...Sim. - sorrio timidamente.
- Posso me sentar? Ele da um sorriso de lado passando a mão no cabelo.
- Claro! Passei pro lado.
- Então... Você estuda aqui? Acho que nunca te vi por aqui. - Ele olha ao redor como se tivesse me procurando.
- É eu gosto de me manter na minha, mas nunca te vi aqui também. - Aponto.
- E você está curtindo o baile? Ele volta olhar ao redor
- É...Eu só vim pra ajudar minha irmã. Não é muito minha praia. - Olho pra ele.
- É eu sei, entendo.
- Sabe? Pergunto interrogativa
- É eu sei...- Ele diz num tom misterioso.
- Olha o papo está muito bom, mas você se importa se eu fosse pra outro lugar? É como eu disse, não é muito minha praia. - Faço menção de me levantar
- Claro, é como eu disse, eu sei! Ele sorriu.
Me levantei e segui para o pátio, sentando em um dos banquinhos.
- Pandora...Abrisse a Epimeteu...Melhor voltar a biblioteca. - Me levanto animada.
De volta às estantes sobre mitologia.
Procuro por Teogonia.
" Pandora (Que significa Aquela que tem todos os dons) foi a primeira mulher que existiu, criada por Hefesto e Atenas, além de Afrodite, Apolo e Hermes. Sob as ordens de Zeus. Pandora foi enviada para Epimeteu, que ficou encantado com a bela Pandora. Ela chegou trazendo uma caixa (não era necessariamente uma caixa, mas um jarro) fechada, um presente de casamento para Epimeteu."
- Uau! Não sabia da existência dessa Pandora. Como será a história completa dela? Acho que não vai dar tempo. Vamos continuar...
"Epimeteu pediu para Pandora não abrir caixa, mas, tomada pela curiosidade, não resistiu. Ao abrir a caixa na frente de seu marido, Pandora liberou todos os males que até hoje afligem a humanidade."
- Caraca! Como será essa caixa? Espera! Será que tem uma versão dessa caixa pra mim?!
Meus pensamentos foram interrompidos por pequenas batidas que soavam da janela, como galhos ao vento, mas em um tom bem mais agudo. Levantei-me afim de ir bisbilhotar o que acontecia ali. Me apoiei no parapeito da janela, abrindo com cuidado os vidros.
Um bilhete azul, estava preso ao gancho da janela, e o mesmo dizia:
Encontre tua caixa, Pandora.
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